2. A Reforma do Século 16
Movimento restaurador.
Primariamente religiosa, com dimensões
políticas, econômicas e sociais.
Origem das igrejas históricas do protestantismo.
Quatro manifestações iniciais: luteranos,
reformados (calvinistas), anabatistas, anglicanos.
3. Causas
A situação da Igreja Católica medieval.
A insatisfação política e religiosa dos
povos europeus.
O nacionalismo emergente.
A ansiedade e insegurança provocadas
pela espiritualidade vigente.
Papa Leão X
4. Preparação
Os pré-reformadores:
João Wyclif (c.1325-1384) e os lolardos.
João Hus (c.1372-1415) e os irmãos boêmios/
morávios.
A tradução das Escrituras nas línguas locais.
A obra dos humanistas.
7. O Estopim da Reforma
A experiência religiosa de Lutero.
A eleição do sacro imperador (Alemanha).
A escolha do arcebispo de Mainz (Alberto de
Brandemburgo)
A venda das indulgências: As Noventa e Cinco
Teses (31.10.1517).
13. Lutero
31 de outubro de 1517: convoca a
comunidade acadêmica para um
debate sobre as indulgências (as 95
Teses).
1519 - Em debate com João Eck,
defende Hus e afirma que papas e
concílios podem errar.
14.
15. Lutero
1520 - Bula Exsurge Domine dá-lhe
60 dias para retratar-se. É queimada
em praça pública.
1520 - Escreve À Nobreza Cristã da
Nação Alemã, O Cativeiro Babilônico
da Igreja e A Liberdade do Cristão.
Catarina de Bora
16. Lutero
1521 - Bula de excomunhão: Decet Pontificem
Romanum.
Lutero vai à Dieta de Worms: defende-se e é
condenado.
Refugia-se no Castelo de Wartburg, onde
começa a traduzir a Bíblia.
17. 1. Castelo de Wartburg
2. Aposento de Lutero
3. Bíblia Alemã
18. Luteranismo
Idéias de Lutero difundem-se na Alemanha e
na Europa graças à imprensa.
1529 - Dieta de Spira: surge o nome
“protestantes”.
1529 - Filipe de Hesse convoca o Colóquio de
Marburg - divergência entre luteranos e
zuinglianos sobre a Ceia do Senhor.
20. 2. A Reforma Suíça
O segundo movimento de reforma surgiu na
Suíça.
Seus primeiros líderes foram Ulrico Zuínglio
(Zurique) e João Calvino (Genebra).
Esta 2ª expressão histórica do protestantismo
ficou conhecida como “movimento reformado.”
21. Ulrico Zuínglio
1484 - Nasce em Wildhaus.
1516 - Lê o Novo Testamento traduzido por
Erasmo.
1518 - É nomeado sacerdote da catedral de
Zurique. Torna-se afamado pregador bíblico.
23. Zuínglio
1522 - Questiona o jejum da quaresma e o
celibato; abandona o sacerdócio e torna-se
ministro evangélico.
1523 - Início dos debates públicos em Zurique.
Os Sessenta e Sete Artigos.
1525 - As missas são abolidas: Ceia do Senhor.
Surge o movimento anabatista.
24. Zuínglio
1529 - Encontra-se com Lutero e
outros líderes no Colóquio de
Marburg.
1531 - Morre na segunda batalha de
Kappel.
Movimento reformado difunde-se na
Suíça e no sul da Alemanha.
Bullinger, sucessor
de Zuínglio
25. Justus Jonas
Filipe Melanchton
André Osiander
João Ecolampádio
Ulirico Zuínglio
Martinho Lutero
Gaspar Hedio
Participantes do Colóquio
de Marburgo
26. João Calvino
Com a morte de Zuínglio, o movimento
reformado passa à liderança de João Calvino.
1509 - Calvino nasce em Noyon, no nordeste da
França; pais: Gérard Cauvin e Jeanne Le Franc.
1523 - Estuda e humanidades e teologia em
Paris.
28. Calvino
1528 - Estuda Direito em Orléans e Bourges.
1531 - Retorna a Paris e retoma seus estudos
humanísticos. Escreve um comentário do
tratado de Sêneca “De Clementia.”
1533 - Converte-se e tem de fugir de Paris.
Começa a escrever a sua obra magna.
29. Calvino
1536 - Primeira edição da Instituição da
Religião Cristã ou Institutas (Basiléia).
1536 - Deseja ir para Estrasburgo; Guilherme
Farel convence-o a ficar em Genebra.
1538 - Devido a conflitos com as autoridades
civis, ambos são expulsos.
31. Calvino
1538-41 - Calvino passa três anos felizes em
Estrasburgo:
- Pastoreia uma igreja de refugiados franceses
- Participa de conferências com o reformador
Martin Butzer
- Leciona na academia de João Sturm
- Casa-se com Idelette de Bure
- Escreve diversas obras
32. Calvino
1541 - Calvino retorna a Genebra. Escreve as
Ordenanças Eclesiásticas. Enfrenta longa luta
com os magistrados.
1559 - Torna-se cidadão de Genebra, funda a
Academia e publica a última edição das
Institutas.
1564 - Morre no dia 27 de maio.
34. Princípios calvinistas
A soberania de Deus na criação, providência e
redenção.
O estudo sério e criterioso das Escrituras.
A importância da educação, para os pastores e
os crentes em geral.
Governo representativo através de presbíteros
e concílios.
40. A Reforma na Escócia
A Reforma Escocesa é parte da Reforma
Calvinista.
O líder que mais contribuiu para implantar o
calvinismo na Escócia foi John Knox (c. 1514-
1572).
No continente europeu, as igrejas calvinistas
foram chamadas de “igrejas reformadas”; na
Escócia, “igrejas presbiterianas”.
42. O Presbiterianismo
Na década de 1640, os calvinistas ingleses ou
puritanos realizaram a famosa Assembléia de
Westminster.
Os escoceses-irlandeses levaram o
presbiterianismo e os padrões de Westminster
para os Estados Unidos.
Simonton, um descendente de escoceses, trouxe
o presbiterianismo para o Brasil.
44. Reforma Radical
1522 - grupo de jovens religiosos e humanistas
reúne-se em torno de Zuínglio, em Zurique.
1525 - conflitos acerca do batismo infantil;
primeiros batismos de adultos e primeira
congregação anabatista (“Irmãos Suíços”).
Também conhecidos como “reformadores
radicais”.
45. Anabatistas
1527 - União Fraternal reúne-se em Schleit-
heim e aprova uma Confissão de Fé escrita
por Miguel Sattler.
Começa um período de intensas perseguições
em diversas partes da Europa.
Anabatistas significa “rebatizadores”. Outro
líder: Baltazar Hubmeier.
47. Anabatistas
1534-36 - extremistas criam uma teocracia em
Munster e são destruídos.
1536 - Menno Simons torna-se líder dos
anabatistas da Holanda; fundador da Igreja
Menonita.
1540 - Simons publica a obra Fundamento da
Doutrina Cristã.
48. Princípios anabatistas
Retorno ao ideal da igreja primitiva
Separação entre igreja e estado
Batismo de adultos, por imersão
Afastamento do mundo
49. Princípios anabatistas
Fraternidade e igualdade
Pacifismo: proibição de porte de armas e
serviço militar
Vida comunitária em colônias agrícolas
52. A Reforma Inglesa
Ao contrário de outros países da Europa, na
Inglaterra a Reforma foi introduzida pela ação
direta de alguns reis.
1527 - Henrique VIII procura a anulação do seu
casamento com Catarina de Aragão, mas o papa
recusa-se a atendê-lo.
54. Ato de Supremacia
1533 - Um tribunal eclesiástico inglês declara
nulo o casamento do rei.
1534 - O Ato de Supremacia reconhece o rei
como “chefe supremo” da Igreja da Inglaterra.
O rei tem o apoio de Thomas Cranmer, o
arcebispo de Cantuária.
56. Eduardo VI
1547 - Eduardo VI sucede o pai; seus conselheiros
são todos protestantes.
1549 - adotado o Livro de Oração Comum, escrito
por Thomas Cranmer.
1552 - Cranmer escreve os Quarenta e Dois
Artigos (teologia calvinista).
1553 - Eduardo morre e sua irmã Maria Tudor
sobe ao trono.
58. Maria I, a sanguinária
1555 - muitos protestantes são mortos; mártires
mais famosos: Nicolau Ridley e Hugo Latimer.
1556 - Cranmer também é morto na fogueira.
Muitos outros evangélicos vão para o exílio.
1558 – Maria I morre e é sucedida por sua irmã
Elizabete.
59. Elizabete I
Elizabete tem um longo reinado de 45 anos
(1558-1603) e implanta definitivamente o
protestantismo na Inglaterra.
O anglicanismo reúne elementos católicos
(hierarquia, liturgia) e reformados (teologia).
Compõe-se da Igreja Alta (ritualista) e da Igreja
Baixa (evangélica).
61. Os puritanos
No início do reinado de Elizabete I (1558-1603)
consolidou-se o movimento puritano (calvinistas
ingleses).
Lutavam pela “pureza” da Igreja da Inglaterra na
sua doutrina, culto e forma de governo.
Procuravam purificar a igreja a partir de dentro
(sem sair dela).
63. Os “Solas” da Reforma
Sola Scriptura
Solo Christo
Sola gratia
Sola fides
Soli Deo gloria
Sacerdócio de todos os crentes
64. Sola Scriptura
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça, a fim
de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra”
(2 Timóteo 3.16-17).
65. Solo Christo, Sola gratia, Sola fides
“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto
não vem de vós; é dom de Deus; não de
obras, para que ninguém se glorie. Pois somos
feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas
obras, as quais Deus de antemão preparou
para que andássemos nelas” (Efésios 2.8-10).
66. Soli Deo gloria
“Porque dele, e por meio dele, e para ele
são todas as coisas. A ele, pois, a glória
eternamente” (Romanos 11.36).
67. O sacerdócio dos crentes
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as
virtudes daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).
68. Alguns livros úteis
(Editora Cultura Cristã)
James Boyce, O evangelho da graça.
Michael Horton, As doutrinas da maravilhosa
graça.
James Boyce e outros, Reforma hoje.
David Wells, Coragem para ser protestante.