1. ADUBAÇÃO DE PASTAGEM
Luiza Elvira Vieira Oliveira¹
¹Mestranda em Zootecnia - Bolsista CAPES
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS
MESTRADO EM ZOOTECNIA
Área de Concentração Produção Animal
Forragicultura e Pastagens
2. 2
INTRODUÇÃO
Produção animal a pasto baixos índices
zootécnicos:
1) Baixa capacidade de suporte das pastagens;
2) Matéria seca de baixa qualidade – sobras;
3) Mineralização deficiente;
3. 3
• Características dos solos tropicais:
1) Elevada acidez (maioria);
2) Reduzidos teores de P e outros minerais;
3) Baixos teores de matéria orgânica.
• Boas condições edafo-climáticas à produção
forrageira:
# Variada pluviosidade – 800 a 2000 mm/ano
# Elevada luminosidade
# Temperaturas médias acima de 24 C
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• Visão generalizada da adubação de
pastagens:
Anti-econômica
As espécies forrageiras não são exigentes em
fertilidade e não respondem à calagem
Pastagens relegadas às áreas marginais
EXTRATIVISMO
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• Solos com fertilidade natural elevada:
Manejados intensivamente sem reposição de
nutrientes 4-5 anos – redução na capacidade
de suporte da pastagem início do processo de
degradação (manejo, clima, pragas, etc)
• Redução na capacidade de suporte das
pastagens busca de espécies forrageiras
melhoradas
FORRAGEIRA MILAGROSA
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MATÉRIA ORGÂNICA
Matéria orgânica – CTC do solo
Solos sob pastagem – teores elevados de
m.o. renovação constante do sistema
radicular e senescência de folhas
Taxa de Mineralização – disponibiliza N,
S e B – dependendo de condições
favoráveis (T, U, aeração, % N resíduo)
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MATÉRIA ORGÂNICA
m.o. fertilidade potencial do solo
• Manejo do resíduo da pastagem
manutenção da m.o. do solo
• Fertilidade real função de todos os
fatores que afetam a mineralização
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MONITORAMENTO DA
FERTILIDADE DO SOLO
Análises químicas periódicas permitem
monitorar a evolução da fertilidade
conseqüência de manejo, calagem e
adubações Mapeamento da
propriedade
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AMOSTRAGEM DE SOLOS
• Divisão em glebas topografia, tipo de
solo, de vegetação, histórico de adubações
• Equipamentos trado*, pá reta, enxadão
• Profundidade de amostragem 0-10 cm,
10-20 cm (sistema radicular superficial)
• Freqüência de amostragem 1– 4 anos
(nível de adubação, CTC)
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CALAGEM
Objetivos da calagem
1. solubilidade Al3+, Fe3+, Mn3+
toxidez
2. Fornecer Ca e Mg
3. disponibilidade dos minerais
4. atividade microbiana pH
5. eficiência das adubações
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CALAGEM
Resposta das forrageiras à calagem
# Tolerância diferencial entre espécies
forrageiras
Brachiaria> Panicum> Pennisetum
Gramíneas > leguminosas
# Melhoramento genético e níveis de
adubação resposta à calagem
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CALAGEM
Corretivos de acidez
# Calcários: calcítico, magnesiano e
dolomítico f (concentração de Mg)
# PRNT Poder Relativo de Neutralização
Total f(% CaO e MgO, granulometria)
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CALAGEM
Cálculo da necessidade de calagem
NC = CTC (V2 – V1)/ PRNT (t/ha)
CTC Capacidade de Troca Catiônica
V2 Saturação em Bases Desejada
V1 Saturação em Bases Atual
PRNT Característico de cada calcário
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CALAGEM
Capacidade de Troca Catiônica
Refere-se às cargas negativas presentes no solo
geradas principalmente pela fração argilosa e
pela matéria orgânica ATRAÇÃO DE
CÁTIONS
Ca, Mg, K, H e Al
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CALAGEM
# pH ácido concentração de Al e H presentes
na CTC e na solução do solo
toxidez
# Calagem há formação de Al(OH)3 e Fe(OH)3
indisponíveis toxidez
# “expulsa” H e Al, fornece Ca e Mg CTC
“saturada” por bases
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ADUBAÇÃO NITROGENADA
Nitrogênio elemento mineral de maior
impacto sobre a produtividade das plantas
forrageiras.
Efeitos principais:
1) longevidade, taxa de aparecimento e
tamanho das folhas
2) perfilhamento
3) teor de proteína bruta (contraditório)
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ADUBAÇÃO NITROGENADA
Características do Nitrogênio
1) Grande mobilidade no solo
2) Inúmeras transformações mediadas por
microrganismos
3) Perde-se por volatilização (NH3)
4) Baixo efeito residual
5) Não é fornecido pelas rochas de origem
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ADUBAÇÃO NITROGENADA
Principais fontes de Nitrogênio
1) Chuvas
2) Fixação biológica (livre ou simbiótica)
3) Fertilizantes nitrogenados
4) Mineralização da matéria orgânica*
5) Nitrogênio mineral do solo
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FIXAÇÃO BIOLÓGICA
Leguminosas – Rhizobium associação
simbiótica (N e energia)
Leguminosas – gramíneas transferência
N condições para fixação, liberação
gradual do N, estabilidade da consorciação,
qualidade da dieta
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PRINCIPAIS FONTES
NITROGENADAS
• Uréia concentração (45%N), perdas
por volatilização (20-25%), não fornece
outros minerais, preço/kg N aplicação
final tarde, chuvas (2-3 dias)
• Sulfato de Amônio 20 % N, 24 % S,
menores perdas, poder acidificante do solo,
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ÉPOCAS ADEQUADAS PARA
ADUBAÇÃO NITROGENADA
Época de aplicação f(sistema de manejo da
pastagem)
Sistema rotativo após a saída dos animais do
piquete para estimular perfilhamento
Sistema contínuo início da estação de
crescimento, parcelando o restante
Espécies anuais (aveia, azevém) plantio, 30-40
dias após emergência (perfilhamento), parcelando
o restante
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ADUBAÇÃO NITROGENADA
Dosagens recomendadas
Laboratórios nacionais ainda deficientes
em metodologia adequada
Tabelas de Recomendações
1) Baseadas no teor de m.o. do solo
condições adequadas à mineralização
2) Recomendações fixas
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ADUBAÇÃO FOSFATADA
Elemento mineral mais limitante nos solos
brasileiros
Baixa disponibilidade
Fixação forma compostos de baixa
solubilidade com Al3+e Fe3+ em solos ácidos
(pH< 5,5) e com Ca2+ em solos alcalinos
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ADUBAÇÃO FOSFATADA
Funções do Fósforo na planta
1) Crescimento de raízes
2) Transferência de energia
3) Estabelecimento da pastagem
perfilhamento
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ADUBAÇÃO FOSFATADA–
ÉPOCAS ADEQUADAS
Época e formas de aplicação
Formação fundamental ao adequado
estabelecimento da pastagem fontes
solúveis, aplicação localizada (menor
fixação), após correção do pH
Fontes de menor solubilidade aplicar antes
da calagem maior solubilização em pH
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ADUBAÇÃO POTÁSSICA
• Características gerais
Elemento exigido em grandes quantidades,
principalmente gramíneas
Sofre facilmente lixiviação
Importante cofator enzimático, síntese
protéica, resistência a acamamento
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ADUBAÇÃO POTÁSSICA
ÉPOCAS ADEQUADAS
• Elevada lixiviação parcelamento da
aplicação
• Formação a lanço aplicação com
incorporação reduz perdas
• Manutenção parcelar a aplicação junto
com o fertilizante nitrogenado (baixa CTC),
junto com o fósforo (alta CTC)
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ADUBAÇÃO POTÁSSICA
FONTES
A principal fonte de potássio é o KCl, que
possui 60 % K2O
As dosagens a serem aplicadas são
fornecidas de forma segura nas tabelas
de recomendação
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MICRONUTRIENTES
• Deficiência surge em sistemas intensivos,
muito adubados
• Principais deficiências B e Zn
• Efeito pronunciado do pH sobre a
disponibilidade desses minerais
• Importância da m.o. como fonte de
microminerais
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ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Vantagens
1) Aumenta a CTC do solo
2) Fonte de macro e micronutrientes
3) Diminui toxidez Al3+
4) Fonte de Ca e Mg
5) Melhora estrutura do solo
6) Aumente a atividade microbiana