SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 71
Baixar para ler offline
História das Missões 
Prof. Paulo Dias Nogueira
Palavras usadas no decorrer da história para designar a ação da igreja no mundo: 
Missão 
Evangelização 
Pastoral 
Ministério
Definir e conceituar esta ação da igreja no mundo tem sido a tarefa de muitos missiólogos no decorrer dos tempos. 
Nesta disciplina utilizaremos a palavra 
MISSÃO 
A utilização deste termo na atualidade, não é uma exclusividade dos cristãos e muito menos do ambiente religioso.
O termo tem sido muito utilizado no mundo corporativo. 
Empresas 
Todos deixam claro a seus clientes e usuários qual é a sua missão. 
Escolas 
Hospitais 
Clubes 
Instituições Sociais 
Igrejas
Para se fazer jus à relevância do tema missão para a igreja cristã, façamos uma retrospectiva histórica. 
Para Bosch o conceito de missão para os cristãos, ainda que não fosse unívoco, teve um conjunto de sentidos relativamente circunscritos até a década de 50 do século XX:
MISSÃO significava: 
a)o envio de missionários a um território especificado; 
b)as atividades empreendidas por tais missionários; 
c)a área geográfica em que os missionários atuavam; 
d)a agência que expedia os missionários; 
e)o mundo não-cristão ou “campo de missão” 
f)uma congregação local sem um pastor residente e que ainda dependia do apoio de uma igreja mais antiga, estabelecida; ou 
g)uma série de serviços especiais destinados a aprofundar ou difundir a fé cristã, em geral num ambiente nominalmente cristão.
MISSÃO 
Se tentarmos elaborar uma sinopse mais especificamente teológica de “missão” assim como o termo tem sido usado tradicionalmente, observamos que ela foi parafraseada como: 
a)propagação da fé; 
b)expansão do reinado de Deus; 
c)conversão dos pagãos; e 
d)fundação de novas igrejas (cf. Muller 1987:31-34)
MISSÃO 
Porém a partir de 1950 houve uma significativa ampliação do conceito. 
Porém antes de nos atermos ao século XX, principalmente na segunda metade, faz-se necessário um rápido olhar pelo retrovisor da história da Igreja. 
Seguiremos a proposta de David Bosch, em seu livro “Missão Transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão”.
MISSÃO 
Porém a partir de 1950 houve uma significativa ampliação do conceito. 
Porém antes de nos atermos ao século XX, principalmente na segunda metade, faz-se necessário um rápido olhar pelo retrovisor da história da Igreja. 
Seguiremos a proposta de David Bosch, em seu livro “Missão Transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão”.
MISSÃO 
Diferentemente de outros missiólogos, Bosch preferiu refletir sobre o tema, a partir do Novo Testamento, analisando particularmente o ministério de Jesus e, depois, da igreja primitiva, através dos textos de três importantes escritores bíblicos: Mateus, Lucas e Paulo.
JESUS: No contexto do século I, Jesus choca o establishment religioso judaico com sua missão oniabrangente, anunciando salvação para os “pecadores” e para os fariseus, tanto aos ricos, quanto aos pobres. 
MATEUS: Destaca que no evangelho de Mateus, o conceito de missões está por todo o texto e não somente na Grande Comissão.
LUCAS: Evangelho e Atos 
No Evangelho, Bosch ressalta a preocupação de Jesus com os pobres e com a necessidade dos ricos se arrependerem de suas injustiças. 
Em Atos, a missão aos gentios mais especificamente nos textos que tratam dos samaritanos, apresenta a expansão da missão de Jerusalém a todas as nações. Apesar de ênfases diferentes os dois textos se correlacionam. O Espírito Santo é o ponto de ligação entre os dois volumes, pois foi através dele que Jesus iniciou e realizou sua missão, e também foi através dele que a igreja iniciou e realizou a sua missão.
PAULO: Bosch apresenta a missiologia de Paulo fazendo uma distinção entre a apocalíptica paulina e a judaica. Define a judaica como pessimista diante do presente, enquanto a paulina trabalha em prol da redenção do mundo, aguardando a completa manifestação do reino de Deus.
PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão 
Nos quatro primeiros capítulos, num total de 193 páginas, Bosch apresenta a percepção que três importantes testemunhas da igreja primitiva (Mateus, Lucas e Paulo) tiveram do ministério de Jesus e respectivamente da responsabilidade da igreja frente ao mundo.
PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão 
Portanto não há uma definição ou um modelo de missão bíblicos. Há, sim, percepções diferentes da ação da igreja no mundo. Em lugares diferentes, com culturas diferentes, em momentos diferentes, respondendo a desafios diferentes, a igreja precisou mudar sua concepção e estratégia missionárias.
PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão 
Para apresentar um conceito de MISSÃO relevante para a época atual, não se deve saltar diretamente dos tempos bíblicos para hoje. Deve-se levar em conta os vinte séculos de história. 
Apelar para os escritos bíblicos, aplicando-os literalmente à sociedade atual sem uma pesquisa exegética apurada, pode gerar interpretações equivocadas com resultados drásticos.
PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão 
Deve-se compreender que a(s) sociedade(s) para qual Mateus, Lucas e Paulo dirigiram seus escritos, são profundamente dessemelhantes da(s) sociedade(s) atual(is). 
Esclarecer a impossibilidade de se obter um conhecimento absoluto e imutável das coisas é uma preocupação de Bosch.
PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão 
Ele afirmará que em muitos momentos da história, houve cristãos (e teólogos!) acreditando que sua compreensão da fé era “objetivamente” exata e, portanto, a única interpretação autentica do cristianismo. Ao expor como a igreja cristã no decorrer da história interpretou e realizou sua missão, Bosch subdividiu em seis paradigmas diferentes:
PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão 
Ao apresentar esta subdivisão, Bosch estava seguindo a proposta de Hans Küng, quando apresentou a história do pensamento cristão em seis grandes eras. Deve-se ressaltar que esta idéia não é original de Küng, pois ele utilizou-se da divisão apresentada por Thomas Kuhn ao desenvolver a teoria das mudanças de paradigmas em ciências.
PARTE 2: Paradigmas históricos da missão 
Apocalíptico do Cristianismo Primitivo 
Helenístico do Período da Patrística 
Católico Romano Medieval 
Protestante (da Reforma) 
Moderno do Iluminismo 
Ecumênico Emergente
Foi apresentado acima Analisou a percepção missiológica de três importantes escritores bíblicos: 
Mateus 
Lucas 
Paulo 
Apocalíptico do Cristianismo Primitivo 
Paradigma 1
Momento em que o cristianismo passou de uma religião judaica a uma religião greco-romana, época esta em que mesmo não havendo uma teologia homogênea, verifica-se “contornos de um paradigma único e coerente”. 
Um texto bíblico que sintetiza este paradigma é o de João 3:16, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. 
Helenístico do Período da Patrística 
Paradigma 2
Para a igreja oriental o fundamento da missão é o amor, e seu objetivo principal promover a vida. Estava mais calcada numa teologia joanina, que paulina. 
Helenístico do Período da Patrística 
Paradigma 2
Um texto bíblico que sintetizaria este paradigma é o de Lucas 14:23: “e os obrigue a entrar”. 
Mesmo não fazendo uma alusão explícita ao texto de Lucas, durante a idade média a igreja, aplicou uma metodologia missionária que obrigava a conversão dos pagãos e judeus (em certos momentos pela força e em outros por lisonjas). 
Católico Romano Medieval 
Paradigma 3
A busca por conquistar ou reconquistar as cidades tomadas pelo islamismo, levou a igreja-estado a implementar uma missão de cruzada (guerra santa). 
Católico Romano Medieval 
Paradigma 3
Esse paradigma pode ser sintetizado através do texto bíblico de Rm 1:16-17: 
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. 
Protestante (da Reforma) 
Paradigma 4
Quem precipitou o início deste paradigma foi Martinho Lutero. A Reforma Protestante não rompeu totalmente com o paradigma católico medieval, porém, trouxe novidades que repercutiu na compreensão e realização da missão neste período. 
Protestante (da Reforma) 
Paradigma 4
Pode-se destacar: a doutrina da justificação pela fé; doutrina do pecado (catolicismo medieval se concentrava nos muitos pecados da humanidade, o protestantismo fala do pecado ‘original’); subjetividade da salvação; sacerdócio de todos os crentes; a centralidade das Escrituras. 
Estes cinco traços acarretaram importantes consequências, positivas e negativas, para a compreensão e desenvolvimento da missão neste período. 
Protestante (da Reforma) 
Paradigma 4
Antes do iluminismo, a vida em todos os seus âmbitos era permeada pela religião (as leis, a ordem social, o ethos privado e público, o pensamento filosófico, a arte), porém com sua chegada foi assumido um antropocentrismo radical. A partir deste período a fé cristã perdeu seu caráter de tácita obviedade, levando-a a sentir-se num mundo estranho e hostil, onde deveria se auto afirmar. 
Moderno do Iluminismo 
Paradigma 5
Para demarcar a influência do iluminismo sobre a teologia cristã pode-se apresentar sete características deste paradigma: 
1) a razão (passou a ser importante também na teologia cristã) 
2) separação entre sujeito e objeto utilizado nas ciências naturais foi aplicada à teologia; 
3) a eliminação do propósito da ciência e sua substituição pela causalidade direta como chave para a compreensão da realidade; 
Moderno do Iluminismo 
Paradigma 5
4) otimismo no progresso foi aplicado à teologia e à igreja; 5)distinção entre fato e valor (o iluminismo permitia aos indivíduos selecionarem a seu bel-prazer valores entre uma ampla gama de opções); 6)todos os problemas, a princípio, são solucionáveis; 7) os indivíduos são seres emancipados e autônomos. 
Moderno do Iluminismo 
Paradigma 5
Diferentemente dos paradigmas anteriores onde pode-se encontrar um traço padrão e até uma referência bíblica que representasse o pensamento e a prática missionária da igreja, neste, há um entendimento diversificado e multifacetado do tema. 
Dentre várias pode-se citar pelo menos três referências bíblicas, que representam grupos e entendimentos diferentes sobre a missão: 
Moderno do Iluminismo 
Paradigma 5
a)At 16:9, “passa à Macedônia e ajuda-nos”, acreditando que os outros povos estavam em trevas e que os ocidentais cristãos iriam salvá-los; 
b)Mt 24:14”E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”, os pré-milenaristas firmam a missão nesta visão; e, 
c)Jo 10:10, “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”, alguns grupos comprometidos com o Evangelho Social. 
Moderno do Iluminismo 
Paradigma 5
Este paradigma ainda está emergindo não está claro que configuração final assumirá. 
Até o momento falou-se do passado, agora no entanto, ao falar do presente utiliza-se provisoriamente o paradigma da pós- modernidade. 
Este tempo é marcado pela contestação das máximas levantadas pelo iluminismo (citadas no item anterior). 
Ecumênico Emergente 
Paradigma 6
Eventos da história mundial abalaram profundamente a civilização ocidental: duas guerras mundiais; revoluções russa e chinesa; horrores perpetrados por governantes em nome do nacional-socialismo, fascismo, comunismo e capitalismo; colapso de grandes impérios coloniais ocidentais; rápida secularização do ocidente e outras partes do mundo. 
Ecumênico Emergente 
Paradigma 6
A igreja, a teologia e a missão, não ficam incólumes a tudo isso, são influenciadas e influenciam esta sociedade. 
Neste novo paradigma, pós-moderno, a igreja necessita posicionar-se de forma criativa diante da sociedade para cumprir sua missão. 
Ecumênico Emergente 
Paradigma 6
Após este salto histórico, deve-se reconhecer que o conceito de missão foi se transformando, paulatinamente, no decorrer dos tempos. A cada momento histórico, missiólogos e teólogos, em nome da igreja forjavam conceitos visando firmar o significado de missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
No início do século XX a história das missões mundiais foi marcada pela Conferência Missionária de Edimburgo (1910). 
Na fase preparatória desta grande conferência aconteceram três outras conferências mundiais de missão: 
LIVERPOOL (1860), 
LONDRES (1888) e 
NOVA IORQUE (1900). 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Aconteceram também conferências continentais (Ásia, África e América Latina). Todas estas conferências (mundiais e continentais) debateram sobre temas como: tradução da Bíblia; ajuda médica; trabalho social; literatura em língua nativa; formação de pessoal em nível nacional, continental e mundial; lugar e formação da mulher; evangelização de novas regiões; crescimento da igreja. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Na seqüência a Edimburgo também foram realizadas outras conferências: 
MISSÃO – Séculos XX e XXI 
Lake Mohonk (1921) Jerusalém (1928) Tambaram (1938) Whitby (1947) Willingen (1952) Achimota (1958) Nova Délhi (1961) México (1963) Bangcoc (1972) Melbourne (1980) San Antonio (1989) Salvador (1996)
Ao refletir sobre as Conferências Missionárias Mundiais (Concílios Missionários Internacionais) verificam-se mudanças no paradigma de missão. 
Cada Conferência procurava responder às demandas de sua época, dentro de sua visão de mundo. 
Em EDIMBURGO (1910), a preocupação era alcançar os continentes não-cristãos. 
Em JERUSALÉM (1928), questionou-se o avanço missionário em continentes não cristãos, pois o maior desafio no momento era o secularismo. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Em MADRAS (1938), discutiu-se sobre a mensagem cristã num mundo não-cristão. 
Em WHITBY (1947), primeira conferência após a Segunda Guerra Mundial, firmou-se os ideais de Masdra, afirmando que igreja e missão não se separam (missiones ecclesiae). Porém, com a formação do CMI em 1948, verifica-se sua influência sobre o movimento missionário mundial. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
A primeira Conferência a ser realizada é a de WILLINGEN (1952), onde se firma que o ponto de partida para a missão é a Santíssima Trindade, daí o conceito de Missio Dei. Nas palavras de Longuini, tanto a missão como a igreja, deveriam viver da Missio Dei e na Missio Dei. Nesta Conferência, foi questionada a hegemonia européia e norte americana nas missões mundiais, permitindo assim, novas leituras e novos caminhos. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Em ANCHIMOTA (1958), reafirma-se o questinamento e pela primeira vez se afirma aos europeus e americanos: “Antes a missão tinha problemas, hoje a missão em si é o problema”. 
Em NOVA DÉLHI (1961), discutiu-se se as igrejas não se colocariam como um empecilho às sociedades missionárias na realização da missão. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Em MÉXICO (1963), utiliza-se pela primeira vez a expressão missão mundial em seu sentido amplo, ou seja, referindo-se aos seis continentes. A partir de então mudou-se a concepção de missão como uma empresa missionária ocidental. 
Em BANGCOC (1972), diante das ditaduras militares e da situação de exploração e miséria na qual vivia a maior parte da população mundial, houve uma polarização ideológica na conceituação de missão, dando-lhe um caráter extremamente social. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Em MELBOURNE (1980), veio a reação à conferência anterior, cuja preocupação principal era o pobre, só que a abordagem foi de uma missão integral (holística) que levasse em conta os vários aspectos do ser humano, não apenas o social. 
Em SAN ANTONIO (1989), deu-se continuidade na mesma linha de pensamento da conferência anterior, porém o grande avanço foi na composição do plenário, que recebeu 43% de mulheres participando oficialmente, bem como, muitos leigos que não eram “funcionários da missão”. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Em SALVADOR (1996), com o tema: “Chamados para uma mesma esperança: o evangelho em diferentes culturas”, afirmou-se que participar da missão significa cumprir a obra de Deus em Cristo e encarnar sua presença no mundo de hoje. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Até o momento, tratou-se do Concílio Missionário Internacional (Comin), ou seja, as Conferências Internacionais de Missão ligadas à Edimburgo (1910), e que se mantém, até hoje, ligado ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI) através da Comissão de Missão Mundial e Evangelização (CMME). 
Este concílio no decorrer de suas conferências foi articulando um “conceito ecumênico” de missão ligado à prática social e a uma inserção cada vez maior em meio aos povos do terceiro mundo ou mundo dos dois terços. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Porém, deve-se ressaltar que existem outras estruturas organizacionais, órgãos consultivos e fóruns de debates sobre Missão Internacional, fora estes. 
Apresentaremos o 
MOVIMENTO EVANGELICAL CONTEMPORÂNEO 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Até o momento, em que Concílio Missionário Internacional (Comin) era um organismo independente, evangelicais e ecumênicos caminharam de forma integrada. 
Porém, com a formação do CMI, este Concílio se tornou uma de suas divisões (posteriormente chamada de Comissão de Missão Mundial e Evangelização - CMME). 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Este novo momento, levou a crescente preocupação de articular a missão a partir da prática social e da necessidade dos povos do terceiro mundo. 
Diante disso, houve uma reação por parte do movimento evangelical. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Dentre as várias instituições evangelicais dos últimos tempos, pode-se destacar: 
Associação Interdenominacional para missão no exterior (Aime); 
Associação evangelical para missão no exterior (Aeme); 
Associação Evangelística Billy Graham; Comunhão Evangelical Mundial (CEM); 
Visão Mundial; 
Comunhão Cristã Interuniversitária; 
Campus Cruzade International; 
Escola de Missões do seminário de Fuller; 
Revista Christianity Today. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Estes organismos evangelicais realizaram vários encontros, congressos e fóruns para discutir a missão mundial. 
Porém, o marco do redimensionamento da missão no movimento evangelical contemporâneo aconteceu com o Congresso Mundial de Evangelização, realizado em Lausanne (1974). 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Neste congresso (LAUSANE) os participantes (2700) assinaram um pacto (PACTO DE LAUSANNE), onde delineavam sua compreensão de missão e evangelização. 
A partir de então os evangelicais passaram a usar este documento como símbolo de unidade, utilizando nomenclaturas como “movimento de Lausanne” ou “espírito de Lausanne”. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
O Pacto de Lausanne apresenta os seguintes temas 
MISSÃO – Séculos XX e XXI 
o propósito de Deus, 
a autoridade e o poder da Bíblia, 
a unicidade e a universalidade de Cristo, 
a natureza da evangelização, 
a responsabilidade social cristã, 
a Igreja e a evangelização, 
cooperação na evangelização, 
esforço conjugado de igrejas na evangelização, 
urgência da tarefa evangelística, 
evangelização e cultura, 
educação e liderança, 
conflito espiritual, 
liberdade e perseguição, 
o poder do Espírito Santo, 
 retorno de Cristo
Logo após o Congresso, foi organizado o Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial (Clem), que se reuniu em 1976 na cidade do México criando três comissões de trabalho: comunicação teologia estratégia. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Em 1989 o Clem convocou mais um Congresso de Evangelização Mundial, para Manilla (Filipinas), com o tema: “Proclamar a Cristo até que Ele volte”. 
Com a participação de 3.600 líderes de 190 nações, este Congresso foi denominado Lausanne II. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Segundo Longuini, este congresso desejava retornar aos pressupostos básicos do Pacto de Lausanne, porém foi um fracasso, por dois motivos: o primeiro, porque deixou temas relevantes de Lausanne de fora da discussão; o segundo, porque sofreu um grande boicote dos evangelicais com posturas radicais (os engajados na linguagem de Bosch). 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Este Congresso foi convocado, organizado e dirigido por missionários norte-americanos, com posturas radicalmente fundamentalistas, isto demonstrou o rumo para o qual se dirigia a missão fundamentada no evangelicalismo. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Em outubro de 1999, em Foz do Iguaçu (Brasil), a Aliança Evangélica Mundial (AEM) reuniu 160 missionários, missiólogos e lideres de igreja de 53 países, numa consulta missiológica internacional, cujos objetivos são apresentados no documento resultante da Consulta, “A Declaração de Iguaçu”: 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
A Declaração de Iguaçu 
1.Refletir juntos acerca dos desafios e oportunidades diante das missões mundiais no limiar do novo milênio. 
2.Rever as diferentes tendências desenvolvidas durante o século XX na prática missiológica evangélica, especialmente desde o Congresso de Lausanne em 1975. 
3.Continuar desenvolvendo e aplicando uma missiologia bíblica pertinente que reflita a diversidade cultural do povo de Deus. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Nos dias 16 a 25 de outubro de 2010, em resposta a mais convocação do Clem, aconteceu o Terceiro Congresso Missionário (Lausanne) na Cidade do Cabo na África do Sul, seguindo a mesma postura do anterior (Manilla). 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Ainda que na década de 1980, na visão de Bosch, os evangelicais parecessem reformular sua posição dicotômica (evangelismo versus envolvimento social), parece que em Manilla (1989) e cidade do Cabo (2010) o enfoque foi a evangelização no sentido, mais conservador e fundamentalista do termo. Como se viu na citação acima, a preocupação é proclamar o Evangelho e que as pessoas decidam pessoalmente por Cristo. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Fez-se necessária esta caminhada histórica pelos últimos vinte séculos, para que se reconheça a complexidade, bem como, a riqueza do termo Missão. Apelar para a compreensão e percepção missionárias dos escritores bíblicos, aplicando-as literalmente, sem uma pesquisa exegética aprofundada, pode gerar interpretações equivocadas com resultados drásticos. 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Durante toda a história da igreja, missiólogos e teólogos, forjaram conceitos visando firmar o significado da missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada. Sabendo que nenhuma definição será completa, provisoriamente, acolheremos a que Bosch conclui seu livro, por considerá-la, na concepção deste pesquisador, simples e profunda: 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
Durante toda a história da igreja, missiólogos e teólogos, forjaram conceitos visando firmar o significado da missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada. Sabendo que nenhuma definição será completa, provisoriamente, acolheremos a que Bosch conclui seu livro, por considerá-la, na concepção deste pesquisador, simples e profunda: 
MISSÃO – Séculos XX e XXI
“missão é, simplesmente, a participação das pessoas cristãs na missão libertadora de Jesus, apostando em um futuro que a experiência verificável parece desmentir. Ela é a boa nova do amor de Deus, encarnado no testemunho de uma comunidade, em prol do mundo”. (Bosch) 
MISSÃO – Séculos XX e XXI

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Missões lição 4 a história das missões
Missões lição 4   a história das missõesMissões lição 4   a história das missões
Missões lição 4 a história das missõesNatalino das Neves Neves
 
3 fundamentos bíblicos da missão
3 fundamentos bíblicos da missão3 fundamentos bíblicos da missão
3 fundamentos bíblicos da missãofaculdadeteologica
 
O propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisO propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisMoisés Sampaio
 
Lição 18 Apostasia da Fé
Lição 18   Apostasia da FéLição 18   Apostasia da Fé
Lição 18 Apostasia da FéWander Sousa
 
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do ObreiroCETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do ObreiroEdnilson do Valle
 
Panorama do NT - Hebreus
Panorama do NT - HebreusPanorama do NT - Hebreus
Panorama do NT - HebreusRespirando Deus
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristãFilipe
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristãFilipe
 
Lição 10 - O discípulo e o discipulado
Lição 10 - O discípulo e o discipuladoLição 10 - O discípulo e o discipulado
Lição 10 - O discípulo e o discipuladoÉder Tomé
 
Historia da igreja i aula 1
Historia da igreja i  aula 1Historia da igreja i  aula 1
Historia da igreja i aula 1Moisés Sampaio
 
Seminário sobre a história da igreja. parte 1 a origem da igreja
Seminário sobre a história da igreja. parte 1   a origem da igrejaSeminário sobre a história da igreja. parte 1   a origem da igreja
Seminário sobre a história da igreja. parte 1 a origem da igrejaRobson Rocha
 

Mais procurados (20)

Missões lição 4 a história das missões
Missões lição 4   a história das missõesMissões lição 4   a história das missões
Missões lição 4 a história das missões
 
Missões : Eu Um Missionário
Missões : Eu Um MissionárioMissões : Eu Um Missionário
Missões : Eu Um Missionário
 
4. O Evangelho Segundo Marcos
4. O Evangelho Segundo Marcos4. O Evangelho Segundo Marcos
4. O Evangelho Segundo Marcos
 
3 fundamentos bíblicos da missão
3 fundamentos bíblicos da missão3 fundamentos bíblicos da missão
3 fundamentos bíblicos da missão
 
O propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisO propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituais
 
Síntese do novo testamento I
Síntese do novo testamento ISíntese do novo testamento I
Síntese do novo testamento I
 
Lição 18 Apostasia da Fé
Lição 18   Apostasia da FéLição 18   Apostasia da Fé
Lição 18 Apostasia da Fé
 
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do ObreiroCETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
 
9. epístola de paulo 1' coríntios
9. epístola de paulo 1' coríntios9. epístola de paulo 1' coríntios
9. epístola de paulo 1' coríntios
 
Panorama do NT - Hebreus
Panorama do NT - HebreusPanorama do NT - Hebreus
Panorama do NT - Hebreus
 
Missões e evangelismo 03
Missões e evangelismo 03Missões e evangelismo 03
Missões e evangelismo 03
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristã
 
Carta aos efesios
Carta aos efesiosCarta aos efesios
Carta aos efesios
 
Homilética
HomiléticaHomilética
Homilética
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristã
 
A história dos avivamentos da igreja
A história dos avivamentos da igrejaA história dos avivamentos da igreja
A história dos avivamentos da igreja
 
Lição 10 - O discípulo e o discipulado
Lição 10 - O discípulo e o discipuladoLição 10 - O discípulo e o discipulado
Lição 10 - O discípulo e o discipulado
 
Historia da igreja i aula 1
Historia da igreja i  aula 1Historia da igreja i  aula 1
Historia da igreja i aula 1
 
Atos dos apostolos
Atos dos apostolosAtos dos apostolos
Atos dos apostolos
 
Seminário sobre a história da igreja. parte 1 a origem da igreja
Seminário sobre a história da igreja. parte 1   a origem da igrejaSeminário sobre a história da igreja. parte 1   a origem da igreja
Seminário sobre a história da igreja. parte 1 a origem da igreja
 

Destaque (20)

Slide de missoes
Slide de missoesSlide de missoes
Slide de missoes
 
Slides missões 3
Slides missões 3Slides missões 3
Slides missões 3
 
O que é missão
O que é missãoO que é missão
O que é missão
 
Apresentação1 missões evangelicas
Apresentação1 missões evangelicasApresentação1 missões evangelicas
Apresentação1 missões evangelicas
 
Missões através dos séculos
Missões através dos séculosMissões através dos séculos
Missões através dos séculos
 
Animação missionária
Animação missionáriaAnimação missionária
Animação missionária
 
Missões
MissõesMissões
Missões
 
Transparência de missões jogo 1
Transparência de missões   jogo 1Transparência de missões   jogo 1
Transparência de missões jogo 1
 
Série igreja - Nossa Missão.ppt
Série igreja - Nossa Missão.pptSérie igreja - Nossa Missão.ppt
Série igreja - Nossa Missão.ppt
 
Missões: Estatísticas Globais 2011
Missões: Estatísticas Globais 2011Missões: Estatísticas Globais 2011
Missões: Estatísticas Globais 2011
 
Planejamento estratégico para igrejas
Planejamento estratégico para igrejasPlanejamento estratégico para igrejas
Planejamento estratégico para igrejas
 
Apostila missiologia
Apostila missiologiaApostila missiologia
Apostila missiologia
 
Missões jesuíticas
Missões jesuíticasMissões jesuíticas
Missões jesuíticas
 
Tudo sobre o SICONV (ppt da UFRN)
Tudo sobre o SICONV (ppt da UFRN)Tudo sobre o SICONV (ppt da UFRN)
Tudo sobre o SICONV (ppt da UFRN)
 
Macedonia
Macedonia Macedonia
Macedonia
 
Missões
Missões Missões
Missões
 
Construindo a igreja missional
Construindo a igreja missionalConstruindo a igreja missional
Construindo a igreja missional
 
Missões Aula 04- ENSINAI
Missões Aula 04- ENSINAIMissões Aula 04- ENSINAI
Missões Aula 04- ENSINAI
 
Missões urbanas
Missões urbanasMissões urbanas
Missões urbanas
 
Apresentação ministério pastoral
Apresentação   ministério pastoralApresentação   ministério pastoral
Apresentação ministério pastoral
 

Semelhante a História das Missões - ppt da aula

Texto 1 introducao-a_teologia_da_missao
Texto 1 introducao-a_teologia_da_missaoTexto 1 introducao-a_teologia_da_missao
Texto 1 introducao-a_teologia_da_missaoVinicio Pacifico
 
Apostila missiologia
Apostila missiologiaApostila missiologia
Apostila missiologiaBispoAlberto
 
Por uma liturgia totalizante
Por uma liturgia totalizantePor uma liturgia totalizante
Por uma liturgia totalizante11091961
 
O Fundamentalismo Cristão Norte - Americano
O Fundamentalismo Cristão Norte - AmericanoO Fundamentalismo Cristão Norte - Americano
O Fundamentalismo Cristão Norte - AmericanoYury Fontão
 
A TEOLOGIA BÍBLICA DA CONTEXTUALIZAÇÃO 001.pptx
A TEOLOGIA BÍBLICA DA CONTEXTUALIZAÇÃO 001.pptxA TEOLOGIA BÍBLICA DA CONTEXTUALIZAÇÃO 001.pptx
A TEOLOGIA BÍBLICA DA CONTEXTUALIZAÇÃO 001.pptxvalmirlima26
 
Aula 1 - A Igreja em Missão.pptx
Aula 1 - A Igreja em Missão.pptxAula 1 - A Igreja em Missão.pptx
Aula 1 - A Igreja em Missão.pptxssuser54efaa
 
Elementos de um paradígma missionário bosch, david. missão transformadora
Elementos de um paradígma missionário   bosch, david. missão transformadoraElementos de um paradígma missionário   bosch, david. missão transformadora
Elementos de um paradígma missionário bosch, david. missão transformadoraHaroldo Xavier Silva
 
Texto 3 a-contribuicao_de_jose_miguez_bonino
Texto 3 a-contribuicao_de_jose_miguez_boninoTexto 3 a-contribuicao_de_jose_miguez_bonino
Texto 3 a-contribuicao_de_jose_miguez_boninoVinicio Pacifico
 
IBADEP MÉDIO - MISSIOLOGIA AULA 1
IBADEP MÉDIO - MISSIOLOGIA AULA 1IBADEP MÉDIO - MISSIOLOGIA AULA 1
IBADEP MÉDIO - MISSIOLOGIA AULA 1Rubens Sohn
 
Artigos espíritas a importância da bíblia para a doutrina espírita
Artigos espíritas   a importância da bíblia para a doutrina espíritaArtigos espíritas   a importância da bíblia para a doutrina espírita
Artigos espíritas a importância da bíblia para a doutrina espíritaLux Ana Lopes
 
Historia da teologia_biblica-slides
Historia da teologia_biblica-slidesHistoria da teologia_biblica-slides
Historia da teologia_biblica-slidesTarcísio Picaglia
 
( Espiritismo) # - astrid sayegh - a importancia da biblia para a doutrina ...
( Espiritismo)   # - astrid sayegh - a importancia da biblia para a doutrina ...( Espiritismo)   # - astrid sayegh - a importancia da biblia para a doutrina ...
( Espiritismo) # - astrid sayegh - a importancia da biblia para a doutrina ...Instituto de Psicobiofísica Rama Schain
 
Primeira aula de a Igreja em Missão do STNB
Primeira aula de a Igreja em Missão do STNBPrimeira aula de a Igreja em Missão do STNB
Primeira aula de a Igreja em Missão do STNBssuser54efaa
 
Quinta aula do stnb - A Igreja em Missão
Quinta aula do stnb  - A Igreja em MissãoQuinta aula do stnb  - A Igreja em Missão
Quinta aula do stnb - A Igreja em Missãossuser54efaa
 
Aula 2: BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL I
Aula 2: BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL IAula 2: BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL I
Aula 2: BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL IIsrael serique
 
Tomás Nsunda Lelo, Fasciculo de teologia contemporanea
Tomás Nsunda Lelo, Fasciculo de teologia contemporaneaTomás Nsunda Lelo, Fasciculo de teologia contemporanea
Tomás Nsunda Lelo, Fasciculo de teologia contemporaneaLELO
 

Semelhante a História das Missões - ppt da aula (20)

Texto 1 introducao-a_teologia_da_missao
Texto 1 introducao-a_teologia_da_missaoTexto 1 introducao-a_teologia_da_missao
Texto 1 introducao-a_teologia_da_missao
 
Missiologia
MissiologiaMissiologia
Missiologia
 
Apostila missiologia
Apostila missiologiaApostila missiologia
Apostila missiologia
 
7 teologia da missão
7 teologia da missão7 teologia da missão
7 teologia da missão
 
Por uma liturgia totalizante
Por uma liturgia totalizantePor uma liturgia totalizante
Por uma liturgia totalizante
 
O Fundamentalismo Cristão Norte - Americano
O Fundamentalismo Cristão Norte - AmericanoO Fundamentalismo Cristão Norte - Americano
O Fundamentalismo Cristão Norte - Americano
 
A TEOLOGIA BÍBLICA DA CONTEXTUALIZAÇÃO 001.pptx
A TEOLOGIA BÍBLICA DA CONTEXTUALIZAÇÃO 001.pptxA TEOLOGIA BÍBLICA DA CONTEXTUALIZAÇÃO 001.pptx
A TEOLOGIA BÍBLICA DA CONTEXTUALIZAÇÃO 001.pptx
 
Aula 1 - A Igreja em Missão.pptx
Aula 1 - A Igreja em Missão.pptxAula 1 - A Igreja em Missão.pptx
Aula 1 - A Igreja em Missão.pptx
 
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
 
Elementos de um paradígma missionário bosch, david. missão transformadora
Elementos de um paradígma missionário   bosch, david. missão transformadoraElementos de um paradígma missionário   bosch, david. missão transformadora
Elementos de um paradígma missionário bosch, david. missão transformadora
 
Texto 3 a-contribuicao_de_jose_miguez_bonino
Texto 3 a-contribuicao_de_jose_miguez_boninoTexto 3 a-contribuicao_de_jose_miguez_bonino
Texto 3 a-contribuicao_de_jose_miguez_bonino
 
IBADEP MÉDIO - MISSIOLOGIA AULA 1
IBADEP MÉDIO - MISSIOLOGIA AULA 1IBADEP MÉDIO - MISSIOLOGIA AULA 1
IBADEP MÉDIO - MISSIOLOGIA AULA 1
 
Artigos espíritas a importância da bíblia para a doutrina espírita
Artigos espíritas   a importância da bíblia para a doutrina espíritaArtigos espíritas   a importância da bíblia para a doutrina espírita
Artigos espíritas a importância da bíblia para a doutrina espírita
 
Historia da teologia_biblica-slides
Historia da teologia_biblica-slidesHistoria da teologia_biblica-slides
Historia da teologia_biblica-slides
 
( Espiritismo) # - astrid sayegh - a importancia da biblia para a doutrina ...
( Espiritismo)   # - astrid sayegh - a importancia da biblia para a doutrina ...( Espiritismo)   # - astrid sayegh - a importancia da biblia para a doutrina ...
( Espiritismo) # - astrid sayegh - a importancia da biblia para a doutrina ...
 
Primeira aula de a Igreja em Missão do STNB
Primeira aula de a Igreja em Missão do STNBPrimeira aula de a Igreja em Missão do STNB
Primeira aula de a Igreja em Missão do STNB
 
Quinta aula do stnb - A Igreja em Missão
Quinta aula do stnb  - A Igreja em MissãoQuinta aula do stnb  - A Igreja em Missão
Quinta aula do stnb - A Igreja em Missão
 
2 teologia da m issão
2 teologia da m issão2 teologia da m issão
2 teologia da m issão
 
Aula 2: BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL I
Aula 2: BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL IAula 2: BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL I
Aula 2: BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL I
 
Tomás Nsunda Lelo, Fasciculo de teologia contemporanea
Tomás Nsunda Lelo, Fasciculo de teologia contemporaneaTomás Nsunda Lelo, Fasciculo de teologia contemporanea
Tomás Nsunda Lelo, Fasciculo de teologia contemporanea
 

Mais de Paulo Dias Nogueira

O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro - O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro - Paulo Dias Nogueira
 
Plano de Ação Pastoral - aula e exemplo
Plano de Ação Pastoral - aula e exemploPlano de Ação Pastoral - aula e exemplo
Plano de Ação Pastoral - aula e exemploPaulo Dias Nogueira
 
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33 Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33 Paulo Dias Nogueira
 
Sermão - O maior Mandamento - Mt 22 34-40
Sermão - O maior Mandamento - Mt 22 34-40Sermão - O maior Mandamento - Mt 22 34-40
Sermão - O maior Mandamento - Mt 22 34-40Paulo Dias Nogueira
 
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa CristãLiturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa CristãPaulo Dias Nogueira
 
SERMÃO: Natal - as mensagens dos anjos
SERMÃO: Natal  - as mensagens dos anjosSERMÃO: Natal  - as mensagens dos anjos
SERMÃO: Natal - as mensagens dos anjosPaulo Dias Nogueira
 
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjosSERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjosPaulo Dias Nogueira
 
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAMPOV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAMPaulo Dias Nogueira
 
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...Paulo Dias Nogueira
 
Sermão pedro - um homem em busca de compromisso
Sermão   pedro - um homem em busca de compromissoSermão   pedro - um homem em busca de compromisso
Sermão pedro - um homem em busca de compromissoPaulo Dias Nogueira
 
Sermão ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
Sermão   ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermãoSermão   ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
Sermão ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermãoPaulo Dias Nogueira
 
Sermão o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
Sermão   o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)Sermão   o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
Sermão o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)Paulo Dias Nogueira
 
Sermão jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
Sermão   jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)Sermão   jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
Sermão jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)Paulo Dias Nogueira
 
Sermão jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
Sermão   jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexãoSermão   jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
Sermão jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexãoPaulo Dias Nogueira
 
Sermão eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
Sermão   eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17Sermão   eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
Sermão eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17Paulo Dias Nogueira
 

Mais de Paulo Dias Nogueira (20)

Em Jesus os opostos se atraem
Em Jesus os opostos se atraemEm Jesus os opostos se atraem
Em Jesus os opostos se atraem
 
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro - O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
 
Plano de Ação Pastoral - aula e exemplo
Plano de Ação Pastoral - aula e exemploPlano de Ação Pastoral - aula e exemplo
Plano de Ação Pastoral - aula e exemplo
 
Boletim Mensageiro - 05 06 2016
Boletim Mensageiro - 05 06 2016Boletim Mensageiro - 05 06 2016
Boletim Mensageiro - 05 06 2016
 
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33 Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
 
Sermão - O maior Mandamento - Mt 22 34-40
Sermão - O maior Mandamento - Mt 22 34-40Sermão - O maior Mandamento - Mt 22 34-40
Sermão - O maior Mandamento - Mt 22 34-40
 
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa CristãLiturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
 
SERMÃO: Natal - as mensagens dos anjos
SERMÃO: Natal  - as mensagens dos anjosSERMÃO: Natal  - as mensagens dos anjos
SERMÃO: Natal - as mensagens dos anjos
 
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjosSERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
 
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAMPOV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
 
Gaivota 183 encarte
Gaivota 183 encarteGaivota 183 encarte
Gaivota 183 encarte
 
Gaivota 183
Gaivota 183Gaivota 183
Gaivota 183
 
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
 
Apresentação do pov 2015
Apresentação do pov 2015Apresentação do pov 2015
Apresentação do pov 2015
 
Sermão pedro - um homem em busca de compromisso
Sermão   pedro - um homem em busca de compromissoSermão   pedro - um homem em busca de compromisso
Sermão pedro - um homem em busca de compromisso
 
Sermão ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
Sermão   ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermãoSermão   ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
Sermão ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
 
Sermão o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
Sermão   o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)Sermão   o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
Sermão o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
 
Sermão jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
Sermão   jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)Sermão   jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
Sermão jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
 
Sermão jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
Sermão   jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexãoSermão   jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
Sermão jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
 
Sermão eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
Sermão   eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17Sermão   eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
Sermão eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
 

Último

DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 

Último (20)

DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 

História das Missões - ppt da aula

  • 1. História das Missões Prof. Paulo Dias Nogueira
  • 2. Palavras usadas no decorrer da história para designar a ação da igreja no mundo: Missão Evangelização Pastoral Ministério
  • 3. Definir e conceituar esta ação da igreja no mundo tem sido a tarefa de muitos missiólogos no decorrer dos tempos. Nesta disciplina utilizaremos a palavra MISSÃO A utilização deste termo na atualidade, não é uma exclusividade dos cristãos e muito menos do ambiente religioso.
  • 4. O termo tem sido muito utilizado no mundo corporativo. Empresas Todos deixam claro a seus clientes e usuários qual é a sua missão. Escolas Hospitais Clubes Instituições Sociais Igrejas
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Para se fazer jus à relevância do tema missão para a igreja cristã, façamos uma retrospectiva histórica. Para Bosch o conceito de missão para os cristãos, ainda que não fosse unívoco, teve um conjunto de sentidos relativamente circunscritos até a década de 50 do século XX:
  • 10. MISSÃO significava: a)o envio de missionários a um território especificado; b)as atividades empreendidas por tais missionários; c)a área geográfica em que os missionários atuavam; d)a agência que expedia os missionários; e)o mundo não-cristão ou “campo de missão” f)uma congregação local sem um pastor residente e que ainda dependia do apoio de uma igreja mais antiga, estabelecida; ou g)uma série de serviços especiais destinados a aprofundar ou difundir a fé cristã, em geral num ambiente nominalmente cristão.
  • 11. MISSÃO Se tentarmos elaborar uma sinopse mais especificamente teológica de “missão” assim como o termo tem sido usado tradicionalmente, observamos que ela foi parafraseada como: a)propagação da fé; b)expansão do reinado de Deus; c)conversão dos pagãos; e d)fundação de novas igrejas (cf. Muller 1987:31-34)
  • 12. MISSÃO Porém a partir de 1950 houve uma significativa ampliação do conceito. Porém antes de nos atermos ao século XX, principalmente na segunda metade, faz-se necessário um rápido olhar pelo retrovisor da história da Igreja. Seguiremos a proposta de David Bosch, em seu livro “Missão Transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão”.
  • 13. MISSÃO Porém a partir de 1950 houve uma significativa ampliação do conceito. Porém antes de nos atermos ao século XX, principalmente na segunda metade, faz-se necessário um rápido olhar pelo retrovisor da história da Igreja. Seguiremos a proposta de David Bosch, em seu livro “Missão Transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão”.
  • 14. MISSÃO Diferentemente de outros missiólogos, Bosch preferiu refletir sobre o tema, a partir do Novo Testamento, analisando particularmente o ministério de Jesus e, depois, da igreja primitiva, através dos textos de três importantes escritores bíblicos: Mateus, Lucas e Paulo.
  • 15. JESUS: No contexto do século I, Jesus choca o establishment religioso judaico com sua missão oniabrangente, anunciando salvação para os “pecadores” e para os fariseus, tanto aos ricos, quanto aos pobres. MATEUS: Destaca que no evangelho de Mateus, o conceito de missões está por todo o texto e não somente na Grande Comissão.
  • 16. LUCAS: Evangelho e Atos No Evangelho, Bosch ressalta a preocupação de Jesus com os pobres e com a necessidade dos ricos se arrependerem de suas injustiças. Em Atos, a missão aos gentios mais especificamente nos textos que tratam dos samaritanos, apresenta a expansão da missão de Jerusalém a todas as nações. Apesar de ênfases diferentes os dois textos se correlacionam. O Espírito Santo é o ponto de ligação entre os dois volumes, pois foi através dele que Jesus iniciou e realizou sua missão, e também foi através dele que a igreja iniciou e realizou a sua missão.
  • 17. PAULO: Bosch apresenta a missiologia de Paulo fazendo uma distinção entre a apocalíptica paulina e a judaica. Define a judaica como pessimista diante do presente, enquanto a paulina trabalha em prol da redenção do mundo, aguardando a completa manifestação do reino de Deus.
  • 18. PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão Nos quatro primeiros capítulos, num total de 193 páginas, Bosch apresenta a percepção que três importantes testemunhas da igreja primitiva (Mateus, Lucas e Paulo) tiveram do ministério de Jesus e respectivamente da responsabilidade da igreja frente ao mundo.
  • 19. PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão Portanto não há uma definição ou um modelo de missão bíblicos. Há, sim, percepções diferentes da ação da igreja no mundo. Em lugares diferentes, com culturas diferentes, em momentos diferentes, respondendo a desafios diferentes, a igreja precisou mudar sua concepção e estratégia missionárias.
  • 20. PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão Para apresentar um conceito de MISSÃO relevante para a época atual, não se deve saltar diretamente dos tempos bíblicos para hoje. Deve-se levar em conta os vinte séculos de história. Apelar para os escritos bíblicos, aplicando-os literalmente à sociedade atual sem uma pesquisa exegética apurada, pode gerar interpretações equivocadas com resultados drásticos.
  • 21. PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão Deve-se compreender que a(s) sociedade(s) para qual Mateus, Lucas e Paulo dirigiram seus escritos, são profundamente dessemelhantes da(s) sociedade(s) atual(is). Esclarecer a impossibilidade de se obter um conhecimento absoluto e imutável das coisas é uma preocupação de Bosch.
  • 22. PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão Ele afirmará que em muitos momentos da história, houve cristãos (e teólogos!) acreditando que sua compreensão da fé era “objetivamente” exata e, portanto, a única interpretação autentica do cristianismo. Ao expor como a igreja cristã no decorrer da história interpretou e realizou sua missão, Bosch subdividiu em seis paradigmas diferentes:
  • 23. PARTE 1: Modelos neotestamentários de missão Ao apresentar esta subdivisão, Bosch estava seguindo a proposta de Hans Küng, quando apresentou a história do pensamento cristão em seis grandes eras. Deve-se ressaltar que esta idéia não é original de Küng, pois ele utilizou-se da divisão apresentada por Thomas Kuhn ao desenvolver a teoria das mudanças de paradigmas em ciências.
  • 24. PARTE 2: Paradigmas históricos da missão Apocalíptico do Cristianismo Primitivo Helenístico do Período da Patrística Católico Romano Medieval Protestante (da Reforma) Moderno do Iluminismo Ecumênico Emergente
  • 25. Foi apresentado acima Analisou a percepção missiológica de três importantes escritores bíblicos: Mateus Lucas Paulo Apocalíptico do Cristianismo Primitivo Paradigma 1
  • 26. Momento em que o cristianismo passou de uma religião judaica a uma religião greco-romana, época esta em que mesmo não havendo uma teologia homogênea, verifica-se “contornos de um paradigma único e coerente”. Um texto bíblico que sintetiza este paradigma é o de João 3:16, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Helenístico do Período da Patrística Paradigma 2
  • 27. Para a igreja oriental o fundamento da missão é o amor, e seu objetivo principal promover a vida. Estava mais calcada numa teologia joanina, que paulina. Helenístico do Período da Patrística Paradigma 2
  • 28. Um texto bíblico que sintetizaria este paradigma é o de Lucas 14:23: “e os obrigue a entrar”. Mesmo não fazendo uma alusão explícita ao texto de Lucas, durante a idade média a igreja, aplicou uma metodologia missionária que obrigava a conversão dos pagãos e judeus (em certos momentos pela força e em outros por lisonjas). Católico Romano Medieval Paradigma 3
  • 29. A busca por conquistar ou reconquistar as cidades tomadas pelo islamismo, levou a igreja-estado a implementar uma missão de cruzada (guerra santa). Católico Romano Medieval Paradigma 3
  • 30. Esse paradigma pode ser sintetizado através do texto bíblico de Rm 1:16-17: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. Protestante (da Reforma) Paradigma 4
  • 31. Quem precipitou o início deste paradigma foi Martinho Lutero. A Reforma Protestante não rompeu totalmente com o paradigma católico medieval, porém, trouxe novidades que repercutiu na compreensão e realização da missão neste período. Protestante (da Reforma) Paradigma 4
  • 32. Pode-se destacar: a doutrina da justificação pela fé; doutrina do pecado (catolicismo medieval se concentrava nos muitos pecados da humanidade, o protestantismo fala do pecado ‘original’); subjetividade da salvação; sacerdócio de todos os crentes; a centralidade das Escrituras. Estes cinco traços acarretaram importantes consequências, positivas e negativas, para a compreensão e desenvolvimento da missão neste período. Protestante (da Reforma) Paradigma 4
  • 33. Antes do iluminismo, a vida em todos os seus âmbitos era permeada pela religião (as leis, a ordem social, o ethos privado e público, o pensamento filosófico, a arte), porém com sua chegada foi assumido um antropocentrismo radical. A partir deste período a fé cristã perdeu seu caráter de tácita obviedade, levando-a a sentir-se num mundo estranho e hostil, onde deveria se auto afirmar. Moderno do Iluminismo Paradigma 5
  • 34. Para demarcar a influência do iluminismo sobre a teologia cristã pode-se apresentar sete características deste paradigma: 1) a razão (passou a ser importante também na teologia cristã) 2) separação entre sujeito e objeto utilizado nas ciências naturais foi aplicada à teologia; 3) a eliminação do propósito da ciência e sua substituição pela causalidade direta como chave para a compreensão da realidade; Moderno do Iluminismo Paradigma 5
  • 35. 4) otimismo no progresso foi aplicado à teologia e à igreja; 5)distinção entre fato e valor (o iluminismo permitia aos indivíduos selecionarem a seu bel-prazer valores entre uma ampla gama de opções); 6)todos os problemas, a princípio, são solucionáveis; 7) os indivíduos são seres emancipados e autônomos. Moderno do Iluminismo Paradigma 5
  • 36. Diferentemente dos paradigmas anteriores onde pode-se encontrar um traço padrão e até uma referência bíblica que representasse o pensamento e a prática missionária da igreja, neste, há um entendimento diversificado e multifacetado do tema. Dentre várias pode-se citar pelo menos três referências bíblicas, que representam grupos e entendimentos diferentes sobre a missão: Moderno do Iluminismo Paradigma 5
  • 37. a)At 16:9, “passa à Macedônia e ajuda-nos”, acreditando que os outros povos estavam em trevas e que os ocidentais cristãos iriam salvá-los; b)Mt 24:14”E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”, os pré-milenaristas firmam a missão nesta visão; e, c)Jo 10:10, “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”, alguns grupos comprometidos com o Evangelho Social. Moderno do Iluminismo Paradigma 5
  • 38. Este paradigma ainda está emergindo não está claro que configuração final assumirá. Até o momento falou-se do passado, agora no entanto, ao falar do presente utiliza-se provisoriamente o paradigma da pós- modernidade. Este tempo é marcado pela contestação das máximas levantadas pelo iluminismo (citadas no item anterior). Ecumênico Emergente Paradigma 6
  • 39. Eventos da história mundial abalaram profundamente a civilização ocidental: duas guerras mundiais; revoluções russa e chinesa; horrores perpetrados por governantes em nome do nacional-socialismo, fascismo, comunismo e capitalismo; colapso de grandes impérios coloniais ocidentais; rápida secularização do ocidente e outras partes do mundo. Ecumênico Emergente Paradigma 6
  • 40. A igreja, a teologia e a missão, não ficam incólumes a tudo isso, são influenciadas e influenciam esta sociedade. Neste novo paradigma, pós-moderno, a igreja necessita posicionar-se de forma criativa diante da sociedade para cumprir sua missão. Ecumênico Emergente Paradigma 6
  • 41. Após este salto histórico, deve-se reconhecer que o conceito de missão foi se transformando, paulatinamente, no decorrer dos tempos. A cada momento histórico, missiólogos e teólogos, em nome da igreja forjavam conceitos visando firmar o significado de missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 42. No início do século XX a história das missões mundiais foi marcada pela Conferência Missionária de Edimburgo (1910). Na fase preparatória desta grande conferência aconteceram três outras conferências mundiais de missão: LIVERPOOL (1860), LONDRES (1888) e NOVA IORQUE (1900). MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 43. Aconteceram também conferências continentais (Ásia, África e América Latina). Todas estas conferências (mundiais e continentais) debateram sobre temas como: tradução da Bíblia; ajuda médica; trabalho social; literatura em língua nativa; formação de pessoal em nível nacional, continental e mundial; lugar e formação da mulher; evangelização de novas regiões; crescimento da igreja. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 44. Na seqüência a Edimburgo também foram realizadas outras conferências: MISSÃO – Séculos XX e XXI Lake Mohonk (1921) Jerusalém (1928) Tambaram (1938) Whitby (1947) Willingen (1952) Achimota (1958) Nova Délhi (1961) México (1963) Bangcoc (1972) Melbourne (1980) San Antonio (1989) Salvador (1996)
  • 45. Ao refletir sobre as Conferências Missionárias Mundiais (Concílios Missionários Internacionais) verificam-se mudanças no paradigma de missão. Cada Conferência procurava responder às demandas de sua época, dentro de sua visão de mundo. Em EDIMBURGO (1910), a preocupação era alcançar os continentes não-cristãos. Em JERUSALÉM (1928), questionou-se o avanço missionário em continentes não cristãos, pois o maior desafio no momento era o secularismo. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 46. Em MADRAS (1938), discutiu-se sobre a mensagem cristã num mundo não-cristão. Em WHITBY (1947), primeira conferência após a Segunda Guerra Mundial, firmou-se os ideais de Masdra, afirmando que igreja e missão não se separam (missiones ecclesiae). Porém, com a formação do CMI em 1948, verifica-se sua influência sobre o movimento missionário mundial. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 47. A primeira Conferência a ser realizada é a de WILLINGEN (1952), onde se firma que o ponto de partida para a missão é a Santíssima Trindade, daí o conceito de Missio Dei. Nas palavras de Longuini, tanto a missão como a igreja, deveriam viver da Missio Dei e na Missio Dei. Nesta Conferência, foi questionada a hegemonia européia e norte americana nas missões mundiais, permitindo assim, novas leituras e novos caminhos. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 48. Em ANCHIMOTA (1958), reafirma-se o questinamento e pela primeira vez se afirma aos europeus e americanos: “Antes a missão tinha problemas, hoje a missão em si é o problema”. Em NOVA DÉLHI (1961), discutiu-se se as igrejas não se colocariam como um empecilho às sociedades missionárias na realização da missão. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 49. Em MÉXICO (1963), utiliza-se pela primeira vez a expressão missão mundial em seu sentido amplo, ou seja, referindo-se aos seis continentes. A partir de então mudou-se a concepção de missão como uma empresa missionária ocidental. Em BANGCOC (1972), diante das ditaduras militares e da situação de exploração e miséria na qual vivia a maior parte da população mundial, houve uma polarização ideológica na conceituação de missão, dando-lhe um caráter extremamente social. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 50. Em MELBOURNE (1980), veio a reação à conferência anterior, cuja preocupação principal era o pobre, só que a abordagem foi de uma missão integral (holística) que levasse em conta os vários aspectos do ser humano, não apenas o social. Em SAN ANTONIO (1989), deu-se continuidade na mesma linha de pensamento da conferência anterior, porém o grande avanço foi na composição do plenário, que recebeu 43% de mulheres participando oficialmente, bem como, muitos leigos que não eram “funcionários da missão”. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 51. Em SALVADOR (1996), com o tema: “Chamados para uma mesma esperança: o evangelho em diferentes culturas”, afirmou-se que participar da missão significa cumprir a obra de Deus em Cristo e encarnar sua presença no mundo de hoje. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 52. Até o momento, tratou-se do Concílio Missionário Internacional (Comin), ou seja, as Conferências Internacionais de Missão ligadas à Edimburgo (1910), e que se mantém, até hoje, ligado ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI) através da Comissão de Missão Mundial e Evangelização (CMME). Este concílio no decorrer de suas conferências foi articulando um “conceito ecumênico” de missão ligado à prática social e a uma inserção cada vez maior em meio aos povos do terceiro mundo ou mundo dos dois terços. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 53. Porém, deve-se ressaltar que existem outras estruturas organizacionais, órgãos consultivos e fóruns de debates sobre Missão Internacional, fora estes. Apresentaremos o MOVIMENTO EVANGELICAL CONTEMPORÂNEO MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 54. Até o momento, em que Concílio Missionário Internacional (Comin) era um organismo independente, evangelicais e ecumênicos caminharam de forma integrada. Porém, com a formação do CMI, este Concílio se tornou uma de suas divisões (posteriormente chamada de Comissão de Missão Mundial e Evangelização - CMME). MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 55. Este novo momento, levou a crescente preocupação de articular a missão a partir da prática social e da necessidade dos povos do terceiro mundo. Diante disso, houve uma reação por parte do movimento evangelical. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 56. Dentre as várias instituições evangelicais dos últimos tempos, pode-se destacar: Associação Interdenominacional para missão no exterior (Aime); Associação evangelical para missão no exterior (Aeme); Associação Evangelística Billy Graham; Comunhão Evangelical Mundial (CEM); Visão Mundial; Comunhão Cristã Interuniversitária; Campus Cruzade International; Escola de Missões do seminário de Fuller; Revista Christianity Today. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 57. Estes organismos evangelicais realizaram vários encontros, congressos e fóruns para discutir a missão mundial. Porém, o marco do redimensionamento da missão no movimento evangelical contemporâneo aconteceu com o Congresso Mundial de Evangelização, realizado em Lausanne (1974). MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 58. Neste congresso (LAUSANE) os participantes (2700) assinaram um pacto (PACTO DE LAUSANNE), onde delineavam sua compreensão de missão e evangelização. A partir de então os evangelicais passaram a usar este documento como símbolo de unidade, utilizando nomenclaturas como “movimento de Lausanne” ou “espírito de Lausanne”. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 59. O Pacto de Lausanne apresenta os seguintes temas MISSÃO – Séculos XX e XXI o propósito de Deus, a autoridade e o poder da Bíblia, a unicidade e a universalidade de Cristo, a natureza da evangelização, a responsabilidade social cristã, a Igreja e a evangelização, cooperação na evangelização, esforço conjugado de igrejas na evangelização, urgência da tarefa evangelística, evangelização e cultura, educação e liderança, conflito espiritual, liberdade e perseguição, o poder do Espírito Santo,  retorno de Cristo
  • 60. Logo após o Congresso, foi organizado o Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial (Clem), que se reuniu em 1976 na cidade do México criando três comissões de trabalho: comunicação teologia estratégia. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 61. Em 1989 o Clem convocou mais um Congresso de Evangelização Mundial, para Manilla (Filipinas), com o tema: “Proclamar a Cristo até que Ele volte”. Com a participação de 3.600 líderes de 190 nações, este Congresso foi denominado Lausanne II. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 62. Segundo Longuini, este congresso desejava retornar aos pressupostos básicos do Pacto de Lausanne, porém foi um fracasso, por dois motivos: o primeiro, porque deixou temas relevantes de Lausanne de fora da discussão; o segundo, porque sofreu um grande boicote dos evangelicais com posturas radicais (os engajados na linguagem de Bosch). MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 63. Este Congresso foi convocado, organizado e dirigido por missionários norte-americanos, com posturas radicalmente fundamentalistas, isto demonstrou o rumo para o qual se dirigia a missão fundamentada no evangelicalismo. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 64. Em outubro de 1999, em Foz do Iguaçu (Brasil), a Aliança Evangélica Mundial (AEM) reuniu 160 missionários, missiólogos e lideres de igreja de 53 países, numa consulta missiológica internacional, cujos objetivos são apresentados no documento resultante da Consulta, “A Declaração de Iguaçu”: MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 65. A Declaração de Iguaçu 1.Refletir juntos acerca dos desafios e oportunidades diante das missões mundiais no limiar do novo milênio. 2.Rever as diferentes tendências desenvolvidas durante o século XX na prática missiológica evangélica, especialmente desde o Congresso de Lausanne em 1975. 3.Continuar desenvolvendo e aplicando uma missiologia bíblica pertinente que reflita a diversidade cultural do povo de Deus. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 66. Nos dias 16 a 25 de outubro de 2010, em resposta a mais convocação do Clem, aconteceu o Terceiro Congresso Missionário (Lausanne) na Cidade do Cabo na África do Sul, seguindo a mesma postura do anterior (Manilla). MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 67. Ainda que na década de 1980, na visão de Bosch, os evangelicais parecessem reformular sua posição dicotômica (evangelismo versus envolvimento social), parece que em Manilla (1989) e cidade do Cabo (2010) o enfoque foi a evangelização no sentido, mais conservador e fundamentalista do termo. Como se viu na citação acima, a preocupação é proclamar o Evangelho e que as pessoas decidam pessoalmente por Cristo. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 68. Fez-se necessária esta caminhada histórica pelos últimos vinte séculos, para que se reconheça a complexidade, bem como, a riqueza do termo Missão. Apelar para a compreensão e percepção missionárias dos escritores bíblicos, aplicando-as literalmente, sem uma pesquisa exegética aprofundada, pode gerar interpretações equivocadas com resultados drásticos. MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 69. Durante toda a história da igreja, missiólogos e teólogos, forjaram conceitos visando firmar o significado da missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada. Sabendo que nenhuma definição será completa, provisoriamente, acolheremos a que Bosch conclui seu livro, por considerá-la, na concepção deste pesquisador, simples e profunda: MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 70. Durante toda a história da igreja, missiólogos e teólogos, forjaram conceitos visando firmar o significado da missão e a forma pela qual ela deveria ser realizada. Sabendo que nenhuma definição será completa, provisoriamente, acolheremos a que Bosch conclui seu livro, por considerá-la, na concepção deste pesquisador, simples e profunda: MISSÃO – Séculos XX e XXI
  • 71. “missão é, simplesmente, a participação das pessoas cristãs na missão libertadora de Jesus, apostando em um futuro que a experiência verificável parece desmentir. Ela é a boa nova do amor de Deus, encarnado no testemunho de uma comunidade, em prol do mundo”. (Bosch) MISSÃO – Séculos XX e XXI