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[Limão Siciliano 001]
Óleo Essencial: Citrus limon
Composto: DL-limoneno, a-pineno, L-a-terpineol, b-mirceno, b-pineno e b-linalol
Título: The protective effect of Citrus limon essential oil on hepatotoxicity and
nephrotoxicity induced by aspirin in rats
“Efeito protetor do óleo essencial de Citrus limon na hepatotoxicidade e nefrotoxicidade
induzidas pela aspirina em ratos”
Autor: Hafsia Bouzenna, Sabah Dhibi, Noura Samout, Ilhem Rjeibi, Hélène Talarmin,
Abdelfattah Elfeki, Najla Hfaiedh
Journal: Biomedicine & Pharmacotherapy
Vol (Issue): 83
Ano: 2016
DOI: 10.1016/j.biopha.2016.08.037
TAGs: Citrus limon; limão; hepatotoxicidade; nefrotoxicidade; ingestão; aspirina; fígado;
rim; estresse oxidativo; DL-limoneno, a-pineno, L-a-terpineol, b-mirceno, b-pineno;
b-linalol; inflamação; antiinflamatório; ulceração gastrointestinal; dano hepático; dano
renal; colesterol; glicose; dano oxidativo; radicais livres; defesa enzimática; in vivo;
efeito hepatoprotetor; efeito nefroprotetor.
Sobre o artigo
A aspirina é um dos produtos farmacêuticos mais consumidos no mundo, sendo
amplamente utilizado como medicamento anti-inflamatório não esteroidal. Este
medicamento é rapidamente absorvido do estômago e intestino delgado,
principalmente por difusão passiva, e distribuído por todo o corpo, com as maiores
concentrações encontradas no plasma, fígado, córtex renal, coração e pulmões.
No entanto, o uso de aspirina está associado a morbidade e mortalidade significativas
devido aos seus efeitos adversos em vários sistemas orgânicos, como fígado, rim e
estômago.
Principalmente o seu consumo terapêutico em longo prazo, que está supostamente
associado à ocorrência de ulcerações gastrointestinais, nefrotoxicidade,
hepatotoxicidade e até câncer renal.
Os medicamentos fitoterápicos derivados de extratos vegetais constituem uma parte
indispensável da medicina tradicional e estão sendo cada vez mais utilizados no
tratamento de uma grande variedade de doenças clínicas.
Além disso, o uso de antioxidantes naturais pode oferecer proteção contra os efeitos
nocivos dos radicais livres no corpo humano e, nesse contexto, mais atenção tem sido
dada aos efeitos protetores dos antioxidantes naturais da fitoterapia contra as
toxicidades induzidas por drogas.
O Citrus limon é uma planta medicinal da família Rutaceae, encontrada na Itália e em
outros países mediterrâneos como Espanha, Egito e Turquia. Os limões têm muitos
componentes químicos naturais importantes, incluindo ácido cítrico, ácido ascórbico,
minerais, flavonóides e óleos essenciais.
As folhas do Citrus limon são usadas na medicina popular para o tratamento de
obesidade, diabetes, redução de lipídios no sangue, doenças cardiovasculares,
distúrbios cerebrais e certos tipos de câncer.
O óleo essencial extraído da casca de limão demonstrou ter efeitos na resposta
comportamental em ratos e humanos em vários estudos científicos, além de ser
amplamente utilizado nas indústrias de perfumes, cosméticos e alimentos.
Portanto, este estudo tem como objetivo investigar o efeito protetor do óleo essencial
de Citrus limon (OEC) sobre os efeitos colaterais da aspirina no fígado e rim de
camundongos, medindo alguns parâmetros fisiológicos e determinando algumas
alterações histopatológicas.
28 ratos foram divididos em 4 grupos de 7 cada: (1) um grupo controle; (2) um grupo de
ratos que foi mantido por 56 dias sem tratamento e depois tratado com aspirina (A)
(600 mg/kg) por 4 dias; (3) um grupo alimentado com óleo essencial de Citrus limon por
56 dias e depois aspirina por 4 dias; e (4) um grupo de ratos que receberam óleo
essencial de Citrus limon por 56 dias e depois receberam NaCl (cloreto de sódio) por 4
dias.
As estimativas de parâmetros bioquímicos no sangue foram determinadas por: níveis
de peroxidação lipídica (TBARS), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e
glutationa peroxidase (GPx) no fígado e nos rins.
Também foi realizado um estudo histopatológico, que consiste na análise microscópica
dos tecidos para a detecção de possíveis lesões existentes, com a finalidade de
informar a natureza, gravidade, extensão, evolução e intensidade das lesões, além de
sugerir ou até mesmo confirmar a causa da alteração patológica.
Resultados:
1. Variáveis bioquímicas hepáticas
Os pesquisadores observaram que as atividades séricas de AST, ALT e LDH,
colesterol, glicose em ratos tratados com aspirina (A) foram significativamente maiores
(390.85 U/L, 119.14 U/L e 1581.71 U/L, 2.50 mmol/L, 11.66 mmol/L, respectivamente)
do que aqueles no grupo de controle (C).
Contudo, a administração de OEC no grupo (OEC + A) induziu uma diminuição
significativa nos níveis dos marcadores mencionados acima (190.14 U/L, 79.71 U/L e
1088.28 U/L, 1.46 mmol/L, 7.6 mmol/L, respectivamente) quando comparado ao grupo
tratado com aspirina (A).
No entanto, não houve mudanças significativas nos níveis desses parâmetros nos
grupos pré-tratados (OEC) em comparação com o controle.
2. Variáveis bioquímicas renais
As atividades séricas de creatinina, proteína e uréia aumentaram significativamente nos
ratos tratados com aspirina (70.75 μmol/L, 88.57 g/L e 14.31 mmol/L, respectivamente)
em comparação com o controle (C).
Contudo, todos esses biomarcadores foram significativamente reduzidos pela
administração de óleo essencial de Citrus limon no grupo (OEC + A) (50.58 μmol/L,
55.42 g/L e 8.78 mmol/L) em comparação com o grupo (A).
Esses resultados indicam que a administração de aspirina na dose de 600 mg/kg
(grupo A) causou prejuízo significativo nas funções hepática e renal em ratos. Pois, os
níveis séricos de glicose, colesterol, AST, ALT, LDH, creatinina, proteína e uréia
estavam significativamente aumentados em relação aos valores correspondentes no
grupo controle (C).
Além disso, os rins desempenham um papel importante na eliminação de xenobióticos
tóxicos, e por isso são mais propensos a serem expostos a materiais tóxicos em
comparação com outros órgãos.
Portanto, as elevações significativas nos níveis séricos de ureia, proteína e creatinina
quando comparada com ratos normais (C) também indicaram que essas drogas podem
afetar adversamente a função renal.
3. Níveis de peroxidação lipídica no fígado e rim
A Fig. 1, Fig. 2 mostram que o nível de TBARS – um índice de peroxidação lipídica, no
fígado e nos rins foi aumentado nos ratos tratados com (A) (em 108% e 55.7%,
respectivamente) em comparação com o controle. Contudo, é possível observar que
ocorreu uma diminuição significativa do nível de TBARS no grupo (OEC + A).
Figura 1: Níveis de peroxidação lipídica (TBARS) nos fígados dos diferentes grupos. C: ratos
controle (normais); (A): ratos tratados com aspirina, (OEC): ratos tratados com óleo essencial
de Citrus limon, (OEC + A): ratos pré-tratados com OEC e depois tratados com (A). A
porcentagem de aumento ou diminuição de TBARS em comparação com o grupo controle ou
tratado com aspirina.
Figura 2: Níveis de peroxidação lipídica (TBARS) nos rins dos diferentes grupos. C: ratos
controle (normais); (A): ratos tratados com aspirina, (OEC): ratos tratados com óleo essencial
de Citrus limon, (OEC + A): ratos pré-tratados com OEC e depois tratados com (A). A
porcentagem de aumento ou diminuição de TBARS em comparação com o grupo controle ou
tratado com aspirina.
4. Enzimas antioxidantes no fígado e rins
Os pesquisadores observaram que as atividades de SOD, CAT e GPx foram bastante
reduzidas no fígado e nos rins dos ratos tratados com (A) (em -78,77% e -53,84%,
respectivamente) para SOD; (−53,58% e −78,01%, respectivamente) para CAT e
(−78,92% e −51,51%, respectivamente) para GPx em comparação com o controle (C).
Contudo, curiosamente, essas alterações foram corrigidas nos animais tratados com
óleo essencial de Citrus limon (OEC + A).
Anteriormente foi relatado que os antioxidantes naturais presentes nas ervas são
responsáveis pela prevenção das consequências prejudiciais do estresse oxidativo.
Nesse contexto, os pesquisadores viram que a administração de OEC protegeu
significativamente os ratos da hepatotoxicidade e nefrotoxicidade induzidas pela
aspirina.
Este efeito de melhoria foi demonstrado pela diminuição dos níveis de glicose,
colesterol AST, ALT, LDH, creatinina, ureia e proteína quando comparados ao grupo A.
Portanto, a sua diminuição nas atividades das enzimas hepáticas no sangue deveu-se
à sua capacidade de reduzir o dano oxidativo induzido por radicais livres no fígado.
Além disso, o tratamento com óleo essencial exerceu forte efeito protetor sobre o
estresse oxidativo induzido pela aspirina, conforme revelado pela diminuição do nível
de peroxidação lipídica (TBARS), e melhorou o sistema de defesa enzimática (SOD,
CAT e GPx).
5. Exame histológico
Os pesquisadores observaram que o grupo controle apresentou morfologia regular no
fígado e tecido renal. No entanto, os ratos expostos à aspirina apresentaram alterações
graves no fígado e nos rins em comparação com o controle.
Contudo, os cortes histopatológicos de fígado e rim de ratos tratados com óleo
essencial de Citrus limon mostraram sinais de recuperação na arquitetura hepatocelular
e nefrocelular, indicando o efeito protetor do OEC.
Este efeito hepatoprotetor e nefroprotetor confirmou que ele tinha propriedade
antioxidante, anti-peroxidativa e papel potencial na defesa contra os radicais livres. De
acordo com esses resultados, o efeito protetor do OEC contra a aspirina pode ser
atribuído à presença dos constituintes do óleo essencial.
6. Histologia do tecido hepático
O perfil histológico dos cortes hepáticos nos grupos controle (C) e (OEC) apresentou
arquitetura lobular normal com veia central e cordões radiantes de hepatócitos, onde os
hepatócitos eram de forma poliédrica e seu citoplasma era granulado.
Em contraste, o contorno histológico da secção do fígado no grupo tratado com
aspirina mostrou degeneração dos hepatócitos, dilatação dos sinusóides, aumento da
infiltração de leucócitos e congestão da veia porta central em comparação com o grupo
controle (C).
O grupo (OEC + A) preservou a morfologia normal e apresentou arquitetura normal do
fígado (fig. 3).
Figura 3: Observações microscópicas de seções de fígado de rato (H&E, C, OEC, A e OEC +
A: 400 ×). (C) grupos de controle normais exibindo arquitetura parenquimatosa normal, (OEC)
Grupo tratado com Citrus limon exibindo estrutura normal semelhante ao controle. (A) Grupo
tratado com aspirina mostrando necrose central e periférica difusa e destruição da arquitetura
lobular; e (OEC + A) mostrando reparo da estrutura do fígado. As setas pretas indicam
degeneração dos hepatócitos, as setas azuis indicam dilatação dos sinusóides, e as setas
vermelhas indicam o aumento da infiltração leucocitária e congestão da veia porta central.
7. Histologia do tecido renal
O esboço histológico da secção do rim do grupo tratado com (A) revelou alterações
degenerativas significativas em comparação com os ratos de controle. A seção do rim
nos rins de ratos controle e tratados com OEC revelou glomérulos e células
tubulointersticiais normais.
No entanto, os rins dos animais tratados com (A) mostraram danos histopatológicos,
mostrando degenerações glomerulares e tubulares variáveis significativas (ou seja,
atrofia do glomerular e dilatação do espaço urinário). Já o grupo (OEC + A) apresentou
arquitetura reparada do rim (Fig. 4).
Figura 4: Fotomicrografias de rim de rato (H&E, C, OEC, A e OEC + A: × 400): (C) grupos de
controle normais exibindo arquitetura parenquimatosa normal; (OEC) grupo tratado com Citrus
limon apresentando estrutura normal semelhante ao controle. (A) Grupo tratado com aspirina
mostrando alterações degenerativas, (OEC + A) mostrando reparação da arquitetura do rim. As
setas azuis indicam as degenerações tubulares, as setas vermelhas indicam a atrofia do
glomerular e dilatação do espaço urinário.
Na prática:
Você percebe como o uso prolongado de aspirina pode danificar o fígado e os rins? Os
dados deste estudo sugerem que a ingestão do óleo essencial de Citrus limon tem a
capacidade de proteger esses órgãos e ainda reduzir os possíveis danos causados
pela aspirina! Não é ótimo?!

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  • 1. [Limão Siciliano 001] Óleo Essencial: Citrus limon Composto: DL-limoneno, a-pineno, L-a-terpineol, b-mirceno, b-pineno e b-linalol Título: The protective effect of Citrus limon essential oil on hepatotoxicity and nephrotoxicity induced by aspirin in rats “Efeito protetor do óleo essencial de Citrus limon na hepatotoxicidade e nefrotoxicidade induzidas pela aspirina em ratos” Autor: Hafsia Bouzenna, Sabah Dhibi, Noura Samout, Ilhem Rjeibi, Hélène Talarmin, Abdelfattah Elfeki, Najla Hfaiedh Journal: Biomedicine & Pharmacotherapy Vol (Issue): 83 Ano: 2016 DOI: 10.1016/j.biopha.2016.08.037 TAGs: Citrus limon; limão; hepatotoxicidade; nefrotoxicidade; ingestão; aspirina; fígado; rim; estresse oxidativo; DL-limoneno, a-pineno, L-a-terpineol, b-mirceno, b-pineno; b-linalol; inflamação; antiinflamatório; ulceração gastrointestinal; dano hepático; dano renal; colesterol; glicose; dano oxidativo; radicais livres; defesa enzimática; in vivo; efeito hepatoprotetor; efeito nefroprotetor. Sobre o artigo A aspirina é um dos produtos farmacêuticos mais consumidos no mundo, sendo amplamente utilizado como medicamento anti-inflamatório não esteroidal. Este medicamento é rapidamente absorvido do estômago e intestino delgado, principalmente por difusão passiva, e distribuído por todo o corpo, com as maiores concentrações encontradas no plasma, fígado, córtex renal, coração e pulmões.
  • 2. No entanto, o uso de aspirina está associado a morbidade e mortalidade significativas devido aos seus efeitos adversos em vários sistemas orgânicos, como fígado, rim e estômago. Principalmente o seu consumo terapêutico em longo prazo, que está supostamente associado à ocorrência de ulcerações gastrointestinais, nefrotoxicidade, hepatotoxicidade e até câncer renal. Os medicamentos fitoterápicos derivados de extratos vegetais constituem uma parte indispensável da medicina tradicional e estão sendo cada vez mais utilizados no tratamento de uma grande variedade de doenças clínicas. Além disso, o uso de antioxidantes naturais pode oferecer proteção contra os efeitos nocivos dos radicais livres no corpo humano e, nesse contexto, mais atenção tem sido dada aos efeitos protetores dos antioxidantes naturais da fitoterapia contra as toxicidades induzidas por drogas. O Citrus limon é uma planta medicinal da família Rutaceae, encontrada na Itália e em outros países mediterrâneos como Espanha, Egito e Turquia. Os limões têm muitos componentes químicos naturais importantes, incluindo ácido cítrico, ácido ascórbico, minerais, flavonóides e óleos essenciais. As folhas do Citrus limon são usadas na medicina popular para o tratamento de obesidade, diabetes, redução de lipídios no sangue, doenças cardiovasculares, distúrbios cerebrais e certos tipos de câncer. O óleo essencial extraído da casca de limão demonstrou ter efeitos na resposta comportamental em ratos e humanos em vários estudos científicos, além de ser amplamente utilizado nas indústrias de perfumes, cosméticos e alimentos. Portanto, este estudo tem como objetivo investigar o efeito protetor do óleo essencial de Citrus limon (OEC) sobre os efeitos colaterais da aspirina no fígado e rim de camundongos, medindo alguns parâmetros fisiológicos e determinando algumas alterações histopatológicas.
  • 3. 28 ratos foram divididos em 4 grupos de 7 cada: (1) um grupo controle; (2) um grupo de ratos que foi mantido por 56 dias sem tratamento e depois tratado com aspirina (A) (600 mg/kg) por 4 dias; (3) um grupo alimentado com óleo essencial de Citrus limon por 56 dias e depois aspirina por 4 dias; e (4) um grupo de ratos que receberam óleo essencial de Citrus limon por 56 dias e depois receberam NaCl (cloreto de sódio) por 4 dias. As estimativas de parâmetros bioquímicos no sangue foram determinadas por: níveis de peroxidação lipídica (TBARS), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) no fígado e nos rins. Também foi realizado um estudo histopatológico, que consiste na análise microscópica dos tecidos para a detecção de possíveis lesões existentes, com a finalidade de informar a natureza, gravidade, extensão, evolução e intensidade das lesões, além de sugerir ou até mesmo confirmar a causa da alteração patológica. Resultados: 1. Variáveis bioquímicas hepáticas Os pesquisadores observaram que as atividades séricas de AST, ALT e LDH, colesterol, glicose em ratos tratados com aspirina (A) foram significativamente maiores (390.85 U/L, 119.14 U/L e 1581.71 U/L, 2.50 mmol/L, 11.66 mmol/L, respectivamente) do que aqueles no grupo de controle (C). Contudo, a administração de OEC no grupo (OEC + A) induziu uma diminuição significativa nos níveis dos marcadores mencionados acima (190.14 U/L, 79.71 U/L e 1088.28 U/L, 1.46 mmol/L, 7.6 mmol/L, respectivamente) quando comparado ao grupo tratado com aspirina (A). No entanto, não houve mudanças significativas nos níveis desses parâmetros nos grupos pré-tratados (OEC) em comparação com o controle. 2. Variáveis bioquímicas renais
  • 4. As atividades séricas de creatinina, proteína e uréia aumentaram significativamente nos ratos tratados com aspirina (70.75 μmol/L, 88.57 g/L e 14.31 mmol/L, respectivamente) em comparação com o controle (C). Contudo, todos esses biomarcadores foram significativamente reduzidos pela administração de óleo essencial de Citrus limon no grupo (OEC + A) (50.58 μmol/L, 55.42 g/L e 8.78 mmol/L) em comparação com o grupo (A). Esses resultados indicam que a administração de aspirina na dose de 600 mg/kg (grupo A) causou prejuízo significativo nas funções hepática e renal em ratos. Pois, os níveis séricos de glicose, colesterol, AST, ALT, LDH, creatinina, proteína e uréia estavam significativamente aumentados em relação aos valores correspondentes no grupo controle (C). Além disso, os rins desempenham um papel importante na eliminação de xenobióticos tóxicos, e por isso são mais propensos a serem expostos a materiais tóxicos em comparação com outros órgãos. Portanto, as elevações significativas nos níveis séricos de ureia, proteína e creatinina quando comparada com ratos normais (C) também indicaram que essas drogas podem afetar adversamente a função renal. 3. Níveis de peroxidação lipídica no fígado e rim A Fig. 1, Fig. 2 mostram que o nível de TBARS – um índice de peroxidação lipídica, no fígado e nos rins foi aumentado nos ratos tratados com (A) (em 108% e 55.7%, respectivamente) em comparação com o controle. Contudo, é possível observar que ocorreu uma diminuição significativa do nível de TBARS no grupo (OEC + A).
  • 5. Figura 1: Níveis de peroxidação lipídica (TBARS) nos fígados dos diferentes grupos. C: ratos controle (normais); (A): ratos tratados com aspirina, (OEC): ratos tratados com óleo essencial de Citrus limon, (OEC + A): ratos pré-tratados com OEC e depois tratados com (A). A porcentagem de aumento ou diminuição de TBARS em comparação com o grupo controle ou tratado com aspirina. Figura 2: Níveis de peroxidação lipídica (TBARS) nos rins dos diferentes grupos. C: ratos controle (normais); (A): ratos tratados com aspirina, (OEC): ratos tratados com óleo essencial de Citrus limon, (OEC + A): ratos pré-tratados com OEC e depois tratados com (A). A porcentagem de aumento ou diminuição de TBARS em comparação com o grupo controle ou tratado com aspirina. 4. Enzimas antioxidantes no fígado e rins
  • 6. Os pesquisadores observaram que as atividades de SOD, CAT e GPx foram bastante reduzidas no fígado e nos rins dos ratos tratados com (A) (em -78,77% e -53,84%, respectivamente) para SOD; (−53,58% e −78,01%, respectivamente) para CAT e (−78,92% e −51,51%, respectivamente) para GPx em comparação com o controle (C). Contudo, curiosamente, essas alterações foram corrigidas nos animais tratados com óleo essencial de Citrus limon (OEC + A). Anteriormente foi relatado que os antioxidantes naturais presentes nas ervas são responsáveis pela prevenção das consequências prejudiciais do estresse oxidativo. Nesse contexto, os pesquisadores viram que a administração de OEC protegeu significativamente os ratos da hepatotoxicidade e nefrotoxicidade induzidas pela aspirina. Este efeito de melhoria foi demonstrado pela diminuição dos níveis de glicose, colesterol AST, ALT, LDH, creatinina, ureia e proteína quando comparados ao grupo A. Portanto, a sua diminuição nas atividades das enzimas hepáticas no sangue deveu-se à sua capacidade de reduzir o dano oxidativo induzido por radicais livres no fígado. Além disso, o tratamento com óleo essencial exerceu forte efeito protetor sobre o estresse oxidativo induzido pela aspirina, conforme revelado pela diminuição do nível de peroxidação lipídica (TBARS), e melhorou o sistema de defesa enzimática (SOD, CAT e GPx). 5. Exame histológico Os pesquisadores observaram que o grupo controle apresentou morfologia regular no fígado e tecido renal. No entanto, os ratos expostos à aspirina apresentaram alterações graves no fígado e nos rins em comparação com o controle. Contudo, os cortes histopatológicos de fígado e rim de ratos tratados com óleo essencial de Citrus limon mostraram sinais de recuperação na arquitetura hepatocelular e nefrocelular, indicando o efeito protetor do OEC.
  • 7. Este efeito hepatoprotetor e nefroprotetor confirmou que ele tinha propriedade antioxidante, anti-peroxidativa e papel potencial na defesa contra os radicais livres. De acordo com esses resultados, o efeito protetor do OEC contra a aspirina pode ser atribuído à presença dos constituintes do óleo essencial. 6. Histologia do tecido hepático O perfil histológico dos cortes hepáticos nos grupos controle (C) e (OEC) apresentou arquitetura lobular normal com veia central e cordões radiantes de hepatócitos, onde os hepatócitos eram de forma poliédrica e seu citoplasma era granulado. Em contraste, o contorno histológico da secção do fígado no grupo tratado com aspirina mostrou degeneração dos hepatócitos, dilatação dos sinusóides, aumento da infiltração de leucócitos e congestão da veia porta central em comparação com o grupo controle (C). O grupo (OEC + A) preservou a morfologia normal e apresentou arquitetura normal do fígado (fig. 3).
  • 8. Figura 3: Observações microscópicas de seções de fígado de rato (H&E, C, OEC, A e OEC + A: 400 ×). (C) grupos de controle normais exibindo arquitetura parenquimatosa normal, (OEC) Grupo tratado com Citrus limon exibindo estrutura normal semelhante ao controle. (A) Grupo tratado com aspirina mostrando necrose central e periférica difusa e destruição da arquitetura lobular; e (OEC + A) mostrando reparo da estrutura do fígado. As setas pretas indicam degeneração dos hepatócitos, as setas azuis indicam dilatação dos sinusóides, e as setas vermelhas indicam o aumento da infiltração leucocitária e congestão da veia porta central. 7. Histologia do tecido renal O esboço histológico da secção do rim do grupo tratado com (A) revelou alterações degenerativas significativas em comparação com os ratos de controle. A seção do rim nos rins de ratos controle e tratados com OEC revelou glomérulos e células tubulointersticiais normais. No entanto, os rins dos animais tratados com (A) mostraram danos histopatológicos, mostrando degenerações glomerulares e tubulares variáveis significativas (ou seja, atrofia do glomerular e dilatação do espaço urinário). Já o grupo (OEC + A) apresentou arquitetura reparada do rim (Fig. 4).
  • 9. Figura 4: Fotomicrografias de rim de rato (H&E, C, OEC, A e OEC + A: × 400): (C) grupos de controle normais exibindo arquitetura parenquimatosa normal; (OEC) grupo tratado com Citrus limon apresentando estrutura normal semelhante ao controle. (A) Grupo tratado com aspirina mostrando alterações degenerativas, (OEC + A) mostrando reparação da arquitetura do rim. As setas azuis indicam as degenerações tubulares, as setas vermelhas indicam a atrofia do glomerular e dilatação do espaço urinário. Na prática: Você percebe como o uso prolongado de aspirina pode danificar o fígado e os rins? Os dados deste estudo sugerem que a ingestão do óleo essencial de Citrus limon tem a capacidade de proteger esses órgãos e ainda reduzir os possíveis danos causados pela aspirina! Não é ótimo?!