Métodos de Pesquisa - Pós CAF - Variáveis, designs, tipos, conceitos e ética de pesquisa
1. MÉTODOS DE PESQUISAMÉTODOS DE PESQUISA
VARIÁVEIS DE PESQUISAVARIÁVEIS DE PESQUISA
CONCEITOS DE PESQUISACONCEITOS DE PESQUISA
TIPOS DE PESQUISATIPOS DE PESQUISA
ÉTICA EM PESQUISAÉTICA EM PESQUISA
2. VARIÁVEISVARIÁVEIS
VARIÁVEL: condição ou característica que oVARIÁVEL: condição ou característica que o
pesquisador manipula, controla ou observapesquisador manipula, controla ou observa
• VARIÁVEL INDEPENDENTE (X): o que éVARIÁVEL INDEPENDENTE (X): o que é
manipulado; causa (método de treinamento,manipulado; causa (método de treinamento,
substância ministrada, tipo de prática)substância ministrada, tipo de prática)
• VARIÁVEL DEPENDENTE (Y): o que é medido;VARIÁVEL DEPENDENTE (Y): o que é medido;
efeito/consequência da variável independenteefeito/consequência da variável independente
(frequência cardíaca, número de erros, escores(frequência cardíaca, número de erros, escores
de um teste)de um teste)
3. VARIÁVEISVARIÁVEIS
• VARIÁVEL MODERADORA (M): idem a X, mas deVARIÁVEL MODERADORA (M): idem a X, mas de
importância secundáriaimportância secundária
• VARIÁVEL DE CONTROLE (C): fator que oVARIÁVEL DE CONTROLE (C): fator que o
pesquisador neutraliza ou anulapesquisador neutraliza ou anula
propositadamente para impedir que esta interfirapropositadamente para impedir que esta interfira
na análise da relação entre X e Yna análise da relação entre X e Y
• VARIÁVEL INTERVENIENTE (W): fator queVARIÁVEL INTERVENIENTE (W): fator que
aparece entre X e Y, e que amplia, diminui ouaparece entre X e Y, e que amplia, diminui ou
anula a influência de X sobre Yanula a influência de X sobre Y
4. CONCEITOSCONCEITOS
• MEDIDA - grandeza determinada que serve deMEDIDA - grandeza determinada que serve de
padrão para a avaliação de variáveispadrão para a avaliação de variáveis
• TESTE - conjunto de provas que se aplicam aTESTE - conjunto de provas que se aplicam a
indivíduos para aferir a eficiência ou efeitos daindivíduos para aferir a eficiência ou efeitos da
manipulaçãomanipulação
• INSTRUMENTO - agente mecânico ou eletrônicoINSTRUMENTO - agente mecânico ou eletrônico
empregado na tomada de medidasempregado na tomada de medidas
5. CONCEITOSCONCEITOS
PROCEDIMENTOS DE CONTROLE PARA GARANTIRPROCEDIMENTOS DE CONTROLE PARA GARANTIR
A FIDEDIGNIDADE DOS RESULTADOSA FIDEDIGNIDADE DOS RESULTADOS
• CONFIABILIDADE: grau de consistência que oCONFIABILIDADE: grau de consistência que o
instrumento mede o que está medindoinstrumento mede o que está medindo
• OBJETIVIDADE: postura de isenção de valoresOBJETIVIDADE: postura de isenção de valores
e/ou sentimentos com a qual o pesquisadore/ou sentimentos com a qual o pesquisador
investiga seu objetoinvestiga seu objeto
6. CONCEITOSCONCEITOS
VALIDADE INTERNAVALIDADE INTERNA
Mínimo básico sem o qual nenhum experimento éMínimo básico sem o qual nenhum experimento é
interpretávelinterpretável
Dimensão em que os resultados podem serDimensão em que os resultados podem ser
atribuídos aos tratamentos utilizadosatribuídos aos tratamentos utilizados
Relaciona-se ao controle das variáveisRelaciona-se ao controle das variáveis
intervenientes para garantir que qualquer efeitointervenientes para garantir que qualquer efeito
mensurado na variável dependente será função dasmensurado na variável dependente será função das
alterações introduzidas na variável independentealterações introduzidas na variável independente
7. CONCEITOSCONCEITOS
AMEAÇAS À VALIDADE INTERNAAMEAÇAS À VALIDADE INTERNA
História (História (eventos que ocorrem durante a pesquisa e queeventos que ocorrem durante a pesquisa e que
não fazem parte do tratamentonão fazem parte do tratamento))
Maturação (Maturação (processos internos ao sujeito relativos aoprocessos internos ao sujeito relativos ao
tempotempo))
Testagem (Testagem (efeito de um teste na aplicação futura doefeito de um teste na aplicação futura do
mesmo testemesmo teste))
8. CONCEITOSCONCEITOS
AMEAÇAS À VALIDADE INTERNAAMEAÇAS À VALIDADE INTERNA
Instrumentação (Instrumentação (mudanças na calibração domudanças na calibração do
instrumento; discordância intra e interavaliadorinstrumento; discordância intra e interavaliador))
Tendência na seleção (Tendência na seleção (n escolhido sem aleatorizaçãon escolhido sem aleatorização))
Mortalidade experimental (Mortalidade experimental (perda de sujeitosperda de sujeitos))
Expectativa do pesquisador (Expectativa do pesquisador (tendência na conduçãotendência na condução
da pesquisa para favorecer algum resultadoda pesquisa para favorecer algum resultado))
9. CONCEITOSCONCEITOS
VALIDADE EXTERNAVALIDADE EXTERNA
Possibilidade de generalização dos resultadosPossibilidade de generalização dos resultados
Refere-se à extrapolação ou representatividadeRefere-se à extrapolação ou representatividade
do que foi pesquisado (populações, ambientes,do que foi pesquisado (populações, ambientes,
variáveis)variáveis)
10. CONCEITOSCONCEITOS
AMEAÇAS À VALIDADE EXTERNAAMEAÇAS À VALIDADE EXTERNA
Efeitos reativos ou interativos da testagem (Efeitos reativos ou interativos da testagem (pré-pré-
teste causa maior sensibilidade sobre o tratamentoteste causa maior sensibilidade sobre o tratamento
posteriorposterior))
Tendência na seleção x tratamento experimentalTendência na seleção x tratamento experimental
((seleção de um grupo específico para o qual o tratamentoseleção de um grupo específico para o qual o tratamento
funciona exclusivamentefunciona exclusivamente))
11. CONCEITOSCONCEITOS
AMEAÇAS À VALIDADE EXTERNAAMEAÇAS À VALIDADE EXTERNA
Efeitos reativos de arranjos experimentaisEfeitos reativos de arranjos experimentais
((tratamentos são efetivos apenas em condiçõestratamentos são efetivos apenas em condições
específicas - p.e. apenas em laboratórioespecíficas - p.e. apenas em laboratório))
Interferência de tratamento múltiplo (Interferência de tratamento múltiplo (quando umquando um
sujeito recebe mais de um tratamento, os efeitos dosujeito recebe mais de um tratamento, os efeitos do
tratamento anterior influenciam os tratamentostratamento anterior influenciam os tratamentos
posterioresposteriores))
12. TIPOS DE PESQUISA (QUANTOTIPOS DE PESQUISA (QUANTO
AOS PROCEDIMENTOS)AOS PROCEDIMENTOS)
ANALÍTICA
ESTUDO DETALHADO E AVALIAÇÃO DA
INFORMAÇÃO DISPONÍVEL NA TENTATIVA
DE EXPLICAR FENÔMENOS COMPLEXOS
BIBLIOGRÁFICA (REVISÃO)BIBLIOGRÁFICA (REVISÃO)
HISTÓRICAHISTÓRICA
FILOSÓFICAFILOSÓFICA
METANÁLISEMETANÁLISE
13. TIPOS DE PESQUISA (QUANTOTIPOS DE PESQUISA (QUANTO
AOS PROCEDIMENTOS)AOS PROCEDIMENTOS)
DESCRITIVA
PREOCUPADA COM O ESTADO DE COISAS
EX POST FACTOEX POST FACTO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASO
NORMATIVANORMATIVA
14. TIPOS DE PESQUISA (QUANTOTIPOS DE PESQUISA (QUANTO
AOS PROCEDIMENTOS)AOS PROCEDIMENTOS)
EXPERIMENTAL
TENTA ESTABELECER RELAÇÕES DE CAUSA
E EFEITO. MANIPULA-SE X PARA
OBSERVAR EFEITO EM Y. HÁ
PREOCUPAÇÃO COM O CONTROLE DAS
FONTES DE INVALIDAÇÃO
PRÉ-EXPERIMENTAL (pouco controle)PRÉ-EXPERIMENTAL (pouco controle)
QUASE EXPERIMENTAL (algum controle)QUASE EXPERIMENTAL (algum controle)
EXPERIMENTAL DE FATO (muito controle)EXPERIMENTAL DE FATO (muito controle)
15. TIPOS DE PESQUISA (QUANTOTIPOS DE PESQUISA (QUANTO
AOS PROCEDIMENTOS)AOS PROCEDIMENTOS)
QUALITATIVA
(ETNOGRÁFICA, SUBJETIVA, PARTICIPANTE,
NATURALÍSTICA OU FENOMENOLÓGICA)
• Coleta de dados no ambiente realColeta de dados no ambiente real
• Registro preciso e detalhado dos eventos noRegistro preciso e detalhado dos eventos no
ambiente por meio de anotações, áudio e vídeoambiente por meio de anotações, áudio e vídeo
• Análise e interpretação dos dados através deAnálise e interpretação dos dados através de
descrições, narrativas, citações diretas, gráficos,descrições, narrativas, citações diretas, gráficos,
tabelas e estatística descritivatabelas e estatística descritiva
16. TIPOS DE PESQUISA (QUANTO ÀTIPOS DE PESQUISA (QUANTO À
APLICAÇÃO DOS RESULTADOS)APLICAÇÃO DOS RESULTADOS)
BÁSICA: indireta e não imediata (orientada àBÁSICA: indireta e não imediata (orientada à
teoria)teoria)
APLICADA: direta e imediata (orientada àAPLICADA: direta e imediata (orientada à
prática)prática)
TECNOLÓGICA: orientada ao desenvolvimentoTECNOLÓGICA: orientada ao desenvolvimento
de instrumentação para o meio científico ou ade instrumentação para o meio científico ou a
sociedadesociedade
INTEGRATIVA: orientada à aplicação do que éINTEGRATIVA: orientada à aplicação do que é
produzido na pesquisa básica em situações reaisproduzido na pesquisa básica em situações reais
sem necessariamente resolver problemassem necessariamente resolver problemas
imediatosimediatos
17. TIPOS DE PESQUISA (QUANTOTIPOS DE PESQUISA (QUANTO
AO LOCAL DE COLETA)AO LOCAL DE COLETA)
CAMPOCAMPO
LABORATÓRIOLABORATÓRIO
18. ÉTICAÉTICA
MÁ CONDUTAMÁ CONDUTA
• PlágioPlágio
• Coleta inadequada de dadosColeta inadequada de dados
• Não armazenamento dos dados originaisNão armazenamento dos dados originais
• Alteração e/ou falsificação de dados/resultadosAlteração e/ou falsificação de dados/resultados
• Não publicação de resultadosNão publicação de resultados
• Autoria enganosaAutoria enganosa
• Prática desonesta de publicaçãoPrática desonesta de publicação
20. ÉTICAÉTICA
UTILIZAÇÃO DE ANIMAISUTILIZAÇÃO DE ANIMAIS
Órgãos reguladores (CEP/Biotério)
Rigor de controle no uso para fins científicos
É obrigatório que o estudo seja inédito
Garantia de bons tratos ao animal
Incapacitação ou sacrifício: sem sofrimento
21. ÉTICAÉTICA
UTILIZAÇÃO DE SERES HUMANOSUTILIZAÇÃO DE SERES HUMANOS
Órgão regulador (CEP)
Permissão de participação (TCLE)
Direito de abandonar a pesquisa
Informação sobre os procedimentos/riscos
Preservação da identidade
Confidencialidade sobre os dados individuais
22. ÉTICAÉTICA
UTILIZAÇÃO DE SERES HUMANOS:UTILIZAÇÃO DE SERES HUMANOS:
Resolução 196/96 do Conselho Nacional deResolução 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde (CNS) - Diretrizes e normas paraSaúde (CNS) - Diretrizes e normas para
pesquisas envolvendo seres humanospesquisas envolvendo seres humanos
• beneficênciabeneficência
• não maleficêncianão maleficência
• autonomiaautonomia
• justiçajustiça
• distinçãodistinção
• respeitorespeito
23. FONTES DE PRODUÇÃOFONTES DE PRODUÇÃO
CIENTÍFICACIENTÍFICA
• Periódicos científicosPeriódicos científicos
• Livros (ou Capítulo de Livro)Livros (ou Capítulo de Livro)
• Anais de eventos científicosAnais de eventos científicos
• TesesTeses
• DissertaçõesDissertações
• Monografias de pós-graduaçãoMonografias de pós-graduação
• Monografias de graduaçãoMonografias de graduação
• Leis e documentos oficiaisLeis e documentos oficiais
• Publicações eletrônicasPublicações eletrônicas
24. TIPOS DE PRODUÇÃOTIPOS DE PRODUÇÃO
CIENTÍFICACIENTÍFICA
• Investigação originalInvestigação original
• Revisão de literaturaRevisão de literatura
• Relato de experiênciaRelato de experiência
• Ponto de vistaPonto de vista
• Descrição tecnológicaDescrição tecnológica
• ResumosResumos
• Resumos expandidosResumos expandidos
25. CRITÉRIO PARA JULGAMENTOCRITÉRIO PARA JULGAMENTO
DE PESQUISA EM PERIÓDICOSDE PESQUISA EM PERIÓDICOS
CIENTÍFICOSCIENTÍFICOS
Método duplo-cego: a identidade do(s) autor(es)Método duplo-cego: a identidade do(s) autor(es)
e dos avaliadores é preservadae dos avaliadores é preservada
Avaliadores (pareceristas) são especialistas noAvaliadores (pareceristas) são especialistas no
assunto analisam e julgam conforme osassunto analisam e julgam conforme os
seguintes critérios:seguintes critérios:
• relevância do problema;relevância do problema;
• pertinência e eficácia da metodologiapertinência e eficácia da metodologia
• adequação da análise estatísticaadequação da análise estatística
26. MODELOMODELO
TRANSVERSAL X LONGITUDINALTRANSVERSAL X LONGITUDINAL
1930
1940
1950
1960
1970
1990 2000 2010
40
50
60
70
40
50
60
30
40
50
60
Ano de
Nascimento
(Coorte)
Ano de observação
Modelo longitudinal
Modelo
transversal
Adaptado de Botwinick (1984)
27. MODELOSMODELOS
• TRANSVERSAIS: AVALIAM DIFERENÇAS DETRANSVERSAIS: AVALIAM DIFERENÇAS DE
IDADE ENTRE PESSOASIDADE ENTRE PESSOAS
• LONGITUDINAIS: AVALIAM MUDANÇAS COM ALONGITUDINAIS: AVALIAM MUDANÇAS COM A
IDADE NAS MESMAS PESSOASIDADE NAS MESMAS PESSOAS