O documento discute vários aspectos da insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão e arteriopatia obstrutiva periférica, incluindo suas definições, sintomas e terapias convencionais. Também apresenta diversas plantas medicinais utilizadas no tratamento dessas patologias, como o alho, o ginkgo e a castanha-da-índia, descrevendo suas propriedades, mecanismos de ação e doses.
Prof Niraldo Palestra de Abertura do Curso de Fitoterapia Clínica parte 2 sp
1. Prof. Dr. Niraldo Paulino
1. Aspectos históricos, legais e
éticos. Desafios e Oportunidades
na Fitoterapia Médica
2. Estudo de plantas por sistemas:
Patologias do sistema cardio-
vascular
Parte 2
Nova Abordagem em
Fitoterapia Médica
3. Insuficiência cardíaca congestiva
1. Patologia cardiovascular responsável pela hospitalização do
maior número de pacientes após os 65 anos de idade.
2. Consiste de uma redução gradual da função cardíaca, com
disfunção ventricular progressiva que pode resultar em sintomas
comuns como:
3. Palidez, cianose, taquicardia, respiração curta, edema periférico
e ou pulmonar, cardiomegalia, arritmia e hipertensão.
4. Terapia convencional:
1. Digitálicos: Digoxina, digitoxina
2. Inibidores da fosfodiesterase tipo III: Amrinona, milrinona
3. Inibidores da Enzima conversora de angiotensina (ECA):
Captopril, enalapril
4. Diuréticos: Furosemida, hidroclorotiazida
Insuficiência cardíaca congestiva
11. Crataegus laevigata, C. monogyna
BOTÂNICA E CONSTITUIÇÃO QUÍMICA:
A utilização farmacêutica do Crataegus emprega a folha e as sumidades florais do:
Crataegus laevigata (Poiret) DC (= C. oxyacantha L.)
Crataegus monogyna Jacq. (Fam Rosaceae)
A droga vegetal deve conter:
Procianidina 1-3%
Flavonoides totais (incluindo: kaempferol, quercetina, apigenina, luteolina, vitexina,
iperosideo) 0,1% no caule e 1% nas partes aéreas
Além de: proantocianidina, catequina, triterpenos, ácidos carboxilicos aromáticos,
derivados aminicos e purínicos
12. Crataegus laevigata, C. monogyna
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
CRATAEGUS
Vasodilatador
coronariano
Anti-
hipertensivo
Reduz
colesterol-
triglicerídeos
Anti-arritmico
Inibição da PDE
Aumento de
AMPc
Ativação da PKA
Fosforlação de
canais de
potássio
voltagem
dependentes
Fosforlação de
canais de cálcio
tipo L voltagem
dependentes
Vasodilatação Aumento da
força contrátil
14. Crataegus laevigata, C. monogyna
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 160-900 mg de extrato seco hidroalcoólico (etanol 45%) padronizado em
flavonoides: contendo 30-168,7mg de epicatequina ou 3,5-19,8mg de iperosideo
Como a ação do Crataegus inicia lentamente, a sua utilização deve ser superior a seis
semanas.
EFICÁCIA CLÍNICA:
13 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
997 PACIENTES COM INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA (CLASSE I-III)
TRATAMENTO USADO 160-1800 mg DO EXTRATO/DIA POR 3-16 SEMANAS
EFEITOS COLATERAIS RAROS, LEVES A MODERADOS: naúsea, vertigem, disturbios
gastrointestinais e cardíacos.
16. Adonis vernalis
BOTÂNICA E CONSTITUIÇÃO QUÍMICA:
A utilização farmacêutica do Adonis emprega as partes aéreas de Adonis vernalis L. (Fam.
Ranunculaceae)
A droga vegetal deve conter:
Flavonoides e glicosidios cardioativos (Cardenolideo).
Os principais cardenolideos são: Adonitoxina, cismarina e k-estrofantosideo.
DOSE:
A dose diária recomendada é de 0,6 g de extrato seco padronizado. As doses simples não
devem ser superiores a 1 g.
POSSUI EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO
17. Hipertensão
1. Doença arterial caracterizada por um aumento crônico da
pressão sanguínea.
2. Usualmente classificada em hipertensão essencial e
secundária, ligadas a causas inespecíficas ou de uma outra
patologia associada, respectivamente.
Recentemente, o JNC 7 (The Seventh Report of the Joint National Committee on
Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure) definiu a
pressão sanguinea entre 80/120 mmHg a 89/139 mmHg como "pré-hipertensão"
que é uma designação escolhida para indicar pacientes com pré-disposição para a
hipertensão.
18. Terapia convencional:
1. Diuréticos: Tiazídicos, furosemida, etc.
2. Antagonistas de receptores -adrenérgicos: propranolol,
atenol, etc.
3. Inibidores da Enzima conversora de angiotensina (ECA):
Captopril, enalapril
4. Antagonistas dos receptores de angiotensina II: Losartan,
valsartan, etc.
5. De ação central: alfametildopa, clonidina, etc.
6. Bloqueadores 1 adrenérgicos: prazosina, terazosina, etc.
7. Bloqueadores de canais de cálcio: Verapamil, diltiazen,
nifedipina, etc.
Hipertensão
21. Nome popular
Alho
Parte usada
Bulbo
Padronização/Marcador
Aliina ou Alicina
Formas de uso
Tintura, óleo, extrato seco
Indicações / Ações terapêuticas
Coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e hipertensão arterial leve;
prevenção da aterosclerose
Dose Diária
Equivalente a 6-10 mg aliina
Via de Administração
Oral
Reações adversas
cefaléia, mialgia, fadiga e vertigem. Desconforto abdominnal, sensaçã de saciedade,
vômito, náusea, diarréia.
S+ NH2
HO
-
Aliina
S
+
S
O
-
Alicina
22. Allium sativum
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 4 g de droga vegetal in natura ou 600-900 mg de pó seco da droga vegetal.
EFICÁCIA CLÍNICA:
13 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
781 PACIENTES COM NÍEVEIS DE COLESTEROL SUPERIORES A 200 mg/dL.
TRATAMENTO USADO 900 mg DE EXTRATO/DIA POR 8-20 semanas.
EFEITOS COLATERAIS RELACIONADOS A DISTURBIOS GASTROINTESTINAIS, RESPIRATÓRIOS
E SUDORESE COM CHEIRO ALHO.
27. Allium sativum
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Allium sativum
Atividade anti-
hipertensiva
Atividade
antioxidante
Atividade anti-
aterosclerose
28. São fatores de risco que
contribuem para o processo
aterosclerótico:
Lesão crônica do endotélio
por:
Hiperlipidemia
Hipertensão
Fumo
Fatores hemodinâmicos
Toxinas
Viroses
Reações imunológicas
29. Após o inicio do processo
ocorre um acumulo
inflamatório que leva a
proliferação de células
musculares lisas vasculares,
aumento da produção de
colágeno localmente,
deposição de formas
oxidadas de colesterol e de
lipídios de matrix celular.
Finalmente a calcificação e
oclusão parcial ou total do
vaso.
32. Arteriopatia obstrutiva periférica
1. Doença arterial ou venosa caracterizada por obstrução
circulatória periférica e redução da perfusão local.
2. Sintomatologia ligada a manifestação de: dor durante e após a
ambulação, sensação de formigamento, extremidades frias,
etc.
36. Nome popular
Ginkgo
Parte usada
Folhas, partes aéreas (caule e flores)
Padronização/Marcador
Extrato a 24% ginkgoflavonóides (Quercetina, Kaempferol, Isorhamnetina), 6% de
terpenolactonas (Bilobalide, Ginkgolide A,B,C,E)
Formas de uso
Extrato
Indicações / ações terapêuticas
Vertigens e zumbidos (tinidos) resultantes de distúrbios circulatórios; distúrbios
circulatórios periféricos (claudicação intermitente), insuficiência vascular cerebral.
Dose Diária
80-240 mg de extrato padronizado, em 2 ou 3 tomadas ou 28,8-57,6 mg de
ginkgoflavonóides e 7,20-14,4 mg de terpenolactonas.
Via de Administração
Oral
37. Ginkgo biloba
PREPARAÇÕES E DOSES:
80-240 mg de extrato padronizado, em 2 ou 3 tomadas ou 28,8-57,6 mg de
ginkgoflavonóides e 7,20-14,4 mg de terpenolactonas.
EFICÁCIA CLÍNICA:
8 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
415 PACIENTES COM CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE.
TRATAMENTO USADO 120-160 mg DE EXTRATO/DIA POR 12-24 semanas.
EFEITOS COLATERAIS LEVES E REVERSÍVEIS.
38. Ginkgo biloba
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Gingko biloba
Ginkgolideo
Inibição competitiva dos receptores
do PAF
Redução da contratilidade vascular
exercida pelo PAF
39. Gingko biloba
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
A via de sinalização do PAF está
envolvida na resposta inflamatória e na
formação de trobo.
A: REceptores de PAF estão localizados
na superfície de plaquetas e em uma
grande variedade de leucócitos
B: O sistema de regulação do PAF é
modulado por vários mecanismos que
incluem as células endoteliais vasculares,
os polimorfunucleares.
Gb Gb
Gb Gb
41. Nome popular
Castanha-da-Índia
Parte usada
Sementes, 3 a 10 % de saponinas (importada)
Padronização/ marcador
Aescina
Formas de uso
Extrato seco padronizada em 16 a 20% de aescina
Dose diária
100 mg de aescina
Indicações/ ações terapêuticas
Fragilidade capilar, insuficiência venosa, atividade antiedematosa, atividade
antiinflamatória possuindo discreta estimulação sobre o córtex suprarenal
(ALONSO, 1998).
Via de administração
Oral
42. Aesculus hippocastanum
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Castanha da índia
Aumenta o
tonus vascular
Reduz
leucocitose
Reforça a
parede
vascular
Reduz a
hialuronidase
Reduz a elastase
Aumenta a
proliferação
celular
Aumento da
sensibilidade ao
cáclcio
Reduz a
produção de
mediadores pró-
inflamatórios
(PGE2)Aumento da
PGF2alfa
44. Aesculus hippocastanum
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 500-731 mg de extrato seco alcoólico (contendo 16-20% de escina)
equivalente a cerca de 100 mg.
EFICÁCIA CLÍNICA:
13 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
1051 PACIENTES COM INSUFICIENCIA VENOSA CRONICA
TRATAMENTO USADO 100-150 mg DE ESCINA/DIA POR 3-8 SEMANAS
EFEITOS COLATERAIS SEMELHANTES AO PLACEBO.
46. Nome popular
Centella, gotu kola
Parte usada
Folhas, 0,6 % saponinas triterpênicas (asiaticosídeo)
Padronização/ marcador
Ácidos triterpênicos (asiaticosídeos, madecassosídeo)
HO
O
O Glc Glc RhaHO
OH
47. Formas de uso
Extrato seco
Indicações/ ações terapêuticas
Insuficiência venosa dos membros inferiores, estimula seletivamente o
sistema reticuloendotelial, cicatrizante .
Dose diária
6,6-13,6 mg de asiaticosídeo
Via de administração
Oral.
Restrição de uso
De modo geral, a centela é muito bem tolerada em doses adequadas. As
altas doses por via oral, podem provocar cefaléias, vertigem,
hipotensão arterial e estados narcóticos leve a moderado, sendo sua
venda sob prescrição médica.
Uso tópico: cicatrizante e anti-
inflamatório
48. Centella asiatica
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Centella
Aumenta o
colágeno
Aumenta a
fibrinólise
Aumenta a
fibronectina
Aumenta a
resistência
vascular
Reforça a parede
vascular
Reduz a
formação de
coágulos
50. Centella asiatica
Atua como agente fibrinolítico
ativador do plasminogênio o que
resulta na formação da plasmina e
promove a dissolução do coágulo.
51. Centella asiatica
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 120 mg de extrato seco alcólico (contendo ácido madecassico 30%, ácido
asiatico 30% e asiaticosideo 40%).
Divididos em duas doses diárias.
EFICÁCIA CLÍNICA:
10 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
1000 PACIENTES COM VÁRIAS PATOLOGIAS VASCULARES
TRATAMENTO USADO 60-180 mg/DIA POR 4-8 SEMANAS
EFEITOS COLATERAIS SEMELHANTES AO PLACEBO.
53. Transtorno da ansiedade
1. O transtorno da ansiedade é um termo que cobre várias
formas de ansiedade patológica, medos, fobias e condições
nervosas que podem surgir rapidamente ou lentamente
durante um período de muitos anos, e que interferem na
rotina diária do indivíduo.
2. Os dois principais neurotransmissores envolvidos nessa
patologia são o GABA e a serotonina (5HT) e seus respectivos
receptores GABAA e 5HT1A.
54. Terapia convencional:
1. Benzodiazepínicos: diazepan, lorazepan, etc.
2. Agonistas dos receptores 5HT1A: buspirona, ipsapirona, etc.
3. Antagonistas -adrenérgicos: propranolol, atenolol.
Transtorno da ansiedade
56. Piper methysticum Forst. f.
Piperaceae
http://www.irishnature.com/images/farm/kava_roots.jpg
Kava-kava
57. Nome popular
Kava-kava
Parte usada
Rizoma, minino 3,5 kavapironas
Padronização/Marcador
Kavapironas, kavalactonas
Formas de uso
Extratos, tintura,
Indicações / Ações terapêuticas
Ansiedade, insônia, tensão nervosa, agitação
Dose Diária
60-120 mg de kavapironas
Via de Administração
Oral
Restrição de uso
Utilizar no máximo por 2 meses
58. Piper methysticum Forst.
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Kava-kava
Bloqueio de
canais de
sódio
Ativa receptor
GABA-A
Inibe a
despolarização e
ativação
neuronal
Induz a
hiperpolarização
neuronal
59. FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Hiperpolarização e efeito inibitório central
Kava-kava ativa canais de
cloreto associados ao
receptor GABA-A
Kk
Kava-kava bloqueia canais
de sódio
Kk Kk
60. Piper methysticum Forst.
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 60-120 mg de Kavapirona. Dose diária usada nos estudos são 300-800 mg
do extrato seco padronizado (60-240 mg de Kavapirona) divididas em tres doses.
EFICÁCIA CLÍNICA:
11 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
645 PACIENTES COM INSONIA.
TRATAMENTO USADO 150-800 mg DE EXTRATO SECO (105-240mg de Kavalactona)/DIA
POR 1-24 SEMANAS.
EFEITOS COLATERAIS SIMILARES AO PLACEBO.
62. Nome popular
Valeriana
Parte usada
Raízes
Padronização/Marcador
Sesquiterpenos (ácido valerênico, ácido acetoxivalerênico)
Formas de uso
Extrato, tintura
Indicações / Ações terapêuticas
Insônia leve, sedativo, ansiolítico
Dose Diária
0,8-0,9 mg de sesquiterpenos
Via de Administração
Oral (duas horas antes de dormir)
Dependência
psíquica
63. Valeriana officinalis L.
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Valeriana
Óleo essencial Alcalóides,
Aminoácidos
Monoterpenos:
Borneol
Actinidina
GABA
Sesquiterpeno:
Ácido valerenico
Valeranona
Glicol kessilico
Valepotriatos Lignanas
1-hidroxipinoresinolDihidrovaltratos
Valtratatos
65. FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Hiperpolarização e efeito inibitório central
Vo
Vo
Vo Ativa a GABA descarboxilase
Vo Inibe a recaptação de GABA
Vo Aumenta a atividade do GABA no
receptor GABA-A
Inibe a GABA transaminase
Vo
66. Valeriana oficinallis
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 400-900 mg de extrato aquoso. O extrato seco deve conter 0,25-0,35% de
ácidos sesquiterpenos expressos em ácidos valerenicos.
EFICÁCIA CLÍNICA:
9 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
390 PACIENTES COM INSONIA.
TRATAMENTO USADO 900 mg (dose única) ou 600-1200 mg (divididos em tres doses) DE
EXTRATO SECO POR 8-28 dias.
EFEITOS COLATERAIS SIMILARES AO PLACEBO.
68. Nome popular
Maracujá, Passiflora
Parte usada
Folhas
Padronização/Marcador
Flavonóides totais expressos na forma de isovitexina ou vitexina
Formas de uso
Tintura, extratos
Indicações / Ações terapêuticas
Sedativo
Dose Diária
25mg a 100 mg de vitexina/isovitexina
Via de Administração
Oral
Alcalóide: Harmano
Outras espécies
69. FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Hiperpolarização e efeito inibitório central
Passiflora incarnata
aumenta a liberação de
GABA?
Passiflora incarnata
Melhora a resposta do
GABA no receptor?
70. Passiflora incarnata L.
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 4-8 g da droga vegetal seca ou o equivalente a 25mg a 100 mg de
vitexina/isovitexina.
EFICÁCIA CLÍNICA:
Propriedades sedativas notadas clinicamente desde o século XIX.
2 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
420 PACIENTES COM DESORDEM DE ANSIEDADE.
TRATAMENTO USADO 4-8 g DE DROGA VEGETAL/DIA POR 4 SEMANAS.
EFEITOS COLATERAIS NÃO RELATADOS.
72. Nome popular
Camomila, camomila alemã
Parte usada
Capítulos florais
Padronização/Marcador
Apigenina -7 – glucosídeo
Formas de uso
Tintura, extratos
Indicações / Ações terapêuticas
Antiespasmódico, anti-inflamatório tópico, distúrbios digestivos, insônia leve.
Dose Diária
4 a 24 mg de Apigenina -7 - glucosídeo
Via de Administração
Oral e tópico, tintura apenas tópico
Reações adversas
Dermatite de contato, conjutivite, reações anafiláticas
Interações medicamentosas
Oleos essenciais: azuleno,
alfa-bisabolol
73. Matricaria recutita L.
Camomila
Afinidade pelo receptor
benzodiazepinico
Possue Triptofano, precursos da
serotonina
APIGENINA
Efeito
ansiolítico, e
sedativo
TRIPTOFANO
Mr
Mr
74. Depressão
1. A depressão é um distúrbio da emoção que afeta o corpo, o
humor e o pensamento: altera o apetite e o sono, a forma
como a pessoa se sente e como pensa.
2. Sua característica essencial é o humor deprimido ou triste na
maior parte do tempo, por um período prolongado. A maioria
das pessoas com depressão também tem acentuada redução
da capacidade de sentir prazer (anedonia) e padrões negativos
de pensamento.
75. Terapia convencional:
1. Antidepressivos tricíclicos: imipramina, amitriptilina,
desiprmaina, etc.
2. Inibidores seletivos de serotonina: fluoxetina, paroxetina,
sertralina, citalopran, etc.
3. Inibidores da MAO: fenelzina, tranilcipromina, etc.
4. Inibidores reversível da MAO-A: moclobemida.
Depressão
78. Nome popular
Hipérico, erva de São João
Parte usada
Partes aéreas
Padronização/Marcador
Hipericinas totais
Formas de uso
Extratos, tintura
Indicações / Ações terapêuticas
Estados depressivos leves a moderados, não
endógenos (Inibe recaptação 5-SH e aumenta
expressão receptor 5-SH1 e 5-SH2
Dose Diária
0,9 a 2,7 mg hipericinas (cápsulas 900mg)
Via de Administração
Oral
O
O
OH
OH
OH
OH
HO
HO
Hipericina
Hiperforina
79. Hypericum perforatum
Erva de São João
Inibição da MAO
Inibição da recaptação de 5HT,
Nor, GABA, DA
Aumento da expressão de
receptores 5HT1, 5HT2 e 1
Diminuição da expressão de
receptores e D1
Efeito
antidepressivo
81. Hypericum perforatum
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 2-4 g da droga vegetal ou o equivalente a 0,2-1 mg de hipericina total
(hipericina e pseudohipericina) ou 900 mg de extrato padronizado equivalente a 2,7 mg
de hipericina divididos em 3 tomadas.
EFICÁCIA CLÍNICA:
27 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
2291 PACIENTES COM DEPRESSÃO LEVE OU MODERADA
TRATAMENTO USADO 900 mg DE EXTRATO PADRONIZADO/DIA POR 4-6 SEMANAS.
EFEITOS COLATERAIS SIMILARES AO PLACEBO E INFERIORES AOS ANTIDEPRESSIVOS
SINTÉTICOS.
83. Paullinia cupana H.B.&K.
Nome popular
Guaraná
Parte usada
Sementes
Padronização/Marcador
Trimetilxantinas (cafeína)
Formas de uso
Extratos, tinturas
Indicações / Ações terapêuticas
Astenia, estimulante do SNC
Dose Diária
15 a 70 mg de cafeína
Via de Administração
Oral
86. INFLAMAÇÃO é uma
resposta produzida por
tecido vivo e
vascularizado em resposta
a um estímulo lesivo.
Inflamação envolve o sistema
vascular, químico e celular de
maneira estereotipada e
sequencial.
Inflamação
90. Estímulos
TLR
Myd-88 IRAK
TRAF6
NIK
p50 p65
p50 p65
IKK
IKK
IB
TNF-
iNOS
COX-2
IL-12
NO
PG
IL1
Redução da inflamação, dor e da
angiogêneseFatores externos
Ativação de
receptores tipo TLR
Desencadeia uma
cascata de
fosforilação
Ativação da
quinase do
IkappaB
Fosforilação do
inibidor do NFkB
Liberação do Fator
de Transcrição
Nuclear NFkB
Translocação
nuclear para a
ativação da
expressão gênica
Expressão de
inúmeros genes
pró-inflamatórios
Expressão de
genes das citocinas
IL1, 12 e TNF-
Expressão de
genes da
cicloxigenase 2
Aumento da
produção de
PGE2, PGF2 ...
Inflamação:
aumento da
permeabilidade
vascular,
vasodilatação,
migração celular,
etc…
Condições ideiais
para a
cronificação da
inflamação
93. Harpagophytum procumbens
Nome popular
Garra do diabo
Parte usada
Folhas
Padronização/Marcador
Hapagosideo (1,2 - 9%)
Formas de uso
Extratos
Indicações
Antitérmico, antiinflamatório,
analgésico, antireumático.
Dose Diária
50-100 mg/dia de hapagosideo por
4-16 semanas
Via de Administração
Oral
94. Hypericum perforatum
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 50-100 mg/dia de harpagosideo por 4-16 semanas.
EFICÁCIA CLÍNICA:
7 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
968 PACIENTES COM DOR INFLAMATÓRIA OU OSTEOARTRITE
TRATAMENTO USADO 50-100 mg DE HARPAGOSIDEO PRO 4-16 SEMANAS.
EFEITOS COLATERAIS LEVES E INFREQUENTES.
97. Salix alba L.
Nome popular
Salgueiro branco
Parte usada
Casca
Padronização/Marcador
Salicina
Formas de uso
Extratos,
Indicações
Antitérmico, antiinflamatório,
analgésico
Dose Diária
60-120 mg de salicina
Via de Administração
Oral
98. Salix alba
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Salix
Inibição da
ciclooxigenase
1 e 2
Redução do
edema e
inflamação
Redução da dor
e febre
Inibição do Fator de
Transcrição Nuclear
Kappa B (NFB
Ação
antireumática
101. Salix alba
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 60-120 mg ou 240 mg de salicina total..
EFICÁCIA CLÍNICA:
VÁRIOS ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
INÚMEROS PACIENTES COM INFLAMAÇÃO
TRATAMENTO USADO 900 mg DE EXTRATO PADRONIZADO/DIA POR 4-6 SEMANAS.
EFEITOS COLATERAIS SIMILARES AO PLACEBO E INFERIORES AOS ANTIDEPRESSIVOS
SINTÉTICOS.
103. Nome popular
Tanaceto
Parte usada
Folhas, 0,2% partenolideos
Padronização/Marcador
Partenolídeos
Formas de uso
Extratos, tintura
Indicações / Ações terapêuticas
Profilaxia da enxaqueca (ensaios clínicos -> diminuição da ocorrência de
náuseas e vômitos)
Dose Diária
0,2-1 mg de partenolídeos
Via de Administração
Oral
Agregação plaquetária e
liberação de serotoninas
das plaquetas
104. Tanacetum parthenium
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 1 g de droga seca padronizada a 0,5-0,9% de partenolideo
EFICÁCIA CLÍNICA:
5 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
343 PACIENTES COM INFLAMAÇÃO
TRATAMENTO USADO 50-140 mg DE EXTRATO PADRONIZADO/DIA POR 1-6 MESES.
EFEITOS COLATERAIS LEVES OU INFREQUENTES.
107. Própolis é coletado, limpo, triturado e
percolado em condições padronizadas
(em geral em alcool) para produzir extrato.
Essas substâncias são
transformadas na colméia e
usada para fechar a abertura e
protege-la da proliferação de
micro-organismos:
bactérias,fungos e virus.
Esta substância resinosa é
chamada de própolis.
O extrato de própolis é usado para preparar
várias formulações farmacêuticas: capsulas,
cremes, spray oral, shampoos...
Abelhas coletam
substâncias
resinosas de
determinadas plantas
Própolis
108. Própolis Européia
No Europa Central e Leste a principal
fonte botânica para produzir própolis
é o Populos nigra.
Populos nigra
Os principais componentes são Flavonóides e ésteres do Ácido
Cafeico (CAPE) e derivados allyl (ALERGENICOS).
109. Própolis do Brasil
Brasilia(DF)
Amazonas
Roraima
No Brasil nos temos muitas regiões fitogeográficas e muitos tipos de
própolis (pelo menos 14) com diferentes constituições químicas.
Marrom
Verde
Amazônia
Pantanal
Vermelho
Floresta das
Araucárias Mata Atlântica
Cerrado
Mangue
113. Própolis de Baccharis dracunculifolia
Abelhas coletam de Baccharis
dracunculifolia uma resina verde.
Apicultores em operação para a
coleta de própolis de Baccharis
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114. A composição química da própolis varia de região
para região.
55% de resinas e bálsamos,
30% de ceras,
10% de pólens
e de metabólitos secundários incluindo:
Ácidos graxos, ácidos fenólicos e seus esteres,
flavonóides (flavonas, flavononas, chalconas, etc.),
terpenos, -esteroides, aldeídos aromáticos e álcoois,
sesquiterpenos, naftaleno e derivados do estilbeno.
Química da própolis
115. The chemical composition of Baccharis dracunculifolia Premium Brazilian Propolis was
determined by high performance liquid chromatograpy using a Merck-Hitachi apparatus
(Germany), equipped with a pump (model L-7100, Merck-Hitachi) and a diode array
detector (model L-7455, Merck-Hitachi). phenolic compounds (mg/g) (1) coumaric acid
(3.81), (2) rutin (9.87), (3) pinobanksin (3.48), (4) quercetin (2.15), (5) kaempferol (0.78), (6)
apigenin (1.86), (7) pinocembrin (22.55), (8) pinobanksin-3-acetate (4.10), (9) chrysin (2.49),
(10) galangin (4.14), (11) kaempferide (5.59), (12) tectochrysin (2.90), (13) ARTEPILLIN C
(87.97).
Própolis de Baccharis
120. Atividades biológicas
Própolis
Antiviral Antimicrobiano
Fungicida
Debiaggi,1990
Schimidt, 1996
Burdock, 1998
Scheller et al.,1998
Kujumgiev et al., 1999
Vynograd et al., 2000
Huleihel e Isanu, 2002
Abd Al Hady et al., 2003
Ilhan et al., 2004
Metzner et al., 1975
Metzner et al., 1979
Grange et al, 1990
Aga et al., 1994
Kain et al., 1996
Kujumgiev et al., 1999
Kartal et al., 2003
Santos et al., 2003
Ugur e Arsian 2004
Scheller et al.,1977a e b
Millet-Clerc et al. 1987
Scheller et al., 1998
Kujumgiev et al., 1999
Ozean 2004
Anti protozoárioMetzner et al, 1975
Holderna e Kedzia, 1987
Torres et al, 1990
Higashi et al, 1991
Amoros et al., 1992a,
1992b
Matsuno, 1992
Krol et al, 1993
Scheller et al 1998
da Silva Filho et al., 2004
da Silva Cunha et al.,
2004
Anticárie
Ikeno et al., 1991
Steinberg et al., 1996
Botushanov et al., 2004
121. Própolis
Imunomodulatório
Metzner et al, 1975
Holderna e Kedzia, 1987
Torres et al, 1990
Higashi et al, 1991
Amoros et al., 1992a,
1992b
Matsuno, 1992
Krol et al, 1993
Scheller et al 1998
da Silva Filho et al., 2004
da Silva Cunha et al.,
2004
Atividades biológicas
Antiinflamatória
Paintz e Metzner, 1979
Bankova et al.,1983
Wang et al., 1993
Khayyal et al., 1993
Schimidt, 1996
Volpert e Elstner, 1996
Mirzoeva e Calder, 1996
Menezes et al., 1999
Paulino et al., 2003
Silva et al., 2004
Antioxidante
Krol et al., 1990
Scheller et al., 1990
Dobrowolski et al., 1991
Schmidt, 1996
Volpert e Elstner, 1996
Ichikawa et al., 2002
Shinohara et al., 2002
Simões et al., 2004
Shimizu et al., 2004
Hepatoprotetor
Merino et al., 1996
Basnet et al., 1996
Lin et al., 1997
Banskota et al., 2001
El-Khatib et al., 2002
Seo et al., 2003
Shukla et al., 2004
Liu et al., 2004
Antihiperalgésico
Paintz e Metzer, 1979
Schimidt, 1996
Paulino et al.,1996d
Campos et al., 1998
Paulino et al., 2003
123. Estímulos
TLR
Myd-88 IRAK
TRAF6
NIK
IKK
IKK
IB
p50 p65
p50 p65
TNF-
iNOS
COX-2
IL-12
NO
PG
IL1
Redução da inflamação, dor e da angiogenese
Liao HF, Chen YY, Liu JJ, Hsu ML, Shieh HJ, Liao
HJ, Shieh CJ, Shiao MS, Chen YJ. Inhibitory effect
of caffeic acid phenethyl ester on angiogenesis, tumor
invasion, and metastasis. J Agric Food Chem. 2003
Dec 31;51(27):7907-12
Hwang HJ, Park HJ, Chung HJ, Min HY, Park EJ,
Hong JY, Lee SK. Inhibitory effects of caffeic acid
phenethyl ester on cancer cell metastasis mediated by
the down-regulation of matrix metalloproteinase
expression in human HT1080 fibrosarcoma cells. J
Nutr Biochem. 2006 May;17(5):356-62.
Abdel-Latif MM, Windle HJ,
Homasany BS, Sabra K, Kelleher D.
Caffeic acid phenethyl ester modulates
Helicobacter pylori-induced nuclear
factor-kappa B and activator protein-1
expression in gastric epithelial cells. Br
J Pharmacol. 2005 Dec;146(8):1139-47
Paulino N, Teixeira C, Martins R,
Scremin A, Dirsch VM, Vollmar AM,
Abreu SR, de Castro SL, Marcucci
MC. Evaluation of the Analgesic and
Anti-Inflammatory Effects of a
Brazilian Green Propolis. Planta Med.
2006 Aug 10;
Paulino N, Teixeira C, Martins R,
Scremin A, Dirsch VM, Vollmar AM,
Abreu SR, de Castro SL, Marcucci
MC. Evaluation of the Analgesic and
Anti-Inflammatory Effects of a
Brazilian Green Propolis. Planta Med.
2006 Aug 10;
125. Conclusão: Própolis verde é antiinflamatória, reduz a
produção de óxido nítrico e reduz a atividade do NF
kaapa B (NFB: p50-p65).
126. Epiderm EpidermOERITEMA
Inflammatory mediator
O2
-
Vaso
Macrophage PMN
ROS
Apoptose
or
Necrose
PGsAA
COX
OEDEMA
NO
Cytokines
PGE2
G1
Linfocyte
Carrageina
Inflammation
G1
G1
G1
G1 G1
Paulino N, Teixeira C, Martins R, Scremin A, Dirsch VM, Vollmar AM, Abreu SR, de Castro SL,
Marcucci MC. Evaluation of the Analgesic and Anti-Inflammatory Effects of a Brazilian Green Propolis.
Planta Med. 2006 Aug 10.
Este efeito foi
mediado pela
inibição do NFB
127. Paper recente na Nature Immunology Agosto 2006
ARTICLE Nature Immunology - 7, 954 - 961 (2006)
Published online: 6 August 2006; | doi:10.1038/ni1372
Inhibition of transcription factor NF- B
in the central nervous system
ameliorates autoimmune
encephalomyelitis in mice
Geert van Loo, Rossana De Lorenzi, Hauke Schmidt,
Marion Huth, Alexander Mildner, Marc Schmidt-Supprian,
Hans Lassmann, Marco R Prinz,
IMENSO POTENCIAL TERAPÊUTICO PARA
A MEDICINA
128. Clinical pharmacology are conducted at SOCIMED
HOSPITAL:
* 20 volunteers (18-25 years both sexs);
* 6 capsules of Cytopropolis® (700mg each)/volunteers;
* Blood collected after 1, 2, 4 and 24h after the
Cytopropolis® consume;
* Blood was treated and the plasmatic concentrations of
phenolic compounds was evaluated by HPLC assay.
* Cytopropolis® Pharmanectar (Lote PADE1105-BIO,
fab. in 2005/11)
Clinical pharmacology assay to Cytopropolis®:
SOCIMED HOSPITAL (www.socimed.com.br)
129. Evaluation of the bioavailability of phenolic compounds
from Cytopropolis in human volunteers
0 1 2 3 4
0
100
200
300
400
500
23 24 25
Caffeoylquinic acid
+ derivatives
Cinamic acid
+ derivatives
Pinobanksin
Artepillin C
Artepillin C
+ derivatives
Time (h)
PlasmaticConcentration
(ng/mL)
Mean (SEM) plasma total phenolic compounds concentrations (Artepillin
C and derivatives, cinnamic acid and derivatives, pinobanksin, caffeoyl
quinic and derivatives) after the consumption of Cytopropolis®
supplement in 20 healthy subject volunteers.
130. Evaluation of the bioavailability of phenolic compounds
from Cytopropolis in human volunteers
BASED IN THESE EXPERIMENTS, 16.8% OF
ARTEPILLIN C WAS PRESENT IN THE PLASMA. WE
CAN CONCLUDE THE CLINICA DOSE OF THE
FORMULATION CONTAINING Baccharis
dracunculifolia PROPOLIS:
To a person with 70Kg a recommended
dose is 3-4 capsules of Cytopropolis®
(700mg each) each 8 hours, normally 1 h
after the meal.
131. Parada para descrição da Própolis como agente
antiinflamatório e anticancer
Palestra proferida no Imperial College London
134. Nome popular
Ginseng
Parte usada
Raiz (jovem), 1,5% de ginsenosídeo (Rg1, WHO, Commision E)
Padronização/Marcador
Ginsenosídeos
Formas de uso
Extratos, tintura
Indicações / Ações terapêuticas
Estado de fadiga física e mental, adaptógeno
MAIS DE 25 GINSENOSÍDEOS ISOLADOS- DIFERENTES ATIVIDADES TERAPÊUTICAS
Dose Diária
5 mg a 30 mg de ginsenosídeos totais (Rb1, Rg1)
Via de Administração
Oral
135. Panax ginseng
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Ginseng
Bloqueio de
canais de
potássio
Estimula a
córtex da
supra-renal
Aumenta da
secreção de
CRH
Libera ACTHDespolarização
e ativação
hipotalâmica
Secreta
corticosteróide
Estimulação do
SNC
Aumento da
gliconeogenese
Lipolise Catabolismo
muscular
Efeitos
pressorios
positivos
Secreta
catecolaminas
136. Panax ginseng
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 1-2 g de droga vegetal seca ou 200 mg do extrato aquoso seco
padronizado em 4% de ginsenosideo.
EFICÁCIA CLÍNICA:
9 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
PACIENTES SAUDÁVEIS. COM DIABETES TIPO 2. EM PÓS MENOPAUSA. COM DEFICIT
COGNITIVO.
TRATAMENTO USADO 80-400 mg DE EXTRATO/DIA POR 2-9 MESES.
EFEITOS COLATERAIS NÃO REPORTADOS. Outros ensaios para:
Metabolismo de glicideos e lipideos, efeito cardiovascular, sobre a neurotransmissão,
Efeito antitumoral, efeito sobre a função erétil, sobre a performance esportiva, sobre a
função cognitiva, sobre a imunomodulação, sobre o diabetes e sobre disturbios das vias
aéreas superiores.
139. Nome popular
Polígala
Parte usada
Raízes, 6 a 16% saponinas (+salicilato de metila 0,1 a 0,3%)
Padronização/Marcador
Saponinas triterpênicas
Formas de uso
Extrato, tintura
Indicações / Ações terapêuticas
Bronquite crônica, faringite (expectorante-> irritação da mucosa + diminuição
da viscosidade)
Dose Diária
1,5-3 g da droga vegetal seca ou 18-33 mg de saponinas triterpênicas
Via de Administração
Oral
140. Polygala senega
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Polygala
Mecanismo
ainda não
totalmente
explicado
Fluidifica as
secreções
Aumenta a
motilidade ciliar
bronquica
143. Nome popular
Uva-ursi
Parte usada
Folhas secas, 5 a 10 % de arbutina
Padronização/ marcador
Arbutina
Formas de uso
Extratos, tinturas
Dose diária
400 a 840 mg quinonas (arbutina)
144. Indicações/ ações terapêuticas
Possui propriedades diuréticas e adstringente, além de ser um anti-séptico
urinário. Empregado em doenças inflamatórias do trato urinário, comumente
em casos de cistite, uretrite, disúria, pielite, litúria e, especificamente, cistite
secretória aguda com disúria e urina muito ácida Possui efeito na
despigmentação da pele, devido a seus princípios ativos, hidroquinônicos e
seus derivados.
OH
OGly
Hidrólise
OH
OH
Arbutina Hidroquinona
OH
OH
O
O
+ 2H
+
+ 2e
-
Arctostaphylos uva ursi (L.)
145. Arctostaphylos uva ursi
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Uva ursi
Arbutina e
Metilarbutina
No intestino a
arbutina
convertida em
Hidroquinona
Conjugado passa
pelo sistema
renal e bexiga
com atividade
antisseptica e
adstringente
No fígado a
hidroquinona
se conjuga
Em pH 8 ou mais
146. Arctostaphylos uva ursi
FARMACOLOGIA E MECANISMO DE AÇÃO:
Arbutina
Antimicrobiano
CIM 0,4-0,8%
E. coli
S. aureus
Bacillus subtilis
Mycobacterium smegmatis, etc.
Biomphalaria globrata
Corilagina, tellimagrandina I,
outros polifenois
147. Arctostaphylos uva ursi
PREPARAÇÕES E DOSES:
Dose diária de 400-800 mg do derivado hidroquinona ou extrato padronizado a 20% de
arbutina
EFICÁCIA CLÍNICA:
3 ESTUDOS RANDOMIZADOS DUPLO CEGO COM PLACEBO.
57 PACIENTES COM CISTITE RECORRENTE.
TRATAMENTO USADO 400 mg DE EXTRATO/DIA POR 6 SEMANAS.
EFEITOS COLATERAIS NÃO REPORTADOS.
148. Própolis de Baccharis dracunculifolia
Clinical evaluation of the antiinflammatory effect of Baccharis
dracunculifolia propolis gel on cervicitis
1.Niraldo Paulino, 2.Amarilis Scremin Paulino, , 3.Ivete Maria Ribeiro,
3.Clarice Wrublevski Pereira, 4.Mônica Rodrigues de Freitas Calvette,
5.Volnei David Pereira, 6.Sheila Rago Lemos Abreu
1. Grupo de Pesquisa BIOMED - Programa de Pós-graduação em Farmácia,
Universidade Bandeirante de São Paulo, São Paulo, SP – Brazil
2. Laboratório de Controle de Qualidades, Departamento de Farmácia,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC - Brazil
3. Integrated Health Services Assistance - Southern University of Santa
Catarina, Tubarão, SC - Brazil;
4. Clinica Semente Cristal Ltd., Gravatal, SC - Brazil
5. DI-PREVER Laboratory Ltd., Tubarão, SC - Brazil
6. Pharma Nectar Ltd., Belo Horizonte, MG - Brazil
149. Resultados
Fig. 1 Effect of Brazilian green propolis gel (5%) in the number of neutrophils in the cervico-vaginal
material, from vulva, collected from women diagnosed with chronic cervicitis in absence of treatment
(full bars) or 7 or 14 days (open bars) of treatment. Each value represents the mean ± S.E.M. of 6 women,
and asterisks indicate significant inhibition in the absolute number of neutrophils in relation to the
untreated group, P < 0.05.
Initial 1a. col. 2a. col
0
20
40
60
80
After propolis gel (5%)
***
Neutrophils(n./field)
150. Fig. 2 Effect of Brazilian green propolis gel (5%) on the number of neutrophils in the cervico-vaginal
material, from the vagina, collected from women diagnosed with chronic cervicitis in absence of
treatment (full bars) or 7 or 14 days (open bars) of treatment. Each value represents the mean ± S.E.M. of
6 women, and asterisks indicate significant inhibition in the absolute number of neutrophils in relation
to the untreated group, P < 0.05.
Initial 1a. col. 2a. col
0
20
40
60
80
100
After propolis gel (5%)
*** ***
Neutrophils(n./field)
Resultados
151. Fig. 3 Effect of Brazilian green propolis gel (5%) on the number of neutrophils in the cervico-vaginal
material, from the cul-de-sac, collected from women diagnosed with chronic cervicitis in absence of
treatment (full bars) or 7 or 14 days (open bars) of treatment. Each value represents the mean ± S.E.M. of
6 women, and asterisks indicate significant inhibition in the absolute number of neutrophils in relation
to the untreated group, P < 0.05.
Initial 1a. col. 2a. col
0
40
80
120
160
200
After propolis gel (5%)
***
**
Neutrophils(n./field)
Resultados
152. Fig. 4 Effect of Brazilian green propolis gel (5%) on the number of neutrophils in the cervico-vaginal
material, from the exocervix, collected from women diagnosed with chronic cervicitis in absence of
treatment (full bars) or 7 or 14 days (open bars) of treatment. Each value represents the mean ± S.E.M. of
6 women, and asterisks indicate significant inhibition in the absolute number of neutrophils in relation
to the untreated group, P < 0.05.
Initial 1a. col. 2a. col
0
200
400
600
800
1000
After propolis gel (5%)
**
Neutrophils(n./field)
Resultados
153. Fig. 5 Effect of Brazilian green propolis gel (5%) in the number of neutrophils in the cervico-vaginal
material, from the Endocervix, collected from women diagnosed with chronic cervicitis in absence of
treatment (full bars) or 7 or 14 days (open bars) of treatment. Each value represents the mean ± S.E.M. of
6 women, and asterisks indicate significant inhibition in the absolute number of neutrophils in relation
to the untreated group, P < 0.05.
Initial 1a. col. 2a. col
0
200
400
600
After propolis gel (5%)
**
Neutrophils(n./field)
Resultados
154. Conclusão
Baseado nos resultados nós sugerimos que o gel de
própolis pode inibir a migração de neutrófilos
durante a cervicite crônica e pode ser usado no
controle sintomático do processo inflamatório
vaginal.
155.
156. Patentes depositadas no INPI
1. PEREIRA, R.M., PAULINO, N. e colaboradores
Encaminhada ao INPI em novembro/2011: “Flavonóide rutina e o complexo de
coordenação derivado rutina-zinco com propriedades anti-oxidantes, anti-inflamatórias
e anti-tumorais”, 2011.
2. NOVAK, E.M., PEREIRA, R.M., PAULINO N., e colaboradores
Depositada no inpi sob protocolo n. 018110000353 DE 06/01/2011: “Método de
obtenção de complexo de coordenação rutina-zinco, complexo rutina-zinco,
composições farmacêuticas e/ou cosméticas e seus usos”, 2011.
3. PAULINO, N., SCREMIN, A.
PI 0904121-4: “Gel vaginal de própolis tipificada para o tratamento de doença do
sistema genital feminino, 2009”
4. MARCUCCI, M. C., PAULINO, N., BRENTZ, W. A., CUNHA, I. B. S.
PI 0105471-6 A2: “Formulações à base de própolis para uso odontológico", 2001.
157. Baseado Na nossa experiência e nos resultados
obtidos pudemos demonstrar que a
sistematização programada do estudo químico,
farmacológico e farmacotécnico de um recurso
natural, como as plantas medicinais, dirigido a
uma demanda de mercado, pode produzir
produtos e processos que contribuam
significativamente como alternativa à
terapêutica atual.
CONCLUSÃO FINAL
158. Mestrado Profissional em Farmácia na Área de Produtos Naturais e
Sintéticos Bioativos
O programa apresenta como meta principal efetuar a interface entre a
Universidade e as Empresas, através de pesquisas aplicadas para a
resolução de problemas e desenvolvimento de produtos, e aperfeiçoar o
graduado em atividades relacionadas com a área farmacêutica, como
desenvolvimento de produtos, validação de métodos, controle de
qualidade e gestão de projetos.
Visa capacitar recursos humanos nos conhecimentos e técnicas
necessárias para pesquisar, desenvolver, validar e controlar a qualidade
de insumos farmacêuticos, em especial fármacos e moléculas bioativas.
O egresso do mestrado profissional também estará apto para atuar na
docência do ensino superior.
Interação Universidade-Empresas
A EXPERIÊNCIA DA
UNIBAN
159. in vitro in vivo
ClínicoPré-clínico
Inserção da Proposta
160. Farmácia: Produtos naturais e sintéticos bioativos
Produtos
Naturais
LINHA1: Identificação e Validação
Química de Insumos Farmacêuticos
LINHA 2: Ensaios de Avaliação
Biológica de Insumos Farmacêuticos
Química de
coordenação
Síntese
Orgânica
Farmacologia e
Toxicologia
Atividade
antioxidante
Atividade
antibacteriana
Atividade na
Modulacao da
Expressao de
Genes
Atividade
Biológica e
Toxicidade
Interdisciplinaridade
Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos
161. Análise de produtos naturais com atividade farmacológica.
Controle de qualidade de fitoterápicos e produtos apícolas,
espectrometria de massas.
Síntese e Caracterização de complexos
de Metais de Transição com potencial
bioativo.
Química de
Coordenação
Isolamento, caracterização e atividade
biológica.
Desenvolvimento e Validação de métodos
analíticos.
Síntese de compostos
orgânicos com
propriedades biológicas
Atividade
Biológica e
Toxicidade
Atividade
Antibacteriana
Atividade
Biológica e
Toxicidade
Atividade de
compostos
anti H.pylori
Ensaios pré-
clinicos e clínicos
Latenciação e
Formulações
dirigidas
Modelos “”in
vitro” e “in
vivo”
Moléculas
antioxidantes e
Doença de
Parkinson
Farmacologia e
Toxicologia de
Produtos Naturais e
Sintéticos
Produtos
Naturais
Síntese
Orgânica
Farmacologia e
Toxicologia
Atividade
Antioxidante
Atividade na Modulacao
da Expressao de Genes
Docentes Permanentes
Paulo C Pardi
Claudete Valduga
José Quincoces
Regina M. Pereira
Maria C Marcucci
Cristina Okuyama
Niraldo Paulino
Marcia Santos
Sérgio de Mendonças
Daniel Rettori
162. 1- SÍNTESE ORGÂNICA (26/04/2007)
Pesquisadores: Jose Augustin Quincoces (líder), Claudete Valduga (líder),
Durvanei Augusto Maria, Daniela Rando, Paulo Celso Pardi.
2- AVALIAÇÃO BIOLÓGICA E/OU MOLECULAR DA ATIVIDADE DE SUBSTÂNCIAS
BIOATIVAS (02/05/2007)
Pesquisadores: Márcia Regina Machado dos Santos (líder), Daniel Rettori
(líder), Cristina Eunice Okuyama, Sérgio Mendonça, Paulo Celso Pardi.
3- QUÍMICA DE PRODUTOS NATURAIS (16/05/2007)
Pesquisador: Maria Cristina Marcucci Ribeiro (líder), Alexandra F. Sawaya
4- QUÍMICA DE COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO (30/08/2007)
Pesquisador: Regina Mara Silva Pereira (líder), Durvanei Augusto Maria
5- PESQUISAS E DESENVOLVIMENTOS DE BIOMEDICAMENTOS (BIOMED)
(21/09/2007)
Pesquisador : Niraldo Paulino (líder), Cristina Eunice Okuyama.
Grupos de Pesquisa no CNPq
163. A Proposta da UNIBAN
Programa de Mestrado Profissional em Farmácia
Prospecção
de Bioativos
Síntese de
novos
compostos
Controle de
qualidade
Farmacotécnica
experimental
Avaliar a
potencialidade
terapêutica de ativos
de origem natual
resgatando o
conhecimento de
diferentes culturas
para a produção de
biomedicamentos
Desenvolver formas
farmacêuticas inovadoras
e técnicas de manipulação
do bioativo ou para a
produção de medicamento
Avaliar a estabilidade
farmacotécnica, fisico-
quimica e química da
formulação de
medicamento
Pesquisa e síntese de
novos compostos com
atividade biológica,
incluindo compostos
de coordenação e
semi-sintéticos
Prospecção, síntese, pesquisa, desenvolvimento, controle de qualidade e produção de
medicamentos
164. FARMACOLOGIA EXPERIMENTAL
Modelos
“In vitro”
Modelos
“In vivo”
ToxicologiaFarmacocinética
Avaliar as vias de
sinalização celular em
músculo liso,
investigando o
mecanismo de ação
de novas drogas e
medicamentos
Avaliar a absorção
sistêmica de
medicamentos e novas
drogas em ensaios pré-
clínicos
Avaliar o efeito tóxico de
novas drogas e
medicamentos e seus
efeitos sobre as funções
vitais em ensaios pré-
clínicos
Avaliar a atividade
farmacológica de
novas drogas e
medicamentos em
ensaios pré-clínicos
Avaliar o efeito farmacológico de novas drogas e biomedicamentos investigando o seu
mecanismo de ação, farmacocinética e efeitos tóxicos na relação dose terapêutica x dose tóxica
com o objetivo de patente dos produtos
A Proposta da UNIBAN
165. Contatos:
Universidade Bandeirante de São Paulo
Programa de Mestrado Profissional em Farmácia
Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento de Biomedicamentos
Rua Maria Cândida, 1813, Vila Guilherme - São Paulo, SP
Prof. Niraldo Paulino
msn:niraldo_paulino@hotmail.com
E-mail: niraldop@yahoo.com.br
(11) 2967-9147 (48) 9986-6003
MEDLEX Gestão de Informações e Cursos Ltda. Av. Desemb. Vitor Lima, 260
sala 908, Ed. Madson Center Trindade - Florianópolis/SC - CEP 88040-400.
Fone 48 32261616 diretoria@medlex.com.br
167. Os fitoterápicos apresentam caracteristicas quimicas
definidas, e portanto devem ser observados os
critérios farmacocinéticos de administração e dose,
bem como os seus respectivos mecanismos de ação
intracelular, ainda que sejam múltiplos.