1) A garcínia cambogia tem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e espasmolíticas devido aos glucosídeos e ácidos que contém;
2) É indicada para tratamento de doenças reumáticas, artrites e dores musculares, podendo reduzir doses de anti-inflamatórios;
3) Pode causar efeitos laxantes leves no início do tratamento e problemas hepáticos em caso de superdosagem.
1. GARCÍNIA CAMBOGIA
Nome Científico: Garcinia sp
Parte Utilizada: As raízes secundárias (tubérculos).
Princípio Ativo:
Glucosideos amargos de tipo iridoide (2%): harpagósido ou hasrpagina (éster do ácido
cinámico), procúmbido, harpágido; ácido cinámico libre; Glicosideos fenólicos: acteósido,
isoacteósido; esteres livres e esterificados, ácidos triterpérnicos; abundante estaquiosa, traços
de óleos essenciais.
R.F.E., Farmacopéia Europa: A droga seca deve contém ao menos um 1,2 de harpagósido.
Mecanismo de Ação:
Tem uma ação antiinflamatória, um efeito ligeiramente analgésico, espasmolítico,
hipolipemiante e diurético uricosúrico. Os beta-sitosterois inibem a formação da prostaglandina-
sintetase, que participa no processo inflamatório, sendo mais favorável nos processos
semicrônico e crônico. Considera que tem uma atividade antirradicalar.
Indicação:
Enfermidades reumáticas, artrites reumatóides, artroses, bursites, fibromialgias, fibrosites,
epicondilites, traumatismos. Seu uso permite freqüentemente reduzir as doses de corticóides e
antiinflamatórias. Outras indicações: Anorexia, dispepsias hiposecretoras, disquinesias
hepatobiliares, colecistitis, diverticulosis duodenais, espasmos gastrointestinais,
hipercolesterolemia, gotas, neuralgias, prostatitis, adenoma de próstata, anexitis.
Contra-Indicação:
Problemas pela sua provável ação accitócica. Gastrites, úlceras gastroduodenais, cólon irritável
(as formas galênicas em pó, devido aos resíduos sólidos em forma de fragmentos de cristais
salinos, podem produzir intolerância gástrica). Obstrução das vias biliares. Não prescrever
formas de dosificação com conteúdo alcoólico para administração oral a crianças menores de
dois anos nem a pacientes em processo de desintoxicação alcoólica. Acelera o transito
intestinal, podendo comprometer a absorção de medicamentos.
Reação Adversa:
Como efeito colateral, os laxantes: em alguns casos pode aparecer um ligeiro efeito laxante ao
iniciar o tratamento que sugere proceder espontaneamente. A superdosagem pode produzir
transtornos hepáticos.
Consideração Farmacêutica:
Como antiiflamatório – antireumático se devem prescrever tratamentos prolongados (ao menos
3 mês)
Forma Galênica / Posologia:
2. - Decocção: 3 colheradas de pó de raízes secundárias trituradas em 750ml de água, ferver três
minutos, deixar em maceração dez a quinze horas. Tomar em três vezes, 10 minutos antes das
refeições
- Extrato fluido (1:1): 30 a 50gotas três vezes ao dia, entre as refeições.
- Tintura (1:10): 50-100 gotas, dois a quatro vezes ao dia.
- Extrato seco (3:1): 1-2g/dia
- Pó: 1-3 g/dia, em três tomas
Referência Bibliográfica:
PR VADEMECUM DE PRESCRIPTION DE PLANTAS MEDICINALES. 3ºedição. 1998.