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Mas afinal, o que é qualidade
Definir qualidade nem sempre é fácil.
Sobretudo, quando se busca um suporte conceitual
válido nos dias de hoje, ou seja, um conceito atual,
moderno.
Vejamos o termo moderno que significa novo, mas
pode significar , também, atual, contemporâneo, que
se referem ao momento em que vivemos, então ,em
pouco tempo o moderno pode virar velho, obsoleto.
3
fazendo uma viagem no tempo...
Quando confrontamos o significado da qualidade para
um artesão e trabalhadores de diversas épocas
posteriores até os dias atuais, será que obteremos as
mesmas respostas?
O artesão era um especialista que tinha domínio
completo de todo o ciclo de produção, desde a
concepção do produto ate o pós-venda.
4
fazendo uma viagem no tempo...
O artesão procurava atender as necessidades do
cliente, pois sabia que a comercialização de seus
produtos dependia muito da reputação da qualidade,
que, naquele tempo, era comunicada boca a boca
pelos clientes satisfeitos.
Por outro lado, ainda era embrionários os conceitos
importantes para a área de qualidade moderna, tais
como: confiabilidade, conformidade, metrologia,
tolerância e especificação.
5
A Revolução Industrial
Esse padrão se manteve até o final do século XIX,
quando a maior montadora de automóveis da época, a
Panhard e Levassor (P&L), montava seus veículos
atendendo as necessidades dos abastados clientes.
(não havia dois carros iguais – “susto dimensional”)
Veio então a Revolução Industrial, que trouxe
nova ordem produtiva, em que a customização foi
substituída pela padronização e a produção em larga
escala.
6
O Taylorismo
O modelo de administração taylorista (Administração
Científica) retirou dos trabalhadores as etapas de
concepção e de planejamento.
Nessa época surgiu a função do inspetor, responsável
pela qualidade dos produtos.
Da linha de montagem da Ford, no período de 1908 a
1927, saia somente um modelo, o Ford T (Ford Bigode)
e, em uma única cor, a preta – mais de 15 milhões de
unidades vendidas.
7
O Fordismo
Essa foi uma época de grande evolução do conceito de
controle da qualidade.
Para viabilizar sua linha de montagem, Ford investiu
muito na intercambiabidade das peças e na facilidade
de ajustes, adotando um sistema padronizado.
Embora nessa época o foco do CQ ainda fosse a
inspeção, já se encontravam elementos importantes do
que viria a ser o conceito de qualidade que priorizava
uma abordagem voltada a produção e a conformidade.
8
A evolução do CQ
Na década de 1930, o CQ evoluiu bastante, com o
desenvolvimento do sistema de medidas, das
ferramentas de Controle Estatístico do Processo (CEP)
e do surgimento de normas (britânicas e americanas).
Em 1946 é fundada a American Society for Quality
Control (ASQC), atualmente American Society for
Quality (ASQ), com a participação de importantes
nomes da área de qualidade, como Joseph M. Juran.
9
Década de 1950
Criada a associação japonesa de cientistas e
engenheiros, a JUSE , com importante papel na área
da qualidade.
Surgem preocupações da área da qualidade quanto
aos impactos nos custos, sendo proposta a primeira
abordagem sistêmica.
Juran publicou o Planning and Practices in Quality
Control, que apresentava um modelo que envolvia
planejamento e apuração dos custos da qualidade.
10
TQC
Armand Feigenbaum foi o primeiro a tratar a qualidade
de forma sistêmica nas organizações, formulando o
sistema de Controle da Qualidade Total (TQC - Total
Quality Control), que influenciou fortemente o modelo
proposto pela International Organization for
Standardization (ISO), ou seja, a série ISO 9000.
No final dessa década, em 1957, Philip B. Crosby
lançou os elementos que criaram o programa Zero
Defeito.
11
Enquanto isso, no outro lado do mundo...
O Japão lutava pela reconstrução no período pós-guerra.
Foi quando dois importantes teóricos da área da qualidade
estiveram no Japão, W. Edwards Deming e J. M. Juran, os
quais influenciaram na criação do modelo japonês.
Em 1951, surgiu o Prêmio Deming, atribuído a empresa
que mais se destacasse na área da qualidade em cada ano.
Só no final da década de 1980 surgiu algo similar nos
Estados Unidos, o Prêmio Malcom Baldrige (1987), e
posteriormente, na Europa, o Prêmio Europeu da
Qualidade (1991), e também no Brasil, Prêmio Nacional da
Qualidade - PNQ (1992).
12
Lean Production
Taiichi Ohno, um dos grandes idealizadores do modelo
Toyota de produção, que ficaria conhecido como
produção enxuta ou lean production, influenciou a
qualidade, sobretudo pela aversão ao desperdício.
Em sua luta contra o desperdício, um dos alvos foi
eliminação da inspeção e, para tal, precisou devolver
aos trabalhadores a responsabilidade pela qualidade
do que produziam, para que pudessem interromper a
produção caso uma não conformidade ocorresse no
sistema, intervindo em tempo real e evitando a
produção de pecas defeituosas.
13
CWQC (TQC Japonês)
Shigeo Shingo também colaborou para a eliminação de
desperdícios da qualidade com a proposição de
dispositivos a prova de erros (ou poka-yoke, termo em
japonês), bem como desperdício de tempos de preparação,
com seu modelo de troca rápida de ferramenta (SMED).
Kaoru Ishikawa teve também importante papel no modelo
japonês, contribuindo na formulação do Company Wide
Quality Control (CWQC), o qual trouxe vários elementos
novos à Gestão da Qualidade. Contribuiu para a difusão
das sete ferramentas da qualidade, que viriam a ser
amplamente utilizadas pelos Círculos de Controles da
Qualidade (CCQs).
14
TQC – SGQ
Na década de 1970, o sucesso do modelo japonês já
mencionava a aferição dos defeitos em partes por
milhão, enquanto no ocidente as métricas ainda eram
calculadas em porcentagens.
Em 1987, em meio à expansão da globalização, surgiu
o modelo normativo da ISO para a área de Gestão da
Qualidade, como a sério 9000, Sistemas de Garantia
da Qualidade (SGQ).
15
Gestão da Qualidade - GQ
Desde então, iniciou-se um resgate da importância dos
clientes e a percepção da qualidade como um critério
competitivo, passível de fornecer vantagem competitiva.
O programa mais recente de Gestão da Qualidade surgiu
no final da década de 1980, na Motorola, chamado Seis
Sigma.
Uma tendência que desponta é a gestão integrada dos
sistemas de qualidade e das normas de sustentabilidade.
Um conjunto de quatro normas gerenciais, quando
adotadas em conjunto nas organizações, permitem a
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02 histórico da gestão da qualidade

  • 1. 2 Mas afinal, o que é qualidade Definir qualidade nem sempre é fácil. Sobretudo, quando se busca um suporte conceitual válido nos dias de hoje, ou seja, um conceito atual, moderno. Vejamos o termo moderno que significa novo, mas pode significar , também, atual, contemporâneo, que se referem ao momento em que vivemos, então ,em pouco tempo o moderno pode virar velho, obsoleto.
  • 2. 3 fazendo uma viagem no tempo... Quando confrontamos o significado da qualidade para um artesão e trabalhadores de diversas épocas posteriores até os dias atuais, será que obteremos as mesmas respostas? O artesão era um especialista que tinha domínio completo de todo o ciclo de produção, desde a concepção do produto ate o pós-venda.
  • 3. 4 fazendo uma viagem no tempo... O artesão procurava atender as necessidades do cliente, pois sabia que a comercialização de seus produtos dependia muito da reputação da qualidade, que, naquele tempo, era comunicada boca a boca pelos clientes satisfeitos. Por outro lado, ainda era embrionários os conceitos importantes para a área de qualidade moderna, tais como: confiabilidade, conformidade, metrologia, tolerância e especificação.
  • 4. 5 A Revolução Industrial Esse padrão se manteve até o final do século XIX, quando a maior montadora de automóveis da época, a Panhard e Levassor (P&L), montava seus veículos atendendo as necessidades dos abastados clientes. (não havia dois carros iguais – “susto dimensional”) Veio então a Revolução Industrial, que trouxe nova ordem produtiva, em que a customização foi substituída pela padronização e a produção em larga escala.
  • 5. 6 O Taylorismo O modelo de administração taylorista (Administração Científica) retirou dos trabalhadores as etapas de concepção e de planejamento. Nessa época surgiu a função do inspetor, responsável pela qualidade dos produtos. Da linha de montagem da Ford, no período de 1908 a 1927, saia somente um modelo, o Ford T (Ford Bigode) e, em uma única cor, a preta – mais de 15 milhões de unidades vendidas.
  • 6. 7 O Fordismo Essa foi uma época de grande evolução do conceito de controle da qualidade. Para viabilizar sua linha de montagem, Ford investiu muito na intercambiabidade das peças e na facilidade de ajustes, adotando um sistema padronizado. Embora nessa época o foco do CQ ainda fosse a inspeção, já se encontravam elementos importantes do que viria a ser o conceito de qualidade que priorizava uma abordagem voltada a produção e a conformidade.
  • 7. 8 A evolução do CQ Na década de 1930, o CQ evoluiu bastante, com o desenvolvimento do sistema de medidas, das ferramentas de Controle Estatístico do Processo (CEP) e do surgimento de normas (britânicas e americanas). Em 1946 é fundada a American Society for Quality Control (ASQC), atualmente American Society for Quality (ASQ), com a participação de importantes nomes da área de qualidade, como Joseph M. Juran.
  • 8. 9 Década de 1950 Criada a associação japonesa de cientistas e engenheiros, a JUSE , com importante papel na área da qualidade. Surgem preocupações da área da qualidade quanto aos impactos nos custos, sendo proposta a primeira abordagem sistêmica. Juran publicou o Planning and Practices in Quality Control, que apresentava um modelo que envolvia planejamento e apuração dos custos da qualidade.
  • 9. 10 TQC Armand Feigenbaum foi o primeiro a tratar a qualidade de forma sistêmica nas organizações, formulando o sistema de Controle da Qualidade Total (TQC - Total Quality Control), que influenciou fortemente o modelo proposto pela International Organization for Standardization (ISO), ou seja, a série ISO 9000. No final dessa década, em 1957, Philip B. Crosby lançou os elementos que criaram o programa Zero Defeito.
  • 10. 11 Enquanto isso, no outro lado do mundo... O Japão lutava pela reconstrução no período pós-guerra. Foi quando dois importantes teóricos da área da qualidade estiveram no Japão, W. Edwards Deming e J. M. Juran, os quais influenciaram na criação do modelo japonês. Em 1951, surgiu o Prêmio Deming, atribuído a empresa que mais se destacasse na área da qualidade em cada ano. Só no final da década de 1980 surgiu algo similar nos Estados Unidos, o Prêmio Malcom Baldrige (1987), e posteriormente, na Europa, o Prêmio Europeu da Qualidade (1991), e também no Brasil, Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ (1992).
  • 11. 12 Lean Production Taiichi Ohno, um dos grandes idealizadores do modelo Toyota de produção, que ficaria conhecido como produção enxuta ou lean production, influenciou a qualidade, sobretudo pela aversão ao desperdício. Em sua luta contra o desperdício, um dos alvos foi eliminação da inspeção e, para tal, precisou devolver aos trabalhadores a responsabilidade pela qualidade do que produziam, para que pudessem interromper a produção caso uma não conformidade ocorresse no sistema, intervindo em tempo real e evitando a produção de pecas defeituosas.
  • 12. 13 CWQC (TQC Japonês) Shigeo Shingo também colaborou para a eliminação de desperdícios da qualidade com a proposição de dispositivos a prova de erros (ou poka-yoke, termo em japonês), bem como desperdício de tempos de preparação, com seu modelo de troca rápida de ferramenta (SMED). Kaoru Ishikawa teve também importante papel no modelo japonês, contribuindo na formulação do Company Wide Quality Control (CWQC), o qual trouxe vários elementos novos à Gestão da Qualidade. Contribuiu para a difusão das sete ferramentas da qualidade, que viriam a ser amplamente utilizadas pelos Círculos de Controles da Qualidade (CCQs).
  • 13. 14 TQC – SGQ Na década de 1970, o sucesso do modelo japonês já mencionava a aferição dos defeitos em partes por milhão, enquanto no ocidente as métricas ainda eram calculadas em porcentagens. Em 1987, em meio à expansão da globalização, surgiu o modelo normativo da ISO para a área de Gestão da Qualidade, como a sério 9000, Sistemas de Garantia da Qualidade (SGQ).
  • 14. 15 Gestão da Qualidade - GQ Desde então, iniciou-se um resgate da importância dos clientes e a percepção da qualidade como um critério competitivo, passível de fornecer vantagem competitiva. O programa mais recente de Gestão da Qualidade surgiu no final da década de 1980, na Motorola, chamado Seis Sigma. Uma tendência que desponta é a gestão integrada dos sistemas de qualidade e das normas de sustentabilidade. Um conjunto de quatro normas gerenciais, quando adotadas em conjunto nas organizações, permitem a iniciativa com o comprometimento de uma gestão voltada para a sustentabilidade.