2. CAUSAS DA REVOLTA PRINCIPAIS LÍDERES
Presença maciça de portugueses na
liderança do governo e na Teotônio Jorge, padre
administração pública; Pedro
Aumento dos impostos por D. João VI
para sustentar a corte. de Souza Tenório, Antônio
A grande seca de 1816 que causou
graves prejuízos à agricultura e Henriques, José de Barros
provocou fome no nordeste. Lima, entre outros.
Queda na produção do açúcar e do
algodão, que sustentavam a
economia de Pernambuco, esses
produtos começaram a sofrer
concorrência do algodão nos Estados
Unidos e do açúcar na Jamaica.
Influências externas com a
divulgação das ideias liberais e
iluministas, que estimularam as
camadas populares de Pernambuco
na organização do movimento de
1817;
Bandeira da Revolução
Pernambucana
3. A TOMADA DO PODER O GOVERNO PROVISÓRIO
O movimento iniciou com Em 29 de março foi convocada uma
assembléia constituinte, com
ocupação do Recife, em 6 representantes eleitos em todas as
de março de 1817. comarcas.
Foi liderado por Domingos Foi estabelecida a separação entre os
José Martins, com o apoio poderes Legislativo, Executivo e
de Antônio Carlos de Judiciário;
Andrada e Silva e de Frei O catolicismo foi mantido como religião
Caneca. oficial, porém havia liberdade de culto ( o
livre exercício de todas as religiões );
O governador de Foi proclamada a liberdade de imprensa
Pernambuco, Caetano (uma grande novidade no Brasil);
Pinto, deu ordens às tropas Foram abolidos alguns impostos;
para prender os revoltosos A escravidão entretanto foi mantida, pois
que resisitiram à prisão não queriam se indispor com os
matando os militares que latifundiários, diziam que a abolição seria
tentaram dominá-los. lenta e gradual.
O governador fugiu do À medida que o calor das discussões e
da revolta contra a opressão portuguesa
palácio, mas foi preso pelos aumentava, crescia, também, o
rebeldes no Forte Brum sentimento de patriotismo dos
pouco tempo depois. pernambucanos, ao ponto de passarem a
Os rebeldes tomaram o usar nas missas a aguardente (em lugar
do vinho) e a hóstia feita de mandioca
poder e constituíram o (em lugar do trigo), como forma de
governo provisório marcar a sua identidade.
4. EXPANSÃO DO MOVIMENTO AUXÍLIO EXTERNO
Na Paraíba formou-se Em maio de 1817, Antônio Gonçalves
Cruz, o Cruz Cabugá, desembarcou
um governo na Filadélfia com 800 mil dólares na
revolucionário que bagagem com três missões:
também se declarou 01. Comprar armas para combater as
independente de tropas de D. João VI.
Portugal 02. Convencer o governo americano a
No Rio Grande do Norte, apoiar a criação de uma república
o movimento conseguiu independente no Nordeste brasileiro.
a adesão do proprietário 03. Recrutar alguns antigos
de um grande engenho revolucionários franceses exilados
de açúcar, André de em território americano para, com a
Albuquerque Maranhão, ajuda deles, libertar Napoleão
que depois de prender o Bonaparte, exilado na Ilha de Santa
Helena, que seria transportado ao
governador, José Inácio Recife, onde comandaria a revolução
Borges, ocupou Natal e pernambucana.
formou uma junta Depois retornando a Paris para
governativa, porém não reassumir o trono de imperador da
despertou o interesse da França.
população e foi tirado do
poder em poucos dias.
5. REPRESSÃO AO MOVIMENTO AS CONDENAÇÕES
Tropas enviadas da Bahia
avançaram pelo sertão Seguiram-se nove meses
pernambucano, enquanto uma de prisões, julgamentos e
força naval, despachada do Rio de execuções.
Janeiro, bloqueou o porto do Um ano depois todos os
Recife. revoltosos foram
Em poucos dias 8000 homens anistiados, e apenas
cercavam a província. quatro haviam sido
No interior, a batalha decisiva foi executados.
travada na localidade de Ipojuca.
Derrotados, os revolucionários • A Revolução Pernambucana
tiveram de recuar em direção ao foi a única rebelião anterior à
Recife. independência política do
Em 19 de maio as tropas Brasil que ultrapassou a fase
portuguesas entraram no Recife e da conspiração.
encontraram a cidade abandonada
e sem defesa. • Os rebeldes ficaram no
poder por 75 dias, de 6 de
O governo provisório, isolado, se
rendeu no dia seguinte. maio a 19 de maio de 1817.
6. BATALHA TRAVADA NA REVOLUÇÃO
PERNAMBUCANA
EXECUÇÃO DE LÍDERES DA
REVOLUÇÃO
7. A REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO (1820) E O
RETORNO DA CORTE PARA PORTUGAL
Proclamado rei com o nome de D. João VI em 1818 devido
à morte de sua mãe, D. João continuava no
Brasil, enquanto Portugal passava por dificuldades.
Com a expulsão das tropas francesas, o governo
português ficou a cargo do inglês William Carr Beresford.
Essa situação de submissão ao general inglês provocou
revolta.
Em 1820, a guarnição do militar do Porto rebelou-se contra
o governo inglês e, no dia 15 de agosto a rebelião chegou
a Lisboa.
As lideranças constituíram um governo provisório, que
convocou as Cortes de Lisboa (Parlamento) para votar
uma Constituição e criar uma monarquia constitucional.
Diante desses acontecimentos D. João foi obrigado a
retornar a Portugal, fato ocorrido no dia 26 de abril de
1821.
8. A REGÊNCIA DE D. PEDRO
Organizaram em torno de
D. Pedro ficou governando D. Pedro os latifundiários
o Brasil como príncipe e os comerciantes que
regente acreditando que a temiam ter seus negócios
unidade da monarquia prejudicados, dando-lhe
portuguesa seria mantida. apoio para resistir e
As Cortes de Lisboa desobedecer as ordens
pretendiam recolonizar o que chegavam de Lisboa.
Brasil, pois era Surgiu o Partido
praticamente a única
Brasileiro (José
colônia que gerava lucros.
Bonifácio, Cipriano
Para isso restringiram a Barata e Gonçalves
autonomia
administrativa, enfraquecen Ledo), que se uniram
do a autoridade de D. momentaneamente para
Pedro, e depois passam a enfrentar as Cortes e seu
exigir seu retorno a projeto de recolonizar o
Portugal. Brasil.
9. O DIA DO FICO
O Partido Brasileiro elaborou
um documento que reuniu 8
mil assinaturas, pedindo que
D. Pedro ficasse no Brasil.
Ao receber o documento no
dia 9 de janeiro de
1822, declarou:
“Como é para o bem de todos e
felicidade geral da
nação, estou pronto: diga ao
povo que fico.”
Esse dia ficou conhecido como
o “Dia do Fico”, D. Pedro
permaneceu no Brasil e
decretou que as ordens vindas
de Lisboa só seriam cumpridas
mediante sua
autorização, ERA O CUMPRA-
SE.
11. PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que
desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a
independência do Brasil.
D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a
Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o
reino.
O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo
para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com
os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia
ocasionar uma desestabilização social.
Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal
que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata
dele para a metrópole.
Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava
em viagem de Santos para São Paulo.
Próximo ao riacho do Ipiranga, recebeu cartas de D. Leopoldina e
José Bonifácio que o aconselhava a proclamar a
independência, diante disso, levantou a espada e gritou : "
Independência ou Morte !".
Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a
Independência do Brasil.
No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WWW. Wikipédia.com
História Global – Gilberto Cotrim
História – Divalte
Sua pesquisa.com
Sugestões de filmes:
• Independência ou morte – Cacá Diegues
• Carlota Joaquina, princesa do Brasil – 1994