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Patologia Geral
Prof: Cleanto Santos Vieira
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
“A morte por cólera” – Antoine
Joseph Wiertz
Patologia Geral
• As lesões celulares acontecem quando as
células foram expostas a um estresse tão
severo que perdem a capacidade de se
adaptar. Essa lesão pode progredir para um
estágio reversível ou acabar em morte
celular.
• Nem todas as doenças ou lesões tem causa
conhecida.
• Nesses casos as doenças ou lesões são
denominadas criptogenéticas (cripto =
escondido, genética = gênese, criação) ou
ainda idiopáticas (idios = próprio, essencial,
phatos = sofrimento)
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Ex: Artrite gotosa – Doença de fundo autoimune
sem etiologia conhecida.
Patologia Geral
• Lesões Reversíveis: Permitem que
a célula lesada, após a retirada do
agressor, volte a ter aspecto e funções
normais.
• As formas das lesões reversíveis
dependem do tipo, da duração e da
intensidade das agressões, do tipo de
célula lesada e do seu estado
metabólico.
• Os dois principais tipos de lesão
celular reversível são o edema e a
esteatose.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Alterações por acúmulo de água:
• Edema: Aumento do fluxo intersticial,
provocando inchaço.
• É constituído por uma solução aquosa de
sais e proteínas do plasma, cuja exata
composição varia com a causa do edema.
• O equilíbrio do fluido intersticial é
determinado pelo equilíbrio da
homeostase de fluidos.
• O edema ocorre devido a cinco causas
patológicas: pressão hidrostática
elevada, pressão oncótica reduzida,
obstrução linfática, retenção de sódio ou
inflamação.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• O equilíbrio entre a pressão
oncótica e hidrostática torna
normal a geração do fluido
intersticial.
• Sendo assim, qualquer coisa que
eleve a pressão oncótica fora dos
vasos sanguíneos, como a
inflamação ou baixe a pressão
oncótica, como a cirrose hepática,
causará edema.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Existem três tipos de edema:
• Edema comum: Constituído de
água e sal, quase sempre
localizado.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Linfedema: Tem a formação no acúmulo de
linfa.
• Nesses casos, os canais linfáticos estão
obstruídos ou foram destruídos, como nas
retiradas de gânglios na cirurgia de câncer do
seio.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Mixedema: Tem características especiais: é
duro e com aspecto da pele opaca, ocorrendo
nos casos de hipotireoidismo.
• No mixedema, além da água e sais, há acúmulo
de proteínas especiais produzidas no
hipotireoidismo.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Alterações por acúmulo de lipídeos:
• Esteatose: Também chamada de degeneração
gordurosa é o acúmulo de lipídeos no
citoplasma de células parenquimatosas,
hepatócitos e fibras do miocárdio.
• Normalmente não são evidenciados
histologicamente lipídeos mas, nos casos de
esteatose os lipídeos formam vacúolos nas
células.
• A maioria dos casos de esteatose se dá no
fígado, por este órgão ser diretamente
relacionado ao metabolismo lipídico.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Alterações por acúmulo de
proteínas:
• Gotículas de reabsorção nos túbulos
renais proximais:
• Geralmente surgem em afecções que
envolvem proteinúria.
• As proteínas não filtradas pelos
glomérulos são reabsorvidas no túbulo
proximal em vesículas que, após se
fundirem a lisossomos formam
fagolisossomos.
• A proteinúria é um achado comum em
várias doenças renais.
• A causa mais comum de proteinúria é o
diabetes.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Alterações por acúmulo de glicogênio: As
glicogenoses são doenças secundárias a um erro
no metabolismo, hereditário, o qual resulta de
concentrações alteradas de glicogênio no
organismo.
• Existem mais de 10 diferentes tipos,
dependendo do defeito enzimático encontrado.
• O glicogênio está presente em todas as células
animais, sendo mais abundante no fígado e nos
músculos.
• É a forma através da qual armazenamos a glicose
da dieta.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Obesidade troncular – uma das
características da glicogenose
Patologia Geral
• Quando há necessidade de glicose (situações
de stress, jejum), há quebra desse glicogênio,
ocorrendo então, liberação da glicose para a
circulação sangüínea.
• Dessa forma, o fígado proporciona a
liberação de glicose para vários órgãos,
incluindo o cérebro.
• Quando o glicogênio não consegue ser
quebrado devido à deficiência de algumas
das enzimas envolvidas, este se acumula no
órgão e, a não liberação de glicose para a
circulação acarreta uma série de
consequências.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Amber Guzmam – portadora de Doença de
Von Gierk “Face de Boneca” – Considerada a
“Bárbie Humana”
Patologia Geral Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
•Alterações e reações celulares irreversíveis:
• Lesões Irreversíveis: Ocorrem quando o estímulo agressor é prolongado e
intenso, culminando com a morte celular.
• Como os sistemas celulares são interligados, qualquer que seja o ponto inicial
da lesão celular, normalmente com o passar do tempo, todos os sistemas das
células serão atingidos.
• Entre os sistemas mais vulneráveis, destacam-se quatro:
• - Membranas: tem a integridade diretamente ligada ao controle de
substâncias que entram e saem das células.
• - Respiração Aeróbica: Desta, dependem os sistemas que utilizam energia
(membranas).
• - Síntese Proteica: Produz proteínas estruturais, proteínas e outras.
• - Aparato genético da célula: Importante para a manutenção da síntese
proteica.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Existem dois tipos de Morte Celular:
• 1 - Necroses.
• 2 - Apoptose.
• A necrose é a manifestação final de uma
célula que sofreu lesão irreversível.
• As células que sofreram necrose são
incapazes de manter a integridade da
membrana.
• Os fatores relacionados a agressões que
venham a ocasionar necrose podem ser
físicos, químicos ou biológicos.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Os principais tipos de necrose são:
• 1º - Necrose Isquêmica: Ocorre quando
há uma isquemia do tecido.
• É determinada pela desnaturação das
proteínas celulares que acontece com a
diminuição do Ph, durante o processo de
isquemia.
• O citoplasma após a isquemia torna-se
eosinofílico, as enzimas são desnaturadas
e a arquitetura das células é mantida até
a remoção desse tecido por leucócitos.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• 2º - Necrose gangrenosa: É um tipo de necrose
isquêmica que acontece na extremidade dos
membros que perderam o suprimento
sanguíneo.
• Quando esse tipo de necrose acontece
juntamente com a infecção por uma bactéria é
modificada pela liquefação, tornando-se uma
gangrena úmida.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Melanoma sub ungueal do Hálux
Patologia Geral
• 3º - Necrose Gordurosa ou
Enzimática: Ocorre sempre que há
um extravasamento de enzimas
lipolíticas para o tecido adiposo,
gerando uma liquefação de
adipócitos e quebra das ligações
estéricas de triglicérides, liberando
ácidos graxos que formam uma
reação de saponificação ( ácidos
graxos combinados com íons Ca++
cercado por reação inflamatória)
formando áreas esbranquiçadas no
tecido adiposo.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral
• Apoptose: Processo essencial para a manutenção do desenvolvimento
dos seres vivos, sendo importante para eliminar células supérfluas ou
defeituosas.
• Durante a apoptose, a célula sofre alterações morfológicas
características desse tipo de morte celular.
• Tais alterações incluem a retração da célula, perda de aderência com a
matriz extracelular e células vizinhas, condensação da cromatina,
fragmentação inter-nucleossômica do DNA e formação dos corpos
apoptóticos.
• Participa ativamente da homeostase no controle do equilíbrio entre a
taxa de proliferação e degeneração com morte das células, ajudando na
manutenção do tamanho dos tecidos e órgãos.
Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
Patologia Geral Capítulo 3: Agressões e reações
celulares reversíveis e irreversíveis
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• CONTRAN, RS.; KUMAR, V.; ROBBINS, SL. – "Patologia Estrutural e Funcional" – 7ª ed. Philadelphia, W.B.
Saunders, 2005.
• RUBIN, E. PATOLOGIA – Bases clínico-patológicas da medicina. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
• BRASILEIRO FILHO G. BOGLIOLO. Patologia Geral. 2a edição. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro,
RJ, 1998.
“A tentação de Santo Antão” – Mathias Grunewald – 1510 – Abaixo
à esquerda o indivíduo apresenta lesões características de
Ergotismo ou “Fogo de Santo Antônio”, é uma intoxicação causada
pela ingestão de produtos contaminados pelo esporão do centeio
(Claviceps purpurea), um fungo contaminante comum do centeio e
outros cereais
Para o espectador casual, as plantas que crescem aos pés dos santos Anthony e Paul representam nada mais do que decorativo embelezamento,
mas um olhar mais atento fornece uma visão mais profunda. O que é mostrado aqui não é um trecho aleatório da flora alsaciana: a
representação muito detalhada inclui plantas de uma variedade de biótopos, incluindo pântano, prado, floresta e solo seco. As ervas retratadas
simbolizam, com suas capacidades de cura, o poder da fé para superar situações aparentemente sem esperança, assim como o próprio Santo
Antônio. Portanto, os Irmãos administraram como terapia aos seus pacientes um "Vinho de Santo Antão", baseado em ervas, e para aliviar as
aflições de pele, um "Bálsamo de Santo Antão"que eles próprios prepararam. Em 1952 publicou-se uma determinação botânica de todas as 14
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Lesões Celulares Reversíveis e Irreversíveis

  • 1. Patologia Geral Prof: Cleanto Santos Vieira Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis “A morte por cólera” – Antoine Joseph Wiertz
  • 2. Patologia Geral • As lesões celulares acontecem quando as células foram expostas a um estresse tão severo que perdem a capacidade de se adaptar. Essa lesão pode progredir para um estágio reversível ou acabar em morte celular. • Nem todas as doenças ou lesões tem causa conhecida. • Nesses casos as doenças ou lesões são denominadas criptogenéticas (cripto = escondido, genética = gênese, criação) ou ainda idiopáticas (idios = próprio, essencial, phatos = sofrimento) Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis Ex: Artrite gotosa – Doença de fundo autoimune sem etiologia conhecida.
  • 3. Patologia Geral • Lesões Reversíveis: Permitem que a célula lesada, após a retirada do agressor, volte a ter aspecto e funções normais. • As formas das lesões reversíveis dependem do tipo, da duração e da intensidade das agressões, do tipo de célula lesada e do seu estado metabólico. • Os dois principais tipos de lesão celular reversível são o edema e a esteatose. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 4. Patologia Geral • Alterações por acúmulo de água: • Edema: Aumento do fluxo intersticial, provocando inchaço. • É constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, cuja exata composição varia com a causa do edema. • O equilíbrio do fluido intersticial é determinado pelo equilíbrio da homeostase de fluidos. • O edema ocorre devido a cinco causas patológicas: pressão hidrostática elevada, pressão oncótica reduzida, obstrução linfática, retenção de sódio ou inflamação. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 5. Patologia Geral • O equilíbrio entre a pressão oncótica e hidrostática torna normal a geração do fluido intersticial. • Sendo assim, qualquer coisa que eleve a pressão oncótica fora dos vasos sanguíneos, como a inflamação ou baixe a pressão oncótica, como a cirrose hepática, causará edema. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 6. Patologia Geral • Existem três tipos de edema: • Edema comum: Constituído de água e sal, quase sempre localizado. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 7. Patologia Geral • Linfedema: Tem a formação no acúmulo de linfa. • Nesses casos, os canais linfáticos estão obstruídos ou foram destruídos, como nas retiradas de gânglios na cirurgia de câncer do seio. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 8. Patologia Geral • Mixedema: Tem características especiais: é duro e com aspecto da pele opaca, ocorrendo nos casos de hipotireoidismo. • No mixedema, além da água e sais, há acúmulo de proteínas especiais produzidas no hipotireoidismo. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 9. Patologia Geral • Alterações por acúmulo de lipídeos: • Esteatose: Também chamada de degeneração gordurosa é o acúmulo de lipídeos no citoplasma de células parenquimatosas, hepatócitos e fibras do miocárdio. • Normalmente não são evidenciados histologicamente lipídeos mas, nos casos de esteatose os lipídeos formam vacúolos nas células. • A maioria dos casos de esteatose se dá no fígado, por este órgão ser diretamente relacionado ao metabolismo lipídico. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 10. Patologia Geral • Alterações por acúmulo de proteínas: • Gotículas de reabsorção nos túbulos renais proximais: • Geralmente surgem em afecções que envolvem proteinúria. • As proteínas não filtradas pelos glomérulos são reabsorvidas no túbulo proximal em vesículas que, após se fundirem a lisossomos formam fagolisossomos. • A proteinúria é um achado comum em várias doenças renais. • A causa mais comum de proteinúria é o diabetes. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 11. Patologia Geral • Alterações por acúmulo de glicogênio: As glicogenoses são doenças secundárias a um erro no metabolismo, hereditário, o qual resulta de concentrações alteradas de glicogênio no organismo. • Existem mais de 10 diferentes tipos, dependendo do defeito enzimático encontrado. • O glicogênio está presente em todas as células animais, sendo mais abundante no fígado e nos músculos. • É a forma através da qual armazenamos a glicose da dieta. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis Obesidade troncular – uma das características da glicogenose
  • 12. Patologia Geral • Quando há necessidade de glicose (situações de stress, jejum), há quebra desse glicogênio, ocorrendo então, liberação da glicose para a circulação sangüínea. • Dessa forma, o fígado proporciona a liberação de glicose para vários órgãos, incluindo o cérebro. • Quando o glicogênio não consegue ser quebrado devido à deficiência de algumas das enzimas envolvidas, este se acumula no órgão e, a não liberação de glicose para a circulação acarreta uma série de consequências. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis Amber Guzmam – portadora de Doença de Von Gierk “Face de Boneca” – Considerada a “Bárbie Humana”
  • 13. Patologia Geral Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 14. Patologia Geral •Alterações e reações celulares irreversíveis: • Lesões Irreversíveis: Ocorrem quando o estímulo agressor é prolongado e intenso, culminando com a morte celular. • Como os sistemas celulares são interligados, qualquer que seja o ponto inicial da lesão celular, normalmente com o passar do tempo, todos os sistemas das células serão atingidos. • Entre os sistemas mais vulneráveis, destacam-se quatro: • - Membranas: tem a integridade diretamente ligada ao controle de substâncias que entram e saem das células. • - Respiração Aeróbica: Desta, dependem os sistemas que utilizam energia (membranas). • - Síntese Proteica: Produz proteínas estruturais, proteínas e outras. • - Aparato genético da célula: Importante para a manutenção da síntese proteica. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 15. Patologia Geral • Existem dois tipos de Morte Celular: • 1 - Necroses. • 2 - Apoptose. • A necrose é a manifestação final de uma célula que sofreu lesão irreversível. • As células que sofreram necrose são incapazes de manter a integridade da membrana. • Os fatores relacionados a agressões que venham a ocasionar necrose podem ser físicos, químicos ou biológicos. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 16. Patologia Geral • Os principais tipos de necrose são: • 1º - Necrose Isquêmica: Ocorre quando há uma isquemia do tecido. • É determinada pela desnaturação das proteínas celulares que acontece com a diminuição do Ph, durante o processo de isquemia. • O citoplasma após a isquemia torna-se eosinofílico, as enzimas são desnaturadas e a arquitetura das células é mantida até a remoção desse tecido por leucócitos. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 17. Patologia Geral • 2º - Necrose gangrenosa: É um tipo de necrose isquêmica que acontece na extremidade dos membros que perderam o suprimento sanguíneo. • Quando esse tipo de necrose acontece juntamente com a infecção por uma bactéria é modificada pela liquefação, tornando-se uma gangrena úmida. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis Melanoma sub ungueal do Hálux
  • 18. Patologia Geral • 3º - Necrose Gordurosa ou Enzimática: Ocorre sempre que há um extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, gerando uma liquefação de adipócitos e quebra das ligações estéricas de triglicérides, liberando ácidos graxos que formam uma reação de saponificação ( ácidos graxos combinados com íons Ca++ cercado por reação inflamatória) formando áreas esbranquiçadas no tecido adiposo. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 19. Patologia Geral • Apoptose: Processo essencial para a manutenção do desenvolvimento dos seres vivos, sendo importante para eliminar células supérfluas ou defeituosas. • Durante a apoptose, a célula sofre alterações morfológicas características desse tipo de morte celular. • Tais alterações incluem a retração da célula, perda de aderência com a matriz extracelular e células vizinhas, condensação da cromatina, fragmentação inter-nucleossômica do DNA e formação dos corpos apoptóticos. • Participa ativamente da homeostase no controle do equilíbrio entre a taxa de proliferação e degeneração com morte das células, ajudando na manutenção do tamanho dos tecidos e órgãos. Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 20. Patologia Geral Capítulo 3: Agressões e reações celulares reversíveis e irreversíveis
  • 21. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • CONTRAN, RS.; KUMAR, V.; ROBBINS, SL. – "Patologia Estrutural e Funcional" – 7ª ed. Philadelphia, W.B. Saunders, 2005. • RUBIN, E. PATOLOGIA – Bases clínico-patológicas da medicina. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. • BRASILEIRO FILHO G. BOGLIOLO. Patologia Geral. 2a edição. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, RJ, 1998. “A tentação de Santo Antão” – Mathias Grunewald – 1510 – Abaixo à esquerda o indivíduo apresenta lesões características de Ergotismo ou “Fogo de Santo Antônio”, é uma intoxicação causada pela ingestão de produtos contaminados pelo esporão do centeio (Claviceps purpurea), um fungo contaminante comum do centeio e outros cereais
  • 22.
  • 23. Para o espectador casual, as plantas que crescem aos pés dos santos Anthony e Paul representam nada mais do que decorativo embelezamento, mas um olhar mais atento fornece uma visão mais profunda. O que é mostrado aqui não é um trecho aleatório da flora alsaciana: a representação muito detalhada inclui plantas de uma variedade de biótopos, incluindo pântano, prado, floresta e solo seco. As ervas retratadas simbolizam, com suas capacidades de cura, o poder da fé para superar situações aparentemente sem esperança, assim como o próprio Santo Antônio. Portanto, os Irmãos administraram como terapia aos seus pacientes um "Vinho de Santo Antão", baseado em ervas, e para aliviar as aflições de pele, um "Bálsamo de Santo Antão"que eles próprios prepararam. Em 1952 publicou-se uma determinação botânica de todas as 14 plantas retratadas no retablo de Isenheim. As únicas plantas identificadas com certeza são as três que crescem sobre as rochas onde está sentado Santo Antão: plantain (pé de cordeiro), buckhorn (cifre de veado) e verbena, todos comumente empregados na época como ervas medicinais