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SEMINÁRIO: A
ANTROPOLOGIA DA
EDUCAÇÃO NA VISÃO
HOLISTICA DA
PEDAGOGIA ATUAL
Prof. Msc. Márcio Gonçalves dos Santos
Mestrado em Educação
UNIEUBRA
Por uma Antropologia da
Educação no Brasil
• A obra em destaque soma-se a outras poucas
obras presentes no cenário nacional a respeito
de antropologia e educação. A temática ainda
não alcança pleno sucesso, quer no campo da
antropologia,
quer
no
campo
da
educação,
voltadas para os temas mais
tradicionais de atuação de suas próprias áreas.
• Contudo, cada vez mais, a antropologia está
presente nos temas tratados na educação e nas
exigências que advêm das políticas nacionais de
educação (LDB; PCN) e das políticas de diversidade
(Leis 10.639/03 e 11.645/08) que hoje regem o
fazer educativo e impõem novas exigências no
âmbito das práticas pedagógicas, com implicações
na formação de professores e educadores
brasileiros. Por isso tudo, em boa hora, a Coleção
Temas & Educação, da Autêntica Editora, coloca em
circulação Antropologia & Educação.
• Os autores, doutores em antropologia, unem
esforços no sentido de “ampliar o significado da
antropologia como forma de educação”, como
afirmam na contracapa do livro, e entendem que a
obra contempla “a educação para além dos limites
físicos da escola”.
• Nesse aspecto, esse é um de seus pontos fortes, ao
tratar de questões como a pluralidade cultural e
outros assuntos relevantes no campo pedagógico.
Relevante, também, a organização da obra em
capítulos que, facilmente, introduzem o leitor leigo
ou o estudante iniciático das Ciências Sociais, da
Educação ou de outra área, no debate pretendido.
• A obra compreende um texto de apresentação, uma
introdução à antropologia como educação e quatro
capítulos. A partir dessa organização, torna-se
possível compreender as características centrais da
ciência antropológica no seu percurso histórico
(Capítulo I), em termos da teoria e da prática do seu
fazer científico (Capítulo II), e destacar a centralidade
do
conceito
de
cultura
e
sua
razão de ser no estudo das sociedades humanas
(Capítulo III).
• A unidade dos capítulos citados complementa-se
com o Capítulo IV, no qual se discutem as
possibilidades de uma antropologia da educação;
nele há, talvez, um debate iniciado, mas ainda a ser
construído.

• Encerra-se a obra com informações preciosas de
fontes multimídia, de importância significativa a
todos que se dedicam à educação, sejam estes
professores, gestores, pesquisadores, estudantes ou
outros interessados.
• A partir dessa apreciação geral, cabe situar alguns
debates que o conteúdo tratado suscita no campo
educacional e, com ele, contribuir mais um passo
para a construção de uma Antropologia da Educação
no Brasil, como já defendia a Profa. Dra. Aracy Lopes
da Silva e como tenho defendido em meus próprios
trabalhos.
• Chamo a atenção para o texto de apresentação da
obra, “Algumas palavras sobre a cultura e a
educação”,
do
Prof.
Carlos
Rodrigues
Brandão, expoente da antropologia brasileira e, em
particular, do debate antropológico em educação.
• Brandão, ao situar-nos, a nós, seres
humanos, como produto da relação entre a
natureza e a cultura, afirma que “somos seres
naturais” e que “sobre a natureza que nos é
dada, construímo-nos a nós mesmos e aos nossos
mundos”. Como seres humanos, como sujeitos
sociais.
• A ideia de construção é de fundamental
importância, na medida em que é a partir dela que
nos fazemos como seres sociais, que não apenas
nominam fatos e coisas, mas que se diferenciam do
mundo animal. Diferenciam-se não somente porque
sabem e sentem como esses, mas porque “sabemos
que sabemos, e nos sabemos sabendo (ou não
sabendo); e nos sentimos sabendo e nos sabemos
sentindo.”
• Aqui, segundo Brandão, a educação, assim como a
cultura,
se
faz
“absolutamente
íntima,
interativa,
inclusiva”.
O
autor
deduz, então, que
• a educação é – como tudo o mais que é humano e é
criação de seres humanos – uma dimensão, uma
esfera interativa e interligada a outras, um elo, uma
trama (no bom sentido da palavra) na teia de
símbolos e saberes, de sentidos e significados, como
também de códigos, de instituições que configuram
uma cultura, uma pluralidade interconectada (não
raro, entre acordos e conflitos) de culturas e entre
culturas, situadas em uma ou entre várias
sociedades. (p. 12).
•A
relação
entre
educação
e
cultura
é, assim, fundante e fundamental nas sociedades
humanas, posto que ambas envolvem o ensinar e
aprender em todas as dimensões da vida social.
Nesse sentido, hoje, “no presente e complexo
momento de história que compartimos”, cabenos, segundo Brandão, responder: “qual a função, a
missão e o alcance da educação?” (p. 15).

• Esse o desafio de uma antropologia da educação no
Brasil, que está por fazer.
• Por estar ainda em construção é que a “Introdução à
antropologia como educação” se faz necessária.

• Nela não apenas se situa a postura dos autores em
termos da antropologia e da educação, mas também
se abre uma janela de indagações preciosas que aqui
se registram como contribuição ao pensamento
dessa antropologia diferenciada. Para os autores, a
obra é uma contribuição para pensar a “antropologia
como forma de educação”, e “a educação só é
possível como prática antropológica” (p. 17).
• Compreendem, assim, para além do campo
acadêmico e disciplinar da antropologia em termos
de alteridade, que esta se faz “uma forma de
produzir um sentido humanista a nossas
experiências no mundo da vida cotidiana”, em razão
de sua natureza interdisciplinar; da conquista de sua
própria trajetória histórica, tal como é referida no
Capítulo I; de sua natureza epistemológica (Capítulo
II) e de sua perspectiva no tempo (Capítulo III), que
conduz à defesa de que “a antropologia é uma
forma de educação” e que “uma boa educação exige
uma prática antropológica” (Capítulo IV).
• A questão que merece ser apontada aqui é: poderia
(seria possível) ser qualquer prática antropológica?
Certamente não.
• Nesse sentido, o Capítulo I, “A modernidade da
Antropologia”, ao situar o nascimento dessa ciência e
seu contexto entre os séculos XIX e XX (Ciências
Clássicas e Modernas) até os tempos atuais, com o
advento da pós-modernidade, será uma tentativa de
responder a questão acima. Do conjunto de dados
apresentados, importa destacar um dos movimentos
da antropologia como “ciência aplicada”, ciência de
serviço, constituída entre 1920 e 1940.
• Trata-se de uma ciência voltada para a prática e de
natureza instrumental, que permitiu intenso
diálogo com os sistemas políticos da época e, em
particular, com a educação, configurando uma
antropologia da educação e da criança, logo após a
Primeira Guerra Mundial (p. 45).
• O contexto dessa antropologia da educação é bem
descrito pelos autores; contudo, falta fundamental
para alavancar a compreensão de outra
antropologia da educação ou de uma antropologia
e uma educação, hoje, mais compreensivas e
críticas, que venham a se constituir no Brasil, em
termos de teoria e prática.
• Não seria o caso de dizer que essa história nada pode
acrescentar a uma educação para a diversidade, em
que a pluralidade do mundo social deve ser admitida
como direito dos povos, tal como se requisita hoje.
• A contribuição da antropologia, com sua teoria e sua
prática, iluminada por sua própria transformação
histórica em uma ciência mais compreensiva e
crítica, faz-se fundamental.
• Diz de um fazer antropológico que é, a um só
tempo, transformado e transformador, e não apenas
por assumir uma concepção mais humanista, tal como
dizem os autores.
• O humanismo também pode ser uma armadilha na
defesa dos chamados outros, quando apenas
ideologia e não valor, inclusive por sua capacidade de
responder à natureza instrumental e técnica da
própria educação moderna.

• A antropologia é uma ciência do “fazer-fazendo”, que
se constrói pela crítica constante de seus próprios
passos, uma ciência que “aprende-e-ensina”, ao
mesmo tempo que “ensina-e-aprende”.
• Por essa razão, coloca-se como mais-valia no campo
educacional, desafiada pela ruptura entre ensino e
aprendizagem, seja dos que ensinam, seja dos que
aprendem.
• O desafio no qual o fazer antropológico, sua prática
e seu suporte teórico são fundamentais na educação
diz
respeito
a
re-unir
ensinoaprendizagem, tornando-se um aprender ensinando
e um ensinar aprendendo.
• Por esse arrazoado, fica a dúvida: falar de uma
antropologia da educação no Brasil seria pensar uma
“educação antropológica” (p. 19).
• Em pauta, o humanismo ideológico presente na
educação que herdamos, também presente no
histórico da disciplina e que, muitas vezes, para os
menos avisados, opera apenas como uma ideologia
geral e abstrata, pouco construtiva e transformadora.

• Aqui, o debate em torno do “Sentido da
etnografia”, Capítulo II da obra, por pertinência e
alcance, pode permitir a construção de uma
antropologia da educação ou de uma antropologia e
uma educação no Brasil que sejam críticas.
Aparentemente, esse é o caminhar dos autores.
• A etnografia abordada a partir de uma concepção
fenomenológica de ciência e, portanto, não apenas
como modos de fazer, mas também como teoria do
conhecimento, abre um panorama significativo para
pensar a unidade teoria e prática desse campo
científico.
• A “viagem” dos autores no tempo e no espaço, no
entanto, parece um pouco exaustiva, detalhista, com
relatos breves de trabalhos de campo pioneiros, e
distancia-se do conteúdo tratado no capítulo
anterior.
• Talvez por sua abordagem, a compreensão
metodológica das viagens, do viajar como parte do
campo epistemológico, ou seja, “uma viagem do
olhar” ( p. 69), parece ficar restrita aos sentidos
e, no que pese a excelência do texto de Roberto
Cardoso, recuperado pelos autores, não avança o
tanto que poderia.
• Por outro lado, não é suficiente afirmar o trabalho de
campo como “uma experiência educativa completa”
(p. 78), já que muitas pesquisas que se dizem
etnográficas, em particular na educação, não chegam
propriamente a sê-lo e sequer dimensionam o estar
em campo como sendo muito mais do que estar com
nossos sujeitos.

• Estar lá diz respeito, principalmente, às bases
epistemológicas que nos conformam como
pesquisadores; mas diz, sobretudo, de nós como
sujeitos sociais, partícipes de uma dada realidade
que é histórica e datada.
• Nesse caso, como realidade política que é, não pode
desconhecer a cultura que nos envolve. O fato exige
perceber a cultura não apenas como sentido e
significado, senão como mediação2, ou seja, como
um campo político de muitas possibilidades.
• Aqui, o desafio do Capítulo III ao propor-se ao
debate desse conceito central na ciência
antropológica.
• O Capítulo III – “Cultura como teoria e método” –
dedica-se a historiar a constituição paradigmática do
conceito de cultura no interior da modernidade.
• O texto transita entre tempos e espaços
diversos, contextualizando os muitos sentidos do
conceito em suas vertentes teóricas, porém deixa
em branco o debate do final do século XX entre
modernos e pós-modernos, em relação à validade
do conceito e/ou sua revisão.
• Um pouco desse debate poderia fornecer ao leitor
informações preciosas com respeito ao próprio
conceito e sua legitimidade forjada na modernidade
e colocar em tela a emergência de um novo campo –
os Estudos Culturais – e sua influência nas pesquisas
em educação.
• Essa questão exige ser ainda explorada, de modo a
revalidar a antropologia como ciência da
modernidade que tem muito a dizer no campo da
educação e muito a dizer no tocante à realidade
plural das sociedades modernas.

• Finalmente, o Capítulo IV – “Para uma antropologia
da educação” – é aquele que busca retomar a
antropologia e a educação no quadro das ciências
humanas e sociais e é, também, o que parece
compor a unidade entre a Introdução e o Capítulo I.
• O tripé forma o escopo mais consistente da
obra, no pensar dos autores, de uma
antropologia da educação (avalizada e
complementada
pela
excelente
apresentação), na medida em que os demais
capítulos permanecem no descrever do percurso
histórico da ciência antropológica desde os mais
remotos tempos e, com isso, distancia-se do que
o título da obra propõe como seu centro: a
própria antropologia da educação.
• Esta última, presente e ausente por vazios
decorrentes dessa boa intenção dos autores –
informar exaustivamente o leitor a respeito da
antropologia, das correntes e dos autores –
, destaca- se no capítulo por sua particularidade: o
diálogo com a educação.

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SEMINÁRIO: A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUAL

  • 1. SEMINÁRIO: A ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA VISÃO HOLISTICA DA PEDAGOGIA ATUAL Prof. Msc. Márcio Gonçalves dos Santos Mestrado em Educação UNIEUBRA
  • 2. Por uma Antropologia da Educação no Brasil • A obra em destaque soma-se a outras poucas obras presentes no cenário nacional a respeito de antropologia e educação. A temática ainda não alcança pleno sucesso, quer no campo da antropologia, quer no campo da educação, voltadas para os temas mais tradicionais de atuação de suas próprias áreas.
  • 3. • Contudo, cada vez mais, a antropologia está presente nos temas tratados na educação e nas exigências que advêm das políticas nacionais de educação (LDB; PCN) e das políticas de diversidade (Leis 10.639/03 e 11.645/08) que hoje regem o fazer educativo e impõem novas exigências no âmbito das práticas pedagógicas, com implicações na formação de professores e educadores brasileiros. Por isso tudo, em boa hora, a Coleção Temas & Educação, da Autêntica Editora, coloca em circulação Antropologia & Educação.
  • 4. • Os autores, doutores em antropologia, unem esforços no sentido de “ampliar o significado da antropologia como forma de educação”, como afirmam na contracapa do livro, e entendem que a obra contempla “a educação para além dos limites físicos da escola”. • Nesse aspecto, esse é um de seus pontos fortes, ao tratar de questões como a pluralidade cultural e outros assuntos relevantes no campo pedagógico. Relevante, também, a organização da obra em capítulos que, facilmente, introduzem o leitor leigo ou o estudante iniciático das Ciências Sociais, da Educação ou de outra área, no debate pretendido.
  • 5. • A obra compreende um texto de apresentação, uma introdução à antropologia como educação e quatro capítulos. A partir dessa organização, torna-se possível compreender as características centrais da ciência antropológica no seu percurso histórico (Capítulo I), em termos da teoria e da prática do seu fazer científico (Capítulo II), e destacar a centralidade do conceito de cultura e sua razão de ser no estudo das sociedades humanas (Capítulo III).
  • 6. • A unidade dos capítulos citados complementa-se com o Capítulo IV, no qual se discutem as possibilidades de uma antropologia da educação; nele há, talvez, um debate iniciado, mas ainda a ser construído. • Encerra-se a obra com informações preciosas de fontes multimídia, de importância significativa a todos que se dedicam à educação, sejam estes professores, gestores, pesquisadores, estudantes ou outros interessados.
  • 7. • A partir dessa apreciação geral, cabe situar alguns debates que o conteúdo tratado suscita no campo educacional e, com ele, contribuir mais um passo para a construção de uma Antropologia da Educação no Brasil, como já defendia a Profa. Dra. Aracy Lopes da Silva e como tenho defendido em meus próprios trabalhos. • Chamo a atenção para o texto de apresentação da obra, “Algumas palavras sobre a cultura e a educação”, do Prof. Carlos Rodrigues Brandão, expoente da antropologia brasileira e, em particular, do debate antropológico em educação.
  • 8. • Brandão, ao situar-nos, a nós, seres humanos, como produto da relação entre a natureza e a cultura, afirma que “somos seres naturais” e que “sobre a natureza que nos é dada, construímo-nos a nós mesmos e aos nossos mundos”. Como seres humanos, como sujeitos sociais.
  • 9. • A ideia de construção é de fundamental importância, na medida em que é a partir dela que nos fazemos como seres sociais, que não apenas nominam fatos e coisas, mas que se diferenciam do mundo animal. Diferenciam-se não somente porque sabem e sentem como esses, mas porque “sabemos que sabemos, e nos sabemos sabendo (ou não sabendo); e nos sentimos sabendo e nos sabemos sentindo.”
  • 10. • Aqui, segundo Brandão, a educação, assim como a cultura, se faz “absolutamente íntima, interativa, inclusiva”. O autor deduz, então, que • a educação é – como tudo o mais que é humano e é criação de seres humanos – uma dimensão, uma esfera interativa e interligada a outras, um elo, uma trama (no bom sentido da palavra) na teia de símbolos e saberes, de sentidos e significados, como também de códigos, de instituições que configuram uma cultura, uma pluralidade interconectada (não raro, entre acordos e conflitos) de culturas e entre culturas, situadas em uma ou entre várias sociedades. (p. 12).
  • 11. •A relação entre educação e cultura é, assim, fundante e fundamental nas sociedades humanas, posto que ambas envolvem o ensinar e aprender em todas as dimensões da vida social. Nesse sentido, hoje, “no presente e complexo momento de história que compartimos”, cabenos, segundo Brandão, responder: “qual a função, a missão e o alcance da educação?” (p. 15). • Esse o desafio de uma antropologia da educação no Brasil, que está por fazer.
  • 12. • Por estar ainda em construção é que a “Introdução à antropologia como educação” se faz necessária. • Nela não apenas se situa a postura dos autores em termos da antropologia e da educação, mas também se abre uma janela de indagações preciosas que aqui se registram como contribuição ao pensamento dessa antropologia diferenciada. Para os autores, a obra é uma contribuição para pensar a “antropologia como forma de educação”, e “a educação só é possível como prática antropológica” (p. 17).
  • 13. • Compreendem, assim, para além do campo acadêmico e disciplinar da antropologia em termos de alteridade, que esta se faz “uma forma de produzir um sentido humanista a nossas experiências no mundo da vida cotidiana”, em razão de sua natureza interdisciplinar; da conquista de sua própria trajetória histórica, tal como é referida no Capítulo I; de sua natureza epistemológica (Capítulo II) e de sua perspectiva no tempo (Capítulo III), que conduz à defesa de que “a antropologia é uma forma de educação” e que “uma boa educação exige uma prática antropológica” (Capítulo IV).
  • 14. • A questão que merece ser apontada aqui é: poderia (seria possível) ser qualquer prática antropológica? Certamente não. • Nesse sentido, o Capítulo I, “A modernidade da Antropologia”, ao situar o nascimento dessa ciência e seu contexto entre os séculos XIX e XX (Ciências Clássicas e Modernas) até os tempos atuais, com o advento da pós-modernidade, será uma tentativa de responder a questão acima. Do conjunto de dados apresentados, importa destacar um dos movimentos da antropologia como “ciência aplicada”, ciência de serviço, constituída entre 1920 e 1940.
  • 15. • Trata-se de uma ciência voltada para a prática e de natureza instrumental, que permitiu intenso diálogo com os sistemas políticos da época e, em particular, com a educação, configurando uma antropologia da educação e da criança, logo após a Primeira Guerra Mundial (p. 45). • O contexto dessa antropologia da educação é bem descrito pelos autores; contudo, falta fundamental para alavancar a compreensão de outra antropologia da educação ou de uma antropologia e uma educação, hoje, mais compreensivas e críticas, que venham a se constituir no Brasil, em termos de teoria e prática.
  • 16. • Não seria o caso de dizer que essa história nada pode acrescentar a uma educação para a diversidade, em que a pluralidade do mundo social deve ser admitida como direito dos povos, tal como se requisita hoje. • A contribuição da antropologia, com sua teoria e sua prática, iluminada por sua própria transformação histórica em uma ciência mais compreensiva e crítica, faz-se fundamental. • Diz de um fazer antropológico que é, a um só tempo, transformado e transformador, e não apenas por assumir uma concepção mais humanista, tal como dizem os autores.
  • 17. • O humanismo também pode ser uma armadilha na defesa dos chamados outros, quando apenas ideologia e não valor, inclusive por sua capacidade de responder à natureza instrumental e técnica da própria educação moderna. • A antropologia é uma ciência do “fazer-fazendo”, que se constrói pela crítica constante de seus próprios passos, uma ciência que “aprende-e-ensina”, ao mesmo tempo que “ensina-e-aprende”.
  • 18. • Por essa razão, coloca-se como mais-valia no campo educacional, desafiada pela ruptura entre ensino e aprendizagem, seja dos que ensinam, seja dos que aprendem. • O desafio no qual o fazer antropológico, sua prática e seu suporte teórico são fundamentais na educação diz respeito a re-unir ensinoaprendizagem, tornando-se um aprender ensinando e um ensinar aprendendo. • Por esse arrazoado, fica a dúvida: falar de uma antropologia da educação no Brasil seria pensar uma “educação antropológica” (p. 19).
  • 19. • Em pauta, o humanismo ideológico presente na educação que herdamos, também presente no histórico da disciplina e que, muitas vezes, para os menos avisados, opera apenas como uma ideologia geral e abstrata, pouco construtiva e transformadora. • Aqui, o debate em torno do “Sentido da etnografia”, Capítulo II da obra, por pertinência e alcance, pode permitir a construção de uma antropologia da educação ou de uma antropologia e uma educação no Brasil que sejam críticas. Aparentemente, esse é o caminhar dos autores.
  • 20. • A etnografia abordada a partir de uma concepção fenomenológica de ciência e, portanto, não apenas como modos de fazer, mas também como teoria do conhecimento, abre um panorama significativo para pensar a unidade teoria e prática desse campo científico. • A “viagem” dos autores no tempo e no espaço, no entanto, parece um pouco exaustiva, detalhista, com relatos breves de trabalhos de campo pioneiros, e distancia-se do conteúdo tratado no capítulo anterior.
  • 21. • Talvez por sua abordagem, a compreensão metodológica das viagens, do viajar como parte do campo epistemológico, ou seja, “uma viagem do olhar” ( p. 69), parece ficar restrita aos sentidos e, no que pese a excelência do texto de Roberto Cardoso, recuperado pelos autores, não avança o tanto que poderia.
  • 22. • Por outro lado, não é suficiente afirmar o trabalho de campo como “uma experiência educativa completa” (p. 78), já que muitas pesquisas que se dizem etnográficas, em particular na educação, não chegam propriamente a sê-lo e sequer dimensionam o estar em campo como sendo muito mais do que estar com nossos sujeitos. • Estar lá diz respeito, principalmente, às bases epistemológicas que nos conformam como pesquisadores; mas diz, sobretudo, de nós como sujeitos sociais, partícipes de uma dada realidade que é histórica e datada.
  • 23. • Nesse caso, como realidade política que é, não pode desconhecer a cultura que nos envolve. O fato exige perceber a cultura não apenas como sentido e significado, senão como mediação2, ou seja, como um campo político de muitas possibilidades. • Aqui, o desafio do Capítulo III ao propor-se ao debate desse conceito central na ciência antropológica. • O Capítulo III – “Cultura como teoria e método” – dedica-se a historiar a constituição paradigmática do conceito de cultura no interior da modernidade.
  • 24. • O texto transita entre tempos e espaços diversos, contextualizando os muitos sentidos do conceito em suas vertentes teóricas, porém deixa em branco o debate do final do século XX entre modernos e pós-modernos, em relação à validade do conceito e/ou sua revisão. • Um pouco desse debate poderia fornecer ao leitor informações preciosas com respeito ao próprio conceito e sua legitimidade forjada na modernidade e colocar em tela a emergência de um novo campo – os Estudos Culturais – e sua influência nas pesquisas em educação.
  • 25. • Essa questão exige ser ainda explorada, de modo a revalidar a antropologia como ciência da modernidade que tem muito a dizer no campo da educação e muito a dizer no tocante à realidade plural das sociedades modernas. • Finalmente, o Capítulo IV – “Para uma antropologia da educação” – é aquele que busca retomar a antropologia e a educação no quadro das ciências humanas e sociais e é, também, o que parece compor a unidade entre a Introdução e o Capítulo I.
  • 26. • O tripé forma o escopo mais consistente da obra, no pensar dos autores, de uma antropologia da educação (avalizada e complementada pela excelente apresentação), na medida em que os demais capítulos permanecem no descrever do percurso histórico da ciência antropológica desde os mais remotos tempos e, com isso, distancia-se do que o título da obra propõe como seu centro: a própria antropologia da educação.
  • 27. • Esta última, presente e ausente por vazios decorrentes dessa boa intenção dos autores – informar exaustivamente o leitor a respeito da antropologia, das correntes e dos autores – , destaca- se no capítulo por sua particularidade: o diálogo com a educação.