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Metodologia da pesquisa científica

                 ANGELA BITTENCOURT
                 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
                 CIENCIA E TECNOLOGIA RIO DE JANEIRO
                 CAMPUS REALENGO




abittenc@gmail.com
Como fazer pesquisa?

realizar a pesquisa                                           interpretar resultados




                  formular a pergunta   divulgar resultados
Como fazer pesquisa?
                                                        Interpretar resultados
Realizar a pesquisa



                        posição
                        produtividade
                        formação de recursos humanos
                                 CNPq
              formular a perguntaFINEP
                                 PADCT
                                 FAPs  Divulgar resultados
                                 etc
Metodologia científica: definição
 É  um conjunto de abordagens, técnicas e
   processos utilizados pela ciência para
   formular e resolver problemas de
   aquisição objetiva do conhecimento, de
   uma maneira sistemática.
Metodologia científica: adaptações
   Considerar:

       natureza do conhecimento:
     científico, filosófico, artístico, místico, etc.


              ciência  pura (aquisição do
               conhecimento sem finalidades de
               utilização prática) x aplicada (utilização
               dos conhecimentos da ciência pura
                e da tecnologia em aplicações
               práticas)
Metodologia científica: adaptações
   Considerar:
      operações   lógicas no conhecimento científico
       indução, dedução, inferência
      o método científico     hipótese (afirmação
       ainda não comprovada sobre algum
       fenômeno) x tese (afirmação comprovada
       sobre algum fenômeno) x teoria (conjunto de
       teses que explicam o fenômeno) x modelo
       (descrição formal de um fenômeno, que pode
       ser utilizado para testar novas hipóteses e
       fazer predições)
Metodologia científica: adaptações
    Considerar:

       estudo observacional (coleta de dados sem influenciar
        os eventos) x experimental (influência deliberada nos
        eventos, buscando verificar os efeitos da intervenção)
       estudo transversal (coleta dos dados num único
        instante no tempo, obtendo um recorte momentâneo
        do fenômeno investigado) x longitudinal (coleta dos
        em dois ou mais momentos, havendo um
        acompanhamento do desenrolar do fenômeno
        considerado)
Metodologia científica: adaptações
    Considerar:

            dados e análises
             qualitativos x quantitativos
        o papel da estatística
         descrição da variabilidade e
         tendências centrais dos
         resultados, para entender o
         fenômeno.
Etapas da investigação científica
 1 - Escolha do tema                Redação do projeto
 2 - Planejamento da investigação   de pesquisa
Redação do projeto de pesquisa
    Título / participantes / local / (financiamento)
    Introdução: exposição do tema, de aspectos gerais até
     específicos; bibliografia adequada e atualizada
    Objetivos: gerais e específicos; justificativa
    Materiais e métodos: detalhados ou com referências
     bibliográficas
    Cronograma de execução: referenciais de
     acompanhamento
    Exequibilidade
    Referências bibliográficas
Etapas da investigação científica
 1 - Escolha do tema
 2 - Planejamento da investigação

3 - Coleta e armazenamento de informações
  (observação, experimentação)
4 - Análise dos resultados, elaboração das
  conclusões
5 - Divulgação dos resultados
1 - Escolha do tema
  Pesquisas originais, ou de confirmação ou ainda
   de repetição para aprendizado
  Derivado de conhecimento/investigações
   anteriores do tema
  Derivado de idéias dadas pelo orientador ou
   colegas, ou de idéias totalmente originais
   (insight)
  Derivado da literatura científica, pesquisa
   bibliográfica
             Objetivos parciais e finais da pesquisa
1 - Escolha do tema
   Pesquisa bibliográfica
     levantamento de trabalhos já realizados
      sobre o mesmo tema, num determinado
      período - nível geral x nível específico
     levantamento dos métodos e técnicas a
      serem utilizadas na investigação
     realizada com metodologia específica e
      utilizando publicações e bancos de dados
      especiais (índices)
     utilização da Internet
1 - Escolha do tema
    O tema escolhido deve
      representar   uma questão relevante, cujo
       melhor modo de solução se faz por meio de
       uma pesquisa científica
      ser factível em relação à competência dos
       pesquisadores, à infraestrutura do laboratório
       e ao tempo e recursos disponíveis
        (apresentar um alto grau de
         interesse/satisfação ao pesquisador).
2 - Planejamento da investigação

  Pesquisadores, técnicos e suas atribuições no
   projeto
  Materiais a serem utilizados:

     equipamentos,

     material de consumo,

     veículos etc

     estão ou serão disponíveis ao longo do
      projeto?
2 - Planejamento da
                      investigação

 Métodos   a serem utilizados: identificação e
  seleção de todos os métodos e técnicas
  (inclusive computacionais e estatísticas) a
  serem usadas na pesquisa; treinamento e
  validação da metodologia através de projeto
  piloto ou protótipo ANTES de iniciar o projeto.
 ou: Desenvolvimento ou aperfeiçoamento de
  técnicas e métodos (pesquisa metodológica)
2 - Planejamento
                             da investigação
   Como serão coletados, armazenados e
    analisados os dados: tamanho da
    amostra, formas de tabulação e
    tratamento dos dados, testes estatísticos a
    serem utilizados.

    Cronograma de desenvolvimento: quais
     metas serão atingidas em que momentos
     ao longo do projeto?
3 - Coleta e armazenamento
de informações
   Realização de estudos observacionais
    (aplicação de questionários, estudos de
    campo, registro de dados exploratórios, etc.)
   Realização de estudos experimentais
    (manipulação das variáveis de estudo, coleta
    de resultados)
   Mensuração e comparação de dados de
    desempenho, uso, impacto, etc (quando for
    pesquisa metodológica)
Estudos observacionais

    Questionário: instrumento ou programa de coleta de
     dados
       confecção pelo pesquisador, preenchimento pelo
        informante
       linguagem simples e direta

       etapa de pré-teste, num universo reduzido
   Entrevista
      plano

      caráter exploratório ou coleta de
         informações
Estudos observacionais
   Observação
     conhecimento prévio do que observar

     planejamento de um método de registro

     fenômenos não esperados
     registro fotográfico ou vídeo

     relatório.
Estudos experimentais
   Sujeitos ou objetos a serem estudados no experimento:
    grupos controle e experimental
      grupo controle       não recebe a influência da
       variável independente
      grupo experimental       recebe a variável
       independente
   Relação causa-efeito       determinada pela comparação
    estatística entre os grupos
   Observação dos resultados.
Estudos experimentais


 Perigo do viés (bias): influência inconsciente ou
  consciente por parte dos sujeitos ou
  pesquisadores sobre o resultado da pesquisa
 Eliminação ou redução do viés:
    atribuição aleatória dos sujeitos aos grupos
    sujeitos ignoram a que grupo pertencem
     (estudo cego)
    pesquisadores também ignoram (estudo duplo-
     cego)
4 - Análise dos resultados, elaboração das
conclusões
  Dois tipos de dados e análises:
     Qualitativos

     Quantitativos

  Classificação, codificação e tabulação dos
   resultados.
Classificação
  Dividir um todo em partes, dando ordem as
   partes e colocando cada uma no seu lugar
     critério ou fundamento      base da divisão a
      ser feita.
  Ex: sexo é o critério; masculino e feminino são
   classes ou categorias.
Codificação
    Colocar determinada informação na categoria
     que lhe compete, atribuindo-se para cada
     categoria um símbolo (palavra ou números).
Tabulação
  Disposição   gráfica dos dados obtidos.
O papel da estatística
  Os resultados quase sempre são variáveis,
   principalmente em biologia e medicina
  É necessário descrever a variabilidade e as
   tendências centrais, para entender o fenômeno
  Para comprovar diferenças entre situações
   observacionais e experimentais, é necessário
   usar métodos estatísticos.
Descrição e análise dos dados
O que os dados significam para a nossa
pesquisa?
 o que é típico no grupo (média, mediana e
 moda)?
 até que ponto variam os indivíduos no grupo
 (amplitude, desvio médio e desvio padrão)?
 como os indivíduos se distribuem com relação à
 variável que está sendo medida (distribuição é
 normal ou não)?
 qual a relação entre as diversas variáveis (na
 estatística há vários métodos, mas nenhum deles
 garante a existência de um nexo causal)?
Elaboração das conclusões
   Após estas etapas ³o
    pesquisador fará as ilações que
    a lógica lhe permitir e
    aconselhar, procederá as
    comparações pertinentes e, com
    base nos resultados alcançados,
    enunciará novos princípios e fará
    as generalizações apropriadas´.
5 - Divulgação dos resultados

    Seminário / journal club
    Apresentação em congresso
                 (resumo, poster, comunicação oral)
    Relatório
    Dissertação / tese
    Artigo científico
    Livro / capítulo de livro
    Internet
          variam       regras, finalidade, público atingido, etc
Parte II
 Qual o valor das respostas que a ciência
 atual nos dá?
O objetivo básico da atividade científica não é o
  de descobrir verdades ou ser uma compreensão
  plena da realidade, mas sim o de fornecer um
  conhecimento que, ao menos provisoriamente,
  facilite a interação com o mundo, permitindo
  previsões confiáveis sobre eventos futuros e
  indicando mecanismos de controle para que se
  possa intervir favoravelmente sobre os mesmos.
 A ³verdade´ em ciência nunca é absoluta ou
  final, pode sempre ser modificada ou
  substituída. Um conhecimento é válido apenas
  até que novas observações ou experimentações
  o contradigam.
1 - Exemplos de visões diferentes de
    fenômenos semelhantes
   Ou: porque não devemos
    rir daquilo que não
    compreendemos.
1a - A magnetoterapia como pseudociência


                  A MAGNETOTERAPIA é a ciência e a arte de cura através
                     de ímãs. Sistema natural de tratamento, baseia-se na
                     aplicação externa de ímãs e na ingestão de água imantada,
                     estimulando os canais de energia da pessoa, sem danificar
                     seu organismo. A técnica segue os princípios e leis do
                    eletromagnetismo universal.
                    No antigo Egito, Cleópatra enfeitava seu rosto com
                     pequenos ímãs (magnetos) para manter a beleza. Na Índia,
                     a utilização de magnetos, na prática da medicina
                     alternativa, é comum há mais de dois mil anos. O mundo
                     atual parece ter retomado este antigo sistema de
                     tratamento e confirmado seus resultados clínicos
                     benéficos, em quase todas as doenças funcionais do corpo
                     humano.
                                                          http://209.182.24.141/
2a - A reflexoterapia como pseudociência


                                              REFLEXOTERAPIA

                                               Como ustedes saben la
                                               Reflexoterapia es una medicina
                                               alternativa que se practicaba ya en el
                                               antiguo egipcio, pues en una de las
                                               pirámides hay varias inscripciones
                                              talladas en piedra donde se refleja la
   práctica de la Reflexoterapia en las manos y en los pies.
  ¿Por que en los Pies y en las Manos ?
   Como todos sabemos el cuerpo está gobernado por el Sistema Nervioso. Todos
   los Organos del cuerpo humano tienen terminales nerviosos en pies y manos de
   manera que actuando sobre estos terminales Nerviosos llegamos a los distintos
   Organos Internos del Cuerpo Humano. Esta es la misión de la Reflexoterapia,
   llegar a los distintos órganos para lograr el equilibrio del Cuerpo y Mente del
   enfermo.
                                                       http://www.readysoft.es
3a - A urinoterapia como pseudociência
                            O padre Dillon com um copo de urina: água da vida

   Elixir de água do joelho
   A crença popular é algo que não se controla. O exemplo é a
   urinoterapia, prática que aconselha ao paciente tomar a
   própria urina. O líquido, garantem os seguidores, seria o
   melhor remédio contra alergias, micoses e distúrbios
   gastrointestinais e renais. É a água da vida, define o padre
   Joseph Dillon, 53 anos, da Paróquia Nossa Senhora
   Aparecida, em São Paulo. ... A urina serve para reequilibrar
   o sistema hormonal e fortalecer as defesas do organismo,
   garante o padre.
  A convicção do religioso é rebatida pela
  ciência. A urina serve para expelir
 substâncias tóxicas. Tanto que se um
 indivíduo ficar sem urinar ele morre,
 afirma o urologista Miguel Srougi.
IstoÉ, 28 de maio de 1997
1b - A magnetoterapia como ciência




 Coll Antropol 1997 Jun;21(1):139-50

 Anthropometric and quantitative EMG status of
 femoral quadriceps before and after conventional
 kinesitherapy with and without magnetotherapy.

 Graberski Matasovic M, Matasovic T, Markovac Z
2b - A reflexoterapia como ciência




 Rev Neurol 1996 Jan;24(125):81-3

 Somatosensory evoked potentials by acupunctural
 stimulus and cortical functional projection.

 Abad-Alegria F, Prieto M, Perez-Trullen JM
3b - A urinoterapia como ciência

Nat Med 1998 Apr;4(4):428-34
Effects of a urinary factor from women in early pregnancy on HIV-1, SIV and
associated disease.
Lunardi-Iskandar Y, Bryant JL, Blattner WA, Hung CL, Flamand L, Gill P,
Hermans P, Birken S, Gallo RC

Os efeitos de preparações de grau clínico da gonadotrofina coriônica humana
(hCG) sobre sarcoma de Kaposi, HIV, SIV e hematopoiese foram examinados in
vitro e in vivo. ... encontramos que a atividade antiviral de fatores associados a
hCG não é devida ao heterodímero hCG nativo, incluindo sua subunidades
purificadas ou seu principal produto de degradação, o núcleo-beta. Utilizando
cromatografia de filtragem em gel de hCG de grau clínico e de concentrados de
urina de mulheres grávidas, demonstramos que um fator associado ao hCG (HAF),
ainda não identificado e com atividades anti-HIV, anti-SIV, anti-KS e pró-
hematopoiética, elui como dois picos correspondendo a 15-30 kDa e 2-4 kDa.
4a - Acreditamos nas notícias que recebemos em formato ³apropriado´...
                               Agora, num ousado avanço da biologia
                          molecular, dois biólogos da Universidade de
                          Hamburgo, na Alemanha, fundiram pela primeira
                          vez células animais com células vegetais - as de
                          um tomateiro com as de um boi. Deu certo. Barry
                          MacDonald e William Wimpey, que fizeram a
                          experiência, obtiveram como resultado um
                          tomateiro capaz de produzir frutos parecidos com
                          tomates mas dotados de uma casca mais resistente
                          e de uma polpa muito mais nutritiva. A
                          experiência dos pesquisadores alemães, porém,
                          permite sonhar com um tomateiro do qual já se
                          colha algo parecido com um filé ao molho de
                          tomate. ... Os biólogos alemães conseguiram
                          alterar o curso da lei natural, que impede a
                          reprodução de indivíduos de espécies diferentes,
   Veja 764 (23/04/83).   diz Ricardo Brentane, engenheiro genético da
                          Universidade de São Paulo. Essa subversão é
                          estimulante para todo pesquisador.
4b - ...mesmo quando se tratam de grande bobagem.

CORREÇÃO: Na sua edição no.764, de 27 de abril último, VEJA
publicou um artigo em sua seção de Ciência que narrava uma
experiência«.Tratou-se de lastimável equívoco. A informação
fora publicada originalmente pela revista inglesa New Scientist na
primeira semana de abril e não passava de uma brincadeira, ainda
que a primeira vista estivesse apresentada como uma notícia
semelhante a todas as outras da revista. ... Apesar da noticia da
New Scientist oferecer algumas pistas para que se percebesse o
truque, falharam os mecanismos e as práticas habituais de que
VEJA se vale para confirmar a veracidade das informações que
publica. ... No caso, VEJA considera sua obrigação não apenas
corrigir o erro, mas, dada sua extensão, desculpar-se dele perante
seus leitores.

Veja 774 (06/07/83).
2 - UMA NOVA CIÊNCIA
Henri   Poincaré

³Para fazer aritmética, assim como para fazer
geometria, ou para fazer qualquer ciência, é
preciso algo mais que a lógica pura. Para
designar essa outra coisa, não temos outra
palavra senão intuição.´



                      (ver também L. De Meiss)
Paul   Feyerabend

³A ciência reclama pessoas flexíveis e
inventivas e não rígidos imitadores de padrões
de comportamento estabelecidos.´
Fritjof   Capra

³A Terra é, pois, um sistema vivo; ela funciona não apenas como
um organismo, mas, na realidade, parece ser um organismo Gaia,
um ser planetário vivo. Suas propriedades e atividades não podem
ser previstas com base na soma de suas partes; cada um de seus
tecidos está ligado aos demais, todos eles interdependentes; suas
muitas vias de comunicação são altamente complexas e não-
lineares; sua forma evoluiu durante bilhões de anos e continua
evoluindo.´
Teoria   de Santiago (Maturana e Varela):

A cognição não é a representação de um mundo pré-
dado, independente, mas, em vez disso, é a criação de
um mundo.
O que é criado por um determinado organismo no
processo de viver não é o mundo, mas sim um mundo,
um mundo que é sempre dependente da estrutura do
organismo... assim, não existem coisas que sejam
independentes do processo de cognição.
Referências consultadas
 http://   .nib.unicamp.br/slides/etapas/sld001.htm

 http://   .vademecum.com.br/iatros/science.htm

 http://   .angel ire.com/sk/alequadros/metcient.html
                           
                  http://   .nib.unicamp.br/slides/etapas/sld001.htm

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Metodologia científica: passos para pesquisa

  • 1. Metodologia da pesquisa científica ANGELA BITTENCOURT INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIENCIA E TECNOLOGIA RIO DE JANEIRO CAMPUS REALENGO abittenc@gmail.com
  • 2. Como fazer pesquisa? realizar a pesquisa interpretar resultados formular a pergunta divulgar resultados
  • 3. Como fazer pesquisa? Interpretar resultados Realizar a pesquisa posição produtividade formação de recursos humanos CNPq formular a perguntaFINEP PADCT FAPs Divulgar resultados etc
  • 4. Metodologia científica: definição É um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.
  • 5. Metodologia científica: adaptações Considerar: natureza do conhecimento: científico, filosófico, artístico, místico, etc. ciência pura (aquisição do conhecimento sem finalidades de utilização prática) x aplicada (utilização dos conhecimentos da ciência pura e da tecnologia em aplicações práticas)
  • 6. Metodologia científica: adaptações Considerar: operações lógicas no conhecimento científico indução, dedução, inferência o método científico hipótese (afirmação ainda não comprovada sobre algum fenômeno) x tese (afirmação comprovada sobre algum fenômeno) x teoria (conjunto de teses que explicam o fenômeno) x modelo (descrição formal de um fenômeno, que pode ser utilizado para testar novas hipóteses e fazer predições)
  • 7. Metodologia científica: adaptações Considerar: estudo observacional (coleta de dados sem influenciar os eventos) x experimental (influência deliberada nos eventos, buscando verificar os efeitos da intervenção) estudo transversal (coleta dos dados num único instante no tempo, obtendo um recorte momentâneo do fenômeno investigado) x longitudinal (coleta dos em dois ou mais momentos, havendo um acompanhamento do desenrolar do fenômeno considerado)
  • 8. Metodologia científica: adaptações Considerar: dados e análises qualitativos x quantitativos o papel da estatística descrição da variabilidade e tendências centrais dos resultados, para entender o fenômeno.
  • 9. Etapas da investigação científica 1 - Escolha do tema Redação do projeto 2 - Planejamento da investigação de pesquisa
  • 10. Redação do projeto de pesquisa Título / participantes / local / (financiamento) Introdução: exposição do tema, de aspectos gerais até específicos; bibliografia adequada e atualizada Objetivos: gerais e específicos; justificativa Materiais e métodos: detalhados ou com referências bibliográficas Cronograma de execução: referenciais de acompanhamento Exequibilidade Referências bibliográficas
  • 11. Etapas da investigação científica 1 - Escolha do tema 2 - Planejamento da investigação 3 - Coleta e armazenamento de informações (observação, experimentação) 4 - Análise dos resultados, elaboração das conclusões 5 - Divulgação dos resultados
  • 12. 1 - Escolha do tema Pesquisas originais, ou de confirmação ou ainda de repetição para aprendizado Derivado de conhecimento/investigações anteriores do tema Derivado de idéias dadas pelo orientador ou colegas, ou de idéias totalmente originais (insight) Derivado da literatura científica, pesquisa bibliográfica Objetivos parciais e finais da pesquisa
  • 13. 1 - Escolha do tema Pesquisa bibliográfica levantamento de trabalhos já realizados sobre o mesmo tema, num determinado período - nível geral x nível específico levantamento dos métodos e técnicas a serem utilizadas na investigação realizada com metodologia específica e utilizando publicações e bancos de dados especiais (índices) utilização da Internet
  • 14. 1 - Escolha do tema O tema escolhido deve representar uma questão relevante, cujo melhor modo de solução se faz por meio de uma pesquisa científica ser factível em relação à competência dos pesquisadores, à infraestrutura do laboratório e ao tempo e recursos disponíveis (apresentar um alto grau de interesse/satisfação ao pesquisador).
  • 15. 2 - Planejamento da investigação Pesquisadores, técnicos e suas atribuições no projeto Materiais a serem utilizados: equipamentos, material de consumo, veículos etc estão ou serão disponíveis ao longo do projeto?
  • 16. 2 - Planejamento da investigação Métodos a serem utilizados: identificação e seleção de todos os métodos e técnicas (inclusive computacionais e estatísticas) a serem usadas na pesquisa; treinamento e validação da metodologia através de projeto piloto ou protótipo ANTES de iniciar o projeto. ou: Desenvolvimento ou aperfeiçoamento de técnicas e métodos (pesquisa metodológica)
  • 17. 2 - Planejamento da investigação Como serão coletados, armazenados e analisados os dados: tamanho da amostra, formas de tabulação e tratamento dos dados, testes estatísticos a serem utilizados. Cronograma de desenvolvimento: quais metas serão atingidas em que momentos ao longo do projeto?
  • 18. 3 - Coleta e armazenamento de informações Realização de estudos observacionais (aplicação de questionários, estudos de campo, registro de dados exploratórios, etc.) Realização de estudos experimentais (manipulação das variáveis de estudo, coleta de resultados) Mensuração e comparação de dados de desempenho, uso, impacto, etc (quando for pesquisa metodológica)
  • 19. Estudos observacionais Questionário: instrumento ou programa de coleta de dados confecção pelo pesquisador, preenchimento pelo informante linguagem simples e direta etapa de pré-teste, num universo reduzido Entrevista plano caráter exploratório ou coleta de informações
  • 20. Estudos observacionais Observação conhecimento prévio do que observar planejamento de um método de registro fenômenos não esperados registro fotográfico ou vídeo relatório.
  • 21. Estudos experimentais Sujeitos ou objetos a serem estudados no experimento: grupos controle e experimental grupo controle não recebe a influência da variável independente grupo experimental recebe a variável independente Relação causa-efeito determinada pela comparação estatística entre os grupos Observação dos resultados.
  • 22. Estudos experimentais Perigo do viés (bias): influência inconsciente ou consciente por parte dos sujeitos ou pesquisadores sobre o resultado da pesquisa Eliminação ou redução do viés: atribuição aleatória dos sujeitos aos grupos sujeitos ignoram a que grupo pertencem (estudo cego) pesquisadores também ignoram (estudo duplo- cego)
  • 23. 4 - Análise dos resultados, elaboração das conclusões Dois tipos de dados e análises: Qualitativos Quantitativos Classificação, codificação e tabulação dos resultados.
  • 24. Classificação Dividir um todo em partes, dando ordem as partes e colocando cada uma no seu lugar critério ou fundamento base da divisão a ser feita. Ex: sexo é o critério; masculino e feminino são classes ou categorias.
  • 25. Codificação Colocar determinada informação na categoria que lhe compete, atribuindo-se para cada categoria um símbolo (palavra ou números).
  • 26. Tabulação Disposição gráfica dos dados obtidos.
  • 27. O papel da estatística Os resultados quase sempre são variáveis, principalmente em biologia e medicina É necessário descrever a variabilidade e as tendências centrais, para entender o fenômeno Para comprovar diferenças entre situações observacionais e experimentais, é necessário usar métodos estatísticos.
  • 28. Descrição e análise dos dados O que os dados significam para a nossa pesquisa? o que é típico no grupo (média, mediana e moda)? até que ponto variam os indivíduos no grupo (amplitude, desvio médio e desvio padrão)? como os indivíduos se distribuem com relação à variável que está sendo medida (distribuição é normal ou não)? qual a relação entre as diversas variáveis (na estatística há vários métodos, mas nenhum deles garante a existência de um nexo causal)?
  • 29. Elaboração das conclusões Após estas etapas ³o pesquisador fará as ilações que a lógica lhe permitir e aconselhar, procederá as comparações pertinentes e, com base nos resultados alcançados, enunciará novos princípios e fará as generalizações apropriadas´.
  • 30. 5 - Divulgação dos resultados Seminário / journal club Apresentação em congresso (resumo, poster, comunicação oral) Relatório Dissertação / tese Artigo científico Livro / capítulo de livro Internet variam regras, finalidade, público atingido, etc
  • 31. Parte II Qual o valor das respostas que a ciência atual nos dá?
  • 32. O objetivo básico da atividade científica não é o de descobrir verdades ou ser uma compreensão plena da realidade, mas sim o de fornecer um conhecimento que, ao menos provisoriamente, facilite a interação com o mundo, permitindo previsões confiáveis sobre eventos futuros e indicando mecanismos de controle para que se possa intervir favoravelmente sobre os mesmos. A ³verdade´ em ciência nunca é absoluta ou final, pode sempre ser modificada ou substituída. Um conhecimento é válido apenas até que novas observações ou experimentações o contradigam.
  • 33. 1 - Exemplos de visões diferentes de fenômenos semelhantes Ou: porque não devemos rir daquilo que não compreendemos.
  • 34. 1a - A magnetoterapia como pseudociência A MAGNETOTERAPIA é a ciência e a arte de cura através de ímãs. Sistema natural de tratamento, baseia-se na aplicação externa de ímãs e na ingestão de água imantada, estimulando os canais de energia da pessoa, sem danificar seu organismo. A técnica segue os princípios e leis do eletromagnetismo universal. No antigo Egito, Cleópatra enfeitava seu rosto com pequenos ímãs (magnetos) para manter a beleza. Na Índia, a utilização de magnetos, na prática da medicina alternativa, é comum há mais de dois mil anos. O mundo atual parece ter retomado este antigo sistema de tratamento e confirmado seus resultados clínicos benéficos, em quase todas as doenças funcionais do corpo humano. http://209.182.24.141/
  • 35. 2a - A reflexoterapia como pseudociência REFLEXOTERAPIA Como ustedes saben la Reflexoterapia es una medicina alternativa que se practicaba ya en el antiguo egipcio, pues en una de las pirámides hay varias inscripciones talladas en piedra donde se refleja la práctica de la Reflexoterapia en las manos y en los pies. ¿Por que en los Pies y en las Manos ? Como todos sabemos el cuerpo está gobernado por el Sistema Nervioso. Todos los Organos del cuerpo humano tienen terminales nerviosos en pies y manos de manera que actuando sobre estos terminales Nerviosos llegamos a los distintos Organos Internos del Cuerpo Humano. Esta es la misión de la Reflexoterapia, llegar a los distintos órganos para lograr el equilibrio del Cuerpo y Mente del enfermo. http://www.readysoft.es
  • 36. 3a - A urinoterapia como pseudociência O padre Dillon com um copo de urina: água da vida Elixir de água do joelho A crença popular é algo que não se controla. O exemplo é a urinoterapia, prática que aconselha ao paciente tomar a própria urina. O líquido, garantem os seguidores, seria o melhor remédio contra alergias, micoses e distúrbios gastrointestinais e renais. É a água da vida, define o padre Joseph Dillon, 53 anos, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. ... A urina serve para reequilibrar o sistema hormonal e fortalecer as defesas do organismo, garante o padre. A convicção do religioso é rebatida pela ciência. A urina serve para expelir substâncias tóxicas. Tanto que se um indivíduo ficar sem urinar ele morre, afirma o urologista Miguel Srougi. IstoÉ, 28 de maio de 1997
  • 37. 1b - A magnetoterapia como ciência Coll Antropol 1997 Jun;21(1):139-50 Anthropometric and quantitative EMG status of femoral quadriceps before and after conventional kinesitherapy with and without magnetotherapy. Graberski Matasovic M, Matasovic T, Markovac Z
  • 38. 2b - A reflexoterapia como ciência Rev Neurol 1996 Jan;24(125):81-3 Somatosensory evoked potentials by acupunctural stimulus and cortical functional projection. Abad-Alegria F, Prieto M, Perez-Trullen JM
  • 39. 3b - A urinoterapia como ciência Nat Med 1998 Apr;4(4):428-34 Effects of a urinary factor from women in early pregnancy on HIV-1, SIV and associated disease. Lunardi-Iskandar Y, Bryant JL, Blattner WA, Hung CL, Flamand L, Gill P, Hermans P, Birken S, Gallo RC Os efeitos de preparações de grau clínico da gonadotrofina coriônica humana (hCG) sobre sarcoma de Kaposi, HIV, SIV e hematopoiese foram examinados in vitro e in vivo. ... encontramos que a atividade antiviral de fatores associados a hCG não é devida ao heterodímero hCG nativo, incluindo sua subunidades purificadas ou seu principal produto de degradação, o núcleo-beta. Utilizando cromatografia de filtragem em gel de hCG de grau clínico e de concentrados de urina de mulheres grávidas, demonstramos que um fator associado ao hCG (HAF), ainda não identificado e com atividades anti-HIV, anti-SIV, anti-KS e pró- hematopoiética, elui como dois picos correspondendo a 15-30 kDa e 2-4 kDa.
  • 40. 4a - Acreditamos nas notícias que recebemos em formato ³apropriado´... Agora, num ousado avanço da biologia molecular, dois biólogos da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, fundiram pela primeira vez células animais com células vegetais - as de um tomateiro com as de um boi. Deu certo. Barry MacDonald e William Wimpey, que fizeram a experiência, obtiveram como resultado um tomateiro capaz de produzir frutos parecidos com tomates mas dotados de uma casca mais resistente e de uma polpa muito mais nutritiva. A experiência dos pesquisadores alemães, porém, permite sonhar com um tomateiro do qual já se colha algo parecido com um filé ao molho de tomate. ... Os biólogos alemães conseguiram alterar o curso da lei natural, que impede a reprodução de indivíduos de espécies diferentes, Veja 764 (23/04/83). diz Ricardo Brentane, engenheiro genético da Universidade de São Paulo. Essa subversão é estimulante para todo pesquisador.
  • 41. 4b - ...mesmo quando se tratam de grande bobagem. CORREÇÃO: Na sua edição no.764, de 27 de abril último, VEJA publicou um artigo em sua seção de Ciência que narrava uma experiência«.Tratou-se de lastimável equívoco. A informação fora publicada originalmente pela revista inglesa New Scientist na primeira semana de abril e não passava de uma brincadeira, ainda que a primeira vista estivesse apresentada como uma notícia semelhante a todas as outras da revista. ... Apesar da noticia da New Scientist oferecer algumas pistas para que se percebesse o truque, falharam os mecanismos e as práticas habituais de que VEJA se vale para confirmar a veracidade das informações que publica. ... No caso, VEJA considera sua obrigação não apenas corrigir o erro, mas, dada sua extensão, desculpar-se dele perante seus leitores. Veja 774 (06/07/83).
  • 42. 2 - UMA NOVA CIÊNCIA
  • 43. Henri Poincaré ³Para fazer aritmética, assim como para fazer geometria, ou para fazer qualquer ciência, é preciso algo mais que a lógica pura. Para designar essa outra coisa, não temos outra palavra senão intuição.´ (ver também L. De Meiss)
  • 44. Paul Feyerabend ³A ciência reclama pessoas flexíveis e inventivas e não rígidos imitadores de padrões de comportamento estabelecidos.´
  • 45. Fritjof Capra ³A Terra é, pois, um sistema vivo; ela funciona não apenas como um organismo, mas, na realidade, parece ser um organismo Gaia, um ser planetário vivo. Suas propriedades e atividades não podem ser previstas com base na soma de suas partes; cada um de seus tecidos está ligado aos demais, todos eles interdependentes; suas muitas vias de comunicação são altamente complexas e não- lineares; sua forma evoluiu durante bilhões de anos e continua evoluindo.´
  • 46. Teoria de Santiago (Maturana e Varela): A cognição não é a representação de um mundo pré- dado, independente, mas, em vez disso, é a criação de um mundo. O que é criado por um determinado organismo no processo de viver não é o mundo, mas sim um mundo, um mundo que é sempre dependente da estrutura do organismo... assim, não existem coisas que sejam independentes do processo de cognição.
  • 47. Referências consultadas http:// .nib.unicamp.br/slides/etapas/sld001.htm http:// .vademecum.com.br/iatros/science.htm http:// .angel ire.com/sk/alequadros/metcient.html     http:// .nib.unicamp.br/slides/etapas/sld001.htm