Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
PATOLOGIA p1.docx
1. PATOLOGIA
Patogenia é processo em que o agente etiológico percorre desde o contato,
até produzir sintomas
Infecção é quando há bactérias
Diagnóstico diferencial são as doenças semelhantes; são as doenças que
pensamos que podem ser, a partir dos sintomas observados
Diagnostico morfológico é resumo da descrição da lesão
Etiologia -> Lesões -> Patogenia -> Sinais clínicos
O agente etiológico entra no organismo, causando lesões, o processo
tomado desde a entrada, até o surgimento de sinais clínicos é chamado
patogenia
Pode haver mais de um agente etiológico no animal
O ATP conduz as bombas de sódio e potássio, que é a chave para a
regulação do volume celular de água. Saem 03 moléculas de sódio para que
02 de potássio entrem
Hipóxia é a diminuição de O2
Fosforilação oxidativa é a produção de energia com uso de O2
Sem ATP as bombas de sódio e potássio param de funcionar, fazendo com
que a célula encha de água, agredindo a célula num processo que chama
degeneração hidrópica, podendo morrer dependendo do grau de
degeneração
Quando uma célula é agredida pode ocorrer 03 coisas: degeneração (pode
regenerar ou morrer), adaptação ou morte
Existemmuitas causas para agressão celular, porém poucas consequências
CAUSAS DA LESÃO CELULAR
Lesão é a alteração funcional e estrutural de células e tecidos
Intrínseca: vem de dentro do organismo
Extrínseca: vem de fora do organismo (vírus, trauma)
Pode correr intrínseco e extrínseco juntos
As células podem ser lesadas por diversos tipos de causas, porém
tem poucas respostas, apenas degeneração, em que pode se
recuperar ou morrer, adaptação, ou morte
As respostas dependem do agente causador, extensão, duração,
grau, tipo de célula afetada
As lesões podem ser reversíveis ou irreversíveis
DEFICIÊNCIA DE O2
Hipóxia: redução parcial de oxigênio fornecido para as células e
tecidos
Anóxia: é a completa redução do oxigênio na célula
2. TUMEFAÇÃO CELULAR AGUDA ou DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
Tumefação significa inchaço
Célula fica inchada pois houve uma degeneração hidrópica, em que
há entrada exagerada de água na célula, isso é acompanhado de
degeneração das organelas
Degeneração balonesa é na pele e citotóxica é no sistema nervoso
central
Degeneração hidrópica é diferente de hipertrofia!!!
Pois a degeneração hidrópica ocorre por conta do excesso de
entrada de água na célula por conta da desregulação das
bombas de sódio e potássio, a tornando maior. Já a
hipertrofia é o aumento do tamanho da célula em
consequência de aumento da carga de trabalho,
aumentando o tamanho das organelas
Aparência macroscópica é o órgão maior, mais pesado e mais pálido;
órgãos com cápsula, quando cortados na necropsia ocorre protrusão
Aparência microscópica se nota o citoplasma todo vacuolizado e
células tumefeitas
Prognóstico (previsão de diagnostico) depende do número de
células afetadas e da importância imediata de perda de função
É uma lesão subletal reversível, a célula se degenera mas pode
voltar ao normal ou morrer
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL E MORTE CELULAR
Temperaturas extremas, traumas diretos, etc
Os dois principais tipos de morte celular são:
Apoptose: é o “suicídio” da célula, onde não se tem
inflamação. É morte por retração; é programada e auto
induzida. Ocorre com o animal vivo, podendo ser fisiológico
ou patológico
Necrose: é a morte da célula no animal vivo, causada por
lesão irreversível por hipóxia, isquemia ou lesão da
membrana; Tumefação aguda pode resultar em necrose ou
pode ser reversível
Hipóxia é diferente de isquemia
Hipóxia é a diminuição do O2 oferecido para a célula
A isquemia é a diminuição do fluxo sanguíneo, e isso
consequentemente gera hipóxia.
Qual a atuação do cálcio relacionado a morte célular? PROVA!
Quando eu tenho muito cálcio intracelular tem uma substancia
endógena que é ativada, essa substancia se chama fosfolipase
ligada a membrana, ou fosfolipase A, quando ela é ativada ocorre
degradação de mitocôndria, membrana celular, impossibilitando a
sobrevivência celular. Com isso é liberado ácido araquidônico, que é
3. um substrato para liberação de mediadores da inflamação. Isso quer
dizer que junto com a necrose, há um processo inflamatório atuando
juntamente.
Quando há muito cálcio dentro da célula, por conta de uma falha de
permeabilidade célula, a fosfolipase ligada a membrana, ou
fosfolipase A é ativada. Quando ela é ativada ocorre degradação de
mitocôndrias e até de membrana plasmática, impossibilitando a
sobrevivência celular. Com isso é liberado o ácido araquidônico, que
é um substrato para liberação de mediadores da inflamação. Junto
com a necrose, há um processo inflamatório ocorrendo juntamente
ALTERAÇÕES NUCLEARES DAS CÉLULAS MORTAS PROVA!
Picnose: núcleo retraído, homogêneo, escuro e arredondado
Cariorrexia: membrana do núcleo se rompe e fragmentos do núcleo
são liberados no citoplasma
Cariólise: núcleo fica pálido por conta da dissolução da cromatina
Ausência de núcleo: núcleo totalmente dissolvido
TIPOS DE NECROSE PROVA!
Coagulação, caseificação, liquefativa, gangrena e necrose de
gordura.
NECROSE DE COAGULAÇÃO:
O contorno básico das células necrosadas é preservado
O citoplasma fica homogêneo e eosinofílico
Várias características no núcleo: picnose, cariorrexia,
cariólise ou ausência de núcleo*
Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive no
sistema nervoso
Sugere lesão celular por hipóxia
Infarto é uma necrose de coagulação; células do coração não
se regeneram
NECROSE DE CASEIFICAÇÃO (CASEOSA):
Conversão das células mortas por uma massa granulosa
grosseira, friável (esfarela), semelhante ao queijo cottage
É lesão clínica de tuberculose
Os focos necróticos são os debris (restos) celulares e
citoplasmáticos
Qualquer tecido pode ser afetado
Lesão crônica
Origem bacteriana de difícil degradação
NECROSE LIQUEFATIVA:
Tipo comum que ocorre no sistema nervoso central
Ocorre hipóxia, causando rápida dissolução enzimática do
neurópilo (alongamento do neurônio)
Cavidade preenchida com debris e vasos sanguíneos
4. As células Gitter são responsáveis pela “limpeza”, pois são
macrófagos que fagocitamcélulas mortas
Abscesso é uma necrose liquefativa com presença de pus
NECROSE EM GANGRENA (animal vivo)
A lesão inicial é uma necrose de coagulação, tanto na úmida,
quanto na seca e na gasosa
Na gangrena úmida a área do tecido necrótico é degradada
por bactérias saprófitas, causando putrefação. Tecido macio,
úmido, coloração castanho avermelhado
Na gangrena seca tem depleção de água, ocorre mumificação
de tecido. Pode ser causado por frio intenso ou ingestão de
toxinas. Nesse caso não há bactérias. Tecido retraído e seco,
coloração amarronzada, ocorre desprendimento das partes
afetadas
Gangrena gasosa há proliferação de bactérias anaeróbicas
que produzem toxinas no tecido necrótico. Há acumulo de
gás e exsudato líquido que pode conter sangue
NECROSE DE GORDURA
Na necrose gordurosa enzimática/pancreática o pâncreas
produz algumas lipases para o intestino, que podem vazar do
pâncreas e cair na cavidade abdominal, quebrando gorduras
e causando necrose
Na necrose gordurosa traumática a gordura é esmagada,
fazendo com que falte O2 e a gordura entre em necrose
Gordura esbranquiçada e dura
Necrose pode causar reações inflamatórias, hiperemia, regeneração
e cicatrização
Apoptose não tem inflamação, apenas necrose
ADAPTAÇÃO
ATROFIA
Diminuição do tamanho das células que já atingiram seu
desenvolvimento completo. É uma adaptação a alteração no
ambiente celular
Ocorre por diminuição de atividade celular, ou fontes de
nutrição ou estímulo são retirados
Atrofia por desuso; neurogênica (fibras musculares
diminuem); endócrina (uso prolongado glicocorticoides);
vascular; por compressão; senil; caquexia; decorrente de
inflamação
HIPERTROFIA
Aumento do tamanho da célula por conta do aumento de
trabalho. Não há aumento no NÚMERO de células, isso é
hiperplasia¹
5. Ocorre no estriado cardíaco também por conta de bloqueio
de válvula
Dietas ricas emcalorias e lipídeos podem causar hipertrofia
do fígado
HIPERPLASIA¹
Aumento no número de células no tecido
Pode haver hipertrofia e hiperplasia no mesmo tecido
simultaneamente, porém são coisas diferentes
Células lábeis (maior poder de replicação)
A causa mais comum é a irritação crônica
Fatores endócrinos: útero gravídico
Processo regenerativo: fígado
Lesão mecânica: parasitas
METAPLASIA
Substituição de tipos celulares adultos
Reversível até certo ponto
Há reprodução constante do novo tipo celular e é pré
cancerígeno
ACÚMULOS INTRACELULARES
Podem ser transitórias ou permanentes
A substância acumulada pode se acumular tanto no núcleo como no
citoplasma
Se o acumulo é decorrente de um transtorno sistêmico e puder ser
controlado, a sobrecarga é reversível
Com o acúmulo progressivo, podem se tornar tão sobrecarregadas
que sofrem lesões secundárias que levam a morte do tecido e do
paciente
ACÚMULO DE LIPÍDEOS
É muito comum no fígado, pois ele que faz o metabolismo de
lipídeos
Lipidose hepática, fígado gorduroso, alteração gordurosa,
são sinônimos de acúmulo de lipídeos
Pode haver em outros órgãos, porém o fígado é o mais
comum
O fígado fica amarelo, gorduroso, aumentado, macio, friável
(que se desmancha com facilidade), e sente oleoso com a
faca, e as bordas ficam arredondadas. Corte de 1cm pode
boiar no formol
Microscopicamente no acúmulo de lipídeos são vacuolizados
e as bordas dos vacúolos são delineados
Infiltração gordurosa é quando tem o acúmulo de adipócitos
em excesso entre as células do órgão
ACÚMULO DE GLICOGÊNIO
6. A quantidade de glicogênio presente no fígado depende do
horário da última refeição do animal e a hora do corte da
amostra
Ocorre por falha no metabolismo da glicose
Um exemplo é a diabetes que causa acumulo de glicogênio
nos hepatocitos
O aumento de cortisol estimula a produção de glicogênio
(gliconeogenese), causando o acúmulo
Fígado fica aumentado e pálido
Pode ocorrer no fígado e em músculos
Microscopicamente tem vacúolos, porém não são delineados
como no acúmulo de lipídeos, não empurram o núcleo, se vê
espaços claros irregulares com contornos pouco definidos
ACÚMULO DE PROTEÍNAS
Proteínas hialinas que são acumuladas
A proteína fica com coloração rosa no microscópio
O glomérulo forma o filtrado glomerular, que tem proteínas. As
células epiteliais as reabsorvemquando o glomérulo tem
deficiência, pois passa muita proteína e causa o acumulo
Proteínas que não passampor dobramento, ou passampor defeitos
nesse processo
OUTROS ACÚMULOS
Vacúolos autofágicos: São para eliminação de organelas
danificadas, quando há deficiência, há acúmulo no
citoplasma
Corpúsculos de inclusão de proteína no citoplasma
Corpúsculos de inclusão viral no núcleo ou citoplasma,
depende se é RNA vírus ou DNA vírus
Corpúsculos de inclusão de chumbo no núcleo
ACÚMULOS EXTRACELULARES
AMILOIDES
Se acumulam e comprimem células adjacentes levando a
isquemia
Sistêmica é quando afeta sistemas e localizado é quando é
especifico a um órgão por exemplo
Primária é quando a amiloide já é o problema principal, e
secundária é quando é consequência de algumoutro
distúrbio
OUTROS ACUMULOS
Acúmulo de fibrina nos vasos, proteínas na parede do vaso
pelo lado de fora e geralmente acompanhado de necrose é
chamado de alteração fibrinoide
CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA PROVA!
7. Acúmulo de sais de cálcio em tecidos normais, que estão morrendo
ou mortas
Pode ser distróficas ou metastática
CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA
Ocorre apenas em tecidos mortos (necrosados), ocorrendo
com menos frequência na necrose liquefativa
É um problema quando ocorre em válvulas, mas dependendo
do local é apenas um indicativo de necrose
Quando ocorre na pele se chama calcinose
Macroscopicamente o tecido fica esbranquiçado com
sensação de material arenoso quando cortado
Microscopicamente o cálcio cora de azul