1) O documento resume um texto sobre o livro "O jogo das diferenças: o multiculturalismo e seus contextos".
2) Aborda brevemente as principais ideias do livro sobre o significado do multiculturalismo e sua aplicação na educação brasileira e nos Estados Unidos.
3) Também discute alguns pontos polêmicos do livro, como a importância da adoção do termo "multiculturalismo" no contexto brasileiro.
1. RESENHAS
O JOGO DAS DIFERENÇAS: O MULTI- sucinto, discorre-se sobre o estado da arte dos
CULTURALISMO E SEUS CONTEXTOS estudos culturais e a pesquisa em educação no
Luiz Alberto Oliveira Gonçalves, Brasil. Afirma-se que as dissertações e teses pro-
Petronilha B. Gonçalves e Silva duzidas sobre temas multiculturais no campo da
educação, entre 1981 e 1997, ainda são insufi-
Belo Horizonte: Autêntica, 1998. 118 p.
cientes e estão muito longe de fornecer susten-
(Coleção Trajetória)
tação adequada a projetos educacionais desen-
volvidos pelos sistemas de ensino, na perspecti-
A Coleção Trajetória, o mais novo proje-
va de contemplar a diversidade cultural que nos
to dedicado à educação, da Autêntica Editora, foi caracteriza. Na avaliação dos autores, o
lançada no segundo semestre de 1998, com a surgimento dessa preocupação, em meados da
promissora e bem-vinda proposta de tornar
década de oitenta, explica-se pelo contexto his-
acessível, ao público em geral, temáticas que tórico de organização de movimentos sociais,
vêm sendo pesquisadas por estudiosos de vários respondendo ao clima de repressão extremada
campos do conhecimento. A expectativa criada
imposto pela ditadura militar. Para eles, não por
por um projeto como este é de que o hiato acaso, os enfoques teóricos e metodológicos
existente no processo de produção do conheci- utilizados nessa pequena produção acadêmica
mento seja superado, ao serem transpostos os
vêm da Sociologia, da Antropologia e da Filoso-
muros da academia. Afinal, tal processo só pode fia, pressupondo uma leitura mais complexa da
realimentar-se, aprimorando-se, mediante a sua realidade. No tocante à utilização de recursos
crescente socialização e exposição à crítica. O
teórico-metodológicos da Antropologia, histo-
perfil multidisciplinar da coleção implicou a esco- ricamente estruturada em torno da discussão
lha não aleatória do tema de abertura, referin-
do conceito de cultura, valeria a pena lembrar
do-se ao direito à diferença. Encaixando-se que sua questão central é pensar a humanidade
como uma luva nas intenções da editora, sob como una e indistinta, de um lado e, de outro, a
formato de livro, foi publicado O jogo das dife-
diversidade que a caracteriza como condição de
renças: o multiculturalismo e seus contextos, de sua existência e sua marca necessária. No caso
Luiz Alberto Oliveira Gonçalves e Petronilha B. dos estudos sobre as diferenças culturais no cam-
Gonçalves e Silva. Os autores, com formação
po educacional, a compreensão dessas dimen-
em sociologia e em pedagogia, respectivamen- sões universal e singular da cultura pode contri-
te, também aceitaram o desafio de vencer dis- buir para o avanço das discussões e das propos-
tâncias geográficas e institucionais, ele da UFMG,
tas de intervenção. Em outra ocasião (Valente,
ela da UFSCar, procurando construir e 1996), chamei a atenção sobre os riscos poten-
aprofundar os vínculos e o diálogo que vêm ciais e efetivos aos quais são ou podem ser
sendo estimulados no compromisso comum,
expostas as abordagens educacionais que incor-
intelectual e político, com a questão dos negros poram às suas práticas os procedimentos da
no Brasil e no mundo. Outra experiência que os Antropologia, sem a devida consideração de suas
une é a atuação em programas de pós-gradua-
implicações teórico-metodológicas e sem que
ção em educação. seja respeitado o conhecimento acumulado no
Trata-se, na verdade, de um ensaio com- seu campo de estudo. Quando se trata de abor-
posto por quatro capítulos, cada qual guardan- dar a questão das diferenças culturais, esses ris-
do certa autonomia. No último deles, bastante cos podem ser maiores.
Cadernos de Pesquisa, nº 107, p.julho/1999julho/1999
de Pesquisa, nº 107, 247-251, 247
2. Tudo indica que baseados no diagnóstico uma ou outra idéia interessante não desenvolvi-
da falta de familiaridade dos educadores com a da, aquilo que ainda não foi escrito e que, portan-
temática e, como afirmam os autores, em ra- to, não posso cobrar dos autores. No máximo,
zão das questões que lhes são feitas por docen- posso também tentar provocá-los com questões
tes de ensino fundamental em diversos encon- que nem eu mesma resolvi, para futuras trocas e
tros, os três capítulos, “O multiculturalismo e discussões teóricas.
seus significados”, “Multicul-turalismo e educa- Embora considere importante, como os
ção nos Estados Unidos” e, “O Multiculturalismo autores, que o aprendizado das experiências de
na América Brasileira” foram escritos de manei- outros países no tratamento da diferença cultu-
ra simples e inicial, para garantir o acesso às ral possa contribuir para a reflexão sobre nossa
discussões propostas. Estas, diferentemente da singularidade, venho me perguntando se, no
forma, comportam conteúdos complexos e, Brasil, devemos importar conceitos, definidos
como bem lembram os autores, neles a simpli- em contextos diferentes, mesmo revestidos de
cidade é apenas aparente. Nesses capítulos são novos significados. Este não seria o caso do
oferecidos ao leitor, além do pano de fundo emprego da palavra “multiculturalismo”? Afinal,
sobre o qual se desenrolam as discussões sobre conforme foi mostrado no livro, na retrospecti-
o multiculturalismo, mostrando que qualquer va da experiência americana, a compreensão
tentativa de “defini-lo com precisão, é tarefa do “multiculturalismo e suas repercussões na
bastante arriscada, fadada ao insucesso” (p.19), educação implica destrinçar referências ideoló-
dados importantes sobre a história do movi- gicas, elucidar encaminhamentos teóricos, des-
mento nos Estados Unidos. O relato da ex- cobrir práticas sociais, significar práticas peda-
periência americana objetiva contribuir na refle- gógicas, posicionar-se politicamente e situar-se
xão sobre os desafios que deverão ser enfrenta- socialmente”, numa intrincada rede de significa-
dos pelo sistema de ensino brasileiro ante a dos contextualizada num território, numa socie-
introdução do tema da pluralidade cultural pro- dade e nas relações que a mantém (p.71). Seria
posto nos parâmetros curriculares nacionais. possível desconsiderar as diferenças históricas
Sobre a experiência brasileira nesse terreno, os que nos separam dos Estados Unidos, mesmo
autores fazem uma breve retrospectiva do pro- que informadas pelo caráter universal do capita-
cesso de constituição do movimento negro. Es- lismo em tempos de globalização?
pecial atenção é dedicada à criação do Teatro De passagem, no primeiro capítulo, os
Experimental do Negro, no final dos anos qua- autores interrogam-se quanto ao sentido do
renta, considerado pelos autores como “uma multiculturalismo em países europeus, mostran-
possibilidade de interferir no ‘jogo de significa- do como a produção de pesquisadores com-
ções’” (p.87-90), ou no jogo das representa- prometidos com o estudo da questão é marcada
ções, por excelência o “campo de combate do por contradições. Diria, ainda, que é marcada
multiculturalismo” (p.96). pela falta de consenso, inclusive na utilização dos
Contudo, a simplicidade da forma que não termos que vão designar a recente preocupa-
compromete o conteúdo do livro e mesmo o ção com a diversidade cultural. Entretanto, a
tratamento por vezes superficial de algumas ques- intenção de superar a perspectiva do
tões polêmicas, certamente motivado por ra- multiculturalismo vem ganhando espaço na Eu-
zões de ordem editorial, vão despertar no leitor, ropa, que pretende implementar a “educação
mais ou menos familiarizado com a temática, intercultural”. Para os europeus, o conceito de
reações diversas e níveis diferenciados de inter- “multicultural” se limita a constatar o estado das
pretação, análise e crítica. Para mim, a leitura do entidades sociais onde coabitam os grupos ou
livro foi instigante para pensar as suas entrelinhas, os indivíduos de culturas diferentes, ao passo
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3. que o “intercultural” permite a caracterização de hegemonia sobre os demais, com base em in-
uma dinâmica bilateral no interior da qual se teresses políticos e econômicos; c) a educação
engajam parceiros conscientes de sua estrutura-se para legitimar uma organização
interdependência. Contudo, como discuti em li- sociocultural marcada pela contradição, por isso
nhas gerais, essa intenção de superar o abrindo a possibilidade de sua negação e; d) a
multiculturalismo esbarra em obstáculos de diferença cultural é condição e marca necessária
várias ordens, passíveis de serem contornados da humanidade e sua interação com o meio,
pela reflexão teórica radical, rigorosa e atenta. mas aparece na histórica marcada pela desi-
Ainda que, na Europa, a proposta de educação gualdade; não seria pertinente pensar numa pro-
intercultural “seja pensada a partir do pressupos- posta educacional que contemple o contraditó-
to de uma dinâmica de relações sociais, mas abs- rio processo de criação/significação da diversi-
tratas, ao desconsiderar os contornos da socie- dade cultural para uma educação igualitária ou
dade capitalista atual, incorre no mesmo equívo- para a cidadania paritária? Sob a condição de que
co que se imputa a outrem: limita-se a constatar sejam desvelados os usos sociais dos conheci-
o estado de parceiros culturalmente diferentes mentos transmitidos que, como criações hu-
em conflito” (Valente, 1998b. p.16b). Nesse manas, são passíveis de serem transformados.
mesmo artigo, afirmo considerar falaciosa a pro- Como decorrência do que foi exposto, não pos-
posta de uma educação intercultural como sinô- so concordar com os autores de que “o
nima de uma educação harmônica de respeito às multiculturalimo não interessa à sociedade como
diferenças. Nesse caso, tratar-se-ia de propor um todo, e sim a certos grupos sociais que, de
uma conotação nova e positiva ao fenômeno das uma forma ou de outra, são excluídos dos cen-
relações entre as culturas que sempre esteve tros de decisão por questões econômicas e,
marcada pelo signo da dominação. Porém, con- sobretudo, por questões culturais” (p.33). Mes-
siderando o seu uso amplo e generalizado entre mo que se considere que os negros, no Brasil e
os europeus, admito utilizar o termo nos Estados Unidos, foram precursores de
“intercultural”, a ele associando uma perspectiva movimentos reivindicativos da diferença cultu-
de compreensão mais crítica (Valente, 1998. ral, não se pode negar que a identidade de ne-
p.15a). Mas convenhamos que a mera adjunção gros e de brancos é resultado de um processo
do adjetivo “crítico” não dá conta de resolver os relacional envolvendo o dois segmentos raciais
dilemas da interculturalidade ou da educação ou étnicos. Ao propor uma metodologia de
intercultural, também proposta no texto da LDB combate ao racismo nas escolas afirmei que
e exposta a alguns perigos (Valente, 1998a). A “não se pode pensar a questão racial apenas em
questão a responder é: levando-se em conta o sua especificidade negra, como querem alguns
jogo de significações, por que empregar os con- militantes e estudiosos, na medida em que, ne-
ceitos “multiculturalismo” ou “educação cessariamente, essa questão envolve brancos.
intercultural”, para designar a experiência brasi- Também não se pode pensar na especificidade
leira que, por razões singulares, é diferente? infantil sem que ela esteja referida ao ‘universo
Nessa linha de raciocínio, considerando adulto’ e à sua complexidade em termos raciais
que: a) reivindicação do respeito à diferença cul- e de classe” (Valente, 1995. p.48 b).
tural no Brasil, historicamente partiu de grupos Ainda não encontrei o termo ou termos
sobre os quais se impôs o universalismo euro- mais apropriados para nomear esse processo,
peu, isso é, sobre índios e negros; b) a luta sem cair em redundâncias ou tautologias. Mas,
desses grupos étnicos ganha significado como a citação de trecho de um artigo escrito por
relação opositora ante outras singularidades, ou Antonio Candido de Mello e Souza, há vinte
seja, ante outros grupos étnicos que advogam a anos, que abre o livro organizado por Fernando
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4. Haddad (1998), pode também aqui emprestar da chamada pedagogia crítica, vêm sendo feste-
a força de seu pensamento. Para Antonio jadas por pesquisadores brasileiros que discutem
Candido, a cópia, a imitação de padrões trazi- questões do currículo. No livro Multiculturalismo
dos pelos nossos colonizadores são fenômenos Crítico (Maclaren, 1997), esse autor explicita sua
de cultura reflexa que caracterizaria a cultura adesão à perspectiva pós-moderna e a ela faz
brasileira, conformando uma tendência de ser justiça: verborrágico, utiliza uma linguagem tor-
muito “a favor”. Indaga se já não teríamos ma- tuosa e plena de senso comum, que pode enga-
turidade para criar uma cultura “do contra”, es- nar incautos. Eclético, é generoso na apresenta-
pecialmente para fazer frente à era conservado- ção de suas interessantes fontes, freneticamente
ra na qual entramos. Como lembra Haddad, citadas numa confusa colagem. No entanto, es-
não aderir “às novas manias recém-importadas sas mesmas fontes levam-no a cometer alguns
pelas elites na sua eterna e volúvel trajetória de sérios equívocos, como, por exemplo, a distorção
modernização conservadora no país” e “desor- do pensamento de Gramsci. Discorre sobre co-
ganizar o consenso em torno das idéias hoje nhecidas questões da Antropologia, de maneira
hegemônicas é tarefa das mais árduas” (1998. fragmentada, como se fossem novidades. Às suas
p.12). Talvez valha a pena aceitar esse desafio, mal costuradas observações seguem uma série
procurando refletir em que momentos a dife- de recomendações práticas para “as/os educado-
rença aparece como um problema e a possibi- ras/es” em sala de aula, partilhando da linguagem
lidade dessa questão ser manipulada pelos gru- politicamente correta nas questões de gênero,
pos hegemônicos. O resgate da historicidade que inclusive merece nota explicativa da tradu-
desses momentos parece-me uma condição fun- ção, sem igual atenção para as questões étnico-
damental para “ser do contra”, elaborando es- raciais. Em outra oportunidade (Valente,1997),
tratégias mais consistentes que façam oposição utilizando uma paráfrase, chamei o discurso pós-
efetiva, num quadro de correlação de forças moderno de arrombador de portas abertas, que
políticas desiguais (Valente, no prelo). adere ao relativismo e valoriza a diversidade. Tal
Finalizando essa resenha propositadamen- discurso se espalhou no embalo do que se
te escrita ao reverso, na medida em que, atual- convencionou chamar de “crise de para-digmas”,
mente, me parece imprescindível pensar o aves- com a proposta de buscar novas referências que
so das discussões em torno na diferença cultural propiciem respostas adequadas aos problemas
para evitar armadilhas e “tiros que saem pela colocados pela contempora-neidade, afirmando
culatra”, merece destaque um breve comentário ser apenas possível estudar a especificidade e sin-
feito pelos autores na apresentação. Ali manifes- gularidade dos fenômenos, com isso justificando
tam preocupação com o fato de que, hoje, o a sua descrição de forma fragmentada e isolada.
contexto de onde se fala sobre os sentidos e os Para os críticos pós-modernos, a realidade social
significados do multiculturalismo no mundo con- da atualidade é tão nova e carregada de matizes
temporâneo “tenha se transformado em uma que nenhum sistema teórico e, sobretudo o que
espécie de ideologia escolar, teoria do currículo” consideram ser “o marxismo”, com sua preten-
e objeto “de preocupação de educadores pós- são de totalidade, seria capaz de captar, não le-
modernos bem comportados”. Não resistindo vando em consideração que as principais acusa-
ao apelo dessa reticente mas incisiva crítica, per- ções dirigidas a essa matriz teórica sofreram acer-
mito-me tecer algumas considerações a respei- tos de contas internos. Conforme argumentei, a
to. Essa preocupação manifestada pelos autores crítica pós-moderna não apresenta qualquer no-
é bastante pertinente quando se considera que as vidade, mesmo porque não é a primeira e nem
idéias de Peter Mclaren, canadense e professor será a última vez que se anuncia ”o fim da histó-
nos Estados Unidos, considerado um expoente ria”, mas, sem dúvida, a adesão de estudiosos
250 Cadernos de Pesquisa, nº 107, julho/1999
5. de vários campos do conhecimento ao pós- importante contribuição. D’O jogo das diferen-
modernismo é preocupante... Para aqueles que ças não se esperam vencedores.
não embarcaram nesse modismo, continua va-
Ana Lúcia Eduardo Farah Valente
lendo a máxima de que, “é possível esquecer a
Doutora em Antropologia Social pela USP e
totalidade quando nos interessamos apenas pe-
professora do Curso de Mestrado em
las diferenças entre os homens, não quando nos
preocupamos também com a desigualdade”, va- Educação e do Departamento de Ciências
lendo-me das palavras de Canclini (1997. p. Humanas da UFMS.
30), ao não admitir que a preocupação com a
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
totalidade social careça de sentido.
Assim, retomando o que vinha sendo dito CANCLINI, N.G. Culturas híbridas. São Paulo:
linhas atrás, mesmo reticente, nessa crítica à EDUSP 1997 (Ensaios latino-americanos,1)
,
“ideologia do currículo” e à “adesão pós-mo- HADDAD, F. (org.) Desorganizando o consenso:
derna”, parece ser definida a direção nove entrevistas com intelectuais à es-
metodológica, que compartilho com os auto- querda. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Fun-
res, de não perceber a temática da diferença dação Perseu Abramo, 1998.
cultural como “novidade”. Recoloca-se, então, MCLAREN, P Multiculturalismo crítico. São Paulo:
.
a importância da tarefa de recuperar a história e Cortez, 1997.
a luta dos povos oprimidos e, com ela, a pró-
VALENTE, A.L.E.F Educação e diversidade cultural:
.
pria história do multiculturalismo(?), sem deixar
algumas reflexões sobre a LDB. Intermeio,
de inseri-la num contexto mais amplo de com-
Campo Grande, n.4, p.21-7, 1998a.
preensão. Nesse livro, os autores referem-se,
sobretudo, ao resgate da luta do negros, com ________. Educação e diversidade cultural: um desa-
especial atenção às especificidades que marcam fio da atualidade. São Paulo: Moderna. (no prelo)
o tratamento da questão no Brasil e nos Esta- ________. Para além do multiculturalismo: a educa-
dos Unidos, sem menosprezar os momentos ção intercultural na Europa. Revista Brasileira
em que essas trajetórias se cruzam e que even- de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.79,
tualmente podem trazer elementos para a nos- n.191, p.7-18, jan./abr. 1998b.
sa reflexão. Como se percebe, tantos pontos ________. Por uma Antropologia de alcance
em comum, os quais compartilho com os au- universal. Cadernos Cedes, Campinas,
tores, não mascaram nossas diferenças, que
n.43, p.58-74, dez.1997.
devem ser respeitadas. Elas podem ser
________. Proposta metodológica de combate
mantidas intactas ou podem compor uma nova
ao racismo nas escolas. Cadernos de Pesqui-
síntese, a depender dos resultados do fértil di-
álogo que pode ser estabelecido entre os estu- sa, São Paulo, n.93, p. 40-50, maio 1995.
diosos de uma temática ainda pouco conhecida ________. Usos e abusos da Antropologia na
no campo da educação, para o qual, sem dú- pesquisa educacional. Proposições, Cam-
vida, Luiz Alberto e Petronilha forneceram uma pinas, n.20, p.54-64, jul.1996.
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