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Técnicas e Práticas da
Produção de Cervejas
Artesanais (Panela)
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Rua Itupava, 1142
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Estilos
BJCP
Beer Judge Certification Program
  Criado em 1985 com intuito de:
  - Pesquisar exemplos de cervejas de diversos locais
  - Definir estilos, parâmetros e características
  - Programa de Certificação de juízes para
competições
  Mais de 4000 competições sancionadas
  Ultima revisão dos parâmetros em 2015
  Sistema de “classificação”mais utilizado
Descrição de estilo BJCP
Insumos / Matérias Primas
ÁGUA
Mitos e Verdades
  Livre de contaminantes, odores e sabores
Composição mineral apropriada
Influência no sabor e mouth-feel
Processo de filtração
  pH da água tem pouca influência no processo,
pois o que importa é o pH do mosto
ÁGUA
  Dureza da água
DurezaTemporária
  Fontes ricas em calcário (Bicarbonatos de Cálcio e
Magnésio)
  Mais fácil de ser removida
  Bicarbonato aumenta pH do Mosto (+ alcalino)
  Dureza Permanente
  Sulfatos de Cálcio e Magnésio
  Pouco efeto pH do mosto
  Corpo seco, intensifica amargor, clássico em IPAs e PAs
  Cloretos de cálcio, magnésio e sódio
  Pouco efeito pH do mosto
  Acentua sabores de malte em baixa concentração
  Proporciona cremosidade no mouth-feel
Ajuste de Água
Fermentáveis - Maltes e
Adjuntos
  Principais Cereais Maltados:
  Cevada
  Trigo
  Centeio
  Sorgo
Malteação
ProcessodeMaltagem:
  A)Maceração
B)Germinação
  C)Secagem e Cura
ParâmetrosdoProcesso:
  Tempo
  Temperatura
  Umidade
Por que a Cevada?
  Rico sistema de enzimas
Ótima relação proteínas x carboidratos
  Aromas e sabores agradáveis
Grão mantém a casca grudada
Maltes Base de Cevada
  Maltes Base
  Compõe a maior parte de toda receita
Tem cor clara, além de sabor e aroma mais sutil de
cereal
  Possuem alto teor de enzimas e extrato
  Alguns Tipos
Pilsen (Pils)
Pale Ale
Vienna / Munich
Mild Malt
Maltes Base de Outro Cereais
  Alguns Tipos
Trigo (Wheat)
Centeio (Rye)
  Sorgo (Sorghum)
Aveia (Oat)
Maltes Especiais
  Maltes Ambar
  Maceração, Germinação e Secagem Rápida
Pale, Vienna, Mubich, Amber, Melanoidin...
  Maltes Cristal / Caramelo
  Maceração, Germinação e Torra
Carahell, Carared, Caraaroma...
  Maltes Torrados
Maceracão, Germinação, Secagem e Torra
Carafa, Chocolate, Black, Defumado...
Uso de Maltes Especiais
Proporciona Características Únicas
Cor
Corpo
  Aromas
Proteínas para aumentar espuma
Notas específicas de Sabor
Oferecem muito pouco ou nenhum poder enzimático
Quanto mais escuro, menor poder de conversão
Contêm material extraível
Quando mais escuro, menor a quantidade de material
fermentável e o poder diastático (enzimas)
Adjuntos Cervejeiros
  Adjuntos Cervejeiros:
  Cereais não Maltados
  Carboidratos
Açúcares
  Vantagens:
  Menor custo, corpo leve, texturas e sabores interessantes
  Desvantagens:
  Dificuldade de conversão, falta de nutrientes
  Uso histórico:
  Diversos estilos (clássicos e modernos) levam adições de
adjuntos em suas receitas.
Uso de Adjuntos
Formas mais comuns:
Inteiro, grits, gelatinizado, farinha, flocos, torrado…
  Como usar:
  Adicionar na brassagem com maltes base
  Moagem fina para melhor aproveitamento
  Fazer parada protéica
  Pré-gelatinizar quando necessário
  Parada a 35-45ºC para quebra beta-glucanos
Açucares
Açucares
  Forma barata de adicionar material fermentável
Preconceito no meio homebrew – Abuso da indústria
Uso histórico em diversos estilos
Alguns tipos adicionam cor, sabor e aroma
Açucares corretamente usados trazem boas
características
Adicionados ao final da fervura
Açucar refinado / Glicose de milho
Candi Sugar / Melado / Mascavo
Rapadura / Mel
Lúpulo
  Trata-se da flor da planta fêmea da espécie Humulus
lupulus
  Trepadeira perene que cresce em regiões temperadas,
atingindo altura de 5 a 8 metros.
  Colheita anual em agosto/setembro no hemisfério
norte.
Após colheita, é seco e processado para estocagem.
  Plantio através de rizomas, pequenos pedaços
de raíz.
  Planta produz, em média, do terceiro ao
décimo ano.
Vantagens do Lúpulo
  Atributos principais
  Amargor
  Sabor
  Aroma
  Atributos secundários
Bacteriostático
Coagulação de proteínas
  Estabilidade de espuma
Resinas do Lúpulo
  Alfa Ácidos–Humulone
  Resinas responsáveis pelo amargor
  Beta Ácidos–Lupulone
  Resinas não amargas que podem se oxidar e ficar amargas
com longo tempo de estocagem
Óleos essenciais
  Fonte dos aromas e sabores característicos do lúpulo.
  Inúmeros compostos em cada variedade
  Taninos / Polifenóis
  Ajudam na coagulação de proteínas
Formas de Processamento
Tipos de Lupulagem
  “FirstWortHopping”
Adição ao mosto durante a coleta do primário após
recirculação
  Amargor (bittering)
  De 90 a 30 minutos de fervura
  Sabor (flavor)
  De 30 a 10 minutos de fervura
  Aroma ou acabamento (aroma or “finishing”)
  De 10 a 0 minutos de fervura (adição após apagar fogo)
DryHopping
Adição de lúpulos no maturador
  Extratos de lúpulo
  Podem ser isomerizados (amargor) ou não (aroma e sabor)
  Adicionados na fervura ou na maturação
Fervura - Isomerização
Conversão de Alfa-Ácidos em Iso-Alfa-Ácidos, mais solúveis
Produção de mais de 90% do amargor nos primeiros 30
minutos de fervura
  O ponto máximo de isomerização ocorre entre 60 e 70
minutos de fervura e corresponde a aproximadamente 60%
dos Alfa-Ácidos totais
  Durante a fermentação e maturação, perde-se Iso-Alfa-
Ácidos, de modo que o valor de conversão de Alfa-Ácidos
em Iso-Álfa-Ácidos fica em torno de 30% a 50%
dependendo do tipo de lúpulo utilizado
Fermento
Saccharomyces cerevisiae (ales)
Saccharomyces pastorianus (lagers)
  Micro-organismo unicelular Eucariota
  Reino Fungi
Reprodução por gemulação (budding, brotamento)
  Se alimenta de açúcares, produzindo CO2, álcool e
liberando calor
  Utiliza minerais e outros nutrientes
  Produz aromas específicos durante a fermentação
  Controle de temperatura crucial para obter perfil
desejado
Outros Micro-Organismos
  Certos estilos de cerveja são fermentados por outros
espécies de micro-organismos
Bactérias
  Lactobacilos
  Leveduras “selvagens”
  Cada espécie produz perfil de aromas e sabores
diferenciado
Frutas e Especiarias
PimentadaJamaica (Allspice)
Anis (Anise)
  Canela (Cinnamon)
Cravo (Clove)
Coentro (Coriander)
Gengibre (Ginger)
Junípero (JuniperBerries)
Alcaçuz (Licorice)
  Noz-Moscada (Nutmeg)
  Cascas de laranja e limão (Orange/Lemon peel)
  Losna/Absinto/Sintro (Wormwood)
Milefólio/Mil-Folhas (Yarrow)
  Chocolate (Chocolate)
  Café (Coffee)
  Pimenta da Guiné? (Grains of Paradise)
  Cardamomo (Cardamom)
Uso de Frutas e Especiarias
Possível adicionar em várias etapas:
Fervura
Esterilização de possíveis contaminantes
Perca de voláteis
Fermentação primária
Perca de voláteis pela emissão de CO2
Fermentação inibe propagação de contaminantes
Maturação
Melhor manutenção dos voláteis de aroma
Concentração de ácool ajuda contra contaminantes
Madeiras e Barris para
envelhecimento
  Historicamente usado em todas as escolas cervejeiras
  Pouco mais de um século de inox!
  Adiciona características ao produto
  Substratos – Taninos, aromas
  Barris usados: Característica da bebida anterior
  Fauna micro-biológica
  “Meio de cultura de fermento”
da antiguidade
  Dificuldade de limpeza e
sanitização
Formação de Aromas e
Sabores
  Características dos Insumos
  Maltes: Maltado, Cereais, Biscoito, Caramelo, Tostado,
Café...
  Lúpulos: Floral, Cítrico, Herbáceo, Amargo, Resina,
Condimentado...
  Fermento: Frutado, Ésteres, Maçã, Cravo, Banana...
  Água: Salgado, Corpo Seco, Mouth-Feel...
  Detalhes do Processo
Escolas Cervejeiras
  Escola Inglesa
  Inglaterra, Escócia, Irlanda
  Escola Belga
  Bélgica, França
  Escola Americana
  EUA, Austrália
  Escola Germânica
  Alemanha, Rep. Tcheca, Áustria
  Escola Brasileira
Escola Inglesa
  Pale Ale
  Bitters
  India Pale Ale
  Porter
  Stout
  Brown Ale
  Barley Wine
  Mild Ale
Scotish Ale
Escola Belga
  Dubbel
  Trippel
Quadruppel
Pale Ale
  Abbey Ales
Saison
  Wit Beer
  Strong Golden Ale
  Strong Dark Ale
  Fruit Beer
Lambic
  Geuze
Sour Brown (Old Bruin)
Bierre de Garde
Escola Americana
  Todos os estilos clássicos renovados adicionando mais
lúpulo.
  Recente foco em:
  Wood Aged Beers
  High Gravity Beers
Fruit Beers
Exotic Ingredient Beers
  Belgo-American Ales
  Sour
Escola Germânica
  Pilsen
  Bock
  Doppelbock
  Helles
  Vienna
Marzën
  Dortmund
Kölsch
  Alt Bier
  Schwarzbier
  Hefe Weissen
  Rauchbier
  Kulmbacher
Escola Brasileira
  Ingredientes Locais
  Mandioca
  Mel
  Café
  Melado / Rapadura
  Erva Mate
  Pinhão
  Frutas
  Graviola
  Amoras
  Manga
  Jabuticaba
  Madeiras
  Tropicais
  Umburana
  Castanheira
  Cabreúva
  Estilos Inovadores
A Cerveja Caseira
Escolha dos materiais
Corrosividade alcalina e ácida
  Grau Alimentício
Custo Benefício
Investimento Disponível
Disponibilidade de Material
Automação X Esfoço
Características dos Materiais
  ALUMÍNIO
Baixo Custo, Maleável, Comum em Homebrewing
  Boa resistência a detergentes e sanitizantes ácidos
Pouca resistência à abrasão física
Corrosão por alcalinos (Soda Cáustica)
  INOX
Altamente resistente e duradouro
  Alto custo quanto novo, pouco maleável
Excelente para todos os estágios da produção
Características dos Materiais
  COBRE
Muito usado pela indústria antiga
Adequado para a parte “quente” da produção
Pode ser soldado ao inox
Cuidado com Oxidação
  LATÃO / BRONZE
Ligas de cobre, podem conter chumbo (Soldas)
Não recomendado, porém não desastroso
Corrídos por soluções alcalinas (Soda Cálstica)
Cuidado com Oxidação
Características dos Materiais
  FERRO / AÇO COMUM
Eviter contato com a água ou mosto
Causam off-flavor (metálico / sangue)
Causam formação de turbidez
  Ferro se dissolve facilmente me líquidos
Usado para outros fins estruturais
  NUNCA USAR
Características dos Materiais
  VIDRO
  Material totalmente inerte e resistente
Excelente para fermentadores
Não manipulável (furos, soldas, etc)
Cuidado ao manusear
  PLASTICOS e POLÍMEROS
Baratos e acessíveis
Resistente a todos os produtos de limpeza
e sanitização (ácido e alcalino)
Fácil de arranhar
Possibilidade de transmitir off-flavor
Características dos Materiais
  MANGUEIRAS
Grau Alimentício / Atóxico
  Silicone puro
Siliconadas
Resistência a temperatura alta
Reforçadas com malha de nylon
Reforçadas com espiral de plástico
Evitar mangueiras de Jardim
A Cervejaria Caseira
Equipamento Básico
  PARTE QUENTE (Produção do Mosto)
Panelas (Tamanho de acordo com o Volume)
Modificadas (1 Produção/Filtração; 1 Fervura)
  BIAB
Vávulas Esféricas, Nipple, Arruelas (Inox e Silicone)
Moedor de Grãos
  “Filtro” para separar mosto/grão
  Bazooka , Fundo Falso ou BIAB
Fogareiro ou Resistência Elétrica
Refriador de mosto
Imersão (Serpentina)
Trocador de placas / Contra-Fluxo
BAZOOKA
RESFRIAMENTO
A Cerveja Caseira
Equipamento Básico
  PARTE FRIA (Fermentação / Maturação / Envase)
Galão / Bombona, rolha e air-lock – FERMENTAÇÃO
Balde para engarrafamento
Tampador de garrafas
  Post Mix / Keg
Equipamento Co2 (Cilindro, Regulador, Conexões)
A Cerveja Caseira
Equipamento Básico
  OUTRAS “FERRAMENTAS”
Termômentro
Densímetro e Proveta / Refratômetro
Controlador de Temperatura (TIC-17)
Geladeira
Pá Cervejeira, Jarra, Escumadeira, Balança, etc.
  Material de limpeza
Ferramentas
Filtros de Água
  EPI
Tipos de Métodos de
Produção
  BIAB (Brew In A Bag)
Mais econômico
Menor eficiência
Produção mais simples
  Fundo Falso / Bazooka
Duas a Três panelas
Maior eficiência
  Herms / Rims
Custo alto
Automação
Maior eficiência
GRAVIDADE
BIAB
Fundo Falso / Bazooka
RIMS / HERMS
Limpeza e Sanitização
  SANITIZAÇÃO
Fatores para uma boa sanitização
Limpeza prévia adequada
Uso de produtos sanitizantes
Temperatura x Concentração x Tempo
Alguns produtos dispensam enxágue
Ambiente sempre limpo
Cuidado com contaminação
Produtos para Sanitização
Hipoclorito de Sódio (Água Sanitária)
Excelente poder Bactericida
Custo Baixo / Fácil Obtenção
Desaconselhado, pois necessita enxágue
Resíduos de Cloro e formaçào de Clorofenóis
Agressivo para o Aço Inox
  MAX 3ppm de cloro livre para inox 304
  MAX 5ppm para inox 316
Produtos para Sanitização
Ácido Peracético (Peracid)
Excelente poder sanitizante
Solução aquosa preparada de 0,2% a 1%
Pouca estabilidade da solução
Não reutilizar solução após 24h – Perda de efeito
Pode ser usado sem enxágue
Compostos se desnaturam em contato com o mosto
Exige manipulação cuidadosa (EPIs)
  pH 0,5 – 1,5 no produto e 3 – 4 na solução 1% (ÁCIDO)
Muito comum em Homebrewing e Cervejarias
Produtos para Sanitização
Iodophor (Solução de iodo)
Excelente poder sanitizante – 1 minuto de contato
Seguro
Solução – Uma colher de sopa em 20L de água
Pode mudar de acordo com a marca
  Mancha utensílios plásticos e mangueiras
Pode deixar aroma e sabor residual se não for muito
bem seco e escorrido
Sanitização por Calor Seco
Não pode ser usado em materiais pouco resistentes
Temperatura x Tempo em Forno
Processo de Criação / Receita
Idéia geral, “conceito”da receita, composição
  Harmonia/equilíbrio/contrastedascaracterísticas
Equilíbrio <> Contraste
  Malte x lúpulo/ ácido x doce x amargo
Importância dos detalhes
  Pequenas partes contribuem para o todo
  Profundidade / complexidade
  Sutilezas, camadas de sabores
Não exagerar na dose (sub-threshold)
Processo de Criação / Receita
  Criando uma receita própria:
  Entenda/defina o que você está buscando
  Se familiarize com as matérias primas
  Avalie a capacidade do seu equipamento
  Sempre busque possibilitar a repetição
  Criando uma receita para um estilo:
Conheça os parâmetros e características do estilo
  BJCP, BA, M. Jackson (not the singer)
  Experimente exemplos comerciais
  Pesquise em livros, internet, revistas
História do estilo, insumos, métodos, detalhes
  Converse com outros cervejeiros
Processo de Criação / Receita
  Abordagem prática: Como é uma receita?
  Lista de ingredientes e suas quantidades
  Quando e como cada um deles deve ser usado
Parâmetros para todos os estágios do processo de
fabricação do mosto
Manipulação e preparo do fermento
Parâmetros para fermentação e maturação
Parâmetros para carbonatação e envase
  Programa: BEER SMITH
Processo de Produção
Moagem
  Consiste em quebrar os grãos, separando o
endosperma da casca.
  Fator crucial na eficiência da mostura
  Tamanho dos pedaços de grão
Exposição dos carboidratos e enzimas
  Fator crucial na eficiência da filtração
  Tamanho das cascas
  Quantidade de “farinha”
Mostura / Brassagem
(Mashing)
  Objetivos
Conversão do amido dos maltes
  Enzimas quebram amido em açúcares
  “Fermentabilidade”
  Cerveja seca ou encorpada
  Quebra de cadeias de proteínas e
polipeptídeos
  Turbidez
Formação de espuma
  Nutrientes para leveduras (FAN)
Quebrade glucanos
  Viscosidade do mosto
Extração dos compostos de cor e aroma dos maltes
Enzimas na Brassagem
  Enzimas
Proteínas especiais
  A maioria é desenvolvida na maltagem (germinação)
  Catalizadores de reações (não são consumidas)
  Enzimas específicas para cada reação
  Atividade muda conforme condições ambientes
  pH, Temperatura, Minerais (co-fatores), Concentração,
Agitação
Desnaturação – Irreversível
  pH, Temperatura
Rampas de Mostura
Repouso Protéico (45 – 55ºC)
  Recomendado para maltes pouco modificados ou adjuntos
  Aveia, Trigo, Centeio, etc.
  Pode causar mal formação de espuma em maltes muito
modificados
  Enzimas:
  Peptidase: 45 - 55ºC / 4.6 - 5.3 pH
  Quebra das proteínas em aminoácidos
  Maior ação na maltaria que na brassagem
  Normalmente maltes já providenciam FAN necessário
  Protease 45 – 55ºC / 4.6 – 5.3 pH
  Quebra das proteínas em peptídeos
  Formadoras de turbidez
  Formadoras de espuma
Rampas de Mostura
Sacarificação (55 - 72°C)
  Transformar o amido em açúcares
  Enzimas:
  β-Amilase: 55-65°C / 5.0-5.5 pH
  Quebra cadeias de amido pelas extremidades
  Produz maltose (dissacarídeo)
  α-Amilase: 68-72°C/ 5.3-5.7 pH
  Quebra cadeias de amido no meio das cadeias
  Produz maltose e outros açúcares de cadeia maior
Rampas de Mostura
Inativação das enzimas (75-78°C)
  Interromper a atividade enzimática
  Controle da fermentabilidade do mosto
  Melhora a “filtrabilidade” do mosto (viscosidade)
  Pequeno tempo de repouso (10 minutos)
Não ultrapassar os 80°C
Extração de taninos
  Turbidez permanente
Processos de Produção
Clarificação ou Filtração (Lautering – Vorlaufing)
  Objetivo é separar o líquido dos grãos usados
  Fundo Falso ou Bazooka seguram os grãos
  Cascas formam filtro: “Cama de grãos”
  Uso de adjuntos pode dificultar (trigo, aveia, centeio,
etc)
  Recirculação
  Recircular pelo menos 1/3 do líquido
  Abrir pouco a válvula no começo
  Observar mudança de turbidez do mosto
  Evitar mexer na cama de grãos ao recircular mosto
Após clarificado, inicie recolhimento do mosto primário
para fervura
Cuidados na Recirculação
Evitar oxigenação do mosto
Quando usar fundo falso, colocar água até cobrir o fundo
falso antes de colocar os grãos
Recircular pelo menos 1/3 do líquido
Abrir pouco a válcula no começo
Observar mudança de turbidez do mosto
Evitar mexer na cama de grãos ao recircular o mosto
Devolver mosto com escumadeira
Não criar canais de prefereciais
Após clarificado, inicie recolhimento do mosto primário
para fervura
Iniciar o aquecimento para a fervura assim que possível
Processos de Produção
  Lavagem (Sparging)
  Temperatura da água em torno de 76-78°C
Água fria: lavagem mais lenta
Água quente: arraste de polifenóis e taninos
  Manter nível de líquido
  Muito peso pode compactar a cama de grãos
  Adicionar água conforme fluxo de saída
  Pare na hora certa
  Observar volume total da fervura na receita
Mudança de pH, baixa densidade do líquido
  Uso do refratômetro auxilia nessa medição
Processos de Produção
  Fervura (WortBoiling)
  Objetivos:
Evaporação de parte da água
Evaporação de voláteis indesejáveis
  Nunca tampar a panela na fervura!!!
  Proporcionar fervura vigorosa
Esterilização do mosto
Desnaturação de enzimas
Coagulação de proteínas e formação do break
Extração solubilização dos compostos de lúpulo
Isomerização dos α-ácidos dos lúpulos
  Whirlpool
Cuidados na Fervura
Overboil
Acontece principalmente no início da fervura, e na primeira
adição de lúpulo
Diminua o fogo quando for adicionar lúpulo
  Spray de água abaixa a espuma
Não deixe a fervura sem supervisão
  Chama muito forte pode caramelar e queimar açucares no
fundo da panela
Calor ou tempo excessivo escurece o mosto
Evitar oxigenação do mosto
Processos de Produção
Lupulagem (Hop Addition)
Adição nos momentos conforme receita
  Amargor: 90 – 30 minutos
  Sabor: 30 – 10 minutos
  Aroma: 10 – 0 minutos
  Uso de “hop bags”
Diminuição de material sólido no final da fervura
  Correto dimensionamento muito importante
  Menor “fator de utilização” ?
Processos de Produção
  Resfriamento (Wort Cooling)
  Objetivos
  Resfriar mosto da fervura (95-97°C) até temperatura de
inoculação do fermento (15-25°C)
  Minimizando contaminações microbiológicas
  Menor tempo possível
  Evitar formação de DMS (limite ~ 65 °C)
  Uso eficiente de energia, água
  Aquecer água para próxima brassagem
  Usar água para limpeza de material, equipamento
Processos de Produção
Resfriamento
  Serpentina de imersão
Método rápido
  Quando bem dimensionado
  Vantagem na manutenção dos aromas de lúpulo
  Todo o mosto baixa de 65°C
  Trocador de calor de placas
  Consiste de uma pilha de placas paralelas que criam fluxos
contrários de mosto e água
  Resfriamento rápido
  Quando bem dimensionado
  Usa bomba ou gravidade
  Boa eficiência no uso de água
  Procedimento especial de limpeza
Processos de Produção
Oxigenação (Oxigenation)
  Fator muito importante para as leveduras
Absorção do O2 pelo fermento dentro dos primeiros 90
minutos de inoculação.
Único momento do processo de produção decerveja
onde a oxigenação é necessária
  Filtro para aerador
Balançar o fermentador ajuda
  CUIDADO COM CONTAMINAÇÃO
Processos de Produção
Inoculação do Fermento (Yeast Pitching)
  Fermentos secos
  Ideal hidratar antes de inocular
  Ferva 150ml de água por 10 minutos
  Tampe e deixe esfriar abaixo de 30°C
  Adicione o fermento, aguarde 15 minutos
  Agite suavemente e adicione ao mosto
  Fermentos líquidos
  Já vem prontos para inoculação
Propagação necessária para volumes maiores
  Quantidade de Fermento
Processos de Produção
Fermentação (Fermentation)
  Controle de temperatura
  Cada fermento tem uma faixa ideal de temperatura
  Ales: 18 - 22°C
Lagers: 7 - 12°C
  Controle da produção dos aromas
  Influencia a velocidade da fermentação
  Evitar mudanças bruscas de temperatura
  Medir gravidade para saber
quando acabou
Processos de Produção
Maturação (Maturation or Conditioning)
Também chamada de fermentação secundária
Período onde a cerveja “amadurece” ainda em contato
com as leveduras
Duração depende do tipo da cerveja e de como foi a
fermentação primária
  Cervejas fortes requerem mais tempo
  Bom momento para adições de “temperos”
Sedimentação das leveduras e cold break
Processos de Produção
Clarificação (Clarification)
Cerveja é transferida para outro tanque, deixando o
fermento sedimentado para trás
Termperatura mais baixas auxiliam decantação
Amadurecimento mais lento
Muito tempo pode dificultar refermentação na garrafa
  Na indústria são usados filtros ou centrifugas
Evitar contato com oxigênio na transferência
Evitar contaminação durante transferência
Processos de Produção
Carbonatação e Envase (Carbonation and Packaging)
  Dois métodos principais
Refermentação na garrafa
  Cerveja é engarrafada com adição de açúcar
  Quantidade varia entre 5 e 9g de açúcar por litro de
cerveja
  Leveduras ainda presentes produzem CO2
  Importante cálculo e medição corretos – Evitar granadas!!!
Carbonatação forçada
  Uso de barril: Post mix ou Keg comercial
  Cilindro de CO2, Regulador, mangueiras, conectores
Processos de Produção
Refermentação na Garrafa (Primming)
Dois métodos de dosagem de açucar:
Direto no tanque de maturação
Mais cômodo
Maior perigo de contaminação e oxidação
Precisa abrir tanque e misturar tudo
Acaba misturando sedimentos
Pode dar diferença em garrafas (se mal misturado)
Dosagem individual por garrafa
Ligeiramente mais trabalhoso
Maior precisão na dose
Direto no Tanque
Medir volume total de cerveja a ser envasada
Calcular quantidade necessária de açucar, dosar com sobra
Preparar solução estéril
Ferver açúcar com água por 10-15 minutos (1,5 ml/g)
Adicionar solução no tanque, misturar bem
Engarrafar imediatamente
Manter em temperatura ambiente de 7-15dias
Pode levar mais tempo após maturações longas (2 meses +)
Dosagem por Garrafa
Medir volume total de cerveja a ser envasada
Calcular quantidade necessária de açúcar
Preparar solução estéril
Ferver açúcar com água por 10-15 minutos (1,5 ml/g)
Calcular concentração da solução
Calcular volume de solução necessária por garrafa
Dosar solução individual usando seringa
Manter em temperatura ambiente de 7-15 dias
Pode levar mais tempo após maturações longas (2 meses +)
Exemplo Cálculo Primming
  17,5 Litros de cerveja, 7g de açucar por litro, long neck
330ml
Açucar necessário (17,5*7 = 122,5) – Pesar 150g
Sempre adicionar a mais para ter sobra de solução
Ferver solução com 1,5ml/g (150g açúcar + 225ml água)
Medir volume após fervido (vamos supor 285ml)
Concentração da solução: 150g / 285ml = 0,52g/ml
Solução por litro de cerveja: 7 / 0,52 = 13,46 ml / litro
Solução por garrafa: 13,46 * 0,33 = 4,44ml por garrafa
Aula Positivo

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  • 1. Técnicas e Práticas da Produção de Cervejas Artesanais (Panela)
  • 5. BJCP Beer Judge Certification Program   Criado em 1985 com intuito de:   - Pesquisar exemplos de cervejas de diversos locais   - Definir estilos, parâmetros e características   - Programa de Certificação de juízes para competições   Mais de 4000 competições sancionadas   Ultima revisão dos parâmetros em 2015   Sistema de “classificação”mais utilizado
  • 8. ÁGUA Mitos e Verdades   Livre de contaminantes, odores e sabores Composição mineral apropriada Influência no sabor e mouth-feel Processo de filtração   pH da água tem pouca influência no processo, pois o que importa é o pH do mosto
  • 9. ÁGUA   Dureza da água DurezaTemporária   Fontes ricas em calcário (Bicarbonatos de Cálcio e Magnésio)   Mais fácil de ser removida   Bicarbonato aumenta pH do Mosto (+ alcalino)   Dureza Permanente   Sulfatos de Cálcio e Magnésio   Pouco efeto pH do mosto   Corpo seco, intensifica amargor, clássico em IPAs e PAs   Cloretos de cálcio, magnésio e sódio   Pouco efeito pH do mosto   Acentua sabores de malte em baixa concentração   Proporciona cremosidade no mouth-feel Ajuste de Água
  • 10. Fermentáveis - Maltes e Adjuntos   Principais Cereais Maltados:   Cevada   Trigo   Centeio   Sorgo
  • 11. Malteação ProcessodeMaltagem:   A)Maceração B)Germinação   C)Secagem e Cura ParâmetrosdoProcesso:   Tempo   Temperatura   Umidade
  • 12. Por que a Cevada?   Rico sistema de enzimas Ótima relação proteínas x carboidratos   Aromas e sabores agradáveis Grão mantém a casca grudada
  • 13. Maltes Base de Cevada   Maltes Base   Compõe a maior parte de toda receita Tem cor clara, além de sabor e aroma mais sutil de cereal   Possuem alto teor de enzimas e extrato   Alguns Tipos Pilsen (Pils) Pale Ale Vienna / Munich Mild Malt
  • 14. Maltes Base de Outro Cereais   Alguns Tipos Trigo (Wheat) Centeio (Rye)   Sorgo (Sorghum) Aveia (Oat)
  • 15. Maltes Especiais   Maltes Ambar   Maceração, Germinação e Secagem Rápida Pale, Vienna, Mubich, Amber, Melanoidin...   Maltes Cristal / Caramelo   Maceração, Germinação e Torra Carahell, Carared, Caraaroma...   Maltes Torrados Maceracão, Germinação, Secagem e Torra Carafa, Chocolate, Black, Defumado...
  • 16.
  • 17. Uso de Maltes Especiais Proporciona Características Únicas Cor Corpo   Aromas Proteínas para aumentar espuma Notas específicas de Sabor Oferecem muito pouco ou nenhum poder enzimático Quanto mais escuro, menor poder de conversão Contêm material extraível Quando mais escuro, menor a quantidade de material fermentável e o poder diastático (enzimas)
  • 18. Adjuntos Cervejeiros   Adjuntos Cervejeiros:   Cereais não Maltados   Carboidratos Açúcares   Vantagens:   Menor custo, corpo leve, texturas e sabores interessantes   Desvantagens:   Dificuldade de conversão, falta de nutrientes   Uso histórico:   Diversos estilos (clássicos e modernos) levam adições de adjuntos em suas receitas.
  • 19. Uso de Adjuntos Formas mais comuns: Inteiro, grits, gelatinizado, farinha, flocos, torrado…   Como usar:   Adicionar na brassagem com maltes base   Moagem fina para melhor aproveitamento   Fazer parada protéica   Pré-gelatinizar quando necessário   Parada a 35-45ºC para quebra beta-glucanos
  • 21. Açucares   Forma barata de adicionar material fermentável Preconceito no meio homebrew – Abuso da indústria Uso histórico em diversos estilos Alguns tipos adicionam cor, sabor e aroma Açucares corretamente usados trazem boas características Adicionados ao final da fervura Açucar refinado / Glicose de milho Candi Sugar / Melado / Mascavo Rapadura / Mel
  • 22. Lúpulo   Trata-se da flor da planta fêmea da espécie Humulus lupulus   Trepadeira perene que cresce em regiões temperadas, atingindo altura de 5 a 8 metros.   Colheita anual em agosto/setembro no hemisfério norte. Após colheita, é seco e processado para estocagem.   Plantio através de rizomas, pequenos pedaços de raíz.   Planta produz, em média, do terceiro ao décimo ano.
  • 23. Vantagens do Lúpulo   Atributos principais   Amargor   Sabor   Aroma   Atributos secundários Bacteriostático Coagulação de proteínas   Estabilidade de espuma
  • 24. Resinas do Lúpulo   Alfa Ácidos–Humulone   Resinas responsáveis pelo amargor   Beta Ácidos–Lupulone   Resinas não amargas que podem se oxidar e ficar amargas com longo tempo de estocagem Óleos essenciais   Fonte dos aromas e sabores característicos do lúpulo.   Inúmeros compostos em cada variedade   Taninos / Polifenóis   Ajudam na coagulação de proteínas
  • 26. Tipos de Lupulagem   “FirstWortHopping” Adição ao mosto durante a coleta do primário após recirculação   Amargor (bittering)   De 90 a 30 minutos de fervura   Sabor (flavor)   De 30 a 10 minutos de fervura   Aroma ou acabamento (aroma or “finishing”)   De 10 a 0 minutos de fervura (adição após apagar fogo) DryHopping Adição de lúpulos no maturador   Extratos de lúpulo   Podem ser isomerizados (amargor) ou não (aroma e sabor)   Adicionados na fervura ou na maturação
  • 27. Fervura - Isomerização Conversão de Alfa-Ácidos em Iso-Alfa-Ácidos, mais solúveis Produção de mais de 90% do amargor nos primeiros 30 minutos de fervura   O ponto máximo de isomerização ocorre entre 60 e 70 minutos de fervura e corresponde a aproximadamente 60% dos Alfa-Ácidos totais   Durante a fermentação e maturação, perde-se Iso-Alfa- Ácidos, de modo que o valor de conversão de Alfa-Ácidos em Iso-Álfa-Ácidos fica em torno de 30% a 50% dependendo do tipo de lúpulo utilizado
  • 28. Fermento Saccharomyces cerevisiae (ales) Saccharomyces pastorianus (lagers)   Micro-organismo unicelular Eucariota   Reino Fungi Reprodução por gemulação (budding, brotamento)   Se alimenta de açúcares, produzindo CO2, álcool e liberando calor   Utiliza minerais e outros nutrientes   Produz aromas específicos durante a fermentação   Controle de temperatura crucial para obter perfil desejado
  • 29.
  • 30. Outros Micro-Organismos   Certos estilos de cerveja são fermentados por outros espécies de micro-organismos Bactérias   Lactobacilos   Leveduras “selvagens”   Cada espécie produz perfil de aromas e sabores diferenciado
  • 31. Frutas e Especiarias PimentadaJamaica (Allspice) Anis (Anise)   Canela (Cinnamon) Cravo (Clove) Coentro (Coriander) Gengibre (Ginger) Junípero (JuniperBerries) Alcaçuz (Licorice)   Noz-Moscada (Nutmeg)   Cascas de laranja e limão (Orange/Lemon peel)   Losna/Absinto/Sintro (Wormwood) Milefólio/Mil-Folhas (Yarrow)   Chocolate (Chocolate)   Café (Coffee)   Pimenta da Guiné? (Grains of Paradise)   Cardamomo (Cardamom)
  • 32. Uso de Frutas e Especiarias Possível adicionar em várias etapas: Fervura Esterilização de possíveis contaminantes Perca de voláteis Fermentação primária Perca de voláteis pela emissão de CO2 Fermentação inibe propagação de contaminantes Maturação Melhor manutenção dos voláteis de aroma Concentração de ácool ajuda contra contaminantes
  • 33. Madeiras e Barris para envelhecimento   Historicamente usado em todas as escolas cervejeiras   Pouco mais de um século de inox!   Adiciona características ao produto   Substratos – Taninos, aromas   Barris usados: Característica da bebida anterior   Fauna micro-biológica   “Meio de cultura de fermento” da antiguidade   Dificuldade de limpeza e sanitização
  • 34. Formação de Aromas e Sabores   Características dos Insumos   Maltes: Maltado, Cereais, Biscoito, Caramelo, Tostado, Café...   Lúpulos: Floral, Cítrico, Herbáceo, Amargo, Resina, Condimentado...   Fermento: Frutado, Ésteres, Maçã, Cravo, Banana...   Água: Salgado, Corpo Seco, Mouth-Feel...   Detalhes do Processo
  • 35. Escolas Cervejeiras   Escola Inglesa   Inglaterra, Escócia, Irlanda   Escola Belga   Bélgica, França   Escola Americana   EUA, Austrália   Escola Germânica   Alemanha, Rep. Tcheca, Áustria   Escola Brasileira
  • 36. Escola Inglesa   Pale Ale   Bitters   India Pale Ale   Porter   Stout   Brown Ale   Barley Wine   Mild Ale Scotish Ale
  • 37. Escola Belga   Dubbel   Trippel Quadruppel Pale Ale   Abbey Ales Saison   Wit Beer   Strong Golden Ale   Strong Dark Ale   Fruit Beer Lambic   Geuze Sour Brown (Old Bruin) Bierre de Garde
  • 38. Escola Americana   Todos os estilos clássicos renovados adicionando mais lúpulo.   Recente foco em:   Wood Aged Beers   High Gravity Beers Fruit Beers Exotic Ingredient Beers   Belgo-American Ales   Sour
  • 39. Escola Germânica   Pilsen   Bock   Doppelbock   Helles   Vienna Marzën   Dortmund Kölsch   Alt Bier   Schwarzbier   Hefe Weissen   Rauchbier   Kulmbacher
  • 40. Escola Brasileira   Ingredientes Locais   Mandioca   Mel   Café   Melado / Rapadura   Erva Mate   Pinhão   Frutas   Graviola   Amoras   Manga   Jabuticaba   Madeiras   Tropicais   Umburana   Castanheira   Cabreúva   Estilos Inovadores
  • 41. A Cerveja Caseira Escolha dos materiais Corrosividade alcalina e ácida   Grau Alimentício Custo Benefício Investimento Disponível Disponibilidade de Material Automação X Esfoço
  • 42. Características dos Materiais   ALUMÍNIO Baixo Custo, Maleável, Comum em Homebrewing   Boa resistência a detergentes e sanitizantes ácidos Pouca resistência à abrasão física Corrosão por alcalinos (Soda Cáustica)   INOX Altamente resistente e duradouro   Alto custo quanto novo, pouco maleável Excelente para todos os estágios da produção
  • 43. Características dos Materiais   COBRE Muito usado pela indústria antiga Adequado para a parte “quente” da produção Pode ser soldado ao inox Cuidado com Oxidação   LATÃO / BRONZE Ligas de cobre, podem conter chumbo (Soldas) Não recomendado, porém não desastroso Corrídos por soluções alcalinas (Soda Cálstica) Cuidado com Oxidação
  • 44. Características dos Materiais   FERRO / AÇO COMUM Eviter contato com a água ou mosto Causam off-flavor (metálico / sangue) Causam formação de turbidez   Ferro se dissolve facilmente me líquidos Usado para outros fins estruturais   NUNCA USAR
  • 45. Características dos Materiais   VIDRO   Material totalmente inerte e resistente Excelente para fermentadores Não manipulável (furos, soldas, etc) Cuidado ao manusear   PLASTICOS e POLÍMEROS Baratos e acessíveis Resistente a todos os produtos de limpeza e sanitização (ácido e alcalino) Fácil de arranhar Possibilidade de transmitir off-flavor
  • 46. Características dos Materiais   MANGUEIRAS Grau Alimentício / Atóxico   Silicone puro Siliconadas Resistência a temperatura alta Reforçadas com malha de nylon Reforçadas com espiral de plástico Evitar mangueiras de Jardim
  • 47. A Cervejaria Caseira Equipamento Básico   PARTE QUENTE (Produção do Mosto) Panelas (Tamanho de acordo com o Volume) Modificadas (1 Produção/Filtração; 1 Fervura)   BIAB Vávulas Esféricas, Nipple, Arruelas (Inox e Silicone) Moedor de Grãos   “Filtro” para separar mosto/grão   Bazooka , Fundo Falso ou BIAB Fogareiro ou Resistência Elétrica Refriador de mosto Imersão (Serpentina) Trocador de placas / Contra-Fluxo
  • 50. A Cerveja Caseira Equipamento Básico   PARTE FRIA (Fermentação / Maturação / Envase) Galão / Bombona, rolha e air-lock – FERMENTAÇÃO Balde para engarrafamento Tampador de garrafas   Post Mix / Keg Equipamento Co2 (Cilindro, Regulador, Conexões)
  • 51. A Cerveja Caseira Equipamento Básico   OUTRAS “FERRAMENTAS” Termômentro Densímetro e Proveta / Refratômetro Controlador de Temperatura (TIC-17) Geladeira Pá Cervejeira, Jarra, Escumadeira, Balança, etc.   Material de limpeza Ferramentas Filtros de Água   EPI
  • 52. Tipos de Métodos de Produção   BIAB (Brew In A Bag) Mais econômico Menor eficiência Produção mais simples   Fundo Falso / Bazooka Duas a Três panelas Maior eficiência   Herms / Rims Custo alto Automação Maior eficiência
  • 54. BIAB
  • 55. Fundo Falso / Bazooka
  • 57. Limpeza e Sanitização   SANITIZAÇÃO Fatores para uma boa sanitização Limpeza prévia adequada Uso de produtos sanitizantes Temperatura x Concentração x Tempo Alguns produtos dispensam enxágue Ambiente sempre limpo Cuidado com contaminação
  • 58. Produtos para Sanitização Hipoclorito de Sódio (Água Sanitária) Excelente poder Bactericida Custo Baixo / Fácil Obtenção Desaconselhado, pois necessita enxágue Resíduos de Cloro e formaçào de Clorofenóis Agressivo para o Aço Inox   MAX 3ppm de cloro livre para inox 304   MAX 5ppm para inox 316
  • 59. Produtos para Sanitização Ácido Peracético (Peracid) Excelente poder sanitizante Solução aquosa preparada de 0,2% a 1% Pouca estabilidade da solução Não reutilizar solução após 24h – Perda de efeito Pode ser usado sem enxágue Compostos se desnaturam em contato com o mosto Exige manipulação cuidadosa (EPIs)   pH 0,5 – 1,5 no produto e 3 – 4 na solução 1% (ÁCIDO) Muito comum em Homebrewing e Cervejarias
  • 60. Produtos para Sanitização Iodophor (Solução de iodo) Excelente poder sanitizante – 1 minuto de contato Seguro Solução – Uma colher de sopa em 20L de água Pode mudar de acordo com a marca   Mancha utensílios plásticos e mangueiras Pode deixar aroma e sabor residual se não for muito bem seco e escorrido
  • 61. Sanitização por Calor Seco Não pode ser usado em materiais pouco resistentes Temperatura x Tempo em Forno
  • 62. Processo de Criação / Receita Idéia geral, “conceito”da receita, composição   Harmonia/equilíbrio/contrastedascaracterísticas Equilíbrio <> Contraste   Malte x lúpulo/ ácido x doce x amargo Importância dos detalhes   Pequenas partes contribuem para o todo   Profundidade / complexidade   Sutilezas, camadas de sabores Não exagerar na dose (sub-threshold)
  • 63. Processo de Criação / Receita   Criando uma receita própria:   Entenda/defina o que você está buscando   Se familiarize com as matérias primas   Avalie a capacidade do seu equipamento   Sempre busque possibilitar a repetição   Criando uma receita para um estilo: Conheça os parâmetros e características do estilo   BJCP, BA, M. Jackson (not the singer)   Experimente exemplos comerciais   Pesquise em livros, internet, revistas História do estilo, insumos, métodos, detalhes   Converse com outros cervejeiros
  • 64. Processo de Criação / Receita   Abordagem prática: Como é uma receita?   Lista de ingredientes e suas quantidades   Quando e como cada um deles deve ser usado Parâmetros para todos os estágios do processo de fabricação do mosto Manipulação e preparo do fermento Parâmetros para fermentação e maturação Parâmetros para carbonatação e envase   Programa: BEER SMITH
  • 66. Moagem   Consiste em quebrar os grãos, separando o endosperma da casca.   Fator crucial na eficiência da mostura   Tamanho dos pedaços de grão Exposição dos carboidratos e enzimas   Fator crucial na eficiência da filtração   Tamanho das cascas   Quantidade de “farinha”
  • 67. Mostura / Brassagem (Mashing)   Objetivos Conversão do amido dos maltes   Enzimas quebram amido em açúcares   “Fermentabilidade”   Cerveja seca ou encorpada   Quebra de cadeias de proteínas e polipeptídeos   Turbidez Formação de espuma   Nutrientes para leveduras (FAN) Quebrade glucanos   Viscosidade do mosto Extração dos compostos de cor e aroma dos maltes
  • 68. Enzimas na Brassagem   Enzimas Proteínas especiais   A maioria é desenvolvida na maltagem (germinação)   Catalizadores de reações (não são consumidas)   Enzimas específicas para cada reação   Atividade muda conforme condições ambientes   pH, Temperatura, Minerais (co-fatores), Concentração, Agitação Desnaturação – Irreversível   pH, Temperatura
  • 69.
  • 70.
  • 71. Rampas de Mostura Repouso Protéico (45 – 55ºC)   Recomendado para maltes pouco modificados ou adjuntos   Aveia, Trigo, Centeio, etc.   Pode causar mal formação de espuma em maltes muito modificados   Enzimas:   Peptidase: 45 - 55ºC / 4.6 - 5.3 pH   Quebra das proteínas em aminoácidos   Maior ação na maltaria que na brassagem   Normalmente maltes já providenciam FAN necessário   Protease 45 – 55ºC / 4.6 – 5.3 pH   Quebra das proteínas em peptídeos   Formadoras de turbidez   Formadoras de espuma
  • 72. Rampas de Mostura Sacarificação (55 - 72°C)   Transformar o amido em açúcares   Enzimas:   β-Amilase: 55-65°C / 5.0-5.5 pH   Quebra cadeias de amido pelas extremidades   Produz maltose (dissacarídeo)   α-Amilase: 68-72°C/ 5.3-5.7 pH   Quebra cadeias de amido no meio das cadeias   Produz maltose e outros açúcares de cadeia maior
  • 73. Rampas de Mostura Inativação das enzimas (75-78°C)   Interromper a atividade enzimática   Controle da fermentabilidade do mosto   Melhora a “filtrabilidade” do mosto (viscosidade)   Pequeno tempo de repouso (10 minutos) Não ultrapassar os 80°C Extração de taninos   Turbidez permanente
  • 74. Processos de Produção Clarificação ou Filtração (Lautering – Vorlaufing)   Objetivo é separar o líquido dos grãos usados   Fundo Falso ou Bazooka seguram os grãos   Cascas formam filtro: “Cama de grãos”   Uso de adjuntos pode dificultar (trigo, aveia, centeio, etc)   Recirculação   Recircular pelo menos 1/3 do líquido   Abrir pouco a válvula no começo   Observar mudança de turbidez do mosto   Evitar mexer na cama de grãos ao recircular mosto Após clarificado, inicie recolhimento do mosto primário para fervura
  • 75. Cuidados na Recirculação Evitar oxigenação do mosto Quando usar fundo falso, colocar água até cobrir o fundo falso antes de colocar os grãos Recircular pelo menos 1/3 do líquido Abrir pouco a válcula no começo Observar mudança de turbidez do mosto Evitar mexer na cama de grãos ao recircular o mosto Devolver mosto com escumadeira Não criar canais de prefereciais Após clarificado, inicie recolhimento do mosto primário para fervura Iniciar o aquecimento para a fervura assim que possível
  • 76. Processos de Produção   Lavagem (Sparging)   Temperatura da água em torno de 76-78°C Água fria: lavagem mais lenta Água quente: arraste de polifenóis e taninos   Manter nível de líquido   Muito peso pode compactar a cama de grãos   Adicionar água conforme fluxo de saída   Pare na hora certa   Observar volume total da fervura na receita Mudança de pH, baixa densidade do líquido   Uso do refratômetro auxilia nessa medição
  • 77. Processos de Produção   Fervura (WortBoiling)   Objetivos: Evaporação de parte da água Evaporação de voláteis indesejáveis   Nunca tampar a panela na fervura!!!   Proporcionar fervura vigorosa Esterilização do mosto Desnaturação de enzimas Coagulação de proteínas e formação do break Extração solubilização dos compostos de lúpulo Isomerização dos α-ácidos dos lúpulos   Whirlpool
  • 78. Cuidados na Fervura Overboil Acontece principalmente no início da fervura, e na primeira adição de lúpulo Diminua o fogo quando for adicionar lúpulo   Spray de água abaixa a espuma Não deixe a fervura sem supervisão   Chama muito forte pode caramelar e queimar açucares no fundo da panela Calor ou tempo excessivo escurece o mosto Evitar oxigenação do mosto
  • 79. Processos de Produção Lupulagem (Hop Addition) Adição nos momentos conforme receita   Amargor: 90 – 30 minutos   Sabor: 30 – 10 minutos   Aroma: 10 – 0 minutos   Uso de “hop bags” Diminuição de material sólido no final da fervura   Correto dimensionamento muito importante   Menor “fator de utilização” ?
  • 80. Processos de Produção   Resfriamento (Wort Cooling)   Objetivos   Resfriar mosto da fervura (95-97°C) até temperatura de inoculação do fermento (15-25°C)   Minimizando contaminações microbiológicas   Menor tempo possível   Evitar formação de DMS (limite ~ 65 °C)   Uso eficiente de energia, água   Aquecer água para próxima brassagem   Usar água para limpeza de material, equipamento
  • 81. Processos de Produção Resfriamento   Serpentina de imersão Método rápido   Quando bem dimensionado   Vantagem na manutenção dos aromas de lúpulo   Todo o mosto baixa de 65°C   Trocador de calor de placas   Consiste de uma pilha de placas paralelas que criam fluxos contrários de mosto e água   Resfriamento rápido   Quando bem dimensionado   Usa bomba ou gravidade   Boa eficiência no uso de água   Procedimento especial de limpeza
  • 82.
  • 83. Processos de Produção Oxigenação (Oxigenation)   Fator muito importante para as leveduras Absorção do O2 pelo fermento dentro dos primeiros 90 minutos de inoculação. Único momento do processo de produção decerveja onde a oxigenação é necessária   Filtro para aerador Balançar o fermentador ajuda   CUIDADO COM CONTAMINAÇÃO
  • 84. Processos de Produção Inoculação do Fermento (Yeast Pitching)   Fermentos secos   Ideal hidratar antes de inocular   Ferva 150ml de água por 10 minutos   Tampe e deixe esfriar abaixo de 30°C   Adicione o fermento, aguarde 15 minutos   Agite suavemente e adicione ao mosto   Fermentos líquidos   Já vem prontos para inoculação Propagação necessária para volumes maiores   Quantidade de Fermento
  • 85. Processos de Produção Fermentação (Fermentation)   Controle de temperatura   Cada fermento tem uma faixa ideal de temperatura   Ales: 18 - 22°C Lagers: 7 - 12°C   Controle da produção dos aromas   Influencia a velocidade da fermentação   Evitar mudanças bruscas de temperatura   Medir gravidade para saber quando acabou
  • 86. Processos de Produção Maturação (Maturation or Conditioning) Também chamada de fermentação secundária Período onde a cerveja “amadurece” ainda em contato com as leveduras Duração depende do tipo da cerveja e de como foi a fermentação primária   Cervejas fortes requerem mais tempo   Bom momento para adições de “temperos” Sedimentação das leveduras e cold break
  • 87. Processos de Produção Clarificação (Clarification) Cerveja é transferida para outro tanque, deixando o fermento sedimentado para trás Termperatura mais baixas auxiliam decantação Amadurecimento mais lento Muito tempo pode dificultar refermentação na garrafa   Na indústria são usados filtros ou centrifugas Evitar contato com oxigênio na transferência Evitar contaminação durante transferência
  • 88. Processos de Produção Carbonatação e Envase (Carbonation and Packaging)   Dois métodos principais Refermentação na garrafa   Cerveja é engarrafada com adição de açúcar   Quantidade varia entre 5 e 9g de açúcar por litro de cerveja   Leveduras ainda presentes produzem CO2   Importante cálculo e medição corretos – Evitar granadas!!! Carbonatação forçada   Uso de barril: Post mix ou Keg comercial   Cilindro de CO2, Regulador, mangueiras, conectores
  • 89. Processos de Produção Refermentação na Garrafa (Primming) Dois métodos de dosagem de açucar: Direto no tanque de maturação Mais cômodo Maior perigo de contaminação e oxidação Precisa abrir tanque e misturar tudo Acaba misturando sedimentos Pode dar diferença em garrafas (se mal misturado) Dosagem individual por garrafa Ligeiramente mais trabalhoso Maior precisão na dose
  • 90. Direto no Tanque Medir volume total de cerveja a ser envasada Calcular quantidade necessária de açucar, dosar com sobra Preparar solução estéril Ferver açúcar com água por 10-15 minutos (1,5 ml/g) Adicionar solução no tanque, misturar bem Engarrafar imediatamente Manter em temperatura ambiente de 7-15dias Pode levar mais tempo após maturações longas (2 meses +)
  • 91. Dosagem por Garrafa Medir volume total de cerveja a ser envasada Calcular quantidade necessária de açúcar Preparar solução estéril Ferver açúcar com água por 10-15 minutos (1,5 ml/g) Calcular concentração da solução Calcular volume de solução necessária por garrafa Dosar solução individual usando seringa Manter em temperatura ambiente de 7-15 dias Pode levar mais tempo após maturações longas (2 meses +)
  • 92. Exemplo Cálculo Primming   17,5 Litros de cerveja, 7g de açucar por litro, long neck 330ml Açucar necessário (17,5*7 = 122,5) – Pesar 150g Sempre adicionar a mais para ter sobra de solução Ferver solução com 1,5ml/g (150g açúcar + 225ml água) Medir volume após fervido (vamos supor 285ml) Concentração da solução: 150g / 285ml = 0,52g/ml Solução por litro de cerveja: 7 / 0,52 = 13,46 ml / litro Solução por garrafa: 13,46 * 0,33 = 4,44ml por garrafa