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Análise quantitativa dos efeitos do
  tratamento alcalino e de altas
temperaturas na isomerização do
         lúpulo em pellet.
          Belcson Henrique Souza Silva
        Cláudio Roberto Barbosa Sampaio
          Gustavo Quaresimin Cordeiro
             João Paulo Silva Freitas
         Marcos Aurélio Veloso Linhares
           Mário Heleno Junqueira Bela
           Patrick dos Santos Bannwart
            Wesley Victor dos Santos
RESUMO
O trabalho realizado no CTS-RJ alimentos e bebidas em Vassouras teve
como objetivo obter resultados significativos no que diz respeito a melhores
rendimentos na isomerização do lúpulo de amargor através de um
tratamento alcalino partindo de pesquisas realizadas e com execução de
métodos consolidados no setor de elaboração de mosto cervejeiro. Foi
realizada a isomerização do lúpulo com alta temperatura, com auxílio de
autoclave cuja temperatura chegou a 123 ºC com tempos determinados
para cada amostra utilizada, onde esses tempos variaram entre 5, 10 e 15
minutos, através do acompanhamento dos tempos para esse tratamento,
foi utilizado o ELAB, onde além de checar a temperatura e o tempo foi
possível transmitir os dados para gráficos e sendo assim fortalecendo mais
ainda o trabalho e os resultados. Foi utilizado o lúpulo tratado de diferentes
tempos com o objetivo de verificar qual o melhor resultado em relação à
obtenção de amargor no mosto. Ao fim do trabalho realizado e dos
resultados obtidos, foi possível alcançar rendimentos favoráveis no
tratamento. Através desses valores alcançados foi possível verificar
diferentes rendimentos e o mais favorável em relação à obtenção de
amargor.
OBJETIVOS
 Verificar a influência do tempo de autoclavagem no
  rendimento de isomerização do lúpulo pelletizado.
 Verificar o efeito do tratamento alcalino no rendimento
  de isomerização do lúpulo pelletizado.
 Analisar o efeito sinergético do tratamento alcalino e do
  tratamento térmico (autoclavagem) no rendimento de
  isomerização do lúpulo pelletizado.
 Comparar o rendimento de isomerização do lúpulo
  pelletizado produzido pelo tratamento de fervura padrão
  com os demais pré-tratamentos analisados.
História do Lúpulo
 Primeiro registro de cultivo remete-se ao ano de 736 na
  região de Hallertau na Baviera.
 Citações Escandinavas datando de 1000 A.C.
 Extensamente cultivado e utilizado na produção de
  cervejas nas regiões: Baviera, Eslovênia e Bohemia,
  entre os séculos IX e XII.
 A primeira referência na Inglaterra data do ano 822 em
  um edital de um monastério que excluía os monges dos
  deveres de moer malte e lúpulo.
 O Primeiro cultivo comercial na Inglaterra ocorreu no
  ano de 1524.
História do Lúpulo
 Inicialmente não foi bem aceito nas tradicionais Ales.
 Enrique VIII proibiu a utilização em favor da tradicional
  English Ale sem lúpulo.
 Eduardo VI revoga a lei permitindo o uso em 1552.
 O primeiro tratado sobre os lúpulos ingleses foi de
  Reynold Scot, Perfite Platforme of a Hop Garden, 1574,
  especificações de cultivo.
 Em 1710 maior interesse de cultivo do lúpulo, pois
  tornou-se proibido o uso de outras substâncias amargas.
 Primeiro sistema de arames para o cultivo foi
  desenvolvido na década de 1860.
 Época favorável para o desenvolvimento de novas
  variedades, ex: Fuggle em 1875
História do Lúpulo
 Os imigrantes europeus disseminaram o cultivo do
  lúpulo para outras regiões do globo: América do Norte e
  Austrália.
 Início do século XVII os colonos ingleses, 1629
  Massachessetts Co., porém o cultivo comercial se deu
  somente 200 anos mais tarde.
 Inicialmente se limitou a região da Nova Inglaterra.
 Atualmente no oeste: Washington, Oregon e Idaho.
 Início do século XIX Nova Gales do Sul, Austrália e
  posteriormente na Ilha Tasmânia e Victoria.
Morfologia da planta
 Humulus lupulus; família Cannabaceae; ordem Rosales.
 Planta dióica, perene, trepadeira, podendo alcançar 6 m
  de altura.
 Florescimento entre julho e agosto por toda a Europa e
  Ásia Ocidental.
 Preferência para a propagação vegetativa.
 Fecundação: desenvolve apenas uma semente, envolta
  por um pericarpo duro rico em resinas amargas porém
  com baixo teor de óleos essenciais.
 Variedades desenvolvidas como Target, Northdown e
  Challenger, possuem maior intensidade de α-ácidos /
  amargor.
Morfologia da planta
Produção de Lúpulo no Mundo
 Maiores produtores: Alemanha, EUA, República Tcheca
  e China.
 Redução da área de plantação: 1994 – 86 786 há; 2001
  – 58 946. Redução de 32%.
 Demanda mundial 125 mil t, porém a colheita nem
  sempre atinge este valor.
                         Colheita Anual de Lúpulo
                    150,000
         Hectáres




                    100,000
                     50,000
                          0
                              1990

                              1992

                              1994
                              1989

                              1991

                              1993

                              1995
                              1996
                              1997
                              1998
                              1999
                              2000
                              2001
                              2002
                                       Ano
Produção de Lúpulo no Mundo
 A demanda de lúpulo é decrescente exceto nas regiões
  onde o consumo de cerveja per capta está aumentando;
 Consumo de cerveja estancado ou decrescente;
 Amargor da cerveja reduzido universalmente;
 Utilização de variedades com alto teor de α-ácidos.
 Na China o consumo de cerveja cresce em ritmo
  acelerado e proporcionalmente o cultivo.
Colheita Secagem e Estabilização
 Quando o estróbilo amadurece, final de agosto, solta-se
  a planta dos arames de sustentação e corta-se a base.
 Recolhe-se apenas os estróbilos através de máquinas
  colheitadeiras específicas.
 Após a colheita os cones possuem 75 – 80% de água.
 Secagem: 50º C, redução da umidade 8 – 12%.
 Compactação em fardos e armazenagem, perda de
  qualidade devido a oxidação, umidade e temperaturas
  elevadas.
 Para obter uma maior estabilidade converte em extrato e
  pellets.
Composição e Propriedades dos Componentes
      Componentes         % de Composto
           Água               10,0
       Resinas Totais         15,0
     Óleos essenciais          0,5
          Taninos              4,0
          Pectina              2,0
         Lipídeos              3,0
     Monossacarídeos           2,0
     Proteínas (Nx6,25)       15,0
       Aminoácidos             0,1
     Celulose e Lignina       40,4
      Teor de Cinzas           8,0
Composição e Propriedades dos Componentes
              α-Ácido                        Porcentagem Encontrada
             Humulona                                  35-70
            Cohumulona                                 20-55
            Adhumulona                                 10-15
           Prehumulona                                  1-10
           Posthumulona                                  1-5
As resinas amargas são analisadas por técnica de fracionamento por
solventes :
- Fração a, α-ácidos ou humulonas: solúveis em hexano, precipitáveis ao
Acetato de Chumbo (PbAc);
- Fração b: solúveis em hexano, não precipitam ao PbAc. Incluem nesse
grupo: β-ácidos (ou lupulonas) + α e β -resinas brandas. (A diferença é que as
α e β -resinas brandas (ou resinas brandas) são solúveis em metanol e
precipitáveis ao PbAc);
- Fração c ou resinas duras são insolúveis em hexano.
Composição e Propriedades dos Componentes
Isomerização
Composição e Propriedades dos Componentes
 Os óleos essenciais: aroma e bouquet, formação ocorre
  principalmente nas fases finais do amadurecimento.
 Divide-se em 3 grupos: Hidrocarbonada, 50 – 80%;
  Fração quimicamente ligada ao oxigênio, 20 – 50%;
  Fração quimicamente ligada ao enxofre, menos de 1%.
 Os métodos químicos mais modernos permite extrair
  mais de 300 compostos dos óleos essenciais.
 Principais   hidrocarbonetos:        monoterpenos    e
  sesquiterpenos. Em torno de 40 substâncias dessa
  natureza.
 Mirceno componente abundante porém indesejável.
 Os hidrocarbonetos não resistem ao processo de fervura
  prolongado.
Lúpulo Magnum
•   Variedade de Huell, região de Hallertauer, Alemanha
•   Desenvolvido: Instituto de Pesquisa do Lúpulo em Huell, 1993
•   Alto teor de ácidos alfa ( 11,0 a 16,0 %)
•   Boa resistência a doença
•   Cones grandes e pesados
•   Boa estabilidade de armazenagem
•   Aroma não distinto
Produtos e Extratos de Lúpulo

•   In Natura
•   Pellets
•   Etanol
•   CO2 Líquido
•   CO2 + Isomerizado
•   Tetrahidro-iso
•   Isomerizado alcalino
Método de Isomerização Utilizado no
             Projeto
            Passo 1 - Alcalinização
Método de Isomerização Utilizado no
             Projeto
          Passo 2 – Tratamento Térmico
Analise UV Substancias Amargas na Cerveja
Preparação para os testes

 Mini brassagem;
 5,5Kg de malte pilsen(moagem 1mm);
 Água prim. = 16L;
 10 min  45ºC; 10 min  65ºC; 30 min  72ºC; 5 min
   78ºC;
 Extrato = 12ºP
 3L para fervura(erlenmeyer) de 70 minutos;
 30mL ou 1 g de lúpulo em pellet = 15mg iso alfa ácido;
Tratamentos
          Tratamentos                  Momento da adição

           Padrão T0                     Início de fervura

Alcalino, autoclavagem (5min) T1    10 minutos finais de fervura

Alcalino, autoclavagem (10min) T2   10 minutos finais de fervura

Alcalino, autoclavagem (15min) T3   10 minutos finais de fervura

Alcalino, autoclavagem (10min) T4        Início de fervura

    Autoclavagem (10min) T5         10 minutos finais de fervura

    Autoclavagem (10min) T6              Início de fervura

           Alcalino T7                   Início de fervura

           Alcalino T8              10 minutos finais de fervura
Análise de isocompostos
    0,5mL de ácido clorídrico 6N, 10mL de amostra,
    20mL de isoctano.

   Agitação (30min);

   Centrífuga (2500rpm) por 10 min;

   Espectrofotômetro (275nm);

   Sobrenadante (isoctano/iso-compostos);
Resultados
           Tratamentos                 Fator   Amargor(BU)   Ganho %

            Padrão T0                   50        31,40         0

Alcalino, autoclavagem (5min, F) T1     70        35,07        12

Alcalino, autoclavagem (10min, F) T2    70        37,77        20

Alcalino, autoclavagem (15min, F) T3    70        37,98        21

Alcalino, autoclavagem (10min, I) T4    70        36,09        15

    Autoclavagem (10min, F) T5          50        31,15        -1

    Autoclavagem (10min, I) T6          50        26,98        -14

            Alcalino I T7               70        47,25        50

           Alcalino F T8                70        43,58        39
Resultados
           Tratamentos                 Fator   Amargor(BU)   Ganho %

            Padrão T0                   50        31,40         0

Alcalino, autoclavagem (5min, F) T1     70        35,07        12

Alcalino, autoclavagem (10min, F) T2    70        37,77        20

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Alcalino, autoclavagem (10min, I) T4    70        36,09        15

    Autoclavagem (10min, F) T5          50        31,15        -1

    Autoclavagem (10min, I) T6          50        26,98        -14

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Resultados
Resultados
           Tratamentos                 Fator   Amargor(BU)   Ganho %

            Padrão T0                   50        31,40         0

Alcalino, autoclavagem (5min, F) T1     70        35,07        12

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Alcalino, autoclavagem (15min, F) T3    70        37,98        21

Alcalino, autoclavagem (10min, I) T4    70        36,09        15

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    Autoclavagem (10min, I) T6          50        26,98        -14

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           Alcalino F T8                70        43,58        39
CONCLUSÃO
Referências bibliográficas
 [1] KUNZE, Wolfgang, Tecnología para cerveceros y
  malteros, primeira edição, traduzido por Bauer C.R.,
  Buenos Aires, Argentina, VLB, Berlin,2006.
 [2] HAAS J. I, et al, Guia de Lúpulos Barth-Hass,
  Washington DC, EUA.
 [3] HORNSEY I.S., Elaboración de Cerveza
  Microbiología, bioquímica y tecnologia,traduzido por
  BARRADO A. M., Editora Acribia S.A., 1999, Zaragoza,
  Espanha.
 [4] BRIGGS D.E, et al, Brewering Science and Practice,
  editor Woodhead Publishing Limited, 2004, Abginton
  Cambridge, Inglaterra.

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Análise quantitativa dos efeitos do tratamento alcalino e de altas temperaturas na isomerização do lúpulo em pellet

  • 1. Análise quantitativa dos efeitos do tratamento alcalino e de altas temperaturas na isomerização do lúpulo em pellet. Belcson Henrique Souza Silva Cláudio Roberto Barbosa Sampaio Gustavo Quaresimin Cordeiro João Paulo Silva Freitas Marcos Aurélio Veloso Linhares Mário Heleno Junqueira Bela Patrick dos Santos Bannwart Wesley Victor dos Santos
  • 2. RESUMO O trabalho realizado no CTS-RJ alimentos e bebidas em Vassouras teve como objetivo obter resultados significativos no que diz respeito a melhores rendimentos na isomerização do lúpulo de amargor através de um tratamento alcalino partindo de pesquisas realizadas e com execução de métodos consolidados no setor de elaboração de mosto cervejeiro. Foi realizada a isomerização do lúpulo com alta temperatura, com auxílio de autoclave cuja temperatura chegou a 123 ºC com tempos determinados para cada amostra utilizada, onde esses tempos variaram entre 5, 10 e 15 minutos, através do acompanhamento dos tempos para esse tratamento, foi utilizado o ELAB, onde além de checar a temperatura e o tempo foi possível transmitir os dados para gráficos e sendo assim fortalecendo mais ainda o trabalho e os resultados. Foi utilizado o lúpulo tratado de diferentes tempos com o objetivo de verificar qual o melhor resultado em relação à obtenção de amargor no mosto. Ao fim do trabalho realizado e dos resultados obtidos, foi possível alcançar rendimentos favoráveis no tratamento. Através desses valores alcançados foi possível verificar diferentes rendimentos e o mais favorável em relação à obtenção de amargor.
  • 3. OBJETIVOS  Verificar a influência do tempo de autoclavagem no rendimento de isomerização do lúpulo pelletizado.  Verificar o efeito do tratamento alcalino no rendimento de isomerização do lúpulo pelletizado.  Analisar o efeito sinergético do tratamento alcalino e do tratamento térmico (autoclavagem) no rendimento de isomerização do lúpulo pelletizado.  Comparar o rendimento de isomerização do lúpulo pelletizado produzido pelo tratamento de fervura padrão com os demais pré-tratamentos analisados.
  • 4. História do Lúpulo  Primeiro registro de cultivo remete-se ao ano de 736 na região de Hallertau na Baviera.  Citações Escandinavas datando de 1000 A.C.  Extensamente cultivado e utilizado na produção de cervejas nas regiões: Baviera, Eslovênia e Bohemia, entre os séculos IX e XII.  A primeira referência na Inglaterra data do ano 822 em um edital de um monastério que excluía os monges dos deveres de moer malte e lúpulo.  O Primeiro cultivo comercial na Inglaterra ocorreu no ano de 1524.
  • 5. História do Lúpulo  Inicialmente não foi bem aceito nas tradicionais Ales.  Enrique VIII proibiu a utilização em favor da tradicional English Ale sem lúpulo.  Eduardo VI revoga a lei permitindo o uso em 1552.  O primeiro tratado sobre os lúpulos ingleses foi de Reynold Scot, Perfite Platforme of a Hop Garden, 1574, especificações de cultivo.  Em 1710 maior interesse de cultivo do lúpulo, pois tornou-se proibido o uso de outras substâncias amargas.  Primeiro sistema de arames para o cultivo foi desenvolvido na década de 1860.  Época favorável para o desenvolvimento de novas variedades, ex: Fuggle em 1875
  • 6. História do Lúpulo  Os imigrantes europeus disseminaram o cultivo do lúpulo para outras regiões do globo: América do Norte e Austrália.  Início do século XVII os colonos ingleses, 1629 Massachessetts Co., porém o cultivo comercial se deu somente 200 anos mais tarde.  Inicialmente se limitou a região da Nova Inglaterra.  Atualmente no oeste: Washington, Oregon e Idaho.  Início do século XIX Nova Gales do Sul, Austrália e posteriormente na Ilha Tasmânia e Victoria.
  • 7. Morfologia da planta  Humulus lupulus; família Cannabaceae; ordem Rosales.  Planta dióica, perene, trepadeira, podendo alcançar 6 m de altura.  Florescimento entre julho e agosto por toda a Europa e Ásia Ocidental.  Preferência para a propagação vegetativa.  Fecundação: desenvolve apenas uma semente, envolta por um pericarpo duro rico em resinas amargas porém com baixo teor de óleos essenciais.  Variedades desenvolvidas como Target, Northdown e Challenger, possuem maior intensidade de α-ácidos / amargor.
  • 9. Produção de Lúpulo no Mundo  Maiores produtores: Alemanha, EUA, República Tcheca e China.  Redução da área de plantação: 1994 – 86 786 há; 2001 – 58 946. Redução de 32%.  Demanda mundial 125 mil t, porém a colheita nem sempre atinge este valor. Colheita Anual de Lúpulo 150,000 Hectáres 100,000 50,000 0 1990 1992 1994 1989 1991 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Ano
  • 10. Produção de Lúpulo no Mundo  A demanda de lúpulo é decrescente exceto nas regiões onde o consumo de cerveja per capta está aumentando;  Consumo de cerveja estancado ou decrescente;  Amargor da cerveja reduzido universalmente;  Utilização de variedades com alto teor de α-ácidos.  Na China o consumo de cerveja cresce em ritmo acelerado e proporcionalmente o cultivo.
  • 11. Colheita Secagem e Estabilização  Quando o estróbilo amadurece, final de agosto, solta-se a planta dos arames de sustentação e corta-se a base.  Recolhe-se apenas os estróbilos através de máquinas colheitadeiras específicas.  Após a colheita os cones possuem 75 – 80% de água.  Secagem: 50º C, redução da umidade 8 – 12%.  Compactação em fardos e armazenagem, perda de qualidade devido a oxidação, umidade e temperaturas elevadas.  Para obter uma maior estabilidade converte em extrato e pellets.
  • 12. Composição e Propriedades dos Componentes Componentes % de Composto Água 10,0 Resinas Totais 15,0 Óleos essenciais 0,5 Taninos 4,0 Pectina 2,0 Lipídeos 3,0 Monossacarídeos 2,0 Proteínas (Nx6,25) 15,0 Aminoácidos 0,1 Celulose e Lignina 40,4 Teor de Cinzas 8,0
  • 13. Composição e Propriedades dos Componentes α-Ácido Porcentagem Encontrada Humulona 35-70 Cohumulona 20-55 Adhumulona 10-15 Prehumulona 1-10 Posthumulona 1-5 As resinas amargas são analisadas por técnica de fracionamento por solventes : - Fração a, α-ácidos ou humulonas: solúveis em hexano, precipitáveis ao Acetato de Chumbo (PbAc); - Fração b: solúveis em hexano, não precipitam ao PbAc. Incluem nesse grupo: β-ácidos (ou lupulonas) + α e β -resinas brandas. (A diferença é que as α e β -resinas brandas (ou resinas brandas) são solúveis em metanol e precipitáveis ao PbAc); - Fração c ou resinas duras são insolúveis em hexano.
  • 14. Composição e Propriedades dos Componentes
  • 16. Composição e Propriedades dos Componentes  Os óleos essenciais: aroma e bouquet, formação ocorre principalmente nas fases finais do amadurecimento.  Divide-se em 3 grupos: Hidrocarbonada, 50 – 80%; Fração quimicamente ligada ao oxigênio, 20 – 50%; Fração quimicamente ligada ao enxofre, menos de 1%.  Os métodos químicos mais modernos permite extrair mais de 300 compostos dos óleos essenciais.  Principais hidrocarbonetos: monoterpenos e sesquiterpenos. Em torno de 40 substâncias dessa natureza.  Mirceno componente abundante porém indesejável.  Os hidrocarbonetos não resistem ao processo de fervura prolongado.
  • 17. Lúpulo Magnum • Variedade de Huell, região de Hallertauer, Alemanha • Desenvolvido: Instituto de Pesquisa do Lúpulo em Huell, 1993 • Alto teor de ácidos alfa ( 11,0 a 16,0 %) • Boa resistência a doença • Cones grandes e pesados • Boa estabilidade de armazenagem • Aroma não distinto
  • 18. Produtos e Extratos de Lúpulo • In Natura • Pellets • Etanol • CO2 Líquido • CO2 + Isomerizado • Tetrahidro-iso • Isomerizado alcalino
  • 19. Método de Isomerização Utilizado no Projeto Passo 1 - Alcalinização
  • 20. Método de Isomerização Utilizado no Projeto Passo 2 – Tratamento Térmico
  • 21. Analise UV Substancias Amargas na Cerveja
  • 22. Preparação para os testes  Mini brassagem;  5,5Kg de malte pilsen(moagem 1mm);  Água prim. = 16L;  10 min  45ºC; 10 min  65ºC; 30 min  72ºC; 5 min  78ºC;  Extrato = 12ºP  3L para fervura(erlenmeyer) de 70 minutos;  30mL ou 1 g de lúpulo em pellet = 15mg iso alfa ácido;
  • 23. Tratamentos Tratamentos Momento da adição Padrão T0 Início de fervura Alcalino, autoclavagem (5min) T1 10 minutos finais de fervura Alcalino, autoclavagem (10min) T2 10 minutos finais de fervura Alcalino, autoclavagem (15min) T3 10 minutos finais de fervura Alcalino, autoclavagem (10min) T4 Início de fervura Autoclavagem (10min) T5 10 minutos finais de fervura Autoclavagem (10min) T6 Início de fervura Alcalino T7 Início de fervura Alcalino T8 10 minutos finais de fervura
  • 24. Análise de isocompostos  0,5mL de ácido clorídrico 6N, 10mL de amostra, 20mL de isoctano.  Agitação (30min);  Centrífuga (2500rpm) por 10 min;  Espectrofotômetro (275nm);  Sobrenadante (isoctano/iso-compostos);
  • 25. Resultados Tratamentos Fator Amargor(BU) Ganho % Padrão T0 50 31,40 0 Alcalino, autoclavagem (5min, F) T1 70 35,07 12 Alcalino, autoclavagem (10min, F) T2 70 37,77 20 Alcalino, autoclavagem (15min, F) T3 70 37,98 21 Alcalino, autoclavagem (10min, I) T4 70 36,09 15 Autoclavagem (10min, F) T5 50 31,15 -1 Autoclavagem (10min, I) T6 50 26,98 -14 Alcalino I T7 70 47,25 50 Alcalino F T8 70 43,58 39
  • 26. Resultados Tratamentos Fator Amargor(BU) Ganho % Padrão T0 50 31,40 0 Alcalino, autoclavagem (5min, F) T1 70 35,07 12 Alcalino, autoclavagem (10min, F) T2 70 37,77 20 Alcalino, autoclavagem (15min, F) T3 70 37,98 21 Alcalino, autoclavagem (10min, I) T4 70 36,09 15 Autoclavagem (10min, F) T5 50 31,15 -1 Autoclavagem (10min, I) T6 50 26,98 -14 Alcalino I T7 70 47,25 50 Alcalino F T8 70 43,58 39
  • 28. Resultados Tratamentos Fator Amargor(BU) Ganho % Padrão T0 50 31,40 0 Alcalino, autoclavagem (5min, F) T1 70 35,07 12 Alcalino, autoclavagem (10min, F) T2 70 37,77 20 Alcalino, autoclavagem (15min, F) T3 70 37,98 21 Alcalino, autoclavagem (10min, I) T4 70 36,09 15 Autoclavagem (10min, F) T5 50 31,15 -1 Autoclavagem (10min, I) T6 50 26,98 -14 Alcalino I T7 70 47,25 50 Alcalino F T8 70 43,58 39
  • 30. Referências bibliográficas  [1] KUNZE, Wolfgang, Tecnología para cerveceros y malteros, primeira edição, traduzido por Bauer C.R., Buenos Aires, Argentina, VLB, Berlin,2006.  [2] HAAS J. I, et al, Guia de Lúpulos Barth-Hass, Washington DC, EUA.  [3] HORNSEY I.S., Elaboración de Cerveza Microbiología, bioquímica y tecnologia,traduzido por BARRADO A. M., Editora Acribia S.A., 1999, Zaragoza, Espanha.  [4] BRIGGS D.E, et al, Brewering Science and Practice, editor Woodhead Publishing Limited, 2004, Abginton Cambridge, Inglaterra.