SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
SERMÃO
O MAIOR MANDAMENTO
INTRODUÇÃO
Vivemos um tempo em que se fala muito em ÉTICA ou
sobre a falta dela. Quem sabe uma das expressões que mais
ouvimos nos últimos tempos seja QUEBRA DE DECORO.
Uma das definições de DECORO é BELEZA MORAL.
Pierre Reverdy, poeta francês falecido em 1960, apresenta
uma definição simples e muito interessante: A ética é a
estética de dentro.
Podemos dizer que uma pessoa ética é aquela que vive,
age, se relaciona de forma bela. É a beleza de dentro. Por
exemplo, quando nossos pais e avós diziam: que coisa feia
menino. Eles não estavam se referindo à nossa aparência
exterior, mas sim ao nosso interior. Não falavam da
ESTÉTICA, mas sim da ÉTICA.
Os dicionários nos ajudam a entender uma pouco mais o
significado da palavra ética através dos sinônimos: virtude,
retidão, brio, respeitabilidade, nobreza, dignidade,
honestidade, honradez, integridade, honra, probidade,
seriedade, lisura, decência...
Gostaria de destacar a palavra DECENTE. Na composição de
muitas palavras em língua portuguesa utilizamos prefixos
latinos e gregos. Por exemplo: DOCente, DISCente e
DECente. DOC, DISC e DEC.
DOCente... quem leva ou conduz
DISCente... quem é levado ou conduzido
DECente... quem embeleza (torna belo)
Existem pessoas que imaginam que ÉTICA seja uma tabela
de comportamentos aceitáveis ou não aceitáveis, corretos
ou incorretos, certos ou errados, toleráveis ou intoleráveis.
Dentro dessa leitura baseada no imaginário popular (senso
comum), alguém que se propusesse a dialogar sobre ética,
deveria trazer esta imensa lista no bolso, pois para cada
ação ele iria apresentar a resposta se era certo/ético ou
errado/não-ético. Partindo dessa visão, existiria uma tabela
pronta que conteria todas as respostas para todas as
perguntas.
Por exemplo: estava ministrando aula em um curso e uma
irmã inflamada me perguntou diretamente (na bucha):
pastor é certo (ético) utilizar o celular para ler a bíblia na
hora do culto?... Minha resposta foi...
Ética não é decorar uma listra de certo e errado. Alguém
que se propõem refletir sobre ética tem muito menos
certezas do que uma lista de certo ou errado.
Uma categorização prévia sobre qualquer conduta seria
uma forma de escravidão, pois não teríamos a liberdade de
escolha e seguiríamos a tabela pronta.
Logo não necessitaríamos refletir sobre qual a melhor
maneira de agir em determinados momentos. Seria uma
forma de autoritarismo ao qual deveríamos nos submeter,
para respondermos corretamente ao que se espera de nós.
Longe de pressupor o fim da nossa liberdade, a ética tem
como condição fundamental a liberdade. Essa é uma
característica plenamente humana. Poder escolher entre
uma possibilidade e outra.
Um filósofo chamado Jean-Jacques Rousseau escreveu um
livro intitulado: Discurso sobre a origem da desigualdade.
Nele o autor usa um exemplo que simples que eu gostaria
de utilizar aqui. Trata-se do pombo e do gato: os animais
seguem o instinto, porém o homem é animal racional e por
isso pode pensar. Somo o único animal "pensante".
Como o homem cria possibilidades, ele sempre se defronta
com opções. Ele precisa decidir “o que” e “como” irá fazer
as coisas. Ele avalia e decide qual a melhor forma de
viver/fazer as coisas.
É necessário refletir sobre o nosso comportamento e
escolher com liberdade o que pretendemos pra nós e para
o nosso convívio.
Quanto menos liberdade se tiver, menos a ética faz sentido.
Para impor comportamentos já existe tribunais, forças
armadas, polícia e muitas outras formas de autoritarismo
por aí.
Pensando sobre esse tema, gostaria de partilhar com vocês
sobre o episódio relatado por Mateus onde Jesus é
questionado quanto ao cumprimento da Lei.
TEXTO: Mt 22:34-40
34
Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar
os saduceus, reuniram-se em conselho.
35
E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o,
lhe perguntou:
36
Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?
37
Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus,
de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o
teu entendimento.
38
Este é o grande e primeiro mandamento. 39
O
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo
como a ti mesmo.
40
Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e
os Profetas.
CONTEXTO
Jerusalém - últimos dias de Jesus.
Os líderes judaicos desejavam condenar Jesus. Para isso
precisavam apresentar provas plausíveis contra ele.
No Evangelho de Mateus encontramos 3 controvérsias
apresentadas como armadilhas bem organizadas e
montadas, com o fim de forjar provas, capazes de serem
usadas no tribunal para conseguir a condenação de Jesus.
1ª Controversa: Tributo a César (cf. Mt 22,15-
22) – Fariseus e Herodianos
2ª Controversa: Ressurreição dos mortos (cf.
Mt 22,23-33) - Saduceus
3ª Controversa: Maior mandamento da Lei (cf.
Mt 22,34-40) – Fariseus
O nosso texto é esta 3ª Controversa.
Ao perguntar a Jesus qual é o maior mandamento da Lei, os
fariseus procuram demonstrar que Jesus não sabe
interpretar a Lei e que, portanto, não é digno de crédito.
A questão do maior mandamento da Lei não era uma
questão pacífica, mas sim objeto de debates intermináveis
entre os fariseus e os doutores da Lei no tempo de Jesus.
A preocupação em atualizar a Lei (MITZVOT), de forma a
que ela respondesse a todas as questões que a vida do dia a
dia punha, tinha levado os doutores da Lei a produzir um
conjunto de 613 preceitos, dos quais 365 eram proibições e
248 ações a pôr em prática.
O número 613 tem um significado simbólico muito
importante na tradição rabínica dizia: 248 é o número de
ossos do corpo humano (na concepção que tinham na
época). O número 365 tem a ver com os dias do ano. Daí a
ideia de que os nossos 248 ossos precisam realizar 248
ações prescritas e que a cada dia do ano é necessário se
empenhar em não transgredir os 365 preceitos negativos.
Esta “multiplicação” dos preceitos legais lançava,
evidentemente, a questão das prioridades: todos os
preceitos têm a mesma importância, ou há algum que é
mais importante do que os outros?
É esta a questão que é posta a Jesus.
MENSAGEM
A resposta de Jesus, no entanto, supera o horizonte da
pergunta. Foge da discussão periférica legalistas, para
apresentar o núcleo... centro... âmago da Lei
(Mandamentos, preceitos, mitzvot)
Ele vai ensinar que o mais importante não é definir qual o
maior dos mandamentos, mas sim encontrar a raiz de todos
estes preceitos.
Para Jesus, essa raiz gira em torno de dois pontos: o amor a
Deus e o amor ao próximo.
A Lei e os Profetas são apenas comentários a estes dois
mandamentos.
Naquela época se utilizava a expressão “a Lei e os Profetas”
para se referir ao Antigo Testamento.
Dizer, portanto, que “nestes dois mandamentos se
resumem a Lei e os Profetas” (vers. 40), significa dizer que
toda a revelação de Deus, pode ser resumida no amor a
Deus e ao próximo.
A originalidade da afirmação de Jesus não está nas ideias de
amor a Deus a ao próximo, que são bem conhecidas do
Antigo Testamento: Pois Jesus se limita a citar Dt 6,5 (no
que diz respeito ao amor a Deus) e Lv 19,18 (no que diz
respeito ao amor ao próximo)…
A originalidade deste ensinamento está, por um lado, na
forma como Jesus aproxima os dois mandamentos,
colocando-os em perfeito paralelo e, por outro, no fato de
Jesus simplificar e concentrar toda a revelação de Deus
nestes dois mandamentos.
Portanto, o compromisso religioso (que é proposto aos
crentes, quer do Antigo, quer do Novo Testamento)
resume-se no amor a Deus e no amor ao próximo. Na
perspectiva de Jesus, que é que isto quer dizer?
De acordo com os relatos dos evangelhos, Jesus nunca se
preocupou excessivamente com o cumprimento dos rituais
litúrgicos que a religião judaica propunha, nem viveu
obcecado com o oferecimento de dons materiais a Deus.
A grande preocupação de Jesus foi, em contrapartida,
discernir a vontade do Pai e a cumpri-la com fidelidade e
amor.
“Amar a Deus” é pois, na perspectiva de Jesus, estar atento
aos projetos do Pai e procurar concretizar, na vida do dia a
dia, os seus planos.
Na vida de Jesus, o cumprimento da vontade do Pai passa
por fazer da vida uma entrega de amor aos irmãos, se
necessário até ao dom total de si mesmo.
Assim, na perspectiva de Jesus, “amor a Deus” e “amor aos
irmãos” estão intimamente associados. Não são dois
mandamentos diversos, mas duas faces da mesma moeda.
“Amar a Deus” é cumprir o seu projeto de amor, que se
concretiza na solidariedade, na partilha, no serviço, no dom
da vida aos irmãos.
Como é que deve ser esse “amor aos irmãos”? Este texto só
explica que é preciso “amar o próximo como a si mesmo”.
APLICAÇÃO
O que podemos destacar deste texto:
Mais de dois mil anos de cristianismo criaram uma pesada
herança de mandamentos, de leis, de preceitos, de
proibições, de exigências, de opiniões, de pecados e de
virtudes, que arrastamos pesadamente pela história.
Este texto põe as coisas de forma totalmente clara: o
essencial é o amor a Deus e o amor aos irmãos. Nisto se
resume toda a revelação de Deus e a sua proposta de vida
plena e definitiva para os homens.
O que é “amar a Deus”? De acordo com o exemplo e o
testemunho de Jesus, o amor a Deus passa, antes de tudo,
pela escuta da sua Palavra, pelo acolhimento das suas
propostas e pela obediência total aos seus projetos.
O que é “amar os irmãos”? De acordo com o exemplo e o
testemunho de Jesus, o amor aos irmãos passa por prestar
atenção a cada homem ou mulher com quem cruzamos
pelos caminhos da vida (seja quem for).
O mundo em que vivemos precisa de redescobrir o amor, a
solidariedade, o serviço, a partilha, o dom da vida…
Como cristãos, mais do que cumprir ritualismos e preceitos
institucionais, somos desafiados a viver eticamente
segundo os valores do evangelho de Jesus Cristo.
A nossa estética interna, ou seja, a ética deve ser fruto do
amor que vem de Deus e me transforma em uma pessoa
"bonita internamente" que é capaz de retornar o amor ao
próprio Deus, bem como distribuí-lo àqueles com quem
convive.
A ética, a qual temos chamado de estética do lado de
dentro, não se embeleza com cosmética. Não há
maquilagem capaz de embelezá-la.
É necessário transformação.
Para tal, é necessário esforço humano, naquilo que nos
compete. O apóstolo Paulo disse aos Coríntios: "Tudo me é
lícito, mas nem tudo me convém".
PORÉM, nem tudo depende de nossa própria força. há
questões que é só o milagre de Deus.
Rev. Paulo Dias Nogueira
Catedral Metodista de Piracicaba
05.06.2016 - Culto Vespertino

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Uma vida cristã equilibrada
Uma vida cristã equilibradaUma vida cristã equilibrada
Uma vida cristã equilibradaMoisés Sampaio
 
Ministros e despenseiros
Ministros e despenseirosMinistros e despenseiros
Ministros e despenseirosRicardo Gondim
 
Evangelismo conteúdo, método e motivação.
Evangelismo   conteúdo, método e motivação.Evangelismo   conteúdo, método e motivação.
Evangelismo conteúdo, método e motivação.Rodrigo Ribeiro
 
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretasLição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretasÉder Tomé
 
Introdução à Teologia Sistemática 1
Introdução à Teologia Sistemática 1Introdução à Teologia Sistemática 1
Introdução à Teologia Sistemática 1Luciana Lisboa
 
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo JesusLição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo JesusÉder Tomé
 
A igrea e a disciplina
A igrea e a disciplinaA igrea e a disciplina
A igrea e a disciplinaPaulo Roberto
 
Qual é a nossa função no corpo da igreja?
Qual é a nossa função no corpo da igreja?Qual é a nossa função no corpo da igreja?
Qual é a nossa função no corpo da igreja?Leandro Sales
 
Igreja Adventista e os Pioneiros Adventistas
Igreja Adventista e os Pioneiros AdventistasIgreja Adventista e os Pioneiros Adventistas
Igreja Adventista e os Pioneiros AdventistasASD Remanescentes
 
Lição 05 - A Obra Salvífica de Jesus Cristo
Lição 05 - A Obra Salvífica de Jesus CristoLição 05 - A Obra Salvífica de Jesus Cristo
Lição 05 - A Obra Salvífica de Jesus CristoÉder Tomé
 
O Verdadeiro Batismo Biblico
O Verdadeiro Batismo BiblicoO Verdadeiro Batismo Biblico
O Verdadeiro Batismo BiblicoASD Remanescentes
 

Mais procurados (20)

Adventistas do sétimo dia
Adventistas do sétimo diaAdventistas do sétimo dia
Adventistas do sétimo dia
 
Calvinismo x Arminianismo
Calvinismo x ArminianismoCalvinismo x Arminianismo
Calvinismo x Arminianismo
 
Uma vida cristã equilibrada
Uma vida cristã equilibradaUma vida cristã equilibrada
Uma vida cristã equilibrada
 
Lição 5 - A Cruz
Lição 5 - A CruzLição 5 - A Cruz
Lição 5 - A Cruz
 
Ministros e despenseiros
Ministros e despenseirosMinistros e despenseiros
Ministros e despenseiros
 
Evangelismo conteúdo, método e motivação.
Evangelismo   conteúdo, método e motivação.Evangelismo   conteúdo, método e motivação.
Evangelismo conteúdo, método e motivação.
 
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretasLição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
 
Efésios (moody)
Efésios (moody)Efésios (moody)
Efésios (moody)
 
Treinamento para professores da EBD
Treinamento para professores da EBDTreinamento para professores da EBD
Treinamento para professores da EBD
 
Introdução à Teologia Sistemática 1
Introdução à Teologia Sistemática 1Introdução à Teologia Sistemática 1
Introdução à Teologia Sistemática 1
 
A grande tribulação completa
A grande tribulação completaA grande tribulação completa
A grande tribulação completa
 
O batismo em águas
O batismo em águasO batismo em águas
O batismo em águas
 
Um altar para Deus
Um altar para DeusUm altar para Deus
Um altar para Deus
 
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo JesusLição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
Lição 6 - A grande e perfeita salvação de Cristo Jesus
 
A igrea e a disciplina
A igrea e a disciplinaA igrea e a disciplina
A igrea e a disciplina
 
Qual é a nossa função no corpo da igreja?
Qual é a nossa função no corpo da igreja?Qual é a nossa função no corpo da igreja?
Qual é a nossa função no corpo da igreja?
 
Igreja Adventista e os Pioneiros Adventistas
Igreja Adventista e os Pioneiros AdventistasIgreja Adventista e os Pioneiros Adventistas
Igreja Adventista e os Pioneiros Adventistas
 
Lição 05 - A Obra Salvífica de Jesus Cristo
Lição 05 - A Obra Salvífica de Jesus CristoLição 05 - A Obra Salvífica de Jesus Cristo
Lição 05 - A Obra Salvífica de Jesus Cristo
 
O Verdadeiro Batismo Biblico
O Verdadeiro Batismo BiblicoO Verdadeiro Batismo Biblico
O Verdadeiro Batismo Biblico
 
O Discípulo e a Cruz
O Discípulo e a CruzO Discípulo e a Cruz
O Discípulo e a Cruz
 

Destaque

Sermão jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
Sermão   jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexãoSermão   jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
Sermão jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexãoPaulo Dias Nogueira
 
O senhor é meu pastor e hospedeiro salmo 23 (2012)
O senhor é meu pastor e hospedeiro   salmo 23 (2012)O senhor é meu pastor e hospedeiro   salmo 23 (2012)
O senhor é meu pastor e hospedeiro salmo 23 (2012)Paulo Dias Nogueira
 
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjosSERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjosPaulo Dias Nogueira
 
SERMÃO: Natal - as mensagens dos anjos
SERMÃO: Natal  - as mensagens dos anjosSERMÃO: Natal  - as mensagens dos anjos
SERMÃO: Natal - as mensagens dos anjosPaulo Dias Nogueira
 
Sermão o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
Sermão   o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)Sermão   o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
Sermão o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)Paulo Dias Nogueira
 
Sermão ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
Sermão   ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermãoSermão   ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
Sermão ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermãoPaulo Dias Nogueira
 
Sermão conversão dos olhos mãos e pés - atos 3 1-10 (sem texto)
Sermão   conversão dos olhos mãos e pés -  atos 3 1-10 (sem texto)Sermão   conversão dos olhos mãos e pés -  atos 3 1-10 (sem texto)
Sermão conversão dos olhos mãos e pés - atos 3 1-10 (sem texto)Paulo Dias Nogueira
 
Jesus nos chama ao compromisso lucas 14 25-33 - reflexão
Jesus nos chama ao compromisso   lucas 14 25-33 - reflexãoJesus nos chama ao compromisso   lucas 14 25-33 - reflexão
Jesus nos chama ao compromisso lucas 14 25-33 - reflexãoPaulo Dias Nogueira
 
Jesus o bom pastor joão 10 11-18 (2012)
Jesus o bom pastor   joão 10 11-18 (2012)Jesus o bom pastor   joão 10 11-18 (2012)
Jesus o bom pastor joão 10 11-18 (2012)Paulo Dias Nogueira
 
Sermão pedro - um homem em busca de compromisso
Sermão   pedro - um homem em busca de compromissoSermão   pedro - um homem em busca de compromisso
Sermão pedro - um homem em busca de compromissoPaulo Dias Nogueira
 
Sermão jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
Sermão   jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)Sermão   jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
Sermão jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)Paulo Dias Nogueira
 
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33 Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33 Paulo Dias Nogueira
 
Sermão eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
Sermão   eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17Sermão   eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
Sermão eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17Paulo Dias Nogueira
 
Plano de Ação Pastoral - aula e exemplo
Plano de Ação Pastoral - aula e exemploPlano de Ação Pastoral - aula e exemplo
Plano de Ação Pastoral - aula e exemploPaulo Dias Nogueira
 
Expositor Cristão Abril de 2014
Expositor Cristão Abril de 2014Expositor Cristão Abril de 2014
Expositor Cristão Abril de 2014Paulo Dias Nogueira
 
Ministério de wesley na savannah
Ministério de wesley na savannahMinistério de wesley na savannah
Ministério de wesley na savannahPaulo Dias Nogueira
 

Destaque (20)

Sermão jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
Sermão   jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexãoSermão   jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
Sermão jesus nos chama ao compromisso - lucas 14 25-33 - reflexão
 
Apresentação do pov 2015
Apresentação do pov 2015Apresentação do pov 2015
Apresentação do pov 2015
 
Boletim Mensageiro - 05 06 2016
Boletim Mensageiro - 05 06 2016Boletim Mensageiro - 05 06 2016
Boletim Mensageiro - 05 06 2016
 
O senhor é meu pastor e hospedeiro salmo 23 (2012)
O senhor é meu pastor e hospedeiro   salmo 23 (2012)O senhor é meu pastor e hospedeiro   salmo 23 (2012)
O senhor é meu pastor e hospedeiro salmo 23 (2012)
 
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjosSERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
SERMÃO - Natal: as mensagens dos anjos
 
SERMÃO: Natal - as mensagens dos anjos
SERMÃO: Natal  - as mensagens dos anjosSERMÃO: Natal  - as mensagens dos anjos
SERMÃO: Natal - as mensagens dos anjos
 
Sermão o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
Sermão   o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)Sermão   o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
Sermão o senhor é meu pastor e hospedeiro - salmo 23 (2012)
 
Sermão ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
Sermão   ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermãoSermão   ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
Sermão ouvir a deus ou aos homens - 2 cr 18 1-27 - sermão
 
Sermão conversão dos olhos mãos e pés - atos 3 1-10 (sem texto)
Sermão   conversão dos olhos mãos e pés -  atos 3 1-10 (sem texto)Sermão   conversão dos olhos mãos e pés -  atos 3 1-10 (sem texto)
Sermão conversão dos olhos mãos e pés - atos 3 1-10 (sem texto)
 
Jesus nos chama ao compromisso lucas 14 25-33 - reflexão
Jesus nos chama ao compromisso   lucas 14 25-33 - reflexãoJesus nos chama ao compromisso   lucas 14 25-33 - reflexão
Jesus nos chama ao compromisso lucas 14 25-33 - reflexão
 
Jesus o bom pastor joão 10 11-18 (2012)
Jesus o bom pastor   joão 10 11-18 (2012)Jesus o bom pastor   joão 10 11-18 (2012)
Jesus o bom pastor joão 10 11-18 (2012)
 
Sermão pedro - um homem em busca de compromisso
Sermão   pedro - um homem em busca de compromissoSermão   pedro - um homem em busca de compromisso
Sermão pedro - um homem em busca de compromisso
 
Sermão jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
Sermão   jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)Sermão   jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
Sermão jesus o bom pastor - joão 10 11-18 (2012)
 
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33 Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
Sermão - Não Temais... Sou Eu - Mt 14:22-33
 
Sermão eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
Sermão   eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17Sermão   eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
Sermão eliseu e a mulher sunamita - 2 reis 4 8-17
 
Plano de Ação Pastoral - aula e exemplo
Plano de Ação Pastoral - aula e exemploPlano de Ação Pastoral - aula e exemplo
Plano de Ação Pastoral - aula e exemplo
 
Gaivota 183
Gaivota 183Gaivota 183
Gaivota 183
 
Expositor Cristão Abril de 2014
Expositor Cristão Abril de 2014Expositor Cristão Abril de 2014
Expositor Cristão Abril de 2014
 
Ministério de wesley na savannah
Ministério de wesley na savannahMinistério de wesley na savannah
Ministério de wesley na savannah
 
Pregadores leigos
Pregadores leigosPregadores leigos
Pregadores leigos
 

Semelhante a O Maior Mandamento - Amar a Deus e ao Próximo

1 objetivos do panorama do at
1  objetivos do panorama do at1  objetivos do panorama do at
1 objetivos do panorama do atPIB Penha - SP
 
( Espiritismo) # - alexandre f fonseca - o que seria pureza doutrinaria seg...
( Espiritismo)   # - alexandre f fonseca - o que seria pureza doutrinaria seg...( Espiritismo)   # - alexandre f fonseca - o que seria pureza doutrinaria seg...
( Espiritismo) # - alexandre f fonseca - o que seria pureza doutrinaria seg...Instituto de Psicobiofísica Rama Schain
 
Roteiro 1 lei natural - definições e caracteres
Roteiro 1   lei natural - definições e caracteresRoteiro 1   lei natural - definições e caracteres
Roteiro 1 lei natural - definições e caracteresBruno Cechinel Filho
 
EBD Jovens cosmo visão
EBD Jovens cosmo visãoEBD Jovens cosmo visão
EBD Jovens cosmo visãoWiltonLima20
 
EBD - O comportamento do Crente para ser luze.pptx
EBD - O comportamento do Crente para ser luze.pptxEBD - O comportamento do Crente para ser luze.pptx
EBD - O comportamento do Crente para ser luze.pptxValdineyRodriguesBez1
 
Bimba kids 13-03-2016 - dia internacional da mulher
Bimba kids   13-03-2016 - dia internacional da mulherBimba kids   13-03-2016 - dia internacional da mulher
Bimba kids 13-03-2016 - dia internacional da mulherJoão Carlos Lissone
 
O Padrão da Lei Moral | Os dez mandamentos | lição 2 | plano de aula
O Padrão da Lei Moral | Os dez mandamentos | lição 2 | plano de aulaO Padrão da Lei Moral | Os dez mandamentos | lição 2 | plano de aula
O Padrão da Lei Moral | Os dez mandamentos | lição 2 | plano de aulaLuis Carlos Oliveira
 
O MAIOR MANDAMENTO
O MAIOR MANDAMENTOO MAIOR MANDAMENTO
O MAIOR MANDAMENTOIsaura Miike
 
05 quem é o meu próximo
05   quem é o meu próximo05   quem é o meu próximo
05 quem é o meu próximoIsaias Oliveira
 
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORAL
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORALLIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORAL
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORALLuis Carlos Oliveira
 
D 14 Caridade e o Centro Espírita
D 14   Caridade e o Centro EspíritaD 14   Caridade e o Centro Espírita
D 14 Caridade e o Centro EspíritaJPS Junior
 
AULA_01_TEONTOLOGIA_-_PADRAO.pdf
AULA_01_TEONTOLOGIA_-_PADRAO.pdfAULA_01_TEONTOLOGIA_-_PADRAO.pdf
AULA_01_TEONTOLOGIA_-_PADRAO.pdfAMILTON gomes Gomes
 

Semelhante a O Maior Mandamento - Amar a Deus e ao Próximo (20)

1 objetivos do panorama do at
1  objetivos do panorama do at1  objetivos do panorama do at
1 objetivos do panorama do at
 
( Espiritismo) # - alexandre f fonseca - o que seria pureza doutrinaria seg...
( Espiritismo)   # - alexandre f fonseca - o que seria pureza doutrinaria seg...( Espiritismo)   # - alexandre f fonseca - o que seria pureza doutrinaria seg...
( Espiritismo) # - alexandre f fonseca - o que seria pureza doutrinaria seg...
 
Romanos 1
Romanos 1Romanos 1
Romanos 1
 
14-Principios_Basicos_da_Etica_Crista.pdf
14-Principios_Basicos_da_Etica_Crista.pdf14-Principios_Basicos_da_Etica_Crista.pdf
14-Principios_Basicos_da_Etica_Crista.pdf
 
Roteiro 1 lei natural - definições e caracteres
Roteiro 1   lei natural - definições e caracteresRoteiro 1   lei natural - definições e caracteres
Roteiro 1 lei natural - definições e caracteres
 
EBD Jovens cosmo visão
EBD Jovens cosmo visãoEBD Jovens cosmo visão
EBD Jovens cosmo visão
 
A igreja e a lei de deus
A igreja e a lei de deusA igreja e a lei de deus
A igreja e a lei de deus
 
EBD - O comportamento do Crente para ser luze.pptx
EBD - O comportamento do Crente para ser luze.pptxEBD - O comportamento do Crente para ser luze.pptx
EBD - O comportamento do Crente para ser luze.pptx
 
Bimba kids 13-03-2016 - dia internacional da mulher
Bimba kids   13-03-2016 - dia internacional da mulherBimba kids   13-03-2016 - dia internacional da mulher
Bimba kids 13-03-2016 - dia internacional da mulher
 
O Padrão da Lei Moral | Os dez mandamentos | lição 2 | plano de aula
O Padrão da Lei Moral | Os dez mandamentos | lição 2 | plano de aulaO Padrão da Lei Moral | Os dez mandamentos | lição 2 | plano de aula
O Padrão da Lei Moral | Os dez mandamentos | lição 2 | plano de aula
 
Introdução a seitas e heresias
Introdução a seitas e heresiasIntrodução a seitas e heresias
Introdução a seitas e heresias
 
O MAIOR MANDAMENTO
O MAIOR MANDAMENTOO MAIOR MANDAMENTO
O MAIOR MANDAMENTO
 
05 quem é o meu próximo
05   quem é o meu próximo05   quem é o meu próximo
05 quem é o meu próximo
 
O protestantismo e os valores éticos
O protestantismo e os valores éticosO protestantismo e os valores éticos
O protestantismo e os valores éticos
 
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORAL
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORALLIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORAL
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORAL
 
O padrão da lei moral
O padrão da lei moralO padrão da lei moral
O padrão da lei moral
 
D 14 Caridade e o Centro Espírita
D 14   Caridade e o Centro EspíritaD 14   Caridade e o Centro Espírita
D 14 Caridade e o Centro Espírita
 
As duas leis
As duas leisAs duas leis
As duas leis
 
ética cristã
ética cristãética cristã
ética cristã
 
AULA_01_TEONTOLOGIA_-_PADRAO.pdf
AULA_01_TEONTOLOGIA_-_PADRAO.pdfAULA_01_TEONTOLOGIA_-_PADRAO.pdf
AULA_01_TEONTOLOGIA_-_PADRAO.pdf
 

Mais de Paulo Dias Nogueira

O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro - O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro - Paulo Dias Nogueira
 
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa CristãLiturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa CristãPaulo Dias Nogueira
 
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAMPOV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAMPaulo Dias Nogueira
 
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...Paulo Dias Nogueira
 
Ouvir a deus ou aos homens 2 cr 18 1-27 - sermão
Ouvir a deus ou aos homens   2 cr 18 1-27 - sermãoOuvir a deus ou aos homens   2 cr 18 1-27 - sermão
Ouvir a deus ou aos homens 2 cr 18 1-27 - sermãoPaulo Dias Nogueira
 
Conversão dos olhos mãos e pés atos 3 1-10 (sem texto)
Conversão dos olhos mãos e pés    atos 3 1-10 (sem texto)Conversão dos olhos mãos e pés    atos 3 1-10 (sem texto)
Conversão dos olhos mãos e pés atos 3 1-10 (sem texto)Paulo Dias Nogueira
 
Pps 18 por que utilizamos o termo pastor
Pps 18   por que utilizamos o termo pastorPps 18   por que utilizamos o termo pastor
Pps 18 por que utilizamos o termo pastorPaulo Dias Nogueira
 
Apresentação ministério pastoral
Apresentação   ministério pastoralApresentação   ministério pastoral
Apresentação ministério pastoralPaulo Dias Nogueira
 
Carta de orientação e ficha da CLAM POV 2015
Carta de orientação e ficha da CLAM   POV 2015Carta de orientação e ficha da CLAM   POV 2015
Carta de orientação e ficha da CLAM POV 2015Paulo Dias Nogueira
 
História das Missões - ppt da aula
História das Missões - ppt da aulaHistória das Missões - ppt da aula
História das Missões - ppt da aulaPaulo Dias Nogueira
 
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasilUma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasilPaulo Dias Nogueira
 

Mais de Paulo Dias Nogueira (13)

Em Jesus os opostos se atraem
Em Jesus os opostos se atraemEm Jesus os opostos se atraem
Em Jesus os opostos se atraem
 
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro - O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
O Senhor é meu Pastor e Hospedeiro -
 
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa CristãLiturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
Liturgia - Da Páscoa Judaica à Páscoa Cristã
 
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAMPOV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
POV 2016 - Carta de orientação e ficha da CLAM
 
Gaivota 183 encarte
Gaivota 183 encarteGaivota 183 encarte
Gaivota 183 encarte
 
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
Liturgia - da páscoa judaica à páscoa cristã - grupo de comunhão do campos el...
 
Ouvir a deus ou aos homens 2 cr 18 1-27 - sermão
Ouvir a deus ou aos homens   2 cr 18 1-27 - sermãoOuvir a deus ou aos homens   2 cr 18 1-27 - sermão
Ouvir a deus ou aos homens 2 cr 18 1-27 - sermão
 
Conversão dos olhos mãos e pés atos 3 1-10 (sem texto)
Conversão dos olhos mãos e pés    atos 3 1-10 (sem texto)Conversão dos olhos mãos e pés    atos 3 1-10 (sem texto)
Conversão dos olhos mãos e pés atos 3 1-10 (sem texto)
 
Pps 18 por que utilizamos o termo pastor
Pps 18   por que utilizamos o termo pastorPps 18   por que utilizamos o termo pastor
Pps 18 por que utilizamos o termo pastor
 
Apresentação ministério pastoral
Apresentação   ministério pastoralApresentação   ministério pastoral
Apresentação ministério pastoral
 
Carta de orientação e ficha da CLAM POV 2015
Carta de orientação e ficha da CLAM   POV 2015Carta de orientação e ficha da CLAM   POV 2015
Carta de orientação e ficha da CLAM POV 2015
 
História das Missões - ppt da aula
História das Missões - ppt da aulaHistória das Missões - ppt da aula
História das Missões - ppt da aula
 
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasilUma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
 

Último

Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................CarlosJnior997101
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuaisFilipeDuartedeBem
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxDIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxRoseLucia2
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaDenisRocha28
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 

Último (17)

Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxDIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 

O Maior Mandamento - Amar a Deus e ao Próximo

  • 1. SERMÃO O MAIOR MANDAMENTO INTRODUÇÃO Vivemos um tempo em que se fala muito em ÉTICA ou sobre a falta dela. Quem sabe uma das expressões que mais ouvimos nos últimos tempos seja QUEBRA DE DECORO. Uma das definições de DECORO é BELEZA MORAL. Pierre Reverdy, poeta francês falecido em 1960, apresenta uma definição simples e muito interessante: A ética é a estética de dentro. Podemos dizer que uma pessoa ética é aquela que vive, age, se relaciona de forma bela. É a beleza de dentro. Por exemplo, quando nossos pais e avós diziam: que coisa feia menino. Eles não estavam se referindo à nossa aparência exterior, mas sim ao nosso interior. Não falavam da ESTÉTICA, mas sim da ÉTICA. Os dicionários nos ajudam a entender uma pouco mais o significado da palavra ética através dos sinônimos: virtude, retidão, brio, respeitabilidade, nobreza, dignidade, honestidade, honradez, integridade, honra, probidade, seriedade, lisura, decência... Gostaria de destacar a palavra DECENTE. Na composição de muitas palavras em língua portuguesa utilizamos prefixos latinos e gregos. Por exemplo: DOCente, DISCente e DECente. DOC, DISC e DEC. DOCente... quem leva ou conduz DISCente... quem é levado ou conduzido DECente... quem embeleza (torna belo) Existem pessoas que imaginam que ÉTICA seja uma tabela de comportamentos aceitáveis ou não aceitáveis, corretos ou incorretos, certos ou errados, toleráveis ou intoleráveis. Dentro dessa leitura baseada no imaginário popular (senso comum), alguém que se propusesse a dialogar sobre ética, deveria trazer esta imensa lista no bolso, pois para cada ação ele iria apresentar a resposta se era certo/ético ou errado/não-ético. Partindo dessa visão, existiria uma tabela pronta que conteria todas as respostas para todas as perguntas. Por exemplo: estava ministrando aula em um curso e uma irmã inflamada me perguntou diretamente (na bucha): pastor é certo (ético) utilizar o celular para ler a bíblia na hora do culto?... Minha resposta foi... Ética não é decorar uma listra de certo e errado. Alguém que se propõem refletir sobre ética tem muito menos certezas do que uma lista de certo ou errado.
  • 2. Uma categorização prévia sobre qualquer conduta seria uma forma de escravidão, pois não teríamos a liberdade de escolha e seguiríamos a tabela pronta. Logo não necessitaríamos refletir sobre qual a melhor maneira de agir em determinados momentos. Seria uma forma de autoritarismo ao qual deveríamos nos submeter, para respondermos corretamente ao que se espera de nós. Longe de pressupor o fim da nossa liberdade, a ética tem como condição fundamental a liberdade. Essa é uma característica plenamente humana. Poder escolher entre uma possibilidade e outra. Um filósofo chamado Jean-Jacques Rousseau escreveu um livro intitulado: Discurso sobre a origem da desigualdade. Nele o autor usa um exemplo que simples que eu gostaria de utilizar aqui. Trata-se do pombo e do gato: os animais seguem o instinto, porém o homem é animal racional e por isso pode pensar. Somo o único animal "pensante". Como o homem cria possibilidades, ele sempre se defronta com opções. Ele precisa decidir “o que” e “como” irá fazer as coisas. Ele avalia e decide qual a melhor forma de viver/fazer as coisas. É necessário refletir sobre o nosso comportamento e escolher com liberdade o que pretendemos pra nós e para o nosso convívio. Quanto menos liberdade se tiver, menos a ética faz sentido. Para impor comportamentos já existe tribunais, forças armadas, polícia e muitas outras formas de autoritarismo por aí. Pensando sobre esse tema, gostaria de partilhar com vocês sobre o episódio relatado por Mateus onde Jesus é questionado quanto ao cumprimento da Lei. TEXTO: Mt 22:34-40 34 Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. 35 E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: 36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? 37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. 38 Este é o grande e primeiro mandamento. 39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.
  • 3. CONTEXTO Jerusalém - últimos dias de Jesus. Os líderes judaicos desejavam condenar Jesus. Para isso precisavam apresentar provas plausíveis contra ele. No Evangelho de Mateus encontramos 3 controvérsias apresentadas como armadilhas bem organizadas e montadas, com o fim de forjar provas, capazes de serem usadas no tribunal para conseguir a condenação de Jesus. 1ª Controversa: Tributo a César (cf. Mt 22,15- 22) – Fariseus e Herodianos 2ª Controversa: Ressurreição dos mortos (cf. Mt 22,23-33) - Saduceus 3ª Controversa: Maior mandamento da Lei (cf. Mt 22,34-40) – Fariseus O nosso texto é esta 3ª Controversa. Ao perguntar a Jesus qual é o maior mandamento da Lei, os fariseus procuram demonstrar que Jesus não sabe interpretar a Lei e que, portanto, não é digno de crédito. A questão do maior mandamento da Lei não era uma questão pacífica, mas sim objeto de debates intermináveis entre os fariseus e os doutores da Lei no tempo de Jesus. A preocupação em atualizar a Lei (MITZVOT), de forma a que ela respondesse a todas as questões que a vida do dia a dia punha, tinha levado os doutores da Lei a produzir um conjunto de 613 preceitos, dos quais 365 eram proibições e 248 ações a pôr em prática. O número 613 tem um significado simbólico muito importante na tradição rabínica dizia: 248 é o número de ossos do corpo humano (na concepção que tinham na época). O número 365 tem a ver com os dias do ano. Daí a ideia de que os nossos 248 ossos precisam realizar 248 ações prescritas e que a cada dia do ano é necessário se empenhar em não transgredir os 365 preceitos negativos. Esta “multiplicação” dos preceitos legais lançava, evidentemente, a questão das prioridades: todos os preceitos têm a mesma importância, ou há algum que é mais importante do que os outros? É esta a questão que é posta a Jesus.
  • 4. MENSAGEM A resposta de Jesus, no entanto, supera o horizonte da pergunta. Foge da discussão periférica legalistas, para apresentar o núcleo... centro... âmago da Lei (Mandamentos, preceitos, mitzvot) Ele vai ensinar que o mais importante não é definir qual o maior dos mandamentos, mas sim encontrar a raiz de todos estes preceitos. Para Jesus, essa raiz gira em torno de dois pontos: o amor a Deus e o amor ao próximo. A Lei e os Profetas são apenas comentários a estes dois mandamentos. Naquela época se utilizava a expressão “a Lei e os Profetas” para se referir ao Antigo Testamento. Dizer, portanto, que “nestes dois mandamentos se resumem a Lei e os Profetas” (vers. 40), significa dizer que toda a revelação de Deus, pode ser resumida no amor a Deus e ao próximo. A originalidade da afirmação de Jesus não está nas ideias de amor a Deus a ao próximo, que são bem conhecidas do Antigo Testamento: Pois Jesus se limita a citar Dt 6,5 (no que diz respeito ao amor a Deus) e Lv 19,18 (no que diz respeito ao amor ao próximo)… A originalidade deste ensinamento está, por um lado, na forma como Jesus aproxima os dois mandamentos, colocando-os em perfeito paralelo e, por outro, no fato de Jesus simplificar e concentrar toda a revelação de Deus nestes dois mandamentos. Portanto, o compromisso religioso (que é proposto aos crentes, quer do Antigo, quer do Novo Testamento) resume-se no amor a Deus e no amor ao próximo. Na perspectiva de Jesus, que é que isto quer dizer? De acordo com os relatos dos evangelhos, Jesus nunca se preocupou excessivamente com o cumprimento dos rituais litúrgicos que a religião judaica propunha, nem viveu obcecado com o oferecimento de dons materiais a Deus. A grande preocupação de Jesus foi, em contrapartida, discernir a vontade do Pai e a cumpri-la com fidelidade e amor. “Amar a Deus” é pois, na perspectiva de Jesus, estar atento aos projetos do Pai e procurar concretizar, na vida do dia a dia, os seus planos. Na vida de Jesus, o cumprimento da vontade do Pai passa por fazer da vida uma entrega de amor aos irmãos, se necessário até ao dom total de si mesmo. Assim, na perspectiva de Jesus, “amor a Deus” e “amor aos irmãos” estão intimamente associados. Não são dois mandamentos diversos, mas duas faces da mesma moeda.
  • 5. “Amar a Deus” é cumprir o seu projeto de amor, que se concretiza na solidariedade, na partilha, no serviço, no dom da vida aos irmãos. Como é que deve ser esse “amor aos irmãos”? Este texto só explica que é preciso “amar o próximo como a si mesmo”. APLICAÇÃO O que podemos destacar deste texto: Mais de dois mil anos de cristianismo criaram uma pesada herança de mandamentos, de leis, de preceitos, de proibições, de exigências, de opiniões, de pecados e de virtudes, que arrastamos pesadamente pela história. Este texto põe as coisas de forma totalmente clara: o essencial é o amor a Deus e o amor aos irmãos. Nisto se resume toda a revelação de Deus e a sua proposta de vida plena e definitiva para os homens. O que é “amar a Deus”? De acordo com o exemplo e o testemunho de Jesus, o amor a Deus passa, antes de tudo, pela escuta da sua Palavra, pelo acolhimento das suas propostas e pela obediência total aos seus projetos. O que é “amar os irmãos”? De acordo com o exemplo e o testemunho de Jesus, o amor aos irmãos passa por prestar atenção a cada homem ou mulher com quem cruzamos pelos caminhos da vida (seja quem for). O mundo em que vivemos precisa de redescobrir o amor, a solidariedade, o serviço, a partilha, o dom da vida… Como cristãos, mais do que cumprir ritualismos e preceitos institucionais, somos desafiados a viver eticamente segundo os valores do evangelho de Jesus Cristo. A nossa estética interna, ou seja, a ética deve ser fruto do amor que vem de Deus e me transforma em uma pessoa "bonita internamente" que é capaz de retornar o amor ao próprio Deus, bem como distribuí-lo àqueles com quem convive. A ética, a qual temos chamado de estética do lado de dentro, não se embeleza com cosmética. Não há maquilagem capaz de embelezá-la. É necessário transformação. Para tal, é necessário esforço humano, naquilo que nos compete. O apóstolo Paulo disse aos Coríntios: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém". PORÉM, nem tudo depende de nossa própria força. há questões que é só o milagre de Deus. Rev. Paulo Dias Nogueira Catedral Metodista de Piracicaba 05.06.2016 - Culto Vespertino