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Capítulo 8
Independência do Brasil
População e sociedade
No final do século XVIII, grande parte da população
brasileira vivia no litoral. No entanto, vilas e cidades
haviam se formado no interior em razão de atividades
como pecuária e a mineração. Os núcleos urbanos
eram distantes uns dos outros e havia dificuldades nos
transportes. Assim, muitas vezes era mais fácil praticar
o comércio diretamente com Portugal do que entre as
capitanias, internamente.
Nessa época, calcula-se que a população brasileira era
composta de aproximadamente 3 milhões de pessoas
como mostra a tabela a seguir:
População brasileira aproximada (1798)
Brancos 1.000.000
Negros 1.600.000
Indígenas e mestiços 650.000
Total 3.250.000
Grupos sociais
A população do Brasil era composta
basicamente pelos seguintes grupos:
Colonizadores:
• Grandes comerciantes;
• Governadores de capitanias;
• Juízes e desembargadores; oficiais militares;
• Bispos e arcebispos.
Colonizados:
• Escravizados;
• Negros;
• Indígenas;
• Mestiços;
• Brancos pobres.
80% da população.
Além deles, havia o grupo dos colonos
formados por:
• Senhores de engenho;
• Fazendeiros;
• Proprietários de minas;
• Pecuaristas e donos de charqueadas que em
sua maioria eram descendentes de europeus.
Processo de Independência
Durante a época colonial, diversos conflitos
opuseram a população da colônia ao governo
português. Exemplos desses conflitos:
• Revolta dos Beckman (1684);
• Guerra dos Emboabas (1707-1709);
• Guerra dos Mascates (1710-1711);
• Revolta da Vila Rica (1720);
• Conjuração Mineira (1789);
• Conjuração Baiana (1798);
• Revolução Pernambucana (1817).
Conjuração Mineira (1789)
Na segunda metade do século XVIII, as jazidas de ouro de
Minas Gerais estavam se esgotando. Mesmo assim, o
governo português continuou cobrando pesados
impostos dos mineradores. Isto porque para o governo,
não era o ouro que estava acabando, mas sim o
contrabando que tinha aumentado.
Um clima de tensão e revolta tomou conta de Minas
Gerais quando o governador da capitania anunciou a
derrama (cobrança imediata de impostos atrasados).
Um grupo de colonos fez um movimento conhecido como
Conjuração ou Inconfidência Mineira.
Principais inconfidentes:
Claudio Manoel da Costa (1729-1789)
minerador e poeta.
Tomás Antonio Gonzaga (1744-1810).
Poeta e magistrado.
Carlos Correia de Toledo (1731-1803)
padre e minerador.
Joaquim José da Silva Xavier (1746-
1792) Tiradentes – ofício de dentista.
Planos e repressão
Os inconfidentes foram influenciados pelo
iluminismo e independência dos EUA.
Planos dos Inconfidentes:
• Fundar uma República com capital na cidade de
São João del-Rei;
• Implantar indústrias na região;
• Criar uma Universidade em Vila Rica (Ouro Preto).
Porém não havia propostas para abolir a
escravidão.
O movimento foi denunciado por Joaquim
Silvério dos Reis (1756-1792).
Muitos participantes foram presos, julgados e
condenados. Onze deles receberam a pena de
morte. Porém, apenas Tiradentes morreu. Os
outros foram exilados em colônias
portuguesas na África.
“Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela
libertação da minha Pátria.” Tiradentes.
Visão interna do museu Casa dos
Contos, Ouro Preto.
Conjuração Baiana (1798)
Dez anos depois da Conjuração Mineira, ocorreu
um novo movimento na Bahia.
Participaram: alfaiates, pedreiros, sapateiros,
soldados e escravos.
Um dos líderes da revolta foi Luiz Gonzaga das
Virgens e Veiga (1761-1799), soldado de
poucos recursos. Sabia ler e escrever.
Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga
(1761-1799)
Os planos dos revoltosos:
• O fim da escravidão e da dominação portuguesa;
• Proclamação de uma república;
• Permissão para que navios de todas as nações
ancorassem nos portos baianos.
Inspirados nas ideias iluministas, alguns revoltosos
escreviam panfletos e distribuíam na porta das
igrejas ou colavam nos muros.
“Está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade.
O tempo em que todos seremos irmãos. O tempo
em que todos seremos iguais.”
O governador da Bahia na época procurou
descobrir quem eram os autores dos cartazes
e panfletos, e chegou ao nome de Luiz
Gonzaga. Mais de 30 participantes foram
presos e processados. As penas mais severas
foram aplicadas aos líderes mais pobres: em
novembro de 1799, quatro mestiços foram
enforcados e esquartejados. Os alfaiates João
de Deus do Nascimento e Manuel Faustino
dos Santos Lira, e os soldados Lucas Dantas e
Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga.
Família real no Brasil
No início do século XIX, o exército francês dominava diversos
países europeus e o continente atravessava um período de
guerras. Sem conseguir vencer os ingleses, em 1806, o
governo francês decretou o Bloqueio Continental
(fechamento de todos os portos ao comércio inglês).
O governo português não obedeceu a proibição de Napoleão
e manteve a aliança de comércio com os ingleses. Em 1807
Napoleão enviou um ultimato a Dom João, para que este
rompesse com os ingleses. Resistindo a ordem, Portugal foi
invadido pelos exércitos franceses com o apoio da Espanha.
Sem poder resistir a invasão francesa, a Corte portuguesa,
composta de 15 mil pessoas veio para o Brasil.
Desembarcaram na Bahia em 22 de janeiro de 1808.
depois foram para o Rio de Janeiro em 08/03/1808.
A chegada da família real no Brasil,
pintura de Geoff Hunt.
O governo português se instala na colônia
Dom João se manteve no Brasil durante 13 anos, entre 1808 e
1821. esse período foi marcado por diversos
acontecimentos:
• Abertura dos portos (1808);
• Autorização para instalação de indústrias no Brasil (1808);
• Introdução do Ensino Superior (1808);
• Criação de instituições (1808-1810);
• Assinatura do Tratado de Comércio e Navegação (1810);
• Elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves
(1815);
• Contratação de artistas e professores franceses (1816);
• Aclamação de Dom João VI (1818).
Fachada do edifício onde funciona a
Biblioteca Nacional em 2017.
Vista do Jardim Botânico em 2017
Tutela dos indígenas
Durante o domínio português, os colonizadores tinham
interesses econômicos, políticos e religiosos em relação aos
povos indígenas que viviam no território. Assim, por meio da
violência, muitos deles foram catequizados, escravizados ou
exterminados.
Do início da colonização até meados do século XVIII, os indígenas
ficaram sob a tutela dos jesuítas.
Nas missões jesuíticas os indígenas foram catequizados e
obrigados a trabalhar seguindo os costumes dos europeus.
Posteriormente, no século XVIII, por ordem do marquês de
Pombal, os jesuítas foram expulsos do reino de Portugal e de
suas colônias, inclusive do Brasil.
Na década de 1750, com a criação do Diretório dos
Índios, a tutela dos indígenas passou das mãos dos
jesuítas para o Estado.
Os antigos aldeamentos indígenas foram transformados
em vilas.
O Diretório dos Índios funcionou até 1798, e foi
combatida a escravização dos indígenas.
A partir de 1808, com a chegada da família real
portuguesa, dom João assumiu uma postura ainda mais
agressiva contra os indígenas. Autorizou a guerra contra
os Botocudos de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Capitão dos Botocudos em viagem.
Botocudos
A cerca de 60 km ao Norte da foz do rio São Mateus
(ou Cricaré) encontramos a foz de um outro rio importante
dessa região Leste do Brasil – o rio Mucuri.
Revolução Pernambucana
Em 1817, uma nova revolta aconteceu, dessa vez em
Pernambuco. O movimento foi chamado de Insurreição ou
Revolução Pernambucana.
Essa revolução foi motivada por várias condições:
• Aumento dos impostos para sustentar a coroa portuguesa no
RJ;
• Os prejuízos à agricultura e a fome causados pela falta de
chuvas em áreas do sertão;
• Queda no preço do açúcar e do algodão;
• Concorrência dos produtos das Antilhas e dos EUA.
O movimento pernambucano teve a
participação de setores da elite econômica e das
camadas populares, incluindo negros, mestiços
e brancos pobres. A presença popular inquietava
os principais líderes da revolta.
Apesar das divergências de interesses, todos
concordavam em proclamar uma república na
região.
Eclode a revolta
A revolta explodiu quando um comerciante português
denunciou os planos do movimento ao governador de
Pernambuco. O governador enviou forças militares para
reprimir os envolvidos, mas os revoltosos mataram os
militares e em seguida prenderam o governador.
Os rebeldes tomaram o poder em Pernambuco e o
movimento expandiu-se para o Ceará, Paraíba e o RN.
Em Recife, os revoltosos formaram um governo
provisório que extinguiu impostos e elaborou uma
Constituição garantindo liberdade religiosa e de
imprensa.
O governo de dom João VI combateu a
Revolução Pernambucana mandando tropas,
armas e navios. Portos foram bloqueados e
navios pernambucanos confiscados. Os
revoltosos se entregaram em maio de 1817.
Para alguns historiadores, a Revolução
Pernambucana foi a única revolta anterior à
Independência do Brasil que ultrapassou a fase
de conspiração.
Vista da cidade de Recife e parte
de Olinda início do séc. XIX
Regência de dom Pedro
Em 1820, em Portugal ocorreu uma revolta que
envolvia diversos setores da sociedade e que ficou
conhecida como Revolução Liberal do Porto. Os
rebeldes formaram uma assembleia de governo,
elaboraram uma constituição e exigiram que dom João
VI voltasse para Portugal. Queriam que o Brasil voltasse
a ser colônia.
Pressionado dom João VI voltou para Portugal e deixou
seu filho dom Pedro. Só que a assembleia portuguesa
exigiu também a volta de dom Pedro.
Em 9 de janeiro de 1822, o príncipe aceitou o
pedido de ficar no país (Dia do Fico).
PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
No dia 7 de setembro de 1822, dom Pedro
proclamou a Independência do Brasil, na cidade
de São Paulo, e regressou ao RJ. Posteriormente
o príncipe foi aclamado imperador, sendo
coroado com o título de dom Pedro I, em
1/12/1822.
A proclamação da Independência marcou a quebra definitiva dos laços
coloniais. Isto representava o nascimento do Estado Nacional
brasileiro. Nesse Estado foi adotada a monarquia como forma de
governo.
Isso contrastava com a maioria dos países da América espanhola que
se tornaram repúblicas após suas independências.
De modo geral, uma das diferenças entre essas formas de governo é:
• Monarquia o Estado é dirigido por um governante cujo poder é
hereditário;
• República o Estado é dirigido por governantes eleitos
periodicamente pelo povo.
• Apesar das diferentes formas de governo adotadas, tanto no Brasil
quanto nos demais países latino-americanos a maioria da
população continuou lutando por direitos políticos e sociais.
Lutas pela independência
Em algumas regiões do Brasil, as elites locais estavam mais
ligadas a Portugal que às demais capitanias. Nessas regiões,
ocorreram guerras para garantir a independência e a unidade do
Brasil.
• Na Bahia, tropas portuguesas que resistiram à independência
foram vencidas pelos baianos e por reforços imperiais em 2 de
julho de 1823.
• No Piauí, proprietários de terras aliaram-se às tropas
portuguesas. Depois de algumas batalhas e da adesão de
algumas câmaras municipais, cederam à independência.
• No Grão-Pará, comerciantes e proprietários rurais, aliaram-se
às tropas portuguesas. As tropas imperiais sufocaram o
movimento em 1823.
Escravos lutam pela independência
Negros livres e escravizados lutaram pela
independência do Brasil.
Liberdade e independência
A luta pela independência não tinha o mesmo
sentido para todos aqueles que participaram
dela. Para muitos escravizados, a independência
do Brasil era sinônimo de liberdade. Porém a
situação dos escravizados praticamente não
mudou após a independência.
Forte de são Lourenço em Itaparica, Bahia.

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Capítulo 8-Independência do Brasil.ppt

  • 2. População e sociedade No final do século XVIII, grande parte da população brasileira vivia no litoral. No entanto, vilas e cidades haviam se formado no interior em razão de atividades como pecuária e a mineração. Os núcleos urbanos eram distantes uns dos outros e havia dificuldades nos transportes. Assim, muitas vezes era mais fácil praticar o comércio diretamente com Portugal do que entre as capitanias, internamente. Nessa época, calcula-se que a população brasileira era composta de aproximadamente 3 milhões de pessoas como mostra a tabela a seguir:
  • 3. População brasileira aproximada (1798) Brancos 1.000.000 Negros 1.600.000 Indígenas e mestiços 650.000 Total 3.250.000
  • 4. Grupos sociais A população do Brasil era composta basicamente pelos seguintes grupos: Colonizadores: • Grandes comerciantes; • Governadores de capitanias; • Juízes e desembargadores; oficiais militares; • Bispos e arcebispos.
  • 5. Colonizados: • Escravizados; • Negros; • Indígenas; • Mestiços; • Brancos pobres. 80% da população.
  • 6. Além deles, havia o grupo dos colonos formados por: • Senhores de engenho; • Fazendeiros; • Proprietários de minas; • Pecuaristas e donos de charqueadas que em sua maioria eram descendentes de europeus.
  • 7. Processo de Independência Durante a época colonial, diversos conflitos opuseram a população da colônia ao governo português. Exemplos desses conflitos: • Revolta dos Beckman (1684); • Guerra dos Emboabas (1707-1709); • Guerra dos Mascates (1710-1711); • Revolta da Vila Rica (1720); • Conjuração Mineira (1789); • Conjuração Baiana (1798); • Revolução Pernambucana (1817).
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  • 9. Conjuração Mineira (1789) Na segunda metade do século XVIII, as jazidas de ouro de Minas Gerais estavam se esgotando. Mesmo assim, o governo português continuou cobrando pesados impostos dos mineradores. Isto porque para o governo, não era o ouro que estava acabando, mas sim o contrabando que tinha aumentado. Um clima de tensão e revolta tomou conta de Minas Gerais quando o governador da capitania anunciou a derrama (cobrança imediata de impostos atrasados). Um grupo de colonos fez um movimento conhecido como Conjuração ou Inconfidência Mineira.
  • 10. Principais inconfidentes: Claudio Manoel da Costa (1729-1789) minerador e poeta.
  • 11. Tomás Antonio Gonzaga (1744-1810). Poeta e magistrado.
  • 12. Carlos Correia de Toledo (1731-1803) padre e minerador.
  • 13. Joaquim José da Silva Xavier (1746- 1792) Tiradentes – ofício de dentista.
  • 14. Planos e repressão Os inconfidentes foram influenciados pelo iluminismo e independência dos EUA. Planos dos Inconfidentes: • Fundar uma República com capital na cidade de São João del-Rei; • Implantar indústrias na região; • Criar uma Universidade em Vila Rica (Ouro Preto). Porém não havia propostas para abolir a escravidão.
  • 15. O movimento foi denunciado por Joaquim Silvério dos Reis (1756-1792). Muitos participantes foram presos, julgados e condenados. Onze deles receberam a pena de morte. Porém, apenas Tiradentes morreu. Os outros foram exilados em colônias portuguesas na África. “Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela libertação da minha Pátria.” Tiradentes.
  • 16. Visão interna do museu Casa dos Contos, Ouro Preto.
  • 17. Conjuração Baiana (1798) Dez anos depois da Conjuração Mineira, ocorreu um novo movimento na Bahia. Participaram: alfaiates, pedreiros, sapateiros, soldados e escravos. Um dos líderes da revolta foi Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga (1761-1799), soldado de poucos recursos. Sabia ler e escrever.
  • 18. Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga (1761-1799)
  • 19. Os planos dos revoltosos: • O fim da escravidão e da dominação portuguesa; • Proclamação de uma república; • Permissão para que navios de todas as nações ancorassem nos portos baianos. Inspirados nas ideias iluministas, alguns revoltosos escreviam panfletos e distribuíam na porta das igrejas ou colavam nos muros. “Está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade. O tempo em que todos seremos irmãos. O tempo em que todos seremos iguais.”
  • 20. O governador da Bahia na época procurou descobrir quem eram os autores dos cartazes e panfletos, e chegou ao nome de Luiz Gonzaga. Mais de 30 participantes foram presos e processados. As penas mais severas foram aplicadas aos líderes mais pobres: em novembro de 1799, quatro mestiços foram enforcados e esquartejados. Os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira, e os soldados Lucas Dantas e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga.
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  • 23. Família real no Brasil No início do século XIX, o exército francês dominava diversos países europeus e o continente atravessava um período de guerras. Sem conseguir vencer os ingleses, em 1806, o governo francês decretou o Bloqueio Continental (fechamento de todos os portos ao comércio inglês). O governo português não obedeceu a proibição de Napoleão e manteve a aliança de comércio com os ingleses. Em 1807 Napoleão enviou um ultimato a Dom João, para que este rompesse com os ingleses. Resistindo a ordem, Portugal foi invadido pelos exércitos franceses com o apoio da Espanha. Sem poder resistir a invasão francesa, a Corte portuguesa, composta de 15 mil pessoas veio para o Brasil. Desembarcaram na Bahia em 22 de janeiro de 1808. depois foram para o Rio de Janeiro em 08/03/1808.
  • 24. A chegada da família real no Brasil, pintura de Geoff Hunt.
  • 25. O governo português se instala na colônia Dom João se manteve no Brasil durante 13 anos, entre 1808 e 1821. esse período foi marcado por diversos acontecimentos: • Abertura dos portos (1808); • Autorização para instalação de indústrias no Brasil (1808); • Introdução do Ensino Superior (1808); • Criação de instituições (1808-1810); • Assinatura do Tratado de Comércio e Navegação (1810); • Elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves (1815); • Contratação de artistas e professores franceses (1816); • Aclamação de Dom João VI (1818).
  • 26. Fachada do edifício onde funciona a Biblioteca Nacional em 2017.
  • 27. Vista do Jardim Botânico em 2017
  • 28. Tutela dos indígenas Durante o domínio português, os colonizadores tinham interesses econômicos, políticos e religiosos em relação aos povos indígenas que viviam no território. Assim, por meio da violência, muitos deles foram catequizados, escravizados ou exterminados. Do início da colonização até meados do século XVIII, os indígenas ficaram sob a tutela dos jesuítas. Nas missões jesuíticas os indígenas foram catequizados e obrigados a trabalhar seguindo os costumes dos europeus. Posteriormente, no século XVIII, por ordem do marquês de Pombal, os jesuítas foram expulsos do reino de Portugal e de suas colônias, inclusive do Brasil.
  • 29. Na década de 1750, com a criação do Diretório dos Índios, a tutela dos indígenas passou das mãos dos jesuítas para o Estado. Os antigos aldeamentos indígenas foram transformados em vilas. O Diretório dos Índios funcionou até 1798, e foi combatida a escravização dos indígenas. A partir de 1808, com a chegada da família real portuguesa, dom João assumiu uma postura ainda mais agressiva contra os indígenas. Autorizou a guerra contra os Botocudos de Minas Gerais e do Espírito Santo.
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  • 34. A cerca de 60 km ao Norte da foz do rio São Mateus (ou Cricaré) encontramos a foz de um outro rio importante dessa região Leste do Brasil – o rio Mucuri.
  • 35. Revolução Pernambucana Em 1817, uma nova revolta aconteceu, dessa vez em Pernambuco. O movimento foi chamado de Insurreição ou Revolução Pernambucana. Essa revolução foi motivada por várias condições: • Aumento dos impostos para sustentar a coroa portuguesa no RJ; • Os prejuízos à agricultura e a fome causados pela falta de chuvas em áreas do sertão; • Queda no preço do açúcar e do algodão; • Concorrência dos produtos das Antilhas e dos EUA.
  • 36. O movimento pernambucano teve a participação de setores da elite econômica e das camadas populares, incluindo negros, mestiços e brancos pobres. A presença popular inquietava os principais líderes da revolta. Apesar das divergências de interesses, todos concordavam em proclamar uma república na região.
  • 37. Eclode a revolta A revolta explodiu quando um comerciante português denunciou os planos do movimento ao governador de Pernambuco. O governador enviou forças militares para reprimir os envolvidos, mas os revoltosos mataram os militares e em seguida prenderam o governador. Os rebeldes tomaram o poder em Pernambuco e o movimento expandiu-se para o Ceará, Paraíba e o RN. Em Recife, os revoltosos formaram um governo provisório que extinguiu impostos e elaborou uma Constituição garantindo liberdade religiosa e de imprensa.
  • 38. O governo de dom João VI combateu a Revolução Pernambucana mandando tropas, armas e navios. Portos foram bloqueados e navios pernambucanos confiscados. Os revoltosos se entregaram em maio de 1817. Para alguns historiadores, a Revolução Pernambucana foi a única revolta anterior à Independência do Brasil que ultrapassou a fase de conspiração.
  • 39. Vista da cidade de Recife e parte de Olinda início do séc. XIX
  • 40. Regência de dom Pedro Em 1820, em Portugal ocorreu uma revolta que envolvia diversos setores da sociedade e que ficou conhecida como Revolução Liberal do Porto. Os rebeldes formaram uma assembleia de governo, elaboraram uma constituição e exigiram que dom João VI voltasse para Portugal. Queriam que o Brasil voltasse a ser colônia. Pressionado dom João VI voltou para Portugal e deixou seu filho dom Pedro. Só que a assembleia portuguesa exigiu também a volta de dom Pedro.
  • 41. Em 9 de janeiro de 1822, o príncipe aceitou o pedido de ficar no país (Dia do Fico). PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA No dia 7 de setembro de 1822, dom Pedro proclamou a Independência do Brasil, na cidade de São Paulo, e regressou ao RJ. Posteriormente o príncipe foi aclamado imperador, sendo coroado com o título de dom Pedro I, em 1/12/1822.
  • 42. A proclamação da Independência marcou a quebra definitiva dos laços coloniais. Isto representava o nascimento do Estado Nacional brasileiro. Nesse Estado foi adotada a monarquia como forma de governo. Isso contrastava com a maioria dos países da América espanhola que se tornaram repúblicas após suas independências. De modo geral, uma das diferenças entre essas formas de governo é: • Monarquia o Estado é dirigido por um governante cujo poder é hereditário; • República o Estado é dirigido por governantes eleitos periodicamente pelo povo. • Apesar das diferentes formas de governo adotadas, tanto no Brasil quanto nos demais países latino-americanos a maioria da população continuou lutando por direitos políticos e sociais.
  • 43. Lutas pela independência Em algumas regiões do Brasil, as elites locais estavam mais ligadas a Portugal que às demais capitanias. Nessas regiões, ocorreram guerras para garantir a independência e a unidade do Brasil. • Na Bahia, tropas portuguesas que resistiram à independência foram vencidas pelos baianos e por reforços imperiais em 2 de julho de 1823. • No Piauí, proprietários de terras aliaram-se às tropas portuguesas. Depois de algumas batalhas e da adesão de algumas câmaras municipais, cederam à independência. • No Grão-Pará, comerciantes e proprietários rurais, aliaram-se às tropas portuguesas. As tropas imperiais sufocaram o movimento em 1823.
  • 44. Escravos lutam pela independência Negros livres e escravizados lutaram pela independência do Brasil. Liberdade e independência A luta pela independência não tinha o mesmo sentido para todos aqueles que participaram dela. Para muitos escravizados, a independência do Brasil era sinônimo de liberdade. Porém a situação dos escravizados praticamente não mudou após a independência.
  • 45. Forte de são Lourenço em Itaparica, Bahia.