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[Tea Tree 010]
Óleo essencial: Melaleuca alternifolia
Composto: terpinen-4-ol, y-terpineno e α-terpineno
Título: Influência da composição química do óleo de Melaleuca alternifolia na sua
atividade antimicrobiana.
Autor: Joyce Cordeiro Borges, Lucas Matheus Barreto Santana e Karoll Moangella
Andrade de Assis.
Journal: II CONBRACIS (II Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde)
Vol/Issue: II congresso brasileiro de ciências da saúde.
Ano: 2017
DOI:
TAGs: tea tree; melaleuca; Melaleuca alternifolia; terpinen-4-ol; ISO-4730; in vitro;
Escherichia coli; Staphylococcus aureus; antibiótico; constituinte químico; composição
química; y-terpineno; α-terpineno; α-pineno; p-Cimeno; 1,8-Cineol; Terpinolene;
Limonene; α-Terpineol; óleo da By Samia; atividade antimicrobiana; terpinen-4-ol;
certificação; padronização; normatização internacional; concentração inibitória mínima;
bactericida;
Sobre o artigo:
Os óleos essenciais constituem várias frações da composição das plantas, e a qual,
atividades biológicas têm sido objeto de intensa investigação científica. Dentre os óleos
essenciais, o da Melaleuca alternifolia é de grande importância medicinal devido à sua
composição química e sua atividade biológica, com um vasto espectro antisséptico,
antibacteriano, anti-inflamatório e antiviral.
A identificação dos constituintes do óleo essencial da M. alternifolia é de grande
importância devido à sua estrutura e composição química, que podem influenciar
diretamente na atividade biológica de vários patógenos e ajudar na criação de novos
tipos de medicamentos com base em extrato de plantas.
Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo analisar a qualidade dos
componentes presentes em três óleos essenciais de M. alternifolia comerciais, fazendo
um comparativo com as concentrações máximas e mínimas dos seus componentes
majoritários normalizados pela ISO-4730 (normatização internacional), bem como
avaliar a influência dos constituintes dos óleos essenciais em sua atividade
antimicrobiana.
A identificação dos constituintes químicos foi realizada empregando a prática de
cromatografia gasosa com espectroscopia de massas. E a atividade antimicrobiana dos
óleos essenciais de M. alternifolia foi avaliada mediante emprego da técnica de
microdiluição, em cepas clínicas e padrão de Escherichia coli e Staphylococcus aureus.
Resultados
De acordo com análises cromatográficas dos óleos essências de M. alternifolia, os
resultados revelaram diferenças nas ferramentas em todos os componentes do óleo,
principalmente nos constituintes majoritários, como o terpinen-4-ol, y-terpineno e α-
terpineno.
O terpinen-4-ol variou de 1%, 7% a 53%, o y-terpineno variou de 1%, 3 a 19 % e o α-
terpineno variou de 1%, 3% a 8 %.
A ISO-4730 regulariza o terpinen-4-ol, y-terpineno e o α-terpineno como os maiores
presentes na composição do óleo.
As opções que estão dentro dos padrões de qualidade para o terpinen-4-ol, y-terpineno
e o α-terpineno não foram observadas para o óleo da Via Farma (amostra 1), Farma
Nostra (amostra 2), exceto para o óleo da Por Samia (amostra 3), que ficou dentro dos
padrões exigidos.
Esses resultados têm grande importância, pois para que óleo de M. alternifolia tenha
um maior valor comercial o valor da concentração de terpinen-4-ol deve ser maior que
30%, sendo esse o componente que detêm a atividade antimicrobiana, e baixas
concentrações de terpinen-4-ol comprometem a ação antimicrobiana do óleo essencial.
Em relação aos componentes α-pineno, p-Cimeno e 1,8-Cineol estes foram os únicos
que entraram nos padrões criados pela ISO em todos os óleos como proprietários de
OTT.
Já para os componentes Terpinolene, Limonene e α-Terpineol as análises revelaram
altas concentração na amostra 1 e na amostra 2 – os quais não se aplicam nas normas
exigidas pela ISO-4730, o que contribui para adulterações nos óleos da Via Farma e
Farma Nostra.
Também não foram observadas altas concentrações de Terpinolene e α-Terpineol no
óleo da By Samia, exceto para o Limonene – no qual a concentração chegou a 2%.
Diversos fatores influenciam na qualidade e na composição química de um OE,
incluindo uma composição do solo, temperatura e clima de cultivo, presença de
agrotóxico, época de colheita, partes utilizadas da planta, a espécie botânica,
exposição ao sol, ventos entre outros.
A composição química de produtos comprometidos ou insatisfatórios vendidos com o
OTTs pode ser alterada pelos produtores, por adulteração com compostos químicos
sintéticos ou naturais.
A composição química de um produto com OTT em relação aos padrões da ISO pode
variar com o tempo ou pelo armazenamento em más condições, gerando um produto
que já não atende aos padrões. Em particular, terpinen-4-ol, α-terpineno e y-terpineno
podem oxidar um p-cimeno.
Portanto, a oxidação de produtos comerciais com OTT resulta em baixas
concentrações de terpineno e p-cimeno – fora dos limites atribuídos pela ISO.
2. Atividade antimicrobiana
Os resultados sobre a atividade antimicrobiana pela técnica da microdiluição para as
cepas clínicas e de padrão revelaram que apenas o óleo da By Samia demonstrou
ação bactericida contra as cepas de E. coli 103, E. coli 108, S. aureus 101, S. aureus
103, S. aureus ATCC 25619, S. aureus ATCC 25925, o que já era de se esperar.
A atividade antimicrobiana do óleo da By Samia tem influência direta da sua
composição química, principalmente, pela alta concentração do terpinen-4-ol (53%) e
também pelo fato de ter sido o único óleo que esteve dentro dos padrões de qualidade
pela análise da sua composição.
Com base na literatura, os estudos indicam o terpinen-4-ol como um dos componentes
principais responsáveis pela atividade antimicrobiana.
Outros autores avaliaram a atividade antimicrobiana do OTT, do terpinen-4-ol e do 1,8
cineol. O terpinen-4-ol foi um dos responsáveis pela eficácia antibacteriana do OTT,
enquanto que os componentes secundários, como o 1,8-cineol, também contribuem
para a sua eficácia – devido ao fato de aumentar a permeabilidade da membrana
facilitando a entrada de outros agentes antimicrobianos.
No entanto, alguns pesquisadores reforçam a importância das interações dos
compostos de alta concentração entre a baixa concentração, mostrando que a
presença de p-cimeno aumenta a ação antimicrobiana de compostos majoritários, pois
ele facilita o seu transporte por meio da membrana citoplasmática para o interior da
célula bacteriana.
O que reforça os resultados do presente estudo, onde se encontrou a concentração de
p-cimeno com 2% e de limonene com 2%, no óleo da By Samia.
A Tabela 2 mostra os resultados da atividade antimicrobiana frente às cepas clínicas e
de padrão para cada espécie de E. coli e S. aureus do óleo da By Samia; podemos
observar que, para as clínicas tanto de E. coli quanto de S. aureus, o óleo utilizado
apresentou uma concentração inibitória mínima (CIM) em 1024 μg/mL.
Para a cepa padrão de S. aureus ATCC 25619, o óleo apresenta uma CIM em 256
μg/mL e 512 μg/mL nas placas 1 e 2, respectivamente, e para cepa de S. aureus ATCC
25925, o óleo apresenta uma CIM de 256 μg/mL.
Com esses resultados podemos dizer que o óleo mostrou-se com ação bactericida
frente a esses microrganismos.
Um grupo de pesquisadores investigou a atividade antimicrobiana de OTT adquiridos
comercialmente contra as bactérias E. coli, S. aureus, Salmonella typhimurium,
Pseudomonas aeruginosa e o fungo Candida albicans pela técnica de microdiluição de
caldo. Além disso, a atividade do OTT pode ser atribuída a outros excipientes
antimicrobianos presentes nos produtos comerciais, tais como conservantes, ou
agentes antimicrobianos sinérgicos.
O mecanismo de ação bactericida o óleo essencial de M. alternifolia consiste no
comprometimento da integridade da membrana celular, consequente perda de material
intracelular, incapacidade de manter a homeostase e a inibição da respiração.
Outros pesquisadores observaram a eficácia do óleo essencial contra E. coli, S. aureus
e C. albicans e confirmaram que a atividade antimicrobiana se deve à capacidade de
romper a barreira de permeabilidade da membrana dos microrganismos, inibindo a
respiração.
Estes resultados indicaram que o OTT exerce seus efeitos antimicrobianos ao
comprometer a membrana celular, resultando na perda do citoplasma e dano às
organelas, o que pode acarretar na morte celular.
Na prática:
Como sugere o artigo, a atividade antimicrobiana do óleo essencial de M. alternifolia
tem influência a partir da sua composição química e isso ocorre devido à qualidade do
óleo essencial e a quantidade de componentes químicos como agentes contra os
patógenos.
Portanto, certificações, padrões de qualidade e métodos de cultivos saudáveis são
grandes responsáveis para o padrão de qualidade dos produtos oriundos de extração
de plantas, assim como o óleo essencial.
Então é clara a importância de saber a procedência do produto antes de adquiri-lo,
visto que sua composição poderá influenciar diretamente na sua atividade biológica.
O óleo essencial de M. alternifolia, com grande concentração da substância terpinen-4-
ol, foi identificado neste estudo com potencial efeito antibiótico bloqueando a atividade
de respiração das bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus.
É altamente recomendada a inclusão desse óleo essencial como primeira aproximação
em formulações ou protocolos protetores ou para tratamentos contra bactérias.

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Composição química influencia atividade antimicrobiana de óleo de Melaleuca

  • 1. [Tea Tree 010] Óleo essencial: Melaleuca alternifolia Composto: terpinen-4-ol, y-terpineno e α-terpineno Título: Influência da composição química do óleo de Melaleuca alternifolia na sua atividade antimicrobiana. Autor: Joyce Cordeiro Borges, Lucas Matheus Barreto Santana e Karoll Moangella Andrade de Assis. Journal: II CONBRACIS (II Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde) Vol/Issue: II congresso brasileiro de ciências da saúde. Ano: 2017 DOI: TAGs: tea tree; melaleuca; Melaleuca alternifolia; terpinen-4-ol; ISO-4730; in vitro; Escherichia coli; Staphylococcus aureus; antibiótico; constituinte químico; composição química; y-terpineno; α-terpineno; α-pineno; p-Cimeno; 1,8-Cineol; Terpinolene; Limonene; α-Terpineol; óleo da By Samia; atividade antimicrobiana; terpinen-4-ol; certificação; padronização; normatização internacional; concentração inibitória mínima; bactericida; Sobre o artigo: Os óleos essenciais constituem várias frações da composição das plantas, e a qual, atividades biológicas têm sido objeto de intensa investigação científica. Dentre os óleos essenciais, o da Melaleuca alternifolia é de grande importância medicinal devido à sua composição química e sua atividade biológica, com um vasto espectro antisséptico, antibacteriano, anti-inflamatório e antiviral.
  • 2. A identificação dos constituintes do óleo essencial da M. alternifolia é de grande importância devido à sua estrutura e composição química, que podem influenciar diretamente na atividade biológica de vários patógenos e ajudar na criação de novos tipos de medicamentos com base em extrato de plantas. Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo analisar a qualidade dos componentes presentes em três óleos essenciais de M. alternifolia comerciais, fazendo um comparativo com as concentrações máximas e mínimas dos seus componentes majoritários normalizados pela ISO-4730 (normatização internacional), bem como avaliar a influência dos constituintes dos óleos essenciais em sua atividade antimicrobiana. A identificação dos constituintes químicos foi realizada empregando a prática de cromatografia gasosa com espectroscopia de massas. E a atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de M. alternifolia foi avaliada mediante emprego da técnica de microdiluição, em cepas clínicas e padrão de Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Resultados De acordo com análises cromatográficas dos óleos essências de M. alternifolia, os resultados revelaram diferenças nas ferramentas em todos os componentes do óleo, principalmente nos constituintes majoritários, como o terpinen-4-ol, y-terpineno e α- terpineno. O terpinen-4-ol variou de 1%, 7% a 53%, o y-terpineno variou de 1%, 3 a 19 % e o α- terpineno variou de 1%, 3% a 8 %. A ISO-4730 regulariza o terpinen-4-ol, y-terpineno e o α-terpineno como os maiores presentes na composição do óleo. As opções que estão dentro dos padrões de qualidade para o terpinen-4-ol, y-terpineno e o α-terpineno não foram observadas para o óleo da Via Farma (amostra 1), Farma
  • 3. Nostra (amostra 2), exceto para o óleo da Por Samia (amostra 3), que ficou dentro dos padrões exigidos. Esses resultados têm grande importância, pois para que óleo de M. alternifolia tenha um maior valor comercial o valor da concentração de terpinen-4-ol deve ser maior que 30%, sendo esse o componente que detêm a atividade antimicrobiana, e baixas concentrações de terpinen-4-ol comprometem a ação antimicrobiana do óleo essencial. Em relação aos componentes α-pineno, p-Cimeno e 1,8-Cineol estes foram os únicos que entraram nos padrões criados pela ISO em todos os óleos como proprietários de OTT. Já para os componentes Terpinolene, Limonene e α-Terpineol as análises revelaram altas concentração na amostra 1 e na amostra 2 – os quais não se aplicam nas normas exigidas pela ISO-4730, o que contribui para adulterações nos óleos da Via Farma e Farma Nostra. Também não foram observadas altas concentrações de Terpinolene e α-Terpineol no óleo da By Samia, exceto para o Limonene – no qual a concentração chegou a 2%. Diversos fatores influenciam na qualidade e na composição química de um OE, incluindo uma composição do solo, temperatura e clima de cultivo, presença de agrotóxico, época de colheita, partes utilizadas da planta, a espécie botânica, exposição ao sol, ventos entre outros. A composição química de produtos comprometidos ou insatisfatórios vendidos com o OTTs pode ser alterada pelos produtores, por adulteração com compostos químicos sintéticos ou naturais. A composição química de um produto com OTT em relação aos padrões da ISO pode variar com o tempo ou pelo armazenamento em más condições, gerando um produto
  • 4. que já não atende aos padrões. Em particular, terpinen-4-ol, α-terpineno e y-terpineno podem oxidar um p-cimeno. Portanto, a oxidação de produtos comerciais com OTT resulta em baixas concentrações de terpineno e p-cimeno – fora dos limites atribuídos pela ISO. 2. Atividade antimicrobiana Os resultados sobre a atividade antimicrobiana pela técnica da microdiluição para as cepas clínicas e de padrão revelaram que apenas o óleo da By Samia demonstrou ação bactericida contra as cepas de E. coli 103, E. coli 108, S. aureus 101, S. aureus 103, S. aureus ATCC 25619, S. aureus ATCC 25925, o que já era de se esperar. A atividade antimicrobiana do óleo da By Samia tem influência direta da sua composição química, principalmente, pela alta concentração do terpinen-4-ol (53%) e também pelo fato de ter sido o único óleo que esteve dentro dos padrões de qualidade pela análise da sua composição. Com base na literatura, os estudos indicam o terpinen-4-ol como um dos componentes principais responsáveis pela atividade antimicrobiana. Outros autores avaliaram a atividade antimicrobiana do OTT, do terpinen-4-ol e do 1,8 cineol. O terpinen-4-ol foi um dos responsáveis pela eficácia antibacteriana do OTT, enquanto que os componentes secundários, como o 1,8-cineol, também contribuem para a sua eficácia – devido ao fato de aumentar a permeabilidade da membrana facilitando a entrada de outros agentes antimicrobianos. No entanto, alguns pesquisadores reforçam a importância das interações dos compostos de alta concentração entre a baixa concentração, mostrando que a presença de p-cimeno aumenta a ação antimicrobiana de compostos majoritários, pois
  • 5. ele facilita o seu transporte por meio da membrana citoplasmática para o interior da célula bacteriana. O que reforça os resultados do presente estudo, onde se encontrou a concentração de p-cimeno com 2% e de limonene com 2%, no óleo da By Samia. A Tabela 2 mostra os resultados da atividade antimicrobiana frente às cepas clínicas e de padrão para cada espécie de E. coli e S. aureus do óleo da By Samia; podemos observar que, para as clínicas tanto de E. coli quanto de S. aureus, o óleo utilizado apresentou uma concentração inibitória mínima (CIM) em 1024 μg/mL. Para a cepa padrão de S. aureus ATCC 25619, o óleo apresenta uma CIM em 256 μg/mL e 512 μg/mL nas placas 1 e 2, respectivamente, e para cepa de S. aureus ATCC 25925, o óleo apresenta uma CIM de 256 μg/mL. Com esses resultados podemos dizer que o óleo mostrou-se com ação bactericida frente a esses microrganismos. Um grupo de pesquisadores investigou a atividade antimicrobiana de OTT adquiridos comercialmente contra as bactérias E. coli, S. aureus, Salmonella typhimurium,
  • 6. Pseudomonas aeruginosa e o fungo Candida albicans pela técnica de microdiluição de caldo. Além disso, a atividade do OTT pode ser atribuída a outros excipientes antimicrobianos presentes nos produtos comerciais, tais como conservantes, ou agentes antimicrobianos sinérgicos. O mecanismo de ação bactericida o óleo essencial de M. alternifolia consiste no comprometimento da integridade da membrana celular, consequente perda de material intracelular, incapacidade de manter a homeostase e a inibição da respiração. Outros pesquisadores observaram a eficácia do óleo essencial contra E. coli, S. aureus e C. albicans e confirmaram que a atividade antimicrobiana se deve à capacidade de romper a barreira de permeabilidade da membrana dos microrganismos, inibindo a respiração. Estes resultados indicaram que o OTT exerce seus efeitos antimicrobianos ao comprometer a membrana celular, resultando na perda do citoplasma e dano às organelas, o que pode acarretar na morte celular. Na prática: Como sugere o artigo, a atividade antimicrobiana do óleo essencial de M. alternifolia tem influência a partir da sua composição química e isso ocorre devido à qualidade do óleo essencial e a quantidade de componentes químicos como agentes contra os patógenos. Portanto, certificações, padrões de qualidade e métodos de cultivos saudáveis são grandes responsáveis para o padrão de qualidade dos produtos oriundos de extração de plantas, assim como o óleo essencial. Então é clara a importância de saber a procedência do produto antes de adquiri-lo, visto que sua composição poderá influenciar diretamente na sua atividade biológica.
  • 7. O óleo essencial de M. alternifolia, com grande concentração da substância terpinen-4- ol, foi identificado neste estudo com potencial efeito antibiótico bloqueando a atividade de respiração das bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus. É altamente recomendada a inclusão desse óleo essencial como primeira aproximação em formulações ou protocolos protetores ou para tratamentos contra bactérias.