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Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33

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  1. 1. SERMÃO NÃO TEMAIS! SOU EU! Acredito que a grande maioria dos irmãos e irmãs aqui presentes nunca presenciaram uma tormenta. Uma grande parte nunca navegou, seja de bote, canoa, barco ou navio. Nunca experimentou o chacoalhar da embarcação em meio a muitas ondas e forte ventania. Quero dizer que nem eu. O máximo que experimentei foi atravessar o rio de balsa, pescar no rio de lancha e barco a motor, mas sempre com o tempo estável, sem nenhum sinal de tempestade. O que sabemos sobre as tempestades em alto mar é o que ouvimos das narrativas de pescadores ou de filmes que assistimos. Esta não é uma experiência de nosso cotidiano. PORÉM, sempre que nos referimos a momentos difíceis utilizamos esta figura de linguagem. Inclusive, nossos cancioneiros estão repletos de músicas que utilizam este exemplo: 1º) Segura na mão de Deus Se as água do mar da vida, Quiserem te afogar Segura na mão de Deus e vai! Se as tristezas desta vida Quiserem te sufocar Segura na mão de Deus e vai! Segura na mão de Deus (2x) Pois ela, ela te sustentará Não temas, segue adiante E não olhes para trás, Mas segura na mão de Deus e vai! 2º) Solta o cabo da nau: Oh! Porque duvidar Sobre as ondas do mar Quando Cristo o caminho abriu Quando forçado és Contra as ondas do lutar Seu amor a ti quer revelar Solta o cabo da nau, Toma o remo nas mãos E navega com fé em Jesus E então tu verás que bonança se faz Pois com Ele seguro serás
  2. 2. 3º) Meu barco é pequeno Meu barco é pequeno e grande e o mar, Jesus segura minha mão. Ele é meu piloto e tudo vai bem Na viagem pra Jerusalém. 4º) Sossegai 1. Ó Mestre, o mar se revolta, As ondas nos dão pavor, O céu se reveste de trevas, Não temos um salvador! Não se te dá que morramos? Podes assim dormir? Pois a cada momento nos vemos Já prestes a submergir! À minha palavra obedecerão, Sossegai! O vento em fúria, o rijo mar, Ou a ira dos homens, o gênio do mal, Jamais, poderão a nau tragar, Que levam o dono da terra e Céus! Pois todos t}em de obedecer, Sossegai! Sossegai! Por que haveríeis vós de temer? Sossegai! Como vimos, esta figura de linguagem está muito presente em nossa espiritualidade cristã. Cantamos a fé no Cristo que pode acalmar as tempestades da vida. Aquele que pode repreender os ventos e trazer a bonança. Convido-os a refletir sobre a narrativa bíblica que nos ensina que Jesus pode acalmar a tempestade. TEXTO: Mateus 14,22-33 22 Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões. 23 E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só. 24 Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário. 25 Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. 26 E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. 27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!
  3. 3. 28 Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda- me ir ter contigo, por sobre as águas. 29 E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. 30 Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! 31 E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? 32 Subindo ambos para o barco, cessou o vento. 33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus! CONTEXTO O nosso texto vem logo após a narrativa da multiplicação dos pães. Episódio onde Mateus apresenta Jesus como um novo Moisés que guia o povo pelo deserto. Ao caminhar com este povo, ensina-lhes um novo modo de vida. Ou seja, um modo de vida pautado pela partilha. Jesus desafia os seus seguidores a vencerem o egoísmo e iniciarem um projeto comunitário fundamentado na fraternidade. É importante ressaltarmos que Mateus não está fazendo um relato jornalístico. Na realidade ele está compondo um material (Evangelho) para a edificação da sua comunidade. Ele deseja educar a igreja. Seu objetivo é pedagógico... catequético. Por isso, logo após relatar a “Multiplicação dos Pães”, momento onde nasce uma comunidade fraterna que se senta à mesa para comer o alimento que Deus preparou, ele fala do envio dos discípulos para outros lugares. Ou seja, é muito bom sentar-se para deliciar o banquete do Senhor, porém não se pode esquecer dos desafios missionários (a outra margem do lago...) O episódio situa-nos na área do lago de Tiberíades ou da Genesaré. Um lago de água doce com 21 quilômetros de comprimento e 12 de largura situado na Galiléia e que é o grande reservatório de água doce da Palestina. Algo importante a se destacar é que para os judeus, o mar (lago de Tiberíades ou de Genesaré) era o lugar onde habitavam os demônios e todas as forças que se opunham à vida e à felicidade do homem. Nesta perspectiva teológica, no mar o homem estava à mercê das forças demoníacas; e só o poder de Deus poderia salvá-lo… MENSAGEM Logo após saciar a fome da multidão Jesus ordena a seus discípulos que atravessem o lago. Enquanto isso ele despediu a todos e foi para o monte orar sozinho.
  4. 4. É muito interessante o fato de Mateus só se referir à oração de Jesus por duas vezes: uma aqui e outra no episódio do Getsemani (Mt 26:36). O curioso é que os dois momentos precederam uma grande prova. Enquanto Jesus orava seus discípulos enfrentavam uma conturbada viagem. O barco era açoitado pelas ondas e navegava com dificuldade, enfrentando o vento contrário. Quanto aos discípulos, eles estavam inquietos e preocupados, pois Jesus não estava com eles. Provavelmente o que Mateus desejava através deste relato era auxiliar a sua comunidade. Pois ela, bem como qualquer outra comunidade cristã, passa por situações de conturbação. Não significa que pelo fato de estarmos no barco dos discípulos de Jesus, não enfrentemos tempestades. Aquilo que os discípulos enfrentaram naquela noite, muitos de nós enfrentamos como servos de Jesus. A “noite” representa as trevas, a escuridão, a confusão, a insegurança em que tantas vezes enfrentamos em nossa caminhada cristã. As “ondas” que açoitam o nosso barco, podem representar a hostilidade do mundo, que bate continuamente contra o nosso “barquinho”. Os “ventos contrários” podem representar a oposição, a resistência do mundo ao projeto de Deus. Projeto o qual somos os propagadores. Quantas vezes, como discípulos de Jesus, nos sentimos perdidos, sozinhos, abandonados, desanimados, desiludidos, incapazes de enfrentar as tempestades que as forças da morte e da opressão (o “mar”) lançam sobre nós? É neste instante que Jesus manifesta a sua presença. Ele vai ao nosso encontro, “caminhando sobre o mar”, e acalma a tempestade. Ele, o Senhor da igreja, tem poder sobre o mal. Ele está acima do mal. Ele caminha por sobre as forças da morte. Infelizmente, uma leitura teológica equivocada, sobre o tema “batalha espiritual”, tem colocado Deus e o diabo no mesmo patamar. Parece que estão numa disputa de esgrima, onde cada hora um avança. O que vemos aqui é que Jesus está por cima do mar. Ele não está nadando ou mergulhando. Está por cima. E de cima ele repreende as ondas e o vento. Outro fato que gostaria de destacar neste texto é que Mateus é o único dos evangelistas a apresentar um diálogo entre Pedro e Jesus. Tudo começa com o pedido de Pedro: “se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas”. Pedro sai do barco e vai ao encontro de Jesus; mas, assustando-se com a violência do vento, começa a afundar- se e pede a Jesus que o salve. Pedro na realidade assume o papel de representante dessa comunidade dos discípulos que vai no barco (a Igreja). O que vemos aqui é a fragilidade da fé dos discípulos, sempre que têm de enfrentar as forças da morte.
  5. 5. Quando enfrentamos as ondas do mundo hostil e os ventos soprados pelas forças da morte, nos debatemos entre a confiança em Jesus e o medo. Pedro está representando a todos nós. Não significa que pelo fato de estarmos no barco dos discípulos, e Jesus nos chamar para caminhar por sobre as águas com Ele, que não soframos a fúria dos ventos e das ondas. Não estamos isentos, como servos do Senhor, de passarmos por tribulações. Nosso barquinho, às vezes, tem sido jogado de um lado para o outro. E quando tentamos caminhar por sobre as águas rumo a Jesus, vemos nossos sentimentos misturados. Fé em Jesus X medo do “Mar” (forças da morte). Quando passa a predominar o medo e a falta de fé, nós passamos a afundar... Porém, o Senhor Jesus estende a sua mão. O Senhor Jesus sempre está com as suas mãos estendidas para nós. Ele está disposto a nos ajudar a vencer a tempestade. Ao final do episódio, vemos a desconfiança dos discípulos se transformar em fé viva: “Tu és verdadeiramente o Filho de Deus”. Esta é uma questão de grande relevância no relato. Pois a confissão reflete a fé daqueles que são os verdadeiros discípulos. Daqueles que não olham somente para as circunstâncias da vida (ondas e ventos), mas acima de tudo para o Cristo. CONCLUSÃO Vejamos algumas lições que podemos retirar deste texto: 1ª) É muito bom participarmos do banquete do Senhor (multiplicação dos pães), porém não podemos nos esquecer da missão que está na outra margem do lago. 2ª) O fato de estarmos no “barquinho” dos discípulos de Jesus, não nos isenta de passarmos pelas tempestades provocadas pelas forças de morte. Devemos ter bem claro em nossas mentes, que o projeto de Deus é contrário ao projeto do mundo presente. 3ª) Para que seja possível vencermos as tempestades da vida, devemos estar conscientes da presença de Jesus. Conscientes de que Ele é o “Filho de Deus”, e verdadeiramente pode repreender os ventos e as ondas, trazendo bonança. Concluo, trazendo à memória mais um cântico. Um cântico infantil que já cantamos muito em nossas igrejas: “Com Cristo no barco tudo vai muito bem... e passa o temporal” Rev. Paulo Dias Nogueira Catedral Metodista de Piracicaba 05.06.2016 - Culto Matutino

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