A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana foram movimentos separatistas no Brasil colonial influenciados pelas ideias iluministas. A Inconfidência Mineira, liderada pela elite mineira insatisfeita com os impostos portugueses, planejou a independência em 1789, mas foi traída. A Conjuração Baiana de 1798 defendia a libertação da Bahia e a formação de uma república igualitária, mas também fracassou.
2. A INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Antecedentes
Declínio da produção aurífera na segunda
metade do século XVIII
Política fiscal da Coroa portuguesa opressiva –
Derrama (atuação de Visconde de Barbacena)
Influência do Iluminismo e da Independência dos
EUA
3. A mobilização da elite
“Com exceção de Tiradentes, todos os
envolvidos na Inconfidência Mineira eram
ricos, ligados à extração mineral e à
produção agrícola. Esse fato é
perfeitamente compreensível, pois os
grandes proprietários eram os que
tinham mais interesses em romper o
pacto colonial.”
(Leonel Itaussu. História do Brasil. Pág. 115)
4. Ideário e objetivos
Rompimento com Portugal
Adoção do regime republicano
Transferência da capital para São João del
Rey.
Liberação das indústrias têxteis e
siderúrgicas.
Criação de uma Casa de Pólvora.
Fundação de uma Universidade em Vila
Rica
Serviço militar obrigatório
Perdão de dívidas extensivo a todos
Os inconfidentes não tomaram partido em
relação ao fim da escravidão, até porque
boa parte deles possuía escravos
5. O Movimento
Os rebeldes decidiram que o
movimento começaria no dia
em que a Coroa decretasse
nova derrama, aproveitando
assim a insatisfação popular.
A maior parte era formada
pela elite mineira: advogados,
magistrados, mercadores,
contratadores, alferes...
6.
7. A traição e a devassa
Entre os rebeldes estavam o coronel e minerador
Joaquim Silvério dos Reis e os oficiais Basílio de Britto
Malheiros e Inácio Correia Pamplona. Em 1789, em
troca do perdão de suas dívidas, denunciaram o plano
ao visconde de Barbacena, governador das Minas
Gerais, e apontaram os envolvidos na conspiração.
O governador suspendeu a derrama e mandou prender
os acusados. Todos negaram a participação no
movimento, exceto Tiradentes. Alguns foram
condenados à prisão ou ao exílio, como o poeta Tomás
Antônio Gonzaga. Único condenado à forca, Tiradentes
foi morto e esquartejado em 21 de abril de 1792.
“Joaquim José da Silva Xavier — Morte natural, levada
a cabeça para Vila Rica e os quartos para as estradas
de Minas, principalmente na Varginha e Cebolas;
infâmia para os filhos e netos, confisco de bens, casa
arrasada e salgada, e no meio das ruínas um padrão,
que declare o motivo”
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9. A CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
Antecedentes
Grave crise econômica na Bahia
> preponderância da região
sudeste no século XVIII por conta
da atividade aurífera
Influência do Iluminismo e da
Revolução Francesa
Crises de abastecimento e falta
de alimentos: saques em
armazéns de Salvador vinham se
tornando constantes
Em 1798, o pelourinho, símbolo
da opressão colonial, foi
destruído
10. Ideário e objetivos
Libertação regional
Formação de uma
república igualitária
Abolição da escravidão
Representação popular
soberana – o povo no
poder político
11. A mobilização da elite
A Maçonaria
Em 1797, um grupo de intelectuais, padres, médicos e
militares formou em Salvador a primeira loja maçônica
do Brasil – a Sociedade dos Cavaleiros da Luz. Seus
representantes seguiam os ideais da Revolução Francesa
e publicavam panfletos clandestinos defendendo a
formação de uma 'República Bahiense'.
12. Os Descontentamentos
participação popular
Em agosto de 1798, apareceram
panfletos nas ruas de Salvador
convocando a população para
uma revolta.
“Animai-vos povo baianense,
que está por chegar o tempo
feliz da nossa liberdade; o
tempo em que todos seremos
irmãos; tempo em que seremos
todos iguais”
13. O Desfecho
Recuo da elite, com exceção de Cipriano
Barata
34 réus presos e condenados
Finalmente, no dia 8 de novembro de 1799,
procedeu-se à execução dos condenados à
pena capital, por enforcamento, na seguinte
ordem: soldado Lucas Dantas do Amorim
Torres, aprendiz de alfaiate Manuel Faustino
dos Santos Lira, soldado Luís Gonzaga das
Virgens e mestre alfaiate João de Deus
Nascimento.