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PRODUÇÃO DE ETANOL
Breve histórico
 1532 – montado o primeiro engenho de açúcar
 Primeira Guerra – álcool como combustível de
motores de explosão
 1929/1931 – Crise internacional; instalação da
primeira destilaria de álcool anidro – obrigatoriedade
da mistura de 5% de etanol à gasolina (Dec. 19717)
 1974 – crise do petróleo – Pró-álcool
Importância
 O etanol ou álcool etílico, apresenta duas funções
principais : "commodity chemical" e indústria de
bebidas alcoólicas.
-Após a água, o álcool é o solvente mais comum,
além de representar a matéria-prima de maior uso
no laboratório e na indústria química
 Vias de obtenção: destilatória, sintética e
fermentativa
Importância
 No Brasil, o etanol é utilizado de duas maneiras:
- como mistura na gasolina, na forma de 22%
de etanol anidro, a 99,6º Gay-Lussac (GL) e 0,4 %
de água, formando uma mistura "gasohol" com o
objetivo de aumento da octanagem da gasolina;
- como etanol puro, na forma de etanol
hidratado, a 95,5º GL
Produção de etanol
 No Brasil a cana de açúcar é a principal
matéria prima utilizada; na França é a
beterraba; nos EUA e na maioria dos países
europeus o bioetanol é essencialmente
produzido a partir de cereais, principalmente
milho.
Produção de etanol
Por continente
Produção de etanol
Produção de etanol
Impacto da Produção de Etanol no
Brasil
 Economia
 US$ 141 bilhões com óleo importado e juros
 Empregos
 70.000 agricultores
 347 destilarias
 1 milhão de pessoas
 Meio Ambiente
 1.000 L de etanol sequestram 2,6 t de CO2 da atmosfera
Fonte: Valor Econômico, 2005
Produção de açúcar e álcool
Produção
do açúcar
açúcar
Fermentação
do açúcar
Destilação
álcool
Cana-
de-açúcar
Lavagem Extração
Tratamento
Do caldo
Tratamento
Do caldo
Metabolismo microbiano
Balanço Energético da
Fermentação
Definição
 Fermentação alcoólica é o processo através
do qual certos açúcares, principalmente a
Sacarose, Glicose e Frutose são
transformados em Álcool Etílico (ou
Etanol).
 Mecanismo anaeróbio de produção de
energia que não envolve cadeia respiratória
ou citocromos.
Matérias-primas
 O etanol pode ser produzido a partir de
qualquer carboidrato fermentável pela
levedura .
 Classificação das matérias-primas:
- açucaradas
- amiláceas ou feculentas
- celulósicas
Matérias-primas: preparo
 Matérias açucaradas
- diretamente fermentescíveis:
monossacarídeos - sucos de frutas
- não diretamente fermentescíveis :
dissacarídeos – sacarose da cana-de-açúcar e
dos melaços
Dissacarídeos
Hidrólise
(inversão)
Açúcar fermentescível
Matérias celulósicas - fermentam após hidrólise
Matérias-primas: preparo
 Matérias amiláceas e feculentas
- fermentam após hidrólise do amido – sacarificação:
* via química
* via enzimática
* via biológica
** ação enzimática do malte
** ação microbiana de certos fungos
Sacarificação pelo malte
Grãos –limpeza e classificação
Maceração
Água:grão 3:1; 10-12°C
Germinação
Malte verde Malte seco
Amido
Pesagem/Moagem
Hidratação
Cozimento
Goma de amido
Agitação 65°C/1h
Resfriamento 28 a 30 °C
Sacarificação microbiana
Amido
Goma de amido
Inóculo
Fungos amilolíticos
Água
Agitação e aeração
24 h
Fermentação
microrganismo
Preparo do Substrato
O Preparo dos mostos nas destilarias faz-se em seções
que constam de:
• tanques de medição;
• balanças;
• diluidores mecânicos;
• depósitos de sais minerais;
• depósitos de antissépticos;
• aquecedores e refrigerantes;
• medidores de ácido.
Fatores que afetam a fermentação
* O etanol é inibidor à altas concentrações, e a
tolerância das leveduras é um ponto crítico para uma
produção elevada deste metabólito primário.
* A tolerância ao etanol varia consideravelmente de
acordo com as linhagens de leveduras.
•Agente de fermentação:
Saccharomyces cerevisiae, Saccharomyces sp
Fatores que afetam a fermentação
•Nutrição mineral e orgânica
- fonte de carbono
- vitaminas: tiamina, ácido pantotênico
- Nitrogênio: sais de amônio
- Sais minerais: P, S, K, Mg, Ca, Zn, etc
•Temperatura
- 26 a 35°C
- chega a 38 °C
•pH - mostos industriais: 4,5 a 5,5
Fatores que afetam a fermentação
•Preparo e correção do mosto
- melaço: diluição – 15 a 25°Brix
fosfato e sais de amônio
- cana-de-açúcar: bruta ou clarificada
fosfatos, sais de amônio, sais de Mg,
Mn e Co
- materiais amiláceos: sacarificação
fosfatos, acidez pH 4 a 5 com H2SO4
Fatores que afetam a fermentação
•Inibidores
- etanol
- K e Ca
- sulfito
•Concentração de açúcares
•Concentração de inóculo
•Contaminação bacteriana
•Antissépticos
•Antibióticos
Antissépticos
• No Brasil, não é usual esterilizarem-se os mostos nas
destilarias de álcool e aguardente. Para controlar o problema
das contaminações, usam-se antissépticos para criar ambiente
favorável ao desenvolvimento das leveduras e desfavorável a
outros microrganismos.
• Obtém-se boas fermentações usando-se 4 mg de hexaclorofeno
por litro de mosto ou pentaclorofenol na proporção de 0,01 a
0,05 g/litro de substrato.
• O ácido sulfúrico utilizado na correção do pH, também age
como antisséptico.
Antibióticos
• Pela mesma razão por que se empregam os antissépticos,
usam-se os antibióticos na fermentações industriais para
produção de etanol.
• Sua ação é de agente esterilizante, em virtude de suas
propriedades bacteriostáticas.
• Aplica-se a penicilina (500-1000 UI/L de mosto) que é
economicamente mais recomendável ou cloranfenicol,
tetraciclina e clorotetraciclina.
Preparo do inóculo
•Vinhos e pequenas destilarias – flora natural
leveduras selecionadas
•Vinhos e sidra – leveduras encapsuladas em alginato
•Grandes destilarias – leveduras de panificação
leveduras selecionadas
Cultura
estoque
Frascos
100 a 12.500 mL
Pré-fermentadores
50 a 1.000 L
10% volume industrial
5.000 a 15.000 L
Prática da fermentação
alcoólica
fases descrição
Preliminar Contato da levedura com o mosto
Características: intensa multiplicação celular,
pequena elevação de temperatura e pequeno
desprendimento de CO2
Tumultuosa Intensa liberação de CO2 – a mistura ferve
Aumento da temperatura e da acidez;
diminuição da densidade
Final ou
complementar
Diminuição da intensidade de desprendimento
do CO2, menor agitação do líquido,
diminuição da temperatura
Verificação prática da pureza
 Tempo de fermentação
 Odor (frutas maduras)
 Aspecto da espuma
 Presença de drosófilas
 Temperatura e densidade
 Açúcares
 Acidez
Verificação prática da pureza
• Tempo de fermentação – duração média de um processo
fermentativo em mosto de melaço ou de caldo de cana-de-
açúcar é de 24 horas e as de mosto amiláceo de 36 horas.
• Odor da fermentação - O aroma das fermentações puras é
penetrante, ativo, e tende para odor de frutas maduras. Cheiro
ácido, ranço, ácido sulfídrico e outros indicam irregularidades
no processo.
• Aspecto da espuma - A espuma varia com a natureza do
mosto, temperatura, espécies e linhagem de leveduras.
Alterações nas características indicam irregularidade no
processo.
Verificação prática da pureza
• Drosófilas – São as “moscas do vinagre” que ocorrem quando
há infecção acética
• Temperatura – Alterações importantes na curva de
temperatura, do início ao final da fermentação, alertam para
possíveis defeitos no processo.
• Densidade do mosto – Durante a fermentação a densidade do
mosto decresce segundo uma curva harmônica, com as fases da
fermentação. De sua observação, percebe-se as alterações da
marcha fermetativa.
Verificação prática da pureza
• Açúcares no mosto – consomem-se de acordo com a curva de
densidade.
• Acidez no substrato em fermentação – não deve haver grande
alteração entre a acidez final e a inicial. Quando a final for
maior que o dobro da inicial, é indicação de má fermentação.
Sistemas de fermentação
 Descontínuo
- sistema de cortes
- sistema de reaproveitamento do inóculo
- sistema de cultura pura
- sistema de recuperação de leveduras
 Contínuo
- várias configurações
 Células imobilizadas
Sistemas de fermentação
Sistemas de fermentação
Batelada
Sistemas de fermentação
Contínuo
Instalações e equipamentos
 Salas de fermentação
- até 1.000 m3
- dornas, centrífugas, pré-fermentadores,
tanques de tratamento
 Recipientes de fermentação
- dornas abertas ou fechadas
- cilíndricas: H = 2 D
- trocadores de calor
- volume: 2 a 2,5 vezes a capacidade horária de
destilação
Destilação
 Mistura azeotrópica
 Vinhos: sólidos, líquidos e gases
 Água (88 a 93%) e etanol (12 a 7%)
 Descontínua ou contínua
vinho
Destilação
etanol
flegma
Retificação desidratação
Etanol
97,2% em volume
Destilação descontínua
 Alambiques e pequenas destilarias de
aguardente ou de bebidas de vinhos
Destilação
vinho
Destilado de cabeça
Destilado de coração
Destilado de cauda
Destilação contínua
 Destilarias com produção superior a 2.000 L
Retificação e desidratação
 Retificação
- separação do álcool
das impurezas
- separam-se como
produtos de cabeça ou
de cauda
- colunas depuradora,
destiladora,
retificadora, de repasse
final
 Desidratação
- uso de arrastadores
- absorvente
regenerável
- peneiras moleculares
Cana-de-Açúcar
 1 t de cana contém:
 140 kg de açúcar
 140 kg de fibra (bagaço)
 140 kg de fibra das folhas e pontas
Isso representa ~ 1 barril de petróleo
Cana-de-Açúcar
 1 Ha (10.000m2):produz 80 barris
equivalentes de petróleo
 BRASIL:5,5 milhões de hectares de cana
 POTENCIAL:440 milhões de barris
equivalentes de petróleo
Fonte: Valor econômico 15/08/2005
Cana-de-Açúcar
Cana-de-Açúcar
Cana-de-Açúcar
Bagaço Excedente 6 a 16 milhões de
toneladas/ano
Quantidade de Resíduos Lignocelulósicos gerados
anualmente no Brasil
~350 x 106 toneladas (40% de umidade)
Energia da Cana
1 TON DE CANA (COLMOS) Energia (MJ)
• 140 kg de açúcar 2 300
• 280 kg de bagaço (50% umidade) 2 500
• 280 kg de palha (50% umidade) 2 500
TOTAL 7 300 (0.16 TEP)
360 milhões de toneladas de cana 58 milhões TEP
Consumo de energia primária no Brasil: 200 x106 TEP/ano
Perspectivas futuras
 Linhagens mais produtivas, com características
desejáveis para produção de etanol e com
monitoramento na indústria por técnicas de marcação
molecular, foram desenvolvidas em vários laboratórios,
destacando-se o da ESALQ/USP, em Piracicaba.
Desenvolvimento de processos visando à
produção de linhagens melhoradas da levedura
Saccharomyces cerevisiae:
Por tecnologia do DNA recombinante, os laboratórios
de pesquisa das universidades de Brasília e da USP
desenvolveram em conjunto linhagens de leveduras
contendo genes de amilases capazes de utilizar o
amido, por exemplo de mandioca ou batata-doce, na
produção de etanol. Essas leveduras manipuladas
geneticamente estão sendo aperfeiçoadas e poderão
desempenhar um importante papel na produção de etanol.
 A tecnologia do DNA recombinante tem sido também
usada por esses e outros laboratórios brasileiros e do
exterior na clonagem e seqüenciamento de genes de
interesse industrial em fungos.
Papel da Biotecnologia
 Avanços e melhorias não seriam possíveis sem a
ajuda da biotecnologia, tanto para a matéria prima
como para seu processamento
 Com a ajuda da biotecnologia a cana de açúcar vai
continuar sendo imbatível como matéria prima para
produção de energias renováveis
 Melhoria do Balanço de GEE
 Aumento da Competitividade
Bioetanol de Segunda Geração
Hidrólise Ácida dos Polissacarídeos
(HEMICELULOSE e CELULOSE) do
Complexo Lignocelulósico
Bebidas alcoólicas
Legislação Brasileira
Fermentadas
Fermento-destiladas
Por mistura
Destiladas
Destilo-retificadas
Bebida alcoólica = refrescante, aperitivo, ou estimulante destinado
à ingestão humana no estado líquido, sem finalidade
medicamentosa e contendo mais de 0,5 grau Gay-Lussac de etanol.
Generalidades sobre bebidas
alcoólicas
classificação bebidas Matérias-primas °GL
Fermentadas Cerveja
Vinho
Vinho de frutas
Sidra
Saquê
Malte de cevada
Suco de uvas
Suco de frutas
Suco de maçãs
Arroz sacarificado
variável
10 a 13
10 a 13
4 a 8
14 a 26
Fermento-
destiladas
Aguardente de
cana
Uísque
Tequila
Vodca
Caldo de cana
Cevada maltada
Suco de agave
Cereais ou
tubérculos
38 a 54
Glossário
 Grau Brix = 1° Brix corresponde a 1 g de sólidos
dissolvidos em 100 g de solução à 20°C
 Grau Gay-Lussac = porcentagem em volume de
etanol a 15°C
 Vinho = bebida fermentada de mosto de frutas;
meios açucarados provenientes de uma
fermentação alcoólica
 Flegma = líquido alcoólico mais rico que o líquido
original e impuro
Gráficos
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PRODUÇÃO DE ETANOL: BREVE HISTÓRICO E PROCESSO

  • 2. Breve histórico  1532 – montado o primeiro engenho de açúcar  Primeira Guerra – álcool como combustível de motores de explosão  1929/1931 – Crise internacional; instalação da primeira destilaria de álcool anidro – obrigatoriedade da mistura de 5% de etanol à gasolina (Dec. 19717)  1974 – crise do petróleo – Pró-álcool
  • 3. Importância  O etanol ou álcool etílico, apresenta duas funções principais : "commodity chemical" e indústria de bebidas alcoólicas. -Após a água, o álcool é o solvente mais comum, além de representar a matéria-prima de maior uso no laboratório e na indústria química  Vias de obtenção: destilatória, sintética e fermentativa
  • 4. Importância  No Brasil, o etanol é utilizado de duas maneiras: - como mistura na gasolina, na forma de 22% de etanol anidro, a 99,6º Gay-Lussac (GL) e 0,4 % de água, formando uma mistura "gasohol" com o objetivo de aumento da octanagem da gasolina; - como etanol puro, na forma de etanol hidratado, a 95,5º GL
  • 5. Produção de etanol  No Brasil a cana de açúcar é a principal matéria prima utilizada; na França é a beterraba; nos EUA e na maioria dos países europeus o bioetanol é essencialmente produzido a partir de cereais, principalmente milho.
  • 9. Impacto da Produção de Etanol no Brasil  Economia  US$ 141 bilhões com óleo importado e juros  Empregos  70.000 agricultores  347 destilarias  1 milhão de pessoas  Meio Ambiente  1.000 L de etanol sequestram 2,6 t de CO2 da atmosfera Fonte: Valor Econômico, 2005
  • 10. Produção de açúcar e álcool Produção do açúcar açúcar Fermentação do açúcar Destilação álcool Cana- de-açúcar Lavagem Extração Tratamento Do caldo Tratamento Do caldo
  • 13. Definição  Fermentação alcoólica é o processo através do qual certos açúcares, principalmente a Sacarose, Glicose e Frutose são transformados em Álcool Etílico (ou Etanol).  Mecanismo anaeróbio de produção de energia que não envolve cadeia respiratória ou citocromos.
  • 14. Matérias-primas  O etanol pode ser produzido a partir de qualquer carboidrato fermentável pela levedura .  Classificação das matérias-primas: - açucaradas - amiláceas ou feculentas - celulósicas
  • 15. Matérias-primas: preparo  Matérias açucaradas - diretamente fermentescíveis: monossacarídeos - sucos de frutas - não diretamente fermentescíveis : dissacarídeos – sacarose da cana-de-açúcar e dos melaços Dissacarídeos Hidrólise (inversão) Açúcar fermentescível Matérias celulósicas - fermentam após hidrólise
  • 16. Matérias-primas: preparo  Matérias amiláceas e feculentas - fermentam após hidrólise do amido – sacarificação: * via química * via enzimática * via biológica ** ação enzimática do malte ** ação microbiana de certos fungos
  • 17. Sacarificação pelo malte Grãos –limpeza e classificação Maceração Água:grão 3:1; 10-12°C Germinação Malte verde Malte seco Amido Pesagem/Moagem Hidratação Cozimento Goma de amido Agitação 65°C/1h Resfriamento 28 a 30 °C
  • 18. Sacarificação microbiana Amido Goma de amido Inóculo Fungos amilolíticos Água Agitação e aeração 24 h Fermentação microrganismo
  • 19. Preparo do Substrato O Preparo dos mostos nas destilarias faz-se em seções que constam de: • tanques de medição; • balanças; • diluidores mecânicos; • depósitos de sais minerais; • depósitos de antissépticos; • aquecedores e refrigerantes; • medidores de ácido.
  • 20. Fatores que afetam a fermentação * O etanol é inibidor à altas concentrações, e a tolerância das leveduras é um ponto crítico para uma produção elevada deste metabólito primário. * A tolerância ao etanol varia consideravelmente de acordo com as linhagens de leveduras. •Agente de fermentação: Saccharomyces cerevisiae, Saccharomyces sp
  • 21. Fatores que afetam a fermentação •Nutrição mineral e orgânica - fonte de carbono - vitaminas: tiamina, ácido pantotênico - Nitrogênio: sais de amônio - Sais minerais: P, S, K, Mg, Ca, Zn, etc •Temperatura - 26 a 35°C - chega a 38 °C •pH - mostos industriais: 4,5 a 5,5
  • 22. Fatores que afetam a fermentação •Preparo e correção do mosto - melaço: diluição – 15 a 25°Brix fosfato e sais de amônio - cana-de-açúcar: bruta ou clarificada fosfatos, sais de amônio, sais de Mg, Mn e Co - materiais amiláceos: sacarificação fosfatos, acidez pH 4 a 5 com H2SO4
  • 23. Fatores que afetam a fermentação •Inibidores - etanol - K e Ca - sulfito •Concentração de açúcares •Concentração de inóculo •Contaminação bacteriana •Antissépticos •Antibióticos
  • 24. Antissépticos • No Brasil, não é usual esterilizarem-se os mostos nas destilarias de álcool e aguardente. Para controlar o problema das contaminações, usam-se antissépticos para criar ambiente favorável ao desenvolvimento das leveduras e desfavorável a outros microrganismos. • Obtém-se boas fermentações usando-se 4 mg de hexaclorofeno por litro de mosto ou pentaclorofenol na proporção de 0,01 a 0,05 g/litro de substrato. • O ácido sulfúrico utilizado na correção do pH, também age como antisséptico.
  • 25. Antibióticos • Pela mesma razão por que se empregam os antissépticos, usam-se os antibióticos na fermentações industriais para produção de etanol. • Sua ação é de agente esterilizante, em virtude de suas propriedades bacteriostáticas. • Aplica-se a penicilina (500-1000 UI/L de mosto) que é economicamente mais recomendável ou cloranfenicol, tetraciclina e clorotetraciclina.
  • 26. Preparo do inóculo •Vinhos e pequenas destilarias – flora natural leveduras selecionadas •Vinhos e sidra – leveduras encapsuladas em alginato •Grandes destilarias – leveduras de panificação leveduras selecionadas Cultura estoque Frascos 100 a 12.500 mL Pré-fermentadores 50 a 1.000 L 10% volume industrial 5.000 a 15.000 L
  • 27. Prática da fermentação alcoólica fases descrição Preliminar Contato da levedura com o mosto Características: intensa multiplicação celular, pequena elevação de temperatura e pequeno desprendimento de CO2 Tumultuosa Intensa liberação de CO2 – a mistura ferve Aumento da temperatura e da acidez; diminuição da densidade Final ou complementar Diminuição da intensidade de desprendimento do CO2, menor agitação do líquido, diminuição da temperatura
  • 28. Verificação prática da pureza  Tempo de fermentação  Odor (frutas maduras)  Aspecto da espuma  Presença de drosófilas  Temperatura e densidade  Açúcares  Acidez
  • 29. Verificação prática da pureza • Tempo de fermentação – duração média de um processo fermentativo em mosto de melaço ou de caldo de cana-de- açúcar é de 24 horas e as de mosto amiláceo de 36 horas. • Odor da fermentação - O aroma das fermentações puras é penetrante, ativo, e tende para odor de frutas maduras. Cheiro ácido, ranço, ácido sulfídrico e outros indicam irregularidades no processo. • Aspecto da espuma - A espuma varia com a natureza do mosto, temperatura, espécies e linhagem de leveduras. Alterações nas características indicam irregularidade no processo.
  • 30. Verificação prática da pureza • Drosófilas – São as “moscas do vinagre” que ocorrem quando há infecção acética • Temperatura – Alterações importantes na curva de temperatura, do início ao final da fermentação, alertam para possíveis defeitos no processo. • Densidade do mosto – Durante a fermentação a densidade do mosto decresce segundo uma curva harmônica, com as fases da fermentação. De sua observação, percebe-se as alterações da marcha fermetativa.
  • 31. Verificação prática da pureza • Açúcares no mosto – consomem-se de acordo com a curva de densidade. • Acidez no substrato em fermentação – não deve haver grande alteração entre a acidez final e a inicial. Quando a final for maior que o dobro da inicial, é indicação de má fermentação.
  • 32. Sistemas de fermentação  Descontínuo - sistema de cortes - sistema de reaproveitamento do inóculo - sistema de cultura pura - sistema de recuperação de leveduras  Contínuo - várias configurações  Células imobilizadas
  • 36. Instalações e equipamentos  Salas de fermentação - até 1.000 m3 - dornas, centrífugas, pré-fermentadores, tanques de tratamento  Recipientes de fermentação - dornas abertas ou fechadas - cilíndricas: H = 2 D - trocadores de calor - volume: 2 a 2,5 vezes a capacidade horária de destilação
  • 37. Destilação  Mistura azeotrópica  Vinhos: sólidos, líquidos e gases  Água (88 a 93%) e etanol (12 a 7%)  Descontínua ou contínua vinho Destilação etanol flegma Retificação desidratação Etanol 97,2% em volume
  • 38. Destilação descontínua  Alambiques e pequenas destilarias de aguardente ou de bebidas de vinhos Destilação vinho Destilado de cabeça Destilado de coração Destilado de cauda
  • 39. Destilação contínua  Destilarias com produção superior a 2.000 L
  • 40. Retificação e desidratação  Retificação - separação do álcool das impurezas - separam-se como produtos de cabeça ou de cauda - colunas depuradora, destiladora, retificadora, de repasse final  Desidratação - uso de arrastadores - absorvente regenerável - peneiras moleculares
  • 41. Cana-de-Açúcar  1 t de cana contém:  140 kg de açúcar  140 kg de fibra (bagaço)  140 kg de fibra das folhas e pontas Isso representa ~ 1 barril de petróleo
  • 42. Cana-de-Açúcar  1 Ha (10.000m2):produz 80 barris equivalentes de petróleo  BRASIL:5,5 milhões de hectares de cana  POTENCIAL:440 milhões de barris equivalentes de petróleo Fonte: Valor econômico 15/08/2005
  • 45. Cana-de-Açúcar Bagaço Excedente 6 a 16 milhões de toneladas/ano Quantidade de Resíduos Lignocelulósicos gerados anualmente no Brasil ~350 x 106 toneladas (40% de umidade)
  • 46. Energia da Cana 1 TON DE CANA (COLMOS) Energia (MJ) • 140 kg de açúcar 2 300 • 280 kg de bagaço (50% umidade) 2 500 • 280 kg de palha (50% umidade) 2 500 TOTAL 7 300 (0.16 TEP) 360 milhões de toneladas de cana 58 milhões TEP Consumo de energia primária no Brasil: 200 x106 TEP/ano
  • 48.  Linhagens mais produtivas, com características desejáveis para produção de etanol e com monitoramento na indústria por técnicas de marcação molecular, foram desenvolvidas em vários laboratórios, destacando-se o da ESALQ/USP, em Piracicaba. Desenvolvimento de processos visando à produção de linhagens melhoradas da levedura Saccharomyces cerevisiae:
  • 49. Por tecnologia do DNA recombinante, os laboratórios de pesquisa das universidades de Brasília e da USP desenvolveram em conjunto linhagens de leveduras contendo genes de amilases capazes de utilizar o amido, por exemplo de mandioca ou batata-doce, na produção de etanol. Essas leveduras manipuladas geneticamente estão sendo aperfeiçoadas e poderão desempenhar um importante papel na produção de etanol.  A tecnologia do DNA recombinante tem sido também usada por esses e outros laboratórios brasileiros e do exterior na clonagem e seqüenciamento de genes de interesse industrial em fungos.
  • 50. Papel da Biotecnologia  Avanços e melhorias não seriam possíveis sem a ajuda da biotecnologia, tanto para a matéria prima como para seu processamento  Com a ajuda da biotecnologia a cana de açúcar vai continuar sendo imbatível como matéria prima para produção de energias renováveis  Melhoria do Balanço de GEE  Aumento da Competitividade
  • 51. Bioetanol de Segunda Geração Hidrólise Ácida dos Polissacarídeos (HEMICELULOSE e CELULOSE) do Complexo Lignocelulósico
  • 53. Legislação Brasileira Fermentadas Fermento-destiladas Por mistura Destiladas Destilo-retificadas Bebida alcoólica = refrescante, aperitivo, ou estimulante destinado à ingestão humana no estado líquido, sem finalidade medicamentosa e contendo mais de 0,5 grau Gay-Lussac de etanol.
  • 54. Generalidades sobre bebidas alcoólicas classificação bebidas Matérias-primas °GL Fermentadas Cerveja Vinho Vinho de frutas Sidra Saquê Malte de cevada Suco de uvas Suco de frutas Suco de maçãs Arroz sacarificado variável 10 a 13 10 a 13 4 a 8 14 a 26 Fermento- destiladas Aguardente de cana Uísque Tequila Vodca Caldo de cana Cevada maltada Suco de agave Cereais ou tubérculos 38 a 54
  • 55. Glossário  Grau Brix = 1° Brix corresponde a 1 g de sólidos dissolvidos em 100 g de solução à 20°C  Grau Gay-Lussac = porcentagem em volume de etanol a 15°C  Vinho = bebida fermentada de mosto de frutas; meios açucarados provenientes de uma fermentação alcoólica  Flegma = líquido alcoólico mais rico que o líquido original e impuro