2. ULTRA-SOM
• A energia do U.S não pertence ao espectro eletromagnético
situando-se no espectro acústico.
• Ultra-som: além do som
freqüências além da faixa audível normal
3. • Ouvido humano: escuta ondas sonoras que variam de 20 a
20.000 Hz
• U.S. terapêutico: 850.000 3.000.000 Hz
(0,85 a 3 MHz)
• As freqüências mais comumente utilizadas são: 1 e 3 MHz.
4. • Dependendo da freqüência das ondas o U.S. é utilizado para:
- Diagnóstico por imagem
- cura terapêutica de tecidos
- destruição de tecidos
5. Entre outros: - aparelho de sonar sob a água
- limpeza de metal
6. • ULTRA-SOM: modalidade de penetração profunda
• Produz alterações nos tecidos por mecanismos térmicos e
não-térmicos (mecânicos).
7. • O ultra-som é bastante utilizado devido os seus efeitos de
aquecimento profundo mas a sua variedade de efeitos
biofisiológicos o torna uma modalidade potencialmente útil
podendo incluir:
- Aumento da velocidade de reparo do tecido
- aumento do fluxo sangüíneo
8. - aumento da extensibilidade do tecido
- aumento da velocidade de reparo do tecido e da cura de lesões
- dissolução de depósitos de cálcio
- redução da dor (alteração de condução nervosa)
9. - Redução do espasmo muscular
- alteração da permeabilidade da membrana celular.
•Em contraste à radiação eletromagnética, o U.S. não é capaz
de viajar no vácuo.
10. • O ultra-som é produzido por uma corrente alternada que flui
através de um cristal piezoelétrico:
- Quartzo
- titanato de bário
- zirconato de chumbo
- titanato
PRODUÇÃO DE ULTRA-SOM
11. • Esse cristal fica alojado em um transdutor (converte uma forma
de energia em outra).
• Os cristais piezoelétricos produzem cargas elétricas positivas e
negativas quando se contraem ou se expandem.
12. • O efeito piezoelétrico direto: os cristais
com propriedades piezoelétricas produzem
cargas elétricas positivas e negativas quando
são comprimidos ou expandidos.
16. • O U.S. é produzido por meio do efeito
piezoelétrico inverso. A vibração dos cristais
causa a produção mecânica de ondas sonoras
de alta freqüência.
19. PERDA DO EQUILÍBRIO GERA:
OSTEOPENIA ou OSTEOPOROSE
Diminuição da
massa
Diminuição da massa
associada a alterações
da geometria óssea
elevando o risco de
fratura
22. • Devido a elevadas freqüências presentes, o U.S. precisa de um
meio denso para percorrer e, portanto, é incapaz de atravessar
o ar. O U.S apresenta uma forma de onda senoidal e exibe
propriedades de comprimento de onda, freqüência, amplitude e
velocidade.
TRANSMISSÃO DE ONDAS DE U.S.
23. • A energia da onda é transferida por uma molécula colidindo
com sua vizinha e trocando energia cinética, sem originar um
deslocamento verdadeiro de moléculas.
25. • A alternância de pressão alta e baixa exercida pelo feixe de ultra-
som resulta em regiões de elevada densidade de partícula
(compressão) e de baixa densidade de partícula (rarefação) ao
longo do caminho da onda.
28. ONDASTRANSVERSAIS (Cisalhamento)
• As partículas se deslocam perpendicularmente à direção da
onda sonora.
• As ondas transversais não atravessam fluidos e só aparecem
no corpo quando o ultra-som encontra um osso.
29. • Como todas as ondas sonoras, as ondas de ultra-som têm as
propriedades de reflexão, refração, penetração e absorção.
A ONDA DE ULTRA-SOM
30. REFLEXÃO
A reflexão ocorre quando uma onda não
consegue atravessar a próxima
densidade. Pode ser completa ou parcial.
O eco é um exemplo de reflexão
composta de energia acústica.
31. REFRAÇÃO
A refração é a curvatura das ondas
resultante de uma alteração da
velocidade de uma onda que entra em um
meio com densidade diferente.
32. Penetração e
ABSORÇÃO
A absorção ocorre através de um meio
que recebe a onda e a transforma em
energia cinética. Os tecidos podem
absorver parte o toda a energia neles
introduzida.
33. • Em geral, a energia prefere percorrer uma linha reta.
Entretanto, quando percorre um meio, seu trajeto é influenciado
pelas alterações da densidade. A energia que atinge uma interface
entre duas densidades diferentes pode ser refletida, refratada ou
absorvida pelo material, ou pode continuar a atravessar o
material, não sendo afetada pela mudança.
34. FREQÜÊNCIA
• A freqüência de saída de um gerador de ultra-som é medida em
megahertz (MHz) e descrita como o número de ondas que ocorrem
em 1 segundo.
• A freqüência de saída do ultra-som determina a profundidade de
penetração da energia, com uma correlação linear entre a
freqüência do ultra-som e a profundidade na qual a energia é
absorvida pelo tecido.
35. • Geradores de ultra-som de alta freqüência (3MHz) são
empregados para tratamento de tecidos superficiais, pois a energia
é rapidamente absorvida.
• O gerador mais utilizado, o de 1 MHz, oferece um ajuste entre a
penetração profunda e um aquecimento adequado, em função da
freqüência relativamente baixa empregada.
36.
37. POTÊNCIA E INTENSIDADE
• Potência: medida emWatts (W)
Quantidade de energia produzida por um transdutor.
• A intensidade representa a força das ondas sonoras, em uma
determinada área, dentro dos tecidos tratados.
38. E A INTENSIDADE?
Para determinarmos a intensidade, devemos
fazer uma avaliação do local afetado, levando
em consideração que o ultra-som sofre uma
perda de energia no seu trajeto e portanto a
requerida intensidade deve, às vezes, ser
maior nas superfícies dos tecidos,
especialmente na pele, conectivos
subcutâneos e camadas musculares
superficiais
39. Limites de intensidade do ultra-som:
Intensidade reduzida no caso de maior
proximidade óssea ( ex: joelhos );
Intensidade ligeiramente mais alta, no caso
de maior distância óssea e melhor irrigação
sanguínea ( ex: glúteos ).
40. Tabela de intensidades de ultra-som
sugeridas:
Estruturas
Nervos
Músculos
Tendões
Cápsúlas
Ligamentos
Bursas
Intensidade(w/cm²)*
0.8 a 1.2
0.7 a 1.0
0.4 a 0.7
0.5 a 0.7
0.3 a 0.6
0.3 a 0.5
41. Parâmetros importantes no U.S
Frequências de saída: que possam atingir diferentes
profundidades( 1, 3 ou 5MHZ)
Modo de emissão contínua e pulsada;
Frequência modulada- Para emissão pulsada, geralmente variando
de 16 Hz , 48 Hz e 100Hz ;
Relação de trabalho determinada em percentual (5%, 10%, 20%
e 50%)
Potenciômetro até 2 W/cm2 podendo chegar até 3W/cm2.
42. Relação de Trabalho dos pulsos
On - 0,5 ms SAÍDA DE 5% - Off 9,5 ms
On- 1,0 ms SAÍDA DE 10%- off 9,0 ms
On- 2,0 ms SAÍDA DE 20% - Off 8,0 ms
On -5,0 ms SAÍDA DE 50% - Off 5 ms
OBS: Para um menor efeito térmico, devemos utilizar uma
menor frequência modulada e menor relação de trabalho.
43. DURAÇÃO DOTRATAMENTO
• A duração do tratamento depende do tamanho da área a ser
tratada, da intensidade de saída e das metas terapêuticas do
tratamento.
• E principalmente da ERA que é a área de emissão do cabeçote,
medida em cm2. A medidas variam entre 3 podendo ir até 18
W/cm2.
45. MODOS DE APLICAÇÃO DO U.S.
• Dependendo do tipo de saída, o U.S. é capaz de produzir
alterações fisiológicas térmicas e não-térmicas.
• Uma saída contínua (100%) provoca efeitos principalmente
térmicos.
• A aplicação em pulsos breves (ex: 20%) – pulsado - produz,
efeitos não-térmicos.
47. • Isso vai depender da avaliação para
determinar o estágio de cura, o estágio da
inflamação e as metas do tratamento.
48. • As ondas de ultra-som não podem atravessar o ar, portanto deve
ser utilizado um agente de acoplamento para permitir que as ondas
passem do transdutor para os tecidos.
AGENTES E MÉTODOS DE ACOPLAMENTO
49. • O transdutor é colocado diretamento sobre a pele, junto com um
gel que serve para excluir o ar entre a pele e a fonte sonora.
• os géis acopladores consistem de água destilada e um material
inerte e não-refletor, que aumenta a viscosidade da mistura.
Acoplamento direto
50.
51. • Utilizado para tratamento de áreas irregulares.
• A parte do corpo é imersa em uma banheira de água e o
cabeçote é colocado na água a aproximadamente 2,5 cm de
distância
Imersão em água
52.
53. • Essa técnica emprega um balão cheio de água ou uma bolsa de
plástico (bexiga) coberta com um gel acoplador. A bexiga pode se
adaptar a área irregulares.
• Antes de ser fechada, todas as bolsas de ar devem ser removidas
da bexiga.
Método da bexiga
56. • Micromassagem:
O U.S. também produz pressões. Quando essas são aplicadas ao
corpo, comprimem e liberam o tecido como na massagem, porém
em velocidades muito mais rápidas.
EFEITO MECÂNICO
57. • Melhora da permeabilidade de todas as membranas aos íons sódio
e potássio.
• vasodilatação
• analgesia
• alteração do pH tecidual
EFEITOS QUÍMICOS OU BIOLÓGICOS
58. • Calor: produzido pela fricção criada pela ondas passando
através do tecido.
• Vantagem: calor dirigido.
EFEITOS TÉRMICOS
59. • A pressão sonora produzida pelas ondas de ultra-som faz com que
as moléculas grandes desenvolvam uma carga piezoelétrica que, por
sua vez, estimule os nervos assim como os músculos.
EFEITOS NEURAIS
60. • Os efeitos da aplicação de U.S. dependem:
- modo de aplicação (contínuo ou pulsado)
- da freqüência
- do tamanho da área a ser tratada
- dos tecidos tratados (vascularização e densidade).
EFEITOS SOBRE O CICLO DE RESPOSTA
À LESÃO
61. • O U.S. contínuo aumenta o fluxo sangüíneo.
• Outros fatores fisiológicos também podem promover o
aumento do fluxo sangüíneo: alteração da permeabilidade da
membrana celular e a liberação de histamina na área tratada.
FLUXO SANGÜÍNEO
62. • Acelera a fase inflamatória
• influencia a atividade de macrófagos
• aumenta a adesão de leucócitos nas células endoteliais danificadas
• aplicação durante a fase de proliferação estimula a divisão celular.
CICATRIZAÇÃO DO TECIDO
63. • O efeito térmico de aumento da extensibilidade dos tecidos
ricos em colágeno pode ser empregado de forma vantajosa
incorporando-se exercícios de amplitude de movimento depois
da aplicação de U.S. contínuo.
ESTIRAMENTO DO TECIDO
64. • Efeito direto sobre o SNP: influencia na transmissão dos
impulsos nervosos elevando o limiar de dor.
• Efeito indireto: redução da dor decorrente das alterações do
tecido produzidas em função da aplicação do U.S.
CONTROLE DA DOR
65. • A energia ultra-sônica pode ser utilizada para liberar
medicamentos nos tecidos pelo processo de fonoforese.
• Os efeitos da energia ultra-sônica abrem caminhos que
permitem que a medicação se difunda através da pele e penetre
mais profundamente nos tecidos.
FONOFORESE
66. • A medicação que penetra nos tecidos dessa maneira não passa
pelo fígado, portanto, diminui a eliminação metabólica das
substâncias.
• A combinação de fatores como composição, hidratação,
vascularização e espessura da ele, estimula ou evita a difusão de
medicamentos através da pele e, portanto, para tecidos mais
profundos.
67. • Na aplicação da fonoforese, o substituto do gel acoplador
padrão é um gel ou um creme contendo a medicação.
TABELA DAS SUBSTÂNCIAS APLICADAS POR
FONOFORESE.
68. • A eficácia da fonoforese não foi totalmente comprovada e
ainda existe controvérsia.
• As seguintes recomendações foram estabelecidas, a fim de
fornecer a melhor aplicação de fonoforese:
- Utilizar apenas meios aprovados de transmissão de ultra-som.
69. - Assegurar-se de que a pele esteja bem úmida; áreas de pele seca
devem ser evitadas.
- aplicar o U.S. ou calor úmido ou tricotomizar a área antes do
tratamento, para melhorar a capacidade de difusão da medicação
através da pele e dentro dos tecidos.
- posicionar a extremidade de forma a estimular a circulação
70. • Utilizar uma saída contínua para maximizar o efeito da
fonoforese (a menos que os efeitos térmicos do ultra-som sejam
contra-indicados).
• depois do tratamento, cubra a medicação remanescente com
um tecido oclusivo.
71. • A técnica para a cicatrização de fraturas emprega uma saída de
1,5 MHz, feixe em pulso de baixa intensidade (30 mW/cm2),
aplicado durante uma sessão de 20 minutos por dia.
• Porém, estes parâmetros de saída NÃO estão disponíveis nas
unidades terapêuticas de ultra-som convencionais.
CICATRIZAÇÃO DE FRATURAS
73. • Redução pós-aguda de miosite ossificante
• Condições inflamatórias agudas (saída em pulso)
• Condições inflamatórias crônicas (saída em pulso ou contínua)
74. • Patologias agudas (saída contínua)
• áreas isquêmicas
• tendência à hemorragia
• áreas ao redor dos olhos, coração, crânio ou genitália
• gravidez, quando aplicada sobre áreas pélvicas ou lombares
CONTRA INDICAÇÕES
75. • sobre tumores cancerígenos
• sobre a medula espinhal ou grandes plexos nervosos, em altas doses
• áreas anestesiadas
• sobre locais de fratura, antes que a consolidação esteja completa
• locais de fraturas por tensão
• sobre locais de infecção ativa
• sobre área pélvica ou lombar, em pacientes menstruadas
• áreas cuja circulação esteja prejudicada
76. • 1 MHz: penetra cerca de 5 cm
• 3 MHz: penetra menos que 2 cm
PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO
77. REFERÊNCIAS
JHONE, AGNE. Eu sei eletroterapia. ISBN, 2011
LOW, John; REED, Ann. Eletreterapia Explicada:
Princípios e prática . Ed. Manole: São Paulo, 2009.
KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em
evidências. Ed. Manole: São Paulo, 2006
NELSON, Roger M.; HAYES, Karen W.; CURRIER,
Dean P. Eletroterapia Clínica. Ed. Manole: São Paulo,
2003