O documento resume os principais acontecimentos religiosos entre 1547 e 1648, como o surgimento da Igreja Anglicana, a Contrarreforma Católica, o Calvinismo e o Arminianismo. Também menciona os primeiros Batistas.
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
13 - A reforma e a contrarreforma.pptx
1. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO 13ª AULA
O CRISTIANISMO NA REFORMA E NA
CONTRARREFORMA (1547 a 1648)
1. A igreja anglicana
2. A contrarreforma na igreja católica
3. O calvinismo
4. O arminianismo
5. Os Batistas
EBD - ESCOLA BÍBLICA DISCIPULADORA
1º semestre de 2023 – facilitadores: Yuri Eloi e Francisco Tudela
2. PARTILHA 50:
Considerando a afirmação do salmista:
Sl 139.16 “Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para
mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.”
Temos livre arbítrio?
3. Os reformadores
Martinho Lutero
Alemanha - Afixou
as 95 Teses na
porta da Igreja do
Castelo de
Wittenberg.
João Calvino
Genebra – Suíça
Grande
sistematizador das
doutrinas bíblicas.
John Wycliff
Inglaterra
Precursor das
reformas religiosas
dos Séc. XV e XVI
Ulrich Zwinglio
Zurique – Suíça
Pai do Movimento
Reformado.
4. A doutrina central defendida por Lutero é a Justificação pela Fé e não pelas obras
(Rm 4), principal ensino da REFORMA PROTESTANTE.
Conforme as ideias reformadoras se propagavam, foram surgindo diversos
grupos cristãos, sem relação hierárquica entre si, como o Luteranismo,
Calvinismo e
Anglicanismo.
5. Depois de Martinho Lutero se manifestar contra a venda indulgências, defender que
o homem é salvo pela fé (e não por obras) e apresentar as 95 teses ...
6. Henrique VIII e a Igreja Anglicana
Henrique VIII subiu ao trono em 1509; casou-se com Catarina de Aragão (viúva de
seu irmão) para manter o dote da rainha e a aliança com a Espanha;
Criticou as ideias de Lutero através do tratado “Defesa dos Sete Sacramentos” e por
isso recebeu do papa o título de “defensor da fé”;
Por não ter filhos quis anular seu casamento, o que foi recusado pelo papa.
Casou-se com Ana Bolena, em 1534 rompeu com Roma e instituiu a Igreja Anglicana
da qual se declarou "o único Chefe Supremo, na Terra, da Igreja da Inglaterra“;
Obrigou o Parlamento a aprovar várias leis que colocavam a Igreja sob o controle
do Estado de modo que podia examinar, reprimir e corrigir qualquer abuso ou
heresia que viessem a afetar a paz, a unidade e a tranquilidade do Reino Inglês
7.
8.
9. Os Concílios Ecumênicos
Os Concílios ficaram conhecidos pelos nomes das
cidades onde se realizaram.
Houve 21 Concílios Gerais da Igreja em 4 períodos
2. Concílios Medievais: Latrão I (1123), Latrão II (1139), Latrão III (1179), Latrão IV
(1215), Lyon I (1245), Lyon II (1274), Vienne (1311-1312).
3. Concílios da Reforma: Constança (1414-1418), Basileia-Ferrara-Florença-Roma
(1431-1445), Latrão V (1512-1517), Trento (1545-1548/1551-1552/1562-1563).
4. Concílios da Idade Moderna: Vaticano I (1869-1870), Vaticano II (1962-1965).
10. 18º Julio II e
Leão X
Latrão V
De 1512 a
1517
Convocada para desqualificar um "concílio clandestino" em Pisa;
Concordata regulamentando as relações entre a Santa Sé e a
França
19° Paulo III,
Júlio III,
Marcelo II,
Paulo IV e IV
Trento
De 1545 a
1563
Reforma geral da Igreja devido ao protestantismo.
Confirmação da doutrina acerca dos sete sacramentos e dos
dogmas eucarísticos: Tradição + a Bíblia
Decreta a versão da Vulgata como autêntica. Em sua 25ª Sessão,
confirmou: “Os santos que reinam agora com Cristo, oram a Deus
pelos homens. É bom e proveitoso invocá-los suplicantemente e
recorrer às suas orações e intercessões, para que vos obtenham
benefícios de Deus, por NSJC, único Redentor e Salvador nosso. São
ímpios os que negam que se devam invocar os santos que já gozam
da eterna felicidade no céu. Os que afirmam que eles não oram
pelos homens, os que declaram que lhes pedir por cada um de nós
em particular é idolatria, repugna a palavra de Deus e se opõe à
honra de Jesus Cristo, único Mediador entre Deus e os homens (1
Tm 2,5)”.
11. Concílio de Trento
Trata da doutrina do Santo Sacramento da Penitência detalhando-o:
O arrependimento com o propósito de não mais pecar, como disposição da alma.
A confissão, pela qual o fiel apresenta e submete seus pecados às chaves da Igreja.
A penitência para que não nos sejam perdoados os pecados sem que façamos algo
em reparação dos mesmos, segundo a determinação do confessor (Jo 20.22,23)
Determinou ainda:
- Retomada do Tribunal do Santo Ofício, a Inquisição, para punir e condenar os
acusados de heresias
- Cria o Index Librorium Proibitorium ( Índice de Livros Proibidos ), para evitar a
propagação de ideias contrárias à Igreja Católica.
- Regula as obrigações do clero, a contratação de parentes e o luxo dos religiosos.
- Cria a Companhia de Jesus (Inácio de Loyola - ESP), da ordem dos jesuítas, para a
busca de novos fiéis (América), a educação e a catequese.
12. Os católicos justificam que deve haver a penitência (reparação do mal praticado)
para que sejam perdoados.
Mt 19.16-22: “Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: "Mestre, que
farei de bom para ter a vida eterna? “ Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me
pergunta sobre o que é bom? Há somente um que é bom. Se você quer entrar na
vida, obedeça aos mandamentos". "Quais? ", perguntou ele. Jesus respondeu: " ‘Não
matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e
tua mãe’ e ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo’". Disse-lhe o jovem: "A tudo
isso tenho obedecido. O que me falta ainda? “ Jesus respondeu: "Se você quer ser
perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro
no céu. Depois, venha e siga-me". Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque
tinha muitas riquezas.”
PARTILHA 51: Para ser salvo a pessoa precisa se desfazer dos seus bens?
Por que Jesus fez esta exigência ao jovem? Cristo não poderia ter dito que bastaria
crer nele, sem fazer nenhuma exigência adicional?
13. Tribunais do Santo Ofício ou da Santa Inquisição:
tribunais religiosos que julgavam e condenavam
“hereges” e “infiéis” (não católicos) com extrema
violência.
Atuaram principalmente na Espanha, Portugal e
Itália.
15. CALVINISMO
Com a morte de Zwinglio, o líder do movimento reformador na suíça será Calvino.
Sua principal obra “As Institutas (ou Instituições) da Religião Cristã” de 1536 e os
seus ensinos marcam a 2ª fase da Reforma Protestante, após a excomunhão de
Lutero da Igreja Católica, a formação das 1ª igrejas protestantes.
Valorizavam o trabalho e a poupança: os “escolhidos” são marcados com a
prosperidade e a riqueza, um sinal da benção de Deus (capitalismo).
O lucro não é um pecado resultante da usura, pelo contrário, é o fruto do esforço do
cristão que quer agradar a Deus por meio do trabalho.
Defendem que somente Adão, antes da queda tinha livre arbítrio.
Afirmam que hoje temos apenas LIVRE AGÊNCIA, pois podemos decidir como agir
no dia-a-dia, mas não temos a capacidade de escolher entre o bem e o mal, pois,
após a Queda, toda a nossa vontade foi contaminada e afetada pelo pecado.
Designações: Na ING = Puritanos, na FRA = Huguenotes, na ESC = Presbiterianos.
16. JACÓ (JACOB) ARMÍNIO (1560 a 1609) – Teológo holandês
Estudou a doutrina reformada (inclusive em Genebra), tendo como um de seus
mentores Teodoro Beza, sucessor catedrático de João Calvino;
Serviu como pastor em Amsterdã (1588-1603) e lecionou teologia em Leiden a
partir de 1603 (cidades da Holanda);
Interpretava que a carta de Paulo aos Romanos ensinava uma "predestinação
condicional", diferente dos ensinos calvinistas;
Acreditava que a predestinação (escolha) é baseada na presciência divina, ou seja,
Deus sabe de antemão quais pessoas haverão de crer em Jesus;
Em 1610 os seguidores de Armínio produziram um documento de protesto
conhecido como remostrância (“representação ou protesto”), onde apresentaram
5 pontos divergentes da teologia calvinista;
No Sínodo de Dort (Dordt ou Dordrecht - Holanda), realizado entre de 1618 a
1619, após 154 reuniões decidiu-se pela rejeição das ideias arminianas.
17. ARMINIANISMO CALVINISMO
Capacidade humana, Livre-arbítrio -
Todos os homens embora sejam
pecadores, ainda são livres para aceitar
ou recusar a salvação que Deus oferece;
Depravação total - Todos os homens nascem
totalmente depravados, incapazes de se salvar ou
de escolher o bem em questões espirituais;
Eleição condicional - Deus elegeu os
homens que ele previu que teriam fé em
Cristo;
Eleição incondicional - Deus escolheu dentre todos
os seres humanos decaídos um grande número de
pecadores por graça pura, sem levar em conta
qualquer mérito, obra ou fé prevista neles;
Expiação ilimitada - Cristo morreu por
todos os homens e não somente pelos
eleitos;
Expiação limitada - Jesus Cristo morreu na cruz para
pagar o preço do resgate somente dos eleitos;
Graça resistível - Os homens podem
resistir à Graça de Deus para não serem
salvos;
Graça Irresistível - A Graça de Deus é irresistível
para os eleitos, isto é, o Espírito Santo acaba
convencendo e infundindo a fé salvadora neles;
Decair da Graça - Homens salvos podem
perder a salvação caso não perseverem
na fé até o fim.
Perseverança dos Santos - Todos os eleitos vão
perseverar na fé até o fim e chegar ao céu. Nenhum
perderá a salvação.
19. POSIÇÃO DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
A Declaração Doutrinária da CBB possui 19 artigos e neles encontramos
equilíbrio entre pontos ARMINIANOS e CALVINISTAS:
1) DEPRAVAÇÃO TOTAL: "Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de
salvar-se a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser salvo".
Obs. Tanto Calvinistas como Arminianos reconhecem a Depravação Total, mas estes
últimos defendem que o ser humano pode, através do livre-arbítrio, se
movimentar em direção a Cristo.
2) ELEIÇÃO CONDICIONAL: "Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a
eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas segundo
a riqueza da sua graça. Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da sua
soberania divina e à luz de sua presciência de todas as coisas, elegeu, chamou,
predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos, aceitariam
livremente o dom da salvação".
Obs. Neste ponto a DD se aproxima da visão Arminiana.
20. 3) EXPIAÇÃO ILIMITADA: "A salvação é individual e significa a redenção do homem
na inteireza do seu ser. É um dom gratuito que Deus oferece a todos os homens
e que compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a glorificação".
Obs. Neste ponto a DD se aproxima da visão Arminiana.
4) GRAÇA RESISTÍVEL: "Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está
em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens".
Obs. Neste ponto a DD se aproxima da visão Arminiana.
5) PERSEVERANÇA DOS SANTOS: "Os salvos perseveram em Cristo e estão
guardados pelo poder de Deus. Nenhuma força ou circunstância tem poder para
separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus. O novo nascimento, o perdão, a
justificação, a adoção como filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo
asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação”.
Obs. Neste ponto a DD se aproxima da visão Calvinista.
21. ORIGEM DOS BATISTAS
Na Inglaterra as igrejas deviam se submeterem ao rei, e entre 1607 e 1608, John
Smyth (clérigo anglicano) e Thomas Helwys (advogado), se associam e fogem para a
Holanda em busca de liberdade religiosa, acompanhados por 40 pessoas.
Em 1609 fundam uma congregação em Amsterdã com os princípios batistas,
defendendo o batismo apenas de indivíduos convictos do que estavam fazendo;
Obs. Ainda não se questionava a forma do batismo (imersão ou aspersão)
John Smyth morre e Thomas Helwys retorna à Inglaterra com outros cristãos;
Em 1612 funda em Spitalfields (Londres) uma igreja com o nome de IGREJA BATISTA.
Escreveu o livro "Uma Breve Declaração Sobre o Mistério da Iniquidade“ e por isso
foi preso e morreu na prisão, em 1615/1616.
"O rei é um homem mortal e não Deus; desta forma ele não detém o poder sobre a alma mortal de
seus súditos e criar leis e ordenanças para eles, e de definir senhores espirituais sobre eles".
"… a religião do homem está entre Deus e ele: o rei não tem que responder por ela e nem pode o
rei ser juiz entre Deus e o homem. Que haja, pois, heréticos, turcos ou judeus, ou outros mais, não
cabe ao poder terreno puni-los de maneira nenhuma".
23. “Com bastante frequência recebo perguntas sobre minha possível adesão a uma visão soteriológica de
perfil calvinista ou arminiano.
Até mesmo sou incluído numa ou outra categoria em ambientes diferentes.
Na verdade, esse debate do séc. 16 não me parece importante nem necessário.
Minha convicção é que enfatizar a soberania divina e a liberdade humana é fundamental.
Hoje me incomodo um pouco pela forte militância e hostilidade de alguns que procuram criar celeuma em
torno da questão.
Quero aqui dizer um pouco do que penso sobre esse nó:
se EU FOSSE CALVINISTA não me incomodaria muito com os arminianos, já que um arminiano seria
arminiano por predestinação e não por livre arbítrio. O fato é que não faria sentido convencê-lo a partir da
premissa que limita a escolha humana.
Mas, seu EU FOSSE ARMINIANO não me incomodaria com os calvinistas. Afinal, ao crer na eleição e outras
doutrinas afins, eles estariam exercendo sua livre escolha, da qual têm pleno direito.
Por isso digo que vale muito estudar, refletir e fazer teologia. Só não vale dividir o corpo de Cristo nem
hostilizar o irmão na fé.
Devemos estar unidos no que é essencial, e agir com respeito e tolerância naquilo que não é tão
fundamental.
Deus abençoe meus queridos irmãos calvinistas e meus queridos irmãos arminianos. SOLUS CORPUS
CHRISTI”.
Luiz Sayão - Diretor Acadêmico da Faculdade Teológica Batista de São Paulo – texto publicado no Instagram.
25. 1. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – Shelley B. L. - Ed Shedd– 1ª Edição 2004
2. UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO – Gonzales J. L. – Ed Vida Nova - 1995
3. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – COLLINS&MATTHEW – Ed. Loyola - 2000
4. HISTÓRIA DA IGREJA – Walton R.C. – Ed Vida História do Cristianismo, Shelley, Bruce L., 1927, Ed. Shedd
5. Textos Bíblicos extraídos da Bíblia Sagrada NVI; São Paulo; Ed. Vida; 2001
6. Bíblia De Estudo NVI, Barker; São Paulo; Ed. Vida; 2003
7. Reflexões extraídas da World Wide Web
8. Vídeo – aula: A Historia do Cristianismo Como Você Nunca Viu – Igreja Evangélica Batista de Campo Grande e
Seminário Batista Sul Mato-grossense - 2020
9. Bible Project
26. MATERIAL COMPLEMENTAR - 1.DEPRAVAÇÃO
Arminianos afirmam que o homem é ‘livre’ para escolher, ou a Palavra de Deus ou a
de Satanás.(Jo 3.16; At 3.38; Rm 10:9; 1 Jo 3.23).
Arminius acreditava que a queda do homem não foi total. Que no homem restou
bem suficientemente capaz de habilitá-lo a querer aceitar Cristo como Salvador.
Não fosse a graça divina a humanidade teria se autodestruído, os pais não cuidariam
de seus filhos, não haveria atos volitivos de amor entre os homens, haveria uma
guerra de todos contra todos.
A graça divina freia a totalidade dos efeitos da queda, daí um pai não dar uma pedra
a seu filho quando este lhe pede um pedaço de pão.
Os Calvinistas reconhecem que o homem foi dotado de vontade livre, mas
concordam com a tese de Lutero, defendida em sua obra “A Escravidão da Vontade”,
de que o homem não está livre da escravidão a Satanás, dependendo, portanto, da
obra de Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo. (Rm
5.12; Jr 17.9; Rm 3.11-12; Pv 20.9)DEPRAVAÇÃO
27. 2.ELEIÇÃO CONDICIONAL P/ ARMINIANOS E INCONDICIONAL P/ CALVINISTAS.
Deus elegeu aqueles a quem pré-conheceu, sabendo que aceitariam a salvação, de
modo que o pré-conhecimento de Deus está baseado na condição estabelecida pelo
homem, que é a aceitação.
Deus restaura o livre arbítrio por meio do ES, para permitir o ato de fé por parte do
homem, que é a condição para ser eleito para a vida eterna, uma vez que Deus
previu que ele exerceria livremente sua vontade, num ato de volição positiva para
com Cristo .
A eleição está condicionada ao arrependimento e fé em Cristo, por parte do
homem, que buscará por sua iniciativa sua salvação.
Assim o arrependimento e fé precedem a regeneração realizada por Deus. 1 Pe 1.2
Para os calvinistas o pré-conhecimento de Deus está no propósito ou no plano de
Deus.
Assim a eleição não depende da condição de escolha pelo homem, mas resulta da
livre vontade do Criador à parte de qualquer obra de fé do homem espiritualmente
morto.
28. Arminianos: “Se o homem tem “vontade livre”, e não é escravo nem de Satanás nem
do pecado, então é capaz de criar a condição para Deus elegê-lo e salvá-lo.”
Calvinistas: “Contudo, se o homem não tem vontade livre, mas, em sua atual
situação, é escravo de Satanás e do pecado, então sua única esperança é que Deus o
tenha escolhido por sua livre vontade e o tenha eleito para a salvação.”
Deus planejou glorificar seu nome escolhendo incondicionalmente alguns indivíduos
para a bênção eterna e outros para o inferno eterno.
Natureza da eleição
No arminianismo a eleição é condicional à vontade do homem, requer fé em Jesus.
Calvinistas creem que a eleição é incondicional, isto é, não pode ser alcançada por
qualquer esforço humano, de modo que a fé não é uma condição de salvação.
Resumo da ópera:
Arminianos acreditam que devem sua eleição à sua fé, enquanto que os Calvinistas
acreditam que devem sua fé à sua eleição.
29. 3.EXPIAÇÃO “penitência, castigo, cumprimento de pena; sofrimento compensatório
de culpa.”
A morte de Cristo oferece a Deus base para salvar a todos os homens, contudo,
cada homem deve exercer sua livre vontade para aceitar a Cristo.
Para os Arminianistas, Cristo morreu para salvar não um em particular, porém
àqueles que exercem sua vontade livre e aceitam o oferecimento de vida eterna.
Para o Calvinismo, Cristo morreu para salvar pessoas determinadas, que lhe foram
dadas pelo Pai desde a eternidade.
Os Calvinistas concluem que se Cristo morreu por todos, todos serão salvos, fato
contrário, se só os eleitos são salvos, então Cristo morreu só pelos eleitos.
30. 4. A GRAÇA IRRESSISTÍVEL (CALVINISMO) PODE SER IMPEDIDA (ARMINIANISMO)
O arminiano crê que uma vez que Deus quer que todos os homens sejam salvos, ele
envia seu Santo Espírito para atrair todos os homens a Cristo.
Contudo, desde que o homem goza de vontade livre absoluta, poderá resistir à
vontade de Deus em relação a sua própria vida.
Primeiro, o homem exerce sua própria vontade e só depois nasce de novo, mesmo
sendo Deus onipotente, Sua vontade em salvar a todos os homens, pode ser
frustrada pela finita vontade do homem como indivíduo.
Ainda que o ES procure levar todos os homens a Cristo, uma vez que Deus ama a
todos, ainda assim, como a vontade de Deus depende da vontade do homem, o
Espírito de Deus pode ser resistido pelo
homem, se o homem assim o quiser.
31. O arminiano segue o raciocínio de Pelágio, com
diferença apenas no fato de que este, dizia que a queda
não afetou em nada a humanidade, de tal forma que “o
homem continua nascendo na mesma condição em que
Adão estava antes da queda. Esta isento não só de
culpa, como também de polução.”
Os arminianos são considerados semi-pelagianos, pois
pensam que o homem depois da queda tem a
capacidade para fazer escolhas certas.
No calvinismo o homem, até antes de sua queda,
possuía o livre-arbítrio e com a desobediência perdeu tal
capacidade e não consegue fazer escolhas certas em
relação ao bem espiritual, logo não consegue agradar a
Deus.
32. 5. PERSEVERANÇA DOS SANTOS - O HOMEM PODE CAIR DA GRAÇA
Os arminianos concluem que o homem, sendo salvo por um ato de sua própria
vontade livremente exercida, aceitando a Cristo por sua própria decisão, pode
também perder-se depois de ter sido salvo, se resolver mudar de atitude para com
Cristo, rejeitando-o.
Depois de ter sido salva, a pessoa pode perder-se, e poderá voltar-se livremente a
Cristo outra vez e, arrependendo-se de seus pecados, “pode ser salva de novo”.
Tudo depende de sua contínua volição positiva até à morte!
O homem é responsável por conservar-se salvo, mantendo continuamente a fé e a
obediência, não continuará na salvação, a menos que continue a querer ser salvo.
33. Como para os calvinistas a salvação é obra realizada
inteiramente pelo Senhor, e que o homem nada tem
a fazer antes “para ser salvo” e tampouco depois
para “permanecer salvo”.
Os eleitos ‘perseverarão’ pois Deus completará neles
a obra que Ele começou, daí nos cinco pontos de
TULIP incluírem a Perseverança dos Santos.
Ele os conserva da apostasia, e aqueles que
apostataram nunca foram verdadeiramente
regenerados (que é o novo nascimento).
Para os Calvinistas a salvação, por ser dádiva de
Deus, nunca será perdida.