O documento discute a associação entre obesidade e diminuição da secreção do hormônio do crescimento em crianças, adolescentes e adultos. A obesidade abdominal está associada a uma diminuição da concentração e secreção pulsátil do hormônio do crescimento, prejudicando o crescimento. Perda de peso rápida pode ajudar a restaurar a resposta do hormônio do crescimento.
1. A ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E DIMINUIÇÃO DE
RESPOSTAS PROVOCATIVAS PARA ESTÍMULO NA SECREÇÃO
DE GH-HORMÔNIO DE CRESCIMENTO, TANTO EM CRIANÇAS,
INFANTO-JUVENIS, PRÉ-ADOLESCENTES, ADOLESCENTES, E
MESMO EM ADULTOS JÁ É CONHECIDA HÁ MUITO TEMPO
(REICHLIN,1974 – CAIO & DRA.CAIO 2013);
PROGRESSÃO ATÉ OBESIDADE ABDOMINAL
Em
indivíduos
com
obesidade,
obesidade
abdominal,
obesidade intra-abdominal, visceral ou central, há uma
diminuição da concentração de GH-hormônio de crescimento,
bem como a diminuição da secreção pulsátil do GH-hormônio
de crescimento e a aceleração metabólica do seu clereance (é
expressa em termos do volume de fluxo sanguíneo arterial ou
plasmático que contém a quantidade de substância retirada,
por unidade de tempo. É medida em mililitros por minuto. Sua
abreviatura é "C", seguida de indicador da substância
retirada) (Veldhuis et al, Caio & Dra Caio, 2013). O GHhormônio de crescimento pulsátil foi potentemente estimulado
em indivíduos saudáveis tanto por exercício aeróbico e de
resistência da intensidade e duração direta. O GH-hormônio de
crescimento modula o metabolismo de combustível, reduz a
massa total de gordura e a massa de gordura abdominal, e
pode ser um estímulo potente da lipólise quando
administrados a indivíduos obesos exogenamente. Apenas o
GH-hormônio de crescimento pulsátil foi demostrado para
aumentar a lipólise do tecido adiposo e, por conseguinte,
aumentando a resposta do GH-hormônio de crescimento
pulsátil pode ser um alvo terapêutico. Não está muito claro
2. porque o GH-hormônio de crescimento tem sua vida-média
curta em obesidade humana, entretanto, este fato é
extremamente problemático
quando
o
objetivo
é o
crescimento em crianças, infanto-juvenis, pré-adolescentes,
adolescentes, porque invariavelmente comprometerá o
crescimento estatural ou altura dos mesmos, este fato não
ocorre somente em humanos, mas uma variante mais
intrigante
também
ocorre
em
macacos
Rhesus
orchidectomizados obesos (retirada dos testículos) (Dubdey
et al, 1988).
OBESIDADE E ALTERAÇÕES METABÓLICAS
Em humanos do sexo masculino, crianças, infanto-juvenis,
pré-adolescentes, adolescentes e mesmo adultos, com
obesidade, obesidade abdominal, obesidade intra-abdominal,
visceral ou central, portanto, nos homens obesos, as
concentrações plasmáticas de GHBP-growth hormone binding
protein (hormônio de crescimento ligado a uma proteína),
estão inalterados ou ligeiramente aumentados, que não
seriam responsáveis pela meia-vida reduzida de GH-hormônio
de crescimento (Veldhuis et al, 1991, Mercado & Balmann
1993). O GH-hormônio de crescimento tem sua resposta
decrescida em resposta ao (GHRH-growth hormone releasing
hormone, também conhecido como fator de liberação do
hormônio de crescimento (GRF, GHRF, somatoliberin ou
somatocrinin), é decrescido em crianças, infanto-juvenis, préadolescentes, adolescentes e adultos do sexo masculino e do
sexo feminino (Willians et al, Kelijman & Froman, DeMarinis et
3. al). O que foi observado é que quanto mais rápido se perde
peso e se diminui a obesidade, obesidade abdominal,
obesidade intra-abdominal, visceral ou central, mais rápido se
restaura esta resposta de grande importância para a raça
humana. Esta observação sugere que quanto mais é
aumentada a concentração de insulina associada à obesidade,
maior é a inibição na produção da secreção do GH-hormônio
de crescimento, provavelmente por influência do IGF-1insulin-like growth factor 1 e / ou IGFBP-insulin-like growth
factor binding protein em sua concentração. Neste caso,
devemos levar em consideração a relevância de
biotipicamente não permitirmos a perda do controle com
relação à obesidade, mas percebemos que o desastre
metabólico é mais profundo.
Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611
Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930
Como Saber Mais:
1. A medida da circunferência da cintura (CC), juntamente
com uma comorbidade adicional, prontamente identifica a
presença de risco cardiometabólico aumentado associado com
a obesidade abdominal...
http://prevenirasindromemetabolica.blogspot.com
2. A modificação do estilo de vida continua a ser a intervenção
inicial de escolha para esta população, com modulação
farmacológica para fatores de risco onde esta não é
suficientemente eficaz...
http://vitaminasproteinas.blogspot.com
3. Só recentemente começou-se a compreender o sistema
endócrino e parácrino importante de adipócitos com funções
intra-abdominais importantes e as interações complexas que
conduzem a um risco metabólico diabetogênico e
aterogênico...
http://metabolicsindrom.wordpress.com
AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.
4. Referências Bibliográficas:
Prof. Dr. João Santos Caio Jr, Endocrinologista, Neuroendocrinologista, Dra. Henriqueta
Verlangieri Caio, Endocrinologista, Medicina Interna – Van Der Häägen Brazil, São Paulo,
Brasil; Nindl BC, Kraemer WJ, Marx JO, et al. Growth hormone molecular heterogeneity and
exercise. Exerc Sport Sci Rev. 2003;31(4):161–6; Baumann G. Growth hormone
heterogeneity: genes, isohormones, variants, and binding proteins. Endocr Rev.
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Gatti R, et al. Growth hormone isoforms and segments/fragments: molecular structure and
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Kraemer W, et al. Mammalian pituitary growth hormone: applications of free flow
electrophoresis. Electrophoresis. 2000;21(2):311–7.
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