3. Desprovido de recursos ($) para financiar aDesprovido de recursos ($) para financiar a
colonização, o Estado recorreucolonização, o Estado recorreu
à iniciativa privada.à iniciativa privada.
4. 1.1. Documentos que regulamentavam o1.1. Documentos que regulamentavam o
sistema de capitanias hereditárias:sistema de capitanias hereditárias:
Carta de Doação:Carta de Doação:
oficializava aoficializava a
concessão aoconcessão ao
donatário edonatário e
estabelecia os limitesestabelecia os limites
territoriais;territoriais;
Carta Foral:Carta Foral:
estabelecia os direitosestabelecia os direitos
e deveres do capitão-e deveres do capitão-
donatário.donatário.
5. 1.2. Principais motivos do fracasso do sistema1.2. Principais motivos do fracasso do sistema
de capitanias hereditárias:de capitanias hereditárias:
A falta de recursos ($) ou de interesse deA falta de recursos ($) ou de interesse de
alguns donatários;alguns donatários;
A excessiva descentralização / autoritarismoA excessiva descentralização / autoritarismo
dos donatários;dos donatários;
Os constantes ataques indígenas às vilas;Os constantes ataques indígenas às vilas;
A enorme distância: colônia – metrópole;A enorme distância: colônia – metrópole;
A falta de comunicação interna etc.A falta de comunicação interna etc.
6. 2. O Governo-Geral2. O Governo-Geral
Criado com os objetivos de centralizar administrativamenteCriado com os objetivos de centralizar administrativamente
a colônia e dar apoio financeiro e militar aos capitães-a colônia e dar apoio financeiro e militar aos capitães-
donatários.donatários.
É fundamental que se entenda que o governo-geral NÃOÉ fundamental que se entenda que o governo-geral NÃO
extinguiu o sistema de capitanias hereditárias.extinguiu o sistema de capitanias hereditárias.
** Observe o organograma do sistema de Governo-GeralObserve o organograma do sistema de Governo-Geral
D. João IIID. João III
7. 2.1. Governo Tomé de Sousa (1549-53)2.1. Governo Tomé de Sousa (1549-53)
Fundou a primeira cidade: SalvadorFundou a primeira cidade: Salvador
(1549) e o primeiro Bispado;(1549) e o primeiro Bispado;
Trouxe os primeiros padres jesuítas,Trouxe os primeiros padres jesuítas,
comandados por Manuel da Nóbrega, ecomandados por Manuel da Nóbrega, e
as primeiras cabeças-de-gado;as primeiras cabeças-de-gado;
Deu grande incentivo à agropecuária.Deu grande incentivo à agropecuária.
PadrePadre
Manuel daManuel da
NóbregaNóbrega
GadoGado
zebuzebu
8. 2.2. Governo Duarte da Costa (1553-58)2.2. Governo Duarte da Costa (1553-58)
Autoritário: enfrentou problemasAutoritário: enfrentou problemas
com donatários e colonos;com donatários e colonos;
Trouxe outro grupo de jesuítas, comTrouxe outro grupo de jesuítas, com
destaque para José de Anchieta que,destaque para José de Anchieta que,
em 1554, fundou o colégio de Sãoem 1554, fundou o colégio de São
Paulo de Piratininga;Paulo de Piratininga;
Padre José de AnchietaPadre José de AnchietaPátio do ColégioPátio do Colégio
9. Huguenotes (calvinistas franceses) invadiram oHuguenotes (calvinistas franceses) invadiram o
litoral do RJ, onde fundaram a França Antárticalitoral do RJ, onde fundaram a França Antártica
(1555)(1555)
Missa de bênção à França Antártica. Nicolau DurandMissa de bênção à França Antártica. Nicolau Durand
de Villegaignon está de armadura, atrás do Padre.de Villegaignon está de armadura, atrás do Padre.
10. Duarte da Costa também teve que enfrentar umaDuarte da Costa também teve que enfrentar uma
insurreição de nativos na região próxima ainsurreição de nativos na região próxima a
Ubatuba, que somente foi resolvida no governoUbatuba, que somente foi resolvida no governo
seguinte devido à intervenção pacífica dos padresseguinte devido à intervenção pacífica dos padres
Nóbrega e Anchieta – Paz de Iperóig.Nóbrega e Anchieta – Paz de Iperóig.
Catequização dos nativosCatequização dos nativos Índios TamoiosÍndios Tamoios
11. Manuel da Nóbrega e Anchieta intermediando a Paz dos TamoiosManuel da Nóbrega e Anchieta intermediando a Paz dos Tamoios
12. 2.3. Governo Mem de Sá (1558-72)2.3. Governo Mem de Sá (1558-72)
Trouxe seu sobrinho, Estácio de Sá,Trouxe seu sobrinho, Estácio de Sá,
que fundou a vila de São Sebastiãoque fundou a vila de São Sebastião
do Rio de Janeiro (1565);do Rio de Janeiro (1565);
Estácio de SáEstácio de Sá
parte de Bertiogaparte de Bertioga
para fundar a vilapara fundar a vila
de São Sebastiãode São Sebastião
do Rio dedo Rio de
Janeiro, próximaJaneiro, próxima
da Françada França
Antártica.Antártica.
13. Em 1567, os franceses foram expulsos do Rio deEm 1567, os franceses foram expulsos do Rio de
Janeiro; episódio que custou a vidaJaneiro; episódio que custou a vida
de Estácio de Sáde Estácio de Sá
14. Após a morte de Mem de Sá, o Brasil foi divididoApós a morte de Mem de Sá, o Brasil foi dividido
em norte, com capital em Salvador, e sul, comem norte, com capital em Salvador, e sul, com
capital no Rio de Janeiro, divisão que durou atécapital no Rio de Janeiro, divisão que durou até
1578, quando houve a reunificação.1578, quando houve a reunificação.
15. 3. Câmaras Municipais3. Câmaras Municipais
Representavam o poder político local (aristocraciaRepresentavam o poder político local (aristocracia
rural = “homens bons”);rural = “homens bons”);
Existiram nos núcleos de povoamento elevados aExistiram nos núcleos de povoamento elevados a
“vilas”, com as funções de cuidarem de questões“vilas”, com as funções de cuidarem de questões
estruturais (abertura de estradas, cobrança deestruturais (abertura de estradas, cobrança de
impostos, contratação de funcionários etc).impostos, contratação de funcionários etc).
Pelourinho de Alcântara-MAPelourinho de Alcântara-MA
PelourinhoPelourinho
dede
Mariana-MGMariana-MG
16. Por se chocarem frequentemente com os interesses daPor se chocarem frequentemente com os interesses da
metrópole, as Câmaras foram substituídas, em 1642,metrópole, as Câmaras foram substituídas, em 1642,
pelo Conselho Ultramarinopelo Conselho Ultramarino..
Aclamação de D. João IV, fato que marcou a ascensão da dinastiaAclamação de D. João IV, fato que marcou a ascensão da dinastia
dos Bragança, encerrando o período da União Ibérica (1580-1640)dos Bragança, encerrando o período da União Ibérica (1580-1640)
17. O Centralismo X LocalismoO Centralismo X Localismo
A relativa autonomia municipal dosA relativa autonomia municipal dos
homens-bonshomens-bons, foi duramente atingida a, foi duramente atingida a
partir de 1642, quando foi criado opartir de 1642, quando foi criado o
Conselho UltramarinoConselho Ultramarino,, que passou aque passou a
fiscalizar a ação das Câmaras Municipaisfiscalizar a ação das Câmaras Municipais
através dos chamadosatravés dos chamados Juízes-de-ForaJuízes-de-Fora
19. Diante da necessidade de aumentar osDiante da necessidade de aumentar os
recursos, o governo do rei Dom João IVrecursos, o governo do rei Dom João IV
começou uma política de maior controlecomeçou uma política de maior controle
sobre a colônia. Em 1642 foi criado osobre a colônia. Em 1642 foi criado o
Conselho Ultramarino,Conselho Ultramarino, órgão responsável pelaórgão responsável pela
administração colonial.administração colonial.
A Companhia Geral do Comércio do Estado doA Companhia Geral do Comércio do Estado do
BrasilBrasil passou a ter exclusividade sobre aspassou a ter exclusividade sobre as
relações comerciais da região entre os atuaisrelações comerciais da região entre os atuais
estados do Rio Grande do Norte e São Paulo. Porestados do Rio Grande do Norte e São Paulo. Por
vinte anos essa Companhia teve exclusividadevinte anos essa Companhia teve exclusividade
sobre diversos produtos fornecidos a colônia, comosobre diversos produtos fornecidos a colônia, como
AZEITE, VINHO, FARINHA ENTRE OUTROSAZEITE, VINHO, FARINHA ENTRE OUTROS
20. Características do sistemaCaracterísticas do sistema
colonial implantadocolonial implantado
** O caráter de complementaridade.O caráter de complementaridade.
** A organização da produção em larga escalaA organização da produção em larga escala
e baixo custo.e baixo custo.
** A estruturação do processo colonizadorA estruturação do processo colonizador
com base no “pacto colonial”.com base no “pacto colonial”.
** O caráter monocultor da agricultura deO caráter monocultor da agricultura de
exportação, dependente de investimentos eexportação, dependente de investimentos e
financiamentos externos.financiamentos externos.
** A proibição da instalação de manufaturas.A proibição da instalação de manufaturas.
** O “exclusivo comercial”.O “exclusivo comercial”.
21. O FIM DA DINASTIA D’AVISO FIM DA DINASTIA D’AVIS
Depois do governo de Mem deDepois do governo de Mem de
Sá, o território foi dividido emSá, o território foi dividido em
dois governos-gerais, um aodois governos-gerais, um ao
Norte na Bahia e outro ao Sul noNorte na Bahia e outro ao Sul no
Rio de Janeiro (1572-1578) eRio de Janeiro (1572-1578) e
reunificados na Bahia em 1578.reunificados na Bahia em 1578.
Com a morte de D. Sebastião,Com a morte de D. Sebastião,
em 1578, na Batalha de Alcácer-em 1578, na Batalha de Alcácer-
Quibir, sem descendência e oQuibir, sem descendência e o
curto governo de Henrique Icurto governo de Henrique I
(1578-80), Portugal foi unificado(1578-80), Portugal foi unificado
à Espanha.à Espanha.
2121
D. Sebastião, oD. Sebastião, o
Desejado.Desejado.
22. UNIÃO IBÉRICAUNIÃO IBÉRICA
Iniciava-se a União Ibérica (1580-Iniciava-se a União Ibérica (1580-
1640) sob o governo de Felipe II.1640) sob o governo de Felipe II.
Segundo os acordos firmados, asSegundo os acordos firmados, as
colônias de Portugal continuariamcolônias de Portugal continuariam
governadas por portugueses.governadas por portugueses.
Os inimigos de EspanhaOs inimigos de Espanha
passaram a atacar as colôniaspassaram a atacar as colônias
portuguesas e Portugal perdeuportuguesas e Portugal perdeu
boa parte de suas possessões.boa parte de suas possessões.
Nesse período, os holandesesNesse período, os holandeses
ocuparam o Nordeste brasileiro.ocuparam o Nordeste brasileiro.
2222
23. INVASÕES HOLANDESASINVASÕES HOLANDESAS
Os holandeses eram parceiros dosOs holandeses eram parceiros dos
portugueses na agroindústria doportugueses na agroindústria do
açúcar, financiando a produção,açúcar, financiando a produção,
transportando o produto e fazendotransportando o produto e fazendo
sua distribuição pela Europa.sua distribuição pela Europa.
Com a União Ibérica, os espanhóisCom a União Ibérica, os espanhóis
romperam os acordos, pois osromperam os acordos, pois os
holandeses estavam em guerra deholandeses estavam em guerra de
independência contra a Espanha.independência contra a Espanha.
Os holandeses atacaram colôniasOs holandeses atacaram colônias
portuguesas na Ásia, África eportuguesas na Ásia, África e
América.América. Arte de Albert EckhoutArte de Albert Eckhout
24. INVASÕES HOLANDESASINVASÕES HOLANDESAS
Cronologia :Cronologia :
1624-1625 – Invasão de1624-1625 – Invasão de
Salvador, na Bahia.Salvador, na Bahia.
1630-1654 – Invasão de1630-1654 – Invasão de
Olinda e Recife, emOlinda e Recife, em
Pernambuco.Pernambuco.
1630-1637 – Fase de1630-1637 – Fase de
resistência ao invasor.resistência ao invasor.
1637-1644 – Administração1637-1644 – Administração
de Maurício de Nassau.de Maurício de Nassau.
1644-1654 – Insurreição1644-1654 – Insurreição
Pernambucana.Pernambucana.
25. INVASÕES HOLANDESASINVASÕES HOLANDESAS
A Companhia Neerlandesa dasA Companhia Neerlandesa das
Índias Ocidentais era a responsávelÍndias Ocidentais era a responsável
pela colonização do Brasil.pela colonização do Brasil.
A resistência dos luso-brasileiros foiA resistência dos luso-brasileiros foi
grande e mas o governo degrande e mas o governo de
Maurício de Nassau diluiu asMaurício de Nassau diluiu as
tensões.tensões.
Nassau era complacente com asNassau era complacente com as
dívidas dos senhores de engenho,dívidas dos senhores de engenho,
embelezou Olinda, transformouembelezou Olinda, transformou
Recife em uma cidade importante,Recife em uma cidade importante,
trouxe artistas para a colôniatrouxe artistas para a colônia
((Frans J. Post E AlbertFrans J. Post E Albert
Maurício deMaurício de
NassauNassau
26. INVASÕES HOLANDESASINVASÕES HOLANDESAS
Os holandeses estabeleceram noOs holandeses estabeleceram no
Brasil a liberdade religiosa.Brasil a liberdade religiosa.
Em 1641, os holandeses eEm 1641, os holandeses e
portugueses assinaram um acordo.portugueses assinaram um acordo.
Portugal abriria mão dos Brasil.Portugal abriria mão dos Brasil.
Com a saída de Nassau e a quedaCom a saída de Nassau e a queda
dos preços do açúcar, a Companhiados preços do açúcar, a Companhia
decidiu cobrar os colonos.decidiu cobrar os colonos.
Os luso-brasileiros se revoltaramOs luso-brasileiros se revoltaram →→
Insurreição Pernambucana.Insurreição Pernambucana.
Portugal ajudou somente quando aPortugal ajudou somente quando a
vitória já era quase certa.vitória já era quase certa.
Primeira Sinagoga dasPrimeira Sinagoga das
Américas.Américas.
27. INVASÕES HOLANDESASINVASÕES HOLANDESAS
Com a derrota holandesa, os portugueses tiveram queCom a derrota holandesa, os portugueses tiveram que
indenizar a Companhia.indenizar a Companhia.
Os holandeses passaram a plantar cana nas Antilhas eOs holandeses passaram a plantar cana nas Antilhas e
competir com o açúcar brasileiro.competir com o açúcar brasileiro.
A partir daí, os lucros da cana passaram a declinar.A partir daí, os lucros da cana passaram a declinar.
No entanto, é preciso lembrar que a cana ainda era oNo entanto, é preciso lembrar que a cana ainda era o
maior produto agrícola do Brasil até a época do café.maior produto agrícola do Brasil até a época do café.
Os judeus que estavam no Brasil migraram para aOs judeus que estavam no Brasil migraram para a
colônia de Nova Amsterdã, hoje, Nova York.colônia de Nova Amsterdã, hoje, Nova York.
Durante a presença holandesa, Recife tornou-se umDurante a presença holandesa, Recife tornou-se um
grande porto e queria status igual ao de Olinda.grande porto e queria status igual ao de Olinda.
28. AGROINDÚSTRIA DO AÇÚCARAGROINDÚSTRIA DO AÇÚCAR
A lavoura de cana foi instaladaA lavoura de cana foi instalada
em regime deem regime de PlantationPlantation, isto, isto
é, latifúndio, monocultura eé, latifúndio, monocultura e
mão-de-obra escrava.mão-de-obra escrava.
EngenhoEngenho é uma unidadeé uma unidade
industrial especializada emindustrial especializada em
transformar a cana em açúcartransformar a cana em açúcar
ou outros derivados, como oou outros derivados, como o
melaço ou aguardente.melaço ou aguardente.
2828
Em 1570, já havia 60Em 1570, já havia 60
engenhos no Brasil.engenhos no Brasil.
29. O Comércio de EscravosO Comércio de Escravos
NegrosNegros
Na África, os escravos eram adquiridos porNa África, os escravos eram adquiridos por
traficantes a preços baixos e revendido atraficantes a preços baixos e revendido a
preços altos na América.preços altos na América.
O tabaco, a aguardente, ouro, marfim,O tabaco, a aguardente, ouro, marfim,
tecidos, cavalos, armas e outros produtostecidos, cavalos, armas e outros produtos
serviam de moeda de troca.serviam de moeda de troca.
Quando chegavam à América portuguesa, osQuando chegavam à América portuguesa, os
escravos eram colocados à venda emescravos eram colocados à venda em
mercados.mercados.
Ficavam a mostra em exposição sendoFicavam a mostra em exposição sendo
tratados como mercadorias.tratados como mercadorias.
30. A captura dos escravosA captura dos escravos
No início, os comerciantesNo início, os comerciantes
portugueses capturavam osportugueses capturavam os
africanos.africanos.
Mais tarde os chefesMais tarde os chefes
africanos passaram aafricanos passaram a
organizar as incursões aoorganizar as incursões ao
interior, atacando aldeias,interior, atacando aldeias,
preparando emboscadaspreparando emboscadas
para conseguirem cativospara conseguirem cativos
para venderem nas feitoriaspara venderem nas feitorias
no litoral para esperar ono litoral para esperar o
embarque.embarque.
32. Não existe um número exato, mas estima-seNão existe um número exato, mas estima-se
que entre 1531 a 1855 cerca de 4 milhões deque entre 1531 a 1855 cerca de 4 milhões de
africanos desembarcaram no Brasil.africanos desembarcaram no Brasil.
A travessia para o Recife durava em médiaA travessia para o Recife durava em média
35 dias, para a Bahia 40 dias e para o Rio de35 dias, para a Bahia 40 dias e para o Rio de
Janeiro 60 dias.(as vezes chegando aJaneiro 60 dias.(as vezes chegando a
meses).meses).
Em razão das péssimas condições deEm razão das péssimas condições de
viagem, inclusive acorrentados nos porõesviagem, inclusive acorrentados nos porões
dos navios, o índice de mortalidade era alto,dos navios, o índice de mortalidade era alto,
por isso os navios que transportavam ospor isso os navios que transportavam os
negros ficaram conhecidos comonegros ficaram conhecidos como tumbeiros.tumbeiros.
36. ORIGEM DOS ESCRAVOSORIGEM DOS ESCRAVOS
A maioria dos africanos trazidos à colôniaA maioria dos africanos trazidos à colônia
portuguesa como escravos pertencia a doisportuguesa como escravos pertencia a dois
grandes grupos étnicos:grandes grupos étnicos:
01. os01. os bantosbantos , originários de Angola,, originários de Angola,
Moçambique e Congo, e que se tornaramMoçambique e Congo, e que se tornaram
mais numerosos no centro-sul e no Nordeste;mais numerosos no centro-sul e no Nordeste;
02. os02. os sudanesessudaneses , provenientes da Guiné, da, provenientes da Guiné, da
Nigéria e da Costa do Ouro, e que foramNigéria e da Costa do Ouro, e que foram
levados principalmente para a região dalevados principalmente para a região da
Bahia.Bahia.
38. Os escravos que vinham para oOs escravos que vinham para o
Brasil eram de várias etnias.Brasil eram de várias etnias.
Vejamos:Vejamos:
39. Os Conflitos CulturaisOs Conflitos Culturais
As principais mudanças culturais impostasAs principais mudanças culturais impostas
aos escravos negros africanos eram:aos escravos negros africanos eram:
AlimentaçãoAlimentação – Eles comiam o que o senhor– Eles comiam o que o senhor
lhes dava;lhes dava;
RoupasRoupas – Eram obrigados a vestir grossos– Eram obrigados a vestir grossos
panos de algodão;panos de algodão;
LínguaLíngua – Eram obrigados a aprender a– Eram obrigados a aprender a
língua local dos portugueses;língua local dos portugueses;
ReligiãoReligião – Eram obrigados a adotarem o– Eram obrigados a adotarem o
catolicismo como religião.catolicismo como religião.
40. O DIA-A-DIA DOS ESCRAVOSO DIA-A-DIA DOS ESCRAVOS
Moravam em habitações coletivas, as senzalasMoravam em habitações coletivas, as senzalas
coberta com sapé e feita de madeira e barro,coberta com sapé e feita de madeira e barro,
quase sempre sem privacidade.quase sempre sem privacidade.
Os escravos começavam o trabalho ao raiar o diaOs escravos começavam o trabalho ao raiar o dia
e só paravam ao escurecer.e só paravam ao escurecer.
Seu principal alimento era a mandioca.Seu principal alimento era a mandioca.
Os escravos viviam e trabalhavam vigiados porOs escravos viviam e trabalhavam vigiados por
capatazes e feitores.capatazes e feitores.
Quando fugiam, eram perseguidos pelos capitães-Quando fugiam, eram perseguidos pelos capitães-
do-mato, que recebiam certa quantia por cadado-mato, que recebiam certa quantia por cada
escravo que era capturado e devolvido ao senhor.escravo que era capturado e devolvido ao senhor.
42. Os castigos físicosOs castigos físicos
Os principais castigos físicos sofridos pelos escravosOs principais castigos físicos sofridos pelos escravos
eram:eram:
o
TroncoTronco – Os escravos ficavam presos imobilizados– Os escravos ficavam presos imobilizados
por horas e as vezes dias, o que provocava inchaçopor horas e as vezes dias, o que provocava inchaço
das pernas, formigamento e forte dores;das pernas, formigamento e forte dores;
o
BacalhauBacalhau – Espécie de chicote de couro cru, que– Espécie de chicote de couro cru, que
rasgava a pele; muitas vezes os feitores passavamrasgava a pele; muitas vezes os feitores passavam
sal nos ferimentos, tornando a dor ainda maior;sal nos ferimentos, tornando a dor ainda maior;
o
Vira-mundoVira-mundo – Instrumento de ferro que prendia mãos– Instrumento de ferro que prendia mãos
e pés;e pés;
o
GargalheiraGargalheira – Colar de ferro com várias hastes em– Colar de ferro com várias hastes em
forma de gancho.forma de gancho.
48. DISTINÇÕES ENTRE OSDISTINÇÕES ENTRE OS
ESCRAVOSESCRAVOS Boçais:Boçais: escravos recém chegados da África, queescravos recém chegados da África, que
desconheciam a língua portuguesa e o trabalhodesconheciam a língua portuguesa e o trabalho
na colônia, eram mais baratos.na colônia, eram mais baratos.
Ladinos:Ladinos: entendia a língua portuguesa e já haviaentendia a língua portuguesa e já havia
aprendido a rotina de trabalho, eram mais caros.aprendido a rotina de trabalho, eram mais caros.
Negros do eito:Negros do eito: trabalhavam nas lavouras emtrabalhavam nas lavouras em
média 15 horas por dia, viviam sob a fiscalizaçãomédia 15 horas por dia, viviam sob a fiscalização
do feitor, e quando desobedeciam eramdo feitor, e quando desobedeciam eram
castigados em público para servir de exemplo aoscastigados em público para servir de exemplo aos
outros.outros.
Negros de ganho:Negros de ganho: realizavam trabalhosrealizavam trabalhos
temporários nas cidades em troca de pagamento,temporários nas cidades em troca de pagamento,
que era revertido parcial ou totalmente aos seusque era revertido parcial ou totalmente aos seus
donos.donos.
49. Devido o excesso de trabalho, a máDevido o excesso de trabalho, a má
alimentação, as péssimas condições dealimentação, as péssimas condições de
higiene e os castigos físicos que sofriamhigiene e os castigos físicos que sofriam
deterioravam rapidamente a saúde dosdeterioravam rapidamente a saúde dos
escravos.escravos.
A vida útil do escravo era de 5 a 10 anos deA vida útil do escravo era de 5 a 10 anos de
trabalho.trabalho.
Já os escravos domésticos, escolhidos entreJá os escravos domésticos, escolhidos entre
os mais bonitos, dóceis e confiáveis,os mais bonitos, dóceis e confiáveis,
recebiam roupas melhores, alimentaçãorecebiam roupas melhores, alimentação
mais adequada e certos cuidados, viviammais adequada e certos cuidados, viviam
mais tempo.mais tempo.
53. A RESISTÊNCIAA RESISTÊNCIA
As principais formas eram:As principais formas eram:
1.1. Empreendiam fugas para os quilombos;Empreendiam fugas para os quilombos;
2.2. Adoeciam (banzo);Adoeciam (banzo);
3.3. Suicídio;Suicídio;
4.4. As mulheres provocavam abortos;As mulheres provocavam abortos;
5.5. Assassinavam feitores, patrões.Assassinavam feitores, patrões.
6.6. Colocavam fogo no canavial;Colocavam fogo no canavial;
7.7. Quebravam máquinas do engenho, etc.Quebravam máquinas do engenho, etc.