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[Câncer Cervical 010]
Óleo essencial: Curcuma longa, Rosmarinus officinalis e Zingiber officinale
Composto: 𝛼-pineno, canfeno, 𝛽-pineno, p-cimeno, 𝛽-mirceno, 1.8-cineol. 3-careno, mirceno,
𝛼-terpineno, trans-𝛽-ocimeno, 𝛾-terpineno, cânfora, 𝛽-felandreno, 𝛼-terpineol, 𝛼-turmerone,
𝛽-turmerona, borneol, neral, geraniol, ar-turmerona e geranial
Título: Assessment of Cytotoxic Activity of Rosemary (Rosmarinus officinalis L.), Turmeric
(Curcuma longa L.), and Ginger (Zingiber officinale R.) Essential Oils in Cervical Cancer Cells
(HeLa)
"Avaliação da atividade citotóxica de óleos essenciais de alecrim (Rosmarinus officinalis L.),
cúrcuma (Curcuma longa L.) e gengibre (Zingiber officinale R.) em células de câncer cervical
(HeLa)"
Autor: P. A. S. R. Santos, G. B. Avanço, S. B. Nerilo, R. I. A. Marcelino, V. Janeiro, M. C.
Valadares e Miguel Machinski
Jornal: The Scientific World Journal
Vol (issue): 2016
Ano: 2016
DOI: 10.1155/2016/9273078
TAGs: Alecrim; Rosmarinus officinalis; cúrcuma; Curcuma longa; gengibre; Zingiber officinale;
câncer; câncer cervical; propriedade antitumoral; atividade citotóxica; atividade anticâncer;
retração celular; condensação da cromatina; apoptose; 1,8-cineol; α-pineno; β-
sesquifelandreno; atividade antiproliferativa; necrose; células amorfas; bolhas; extravasamento
de citoplasma; corpos apoptóticos; agentes quimioterápicos; útero; saúde da mulher; in vitro;
ginecologia.
Sobre o artigo:
O uso de óleos essenciais (OE) de plantas aromáticas para fins dietéticos e terapêuticos tem
sido foco de pesquisas nas ciências da saúde devido às suas diferentes propriedades
biológicas, como efeitos antimicrobianos, analgésicos, anti-inflamatórios, antiparasitários,
antioxidantes e antitumorais.
As folhas secas do alecrim (Rosmarinus officinalis), família Lamiaceae, a cúrcuma (Curcuma
longa) e o gengibre (Zingiber officinale ), membros da família Zingiberaceae, são amplamente
utilizadas como especiarias em todo o mundo, dando aos alimentos um sabor e cor
característicos.
O câncer é um problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento,
pois nestes países, estima-se que o impacto do câncer na população corresponda a
aproximadamente 80% dos 20 milhões de novos casos estimados para 2025.
Na América Latina, por exemplo, o câncer cervical contribui significativamente para a incidência
de câncer entre as mulheres, sendo a segunda causa de morte mais documentada.
Existe a perspectiva de que os OEs podem ser utilizados como agente terapêutico e conferir
benefícios à saúde humana, desde que sua toxicidade possa ser estabelecida. Com isso, a
propriedade antitumoral dos OEs tem sido fonte de investigação para o desenvolvimento de
medicamentos para o tratamento de diferentes tipos de câncer.
Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade citotóxica dos óleos essenciais de
alecrim (OER), cúrcuma (OEC) e gengibre (OEG) em células de câncer cervical humano
(HeLa), visando na sua determinação da atividade anticâncer potencial.
O teste de redução do MTT foi realizado para avaliar a viabilidade celular via toxicidade
mitocondrial dos OEs, e o ensaio de absorção de vermelho neutro (NRU) foi usado para avaliar
a viabilidade celular via toxicidade lisossomal.
O corante azul tripano é usado para analisar a viabilidade celular via ruptura da membrana,
uma vez que não atravessa a membrana intacta das células viáveis, assim, as células coradas
são classificadas como mortas.
A morte celular pode ser caracterizada por várias alterações morfológicas, como retração
celular, perda de adesão e condensação da cromatina. Para fazer tais observações, a
avaliação da morfologia das células tratadas com os OEs foi realizada pela coloração de
Giemsa com base em um protocolo desenvolvido anteriormente.
Resultados:
Os resultados mostraram que tanto o OEC quanto o OEG exibiram atividade citotóxica contra
as células do câncer cervical, isto é, ambos os OEs reduziram a viabilidade celular.
OEG mostrou atividade citotóxica em ambos os testes (MTT / NR), enquanto o OEC exibiu
maior citotoxicidade no teste NR, já o OER não exibiu atividade citotóxica significativa em
células HeLa (tratamento) em comparação com células HepG2 (controle).
Os principais componentes do OER foram monoterpenos (1,8-cineol e α-pineno), enquanto os
principais componentes para OEC e OEG foram sesquiterpenos e monoterpenos oxigenados.
Em outro estudo, pesquisadores descobriram que o composto 1,8-cineol tinha baixa toxicidade
em linhas tumorais, um resultado corroborado por nosso achado para OER.
Ainda, o composto β- sesquifelandreno foi o quinto composto mais prevalente em OEC (2,4%),
onde também pode ter um efeito na supressão de colônias de câncer cervical em ação
combinatória com outros compostos identificados.
As concentrações de OER, OEC e OEG usadas na análise de atividade antiproliferativa por
exclusão de azul de tripano em células HeLa (250; 500; 1.000; 1.500; e 2.000 μ g/mL) não
mostraram diferença significativa em comparação com as células HepG2 (controle).
No entanto, a comparação das concentrações aos pares produziu diferenças significativas, e
com base nesses resultados, pode-se notar que OEG apresentou maior atividade
antiproliferativa contra células de câncer cervical (HeLa) em uma concentração mais baixa.
Para que os OEs exerçam essa atividade citotóxica e antiproliferativa, vários mecanismos
diferentes podem estar envolvidos, como a indução da morte celular por apoptose e/ou
necrose, interrupção do ciclo celular e perda da função de organelas celulares-chave. Portanto,
a morfologia celular de HeLa após exposição a OER, OEC e OEG foi analisada.
As células demonstradas nas Figuras (C), (D), (E) e (F) possuem organelas intactas,
citoplasma organizado e células semelhantes de membrana celular completa de controle
negativo.
As saliências da membrana celular são chamadas de "bolhas" (G) e vazamento de conteúdo
celular (H) foram observados no OEC em 262 e 2100 μg/mL, respectivamente.
Para OEG, as protrusões da membrana celular foram visualizadas em 30,12 μg/mL (I); bolha e
condensação da cromatina ocorreram em 241 μ g/mL (J) OEG em 1928 μg/mL (K)
apresentaram células amorfas, bolhas, extravasamento de citoplasma e formação de corpos
apoptóticos, contendo fragmentos nucleares ou não, que podem ser visualizados.
Os resultados também mostram os mesmos padrões morfológicos característicos de morte
celular por apoptose para OEC e OEG, fazendo com que as células HeLa exibam mudanças
em sua morfologia na concentração mais baixa estudada (F) – (K) , com o OEC e OEG
exibindo forte atividade citotóxica contra células de câncer cervical.
Explicando a imagem: Alterações morfológicas em células HeLa tratadas com óleos essenciais de R.
officinalis (OER), C. longa (OEC) e Z. officinale (OEG). (A) Controle positivo: população de células
tratada com DMSO; (B) controle negativo: população de células sem influência do tratamento; (C – E)
células tratadas com 31,12; 249; e 1992𝜇g/mL de OER; (F – H) células tratadas com 32,81; 262; e
2100𝜇g/mL de OEC; (I – K) células tratadas com 30,12; 241; e 1928 µg/mL de OEG. (→ protrusões da
membrana celular (“bolhas”); > condensação da cromatina; → vazamento do conteúdo celular e
formação de corpos apoptóticos).
Ainda, o ensaio de anexina V foi realizado para confirmar a morte celular por apoptose (Figura
abaixo), e a exposição de células HeLa a OER, OEC e OEG na concentração de 322,45 μg/mL
revelou que OER não causou morte celular por apoptose. OEC e OEG, entretanto, mostraram
resultados positivos semelhantes aos do controle positivo (camptotecina).
Explicando a figura: Análise da morfologia apoptótica de células HeLa tratadas com óleos essenciais de
R. officinalis (OER), C. longa (OEC) e Z. officinale (OEG) usando o ensaio de Anexina V. (A) Controle
negativo: população de células sem influência do tratamento. (B) Controle positivo: população de células
tratada com camptotecina. (C, D e E): População celular exposta ao tratamento com 322.45𝜇g/mL de
OER, OEC e OEG.
Na prática:
Segundo os pesquisadores, os compostos monoterpênicos oxigenados presentes nos óleos
essenciais de cúrcuma (C. longa) e gengibre (Z. officinale) foram possivelmente os
responsáveis por apresentar melhor atividade antitumoral, uma vez que mostraram atividade
citotóxica efetiva contra células de câncer cervical humano (HeLa), induzindo redução
significativa na viabilidade celular dessas células tumorais.
Os pesquisadores mostraram claramente que a citotoxicidade foi responsável por induzir a
morte celular em células de câncer cervical humano por apoptose. Portanto, tanto o OEC
quanto o OEG podem ser considerados agentes quimioterápicos promissores no tratamento do
câncer cervical.

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  • 1. [Câncer Cervical 010] Óleo essencial: Curcuma longa, Rosmarinus officinalis e Zingiber officinale Composto: 𝛼-pineno, canfeno, 𝛽-pineno, p-cimeno, 𝛽-mirceno, 1.8-cineol. 3-careno, mirceno, 𝛼-terpineno, trans-𝛽-ocimeno, 𝛾-terpineno, cânfora, 𝛽-felandreno, 𝛼-terpineol, 𝛼-turmerone, 𝛽-turmerona, borneol, neral, geraniol, ar-turmerona e geranial Título: Assessment of Cytotoxic Activity of Rosemary (Rosmarinus officinalis L.), Turmeric (Curcuma longa L.), and Ginger (Zingiber officinale R.) Essential Oils in Cervical Cancer Cells (HeLa) "Avaliação da atividade citotóxica de óleos essenciais de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), cúrcuma (Curcuma longa L.) e gengibre (Zingiber officinale R.) em células de câncer cervical (HeLa)" Autor: P. A. S. R. Santos, G. B. Avanço, S. B. Nerilo, R. I. A. Marcelino, V. Janeiro, M. C. Valadares e Miguel Machinski Jornal: The Scientific World Journal Vol (issue): 2016 Ano: 2016 DOI: 10.1155/2016/9273078 TAGs: Alecrim; Rosmarinus officinalis; cúrcuma; Curcuma longa; gengibre; Zingiber officinale; câncer; câncer cervical; propriedade antitumoral; atividade citotóxica; atividade anticâncer; retração celular; condensação da cromatina; apoptose; 1,8-cineol; α-pineno; β- sesquifelandreno; atividade antiproliferativa; necrose; células amorfas; bolhas; extravasamento de citoplasma; corpos apoptóticos; agentes quimioterápicos; útero; saúde da mulher; in vitro; ginecologia. Sobre o artigo: O uso de óleos essenciais (OE) de plantas aromáticas para fins dietéticos e terapêuticos tem sido foco de pesquisas nas ciências da saúde devido às suas diferentes propriedades biológicas, como efeitos antimicrobianos, analgésicos, anti-inflamatórios, antiparasitários, antioxidantes e antitumorais. As folhas secas do alecrim (Rosmarinus officinalis), família Lamiaceae, a cúrcuma (Curcuma longa) e o gengibre (Zingiber officinale ), membros da família Zingiberaceae, são amplamente utilizadas como especiarias em todo o mundo, dando aos alimentos um sabor e cor característicos.
  • 2. O câncer é um problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento, pois nestes países, estima-se que o impacto do câncer na população corresponda a aproximadamente 80% dos 20 milhões de novos casos estimados para 2025. Na América Latina, por exemplo, o câncer cervical contribui significativamente para a incidência de câncer entre as mulheres, sendo a segunda causa de morte mais documentada. Existe a perspectiva de que os OEs podem ser utilizados como agente terapêutico e conferir benefícios à saúde humana, desde que sua toxicidade possa ser estabelecida. Com isso, a propriedade antitumoral dos OEs tem sido fonte de investigação para o desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de diferentes tipos de câncer. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade citotóxica dos óleos essenciais de alecrim (OER), cúrcuma (OEC) e gengibre (OEG) em células de câncer cervical humano (HeLa), visando na sua determinação da atividade anticâncer potencial. O teste de redução do MTT foi realizado para avaliar a viabilidade celular via toxicidade mitocondrial dos OEs, e o ensaio de absorção de vermelho neutro (NRU) foi usado para avaliar a viabilidade celular via toxicidade lisossomal. O corante azul tripano é usado para analisar a viabilidade celular via ruptura da membrana, uma vez que não atravessa a membrana intacta das células viáveis, assim, as células coradas são classificadas como mortas. A morte celular pode ser caracterizada por várias alterações morfológicas, como retração celular, perda de adesão e condensação da cromatina. Para fazer tais observações, a avaliação da morfologia das células tratadas com os OEs foi realizada pela coloração de Giemsa com base em um protocolo desenvolvido anteriormente. Resultados: Os resultados mostraram que tanto o OEC quanto o OEG exibiram atividade citotóxica contra as células do câncer cervical, isto é, ambos os OEs reduziram a viabilidade celular. OEG mostrou atividade citotóxica em ambos os testes (MTT / NR), enquanto o OEC exibiu maior citotoxicidade no teste NR, já o OER não exibiu atividade citotóxica significativa em células HeLa (tratamento) em comparação com células HepG2 (controle). Os principais componentes do OER foram monoterpenos (1,8-cineol e α-pineno), enquanto os principais componentes para OEC e OEG foram sesquiterpenos e monoterpenos oxigenados. Em outro estudo, pesquisadores descobriram que o composto 1,8-cineol tinha baixa toxicidade em linhas tumorais, um resultado corroborado por nosso achado para OER. Ainda, o composto β- sesquifelandreno foi o quinto composto mais prevalente em OEC (2,4%), onde também pode ter um efeito na supressão de colônias de câncer cervical em ação combinatória com outros compostos identificados.
  • 3. As concentrações de OER, OEC e OEG usadas na análise de atividade antiproliferativa por exclusão de azul de tripano em células HeLa (250; 500; 1.000; 1.500; e 2.000 μ g/mL) não mostraram diferença significativa em comparação com as células HepG2 (controle). No entanto, a comparação das concentrações aos pares produziu diferenças significativas, e com base nesses resultados, pode-se notar que OEG apresentou maior atividade antiproliferativa contra células de câncer cervical (HeLa) em uma concentração mais baixa. Para que os OEs exerçam essa atividade citotóxica e antiproliferativa, vários mecanismos diferentes podem estar envolvidos, como a indução da morte celular por apoptose e/ou necrose, interrupção do ciclo celular e perda da função de organelas celulares-chave. Portanto, a morfologia celular de HeLa após exposição a OER, OEC e OEG foi analisada. As células demonstradas nas Figuras (C), (D), (E) e (F) possuem organelas intactas, citoplasma organizado e células semelhantes de membrana celular completa de controle negativo. As saliências da membrana celular são chamadas de "bolhas" (G) e vazamento de conteúdo celular (H) foram observados no OEC em 262 e 2100 μg/mL, respectivamente. Para OEG, as protrusões da membrana celular foram visualizadas em 30,12 μg/mL (I); bolha e condensação da cromatina ocorreram em 241 μ g/mL (J) OEG em 1928 μg/mL (K) apresentaram células amorfas, bolhas, extravasamento de citoplasma e formação de corpos apoptóticos, contendo fragmentos nucleares ou não, que podem ser visualizados. Os resultados também mostram os mesmos padrões morfológicos característicos de morte celular por apoptose para OEC e OEG, fazendo com que as células HeLa exibam mudanças em sua morfologia na concentração mais baixa estudada (F) – (K) , com o OEC e OEG exibindo forte atividade citotóxica contra células de câncer cervical.
  • 4. Explicando a imagem: Alterações morfológicas em células HeLa tratadas com óleos essenciais de R. officinalis (OER), C. longa (OEC) e Z. officinale (OEG). (A) Controle positivo: população de células tratada com DMSO; (B) controle negativo: população de células sem influência do tratamento; (C – E) células tratadas com 31,12; 249; e 1992𝜇g/mL de OER; (F – H) células tratadas com 32,81; 262; e 2100𝜇g/mL de OEC; (I – K) células tratadas com 30,12; 241; e 1928 µg/mL de OEG. (→ protrusões da membrana celular (“bolhas”); > condensação da cromatina; → vazamento do conteúdo celular e formação de corpos apoptóticos). Ainda, o ensaio de anexina V foi realizado para confirmar a morte celular por apoptose (Figura abaixo), e a exposição de células HeLa a OER, OEC e OEG na concentração de 322,45 μg/mL revelou que OER não causou morte celular por apoptose. OEC e OEG, entretanto, mostraram resultados positivos semelhantes aos do controle positivo (camptotecina).
  • 5. Explicando a figura: Análise da morfologia apoptótica de células HeLa tratadas com óleos essenciais de R. officinalis (OER), C. longa (OEC) e Z. officinale (OEG) usando o ensaio de Anexina V. (A) Controle negativo: população de células sem influência do tratamento. (B) Controle positivo: população de células tratada com camptotecina. (C, D e E): População celular exposta ao tratamento com 322.45𝜇g/mL de OER, OEC e OEG. Na prática: Segundo os pesquisadores, os compostos monoterpênicos oxigenados presentes nos óleos essenciais de cúrcuma (C. longa) e gengibre (Z. officinale) foram possivelmente os
  • 6. responsáveis por apresentar melhor atividade antitumoral, uma vez que mostraram atividade citotóxica efetiva contra células de câncer cervical humano (HeLa), induzindo redução significativa na viabilidade celular dessas células tumorais. Os pesquisadores mostraram claramente que a citotoxicidade foi responsável por induzir a morte celular em células de câncer cervical humano por apoptose. Portanto, tanto o OEC quanto o OEG podem ser considerados agentes quimioterápicos promissores no tratamento do câncer cervical.