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Resumo para a prova de psicopatologia II
Afetividade e humor
Alguns tratadistas diferenciam a afetividade do humor, referindo-se à afetividade como
tipos de sentimentos (insegurança, ansiedade, medo e angústia) e ao humor como
conjunto de sentimentos que impregnam as vivências, a experiência vivida ou as
perspectivas futuras.
AFETIVIDADE: tipos de sentimentos
HUMOR: conjunto de sentimentos que marcam a experiência
AFETIVIDADE: estado de ânimo, o humor e os sentimentos ligados às nossas vivências. Um
atributo psíquico que dá valorização emocional da experiência vivida.
AFETIVIDADE é que determina a atitude geral da pessoa diante da vida, promove os
impulsos motivadores e inibidores, percebe os fatos de maneira agradável ou sofrível,
confere uma disposição indiferente ou entusiasmada e determina os vários estados do
humor. Também é a afetividade que estabelece o tônus da relação entre o sujeito e o
objeto, ou entre a pessoa e a vida, e será por meio da TONALIDADE desse ânimo ou humor
que a pessoa perceberá o mundo e a realidade dessa ou daquela maneira, que modula as
nuances do desejo, do prazer e da dor, e todas essas nuances valorizam nossa experiência
sensível, por meio daquilo que chamamos sentimentos vitais, humor e emoções. Direta ou
indiretamente a afetividade exerce profunda influência sobre o pensamento, o
comportamento e o desempenho da pessoa.
Estado afetivo momentâneo
EM Condições normais a sempre um estado afetivo (TÔNUS), para alegria ou tristeza.
Varia de pessoa para pessoa. Ora mais elevado, ora mais rebaixado. Um mesmo fato que
parece demasiadamente desagradável no meio do dia poderá nos parecer mais ameno à
noite, ou uma mesma brincadeira que nos fez rir ontem pode nos irritar hoje. Nesses
casos, não estaria havendo variação ou mudança na essência dos fatos, mas sim na
representação deles, naquilo que eles representam para nós, segundo os “filtros das
lentes” do afeto.
Hipertimia – hipotimia
São alterações?
Aspectos expansivos hipertimia
Afetos agradáveis (positivos) ou afetos desagradáveis (depressivos). Na HIPERTIMIA a
tonalidade afetiva que se apresenta é de prazer, confiança e felicidade, daí a denominação
afetos agradáveis. O estado afetivo expansivo é conhecido como euforia. EUFORIA se
manifesta por um estado mórbido e sem base real de completa satisfação e felicidade.
Além da elevação dos estados de ânimo, alterações no curso e aceleração do ritmo do
pensamento, loquacidade, vivacidade da mímica facial, aumento gesticulação, riso fácil,
excitação sexual, insônia, grande facilidade dos movimentos expressivos e logorreia.
(Produção verbal muito rápida, fluente, com perda das concatenações lógicas. )
A euforia é observada: na fase maníaca do TRASTORNO AFETIVO BIPOLAR
Nos estados HIPOMANÍACOS das pessoas com TRANSTORNO CICLOTÍMICO DA
PERSONALIDADE Em alguns casos de EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA DEMÊNCIA SENIL
INTOXICÇÃO AGUDA POR SUBSTÂNCIAS (cocaína). PODE APARECER como uma reação
normal a alguma novidade satisfatória.
Mania franca ou grave
É a forma mais intensa da mania, com taquipsiquismo acentuadíssimo, agitação
psicomotora importante, hetero agressividade, fuga de idéias e delírio de grandeza.
Pacientes idosos ou com lesões cerebrais prévias, em fase de mania grave, podem se
apresentar confusos, desorientados, com aparente redução do nível de consciência.
Tal apresentação pode dificultar o diagnóstico diferencial entre síndrome maníaca e
delirium.
AFETOS DEPRESSIVOS (hipotimia)
Aumento as sensibilidade para os sentimentos desagradáveis, podendo variar desde o
simples mal-estar até um estado de completo autoabandono chamado de ESTUPOR
MELANCÓLICO AFETO DEPRESSIVO: tristeza profunda, normalmente imotivada, que se
acompanha de lentidão e inibição de todos os processos psíquicos PACIENTES
HIPOTÍMICOS: percepção da realidade é acompanhada de sentimentos desagradáveis em
que tudo lhes parece sem brilho, triste, pessimista, fatídico, sem atrativo, desinteressante.
Perdem o interesse pela vida, nada lhes interessa do presente e do futuro, e do passado
são rememorados apenas acontecimentos desagradáveis. O sexo perde todo o interesse e
até os alimentos perdem o sabor. As decisões são difíceis e complicadas, a atenção e a
memória ficam seriamente prejudicadas e o pensamento torna-se lento e cansativo.
QUADRO CLÍNICO é caracterizado por inibição e lentidão geral de todo o organismo, pela
baixa do desempenho global das pessoas, pela pobreza dos movimentos, pela mímica
apagada, pela linguagem lenta e por dificuldades pragmáticas. DEPRESSÃO é um dos
sintomas principais da:
-distimia
-transtorno afetivo bipolar
-transtorno depressivo recorrente
Sintoma hipotimico
Pode significar um sintoma que faz parte de diversos distúrbios emocionais, sem ser
exclusivo de nenhum deles, pode significar uma síndrome traduzida por muitos sintomas
somáticos ou, ainda, pode significar uma doença caracterizada por marcantes alterações
afetivas.
Pensamento
PENSAMENTO LÓGICO: selecionar e orientar esses conceitos com o objetivo de alcançar
uma integração significativa, que possibilita uma atitude racional diante das necessidades
do momento.
JUÍZO: processo de estabelecer relação entre os conceitos
RACIOCÍNIO: atitude de relacionar os juízos uns com os outros.
PSICOPATOLOGIA: para ser sadio o pensamento deve ser lógico.
ALTERAÇÕES PSICOPATOLÓGICAS: ritmo, curso, conteúdo.
Alterações do RITMO
RITMO DO PENSAMENTO: diz respeito à velocidade do pensamento, ao ritmo com que as
ideias são pensadas, à característica de as ideias fluírem mais depressa ou mais devagar.
RITMO DO PENSAMENTO: tem uma relação muito forte com o estado afetivo da pessoa
Eufóricos tem um ritmo mais acelerado, depressivos um ritmo mais lento.
ALTERAÇÕES DO RITMO: por meio do discurso do paciente e do ritmo da fala
Fuga de ideias
É uma alteração da expressão do pensamento, caracterizada por variação incessante do
tema e uma dificuldade importante para chegar a uma conclusão. A progressão do
pensamento encontra-se seriamente comprometida por grande aceleração do ritmo, a tal
ponto que a ideia em curso é sempre perturbada por uma nova ideia que se forma.“eu não
gosto de batatas, mas acho que em São Paulo o clima é melhor. Por que o senhor não
compra um carro novo”?
1.FUGA DE IDEIAS: variação incessante do tema
2. BLOQUEIOOU INTERCEPTAÇÃODOPENSAMENTO: interrupção brusca do pensamento,
ele fica bloqueado cessando repentinamente.
3. PERSEVERAÇÃO: repetição continuada e anormalmente persistente na exposição de
uma ideia
4. CIRCUNSTANCIALIDADE OU PROLIXIDADE: o pensamento foge da pauta principal e
perde-se no detalhamento trivial
5. INCOERENCIA: incoerência o que interrompe o curso do pensamento são fragmentos
soltos de ideias aleatórias
Ilusões e alucinações
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS:
Quantitativas:
ILUSÕES: aqui existe a deformação de um objeto real. Por exemplo, um indivíduo vê no
rosto de uma desconhecida sua namorada; ou ainda, um psicótico ouve no murmúrio do
vento vozes que lhe ordenam o suicídio.
ALUCINAÇÕES: enquanto nas ilusões havia a deformação de um objeto real, nas
alucinações o indivíduo percebe como real algo em verdade inexistente. Os principais
tipos de alucinações são: AUDITIVAS: o sujeito ouve vozes, ruídos, melodias, que não
existem na realidade. As vozes podem, por exemplo, conversar entre si, comentar atos e
pensamentos do paciente, podem dar-lhe ordens ou constituir seu próprio pensamento,
como que dito em voz alta.
VISUAIS: o indivíduo pode enxergar vultos, pessoas já mortas, animais ou pequenos
insetos, por exemplo.
TÁTEIS: são frequentes as sensações de formigamento na pele, como se pequenos animais
estivessem passeando pelo corpo. Há também outras alucinações táteis, como a sensação
de estar sendo cortado, esfaqueado.
OLFATIVAS E GUSTATIVAS: geralmente fazem-se presentes durante a alimentação.
Consistem em falsos odores e gostos percebidos pelos pacientes.
O QUE SÃO TRANSTORNOS DO HUMOR (OU AFETIVOS)
ACONTECEM COMO CRISES ÚNICAS OU CÍCLICAS, OSCILANDO AO LONGO DA VIDA.TAIS
CRISES SÃO CHAMADAS DE EPISÓDIOS QUE PODEM SER : DEPRESSÃO, MANIA E
HIPOMANIA OU MISTOS.
Na DEPRESSÃO, a pessoa sente tristeza exagerada ou apatia e desânimo NA MANIA,
aumento da energia, humor expansivo (euforia é rara) ou irritabilidade. Em torno da
metade dos pacientes apresentará apenas depressão (ões) ao longo da vida, mas a outra
também terá mania, hipomania e estados mistos - e estas pessoas recebem o diagnóstico
de transtorno bipolar do humor.
O que significa bipolar ?
Os transtornos do humor se desenvolvem ao longo da vida dentro de um curso UNIPOLAR
OU BIPOLAR.
UNIPOLAR: só ocorrem depressões
BIPOLAR: depressão e mania-hipomania
Tipos são 4: BIPOLAR TIPO I: se houve, pelo menos, um período de mania no decorrer da
vida que durou pelo menos UMA SEMANA (isso mesmo, pode ter acontecido na
adolescência ou com vinte e poucos anos e depois só ocorreram episódios de depressão ou
vice-versa)”mais grave “
BIPOLAR TIPO II: se aconteceram somente hipomania (hipo=pequeno) ao longo da vida
(nunca sequer um período de mania), acompanhadas de depressões de diferentes
intensidades e duração. HIPOMANIA é um período sintomatológico de impacto mais leve
que a mania, com duração mínima de 4 dias.
ESTADO MISTO: caracterizado por sintomas depressivos e maníacos importantes no
mesmo dia.
Em uma crise de DEPRESSÃO, isso significa que se associam sintomas de mania
(aceleração de pensamentos, agitação, aumento da impulsividade para gastos, bebida,
libido) e episódios de hipomania ou mania se combinam com sintomas de depressão
(desânimo, falta de capacidade de sentir prazer, fadiga, pessimismo, vontade de morrer).
CICLOTIMIA: oscilações durante anos de sintomas de depressão e de hipomania ainda
mais leves, que duram apenas alguns dias. Pode ser confundida com um jeito de ser
“instável”, repleto de altos e baixos, e frequentemente antecede um TBI ou II franco.
Sintomas afetivos
Tristeza, sentimento de melancolia
– Choro fácil e/ou freqüente
– Apatia (indiferença afetiva; “Tanto faz como tanto fez.”)
– Sentimento de falta de sentimento (“É terrível: não consigo sentir mais nada!”)
– Sentimento de tédio, de aborrecimento crônico
– Irritabilidade aumentada (a ruídos, pessoas, vozes, etc.)
– Angústia ou ansiedade
– Desespero
– Desesperança
ALTERAÇÕES DA ESFERA INSTINTIVA E NEUROVEGETATIVA
– Anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida)
– Fadiga, cansaço fácil e constante (sente o corpo pesado)
– Desânimo, diminuição da vontade (hipobulia; “Não tenho pique para mais nada.”)
– Insônia ou hipersomnia
– Perda ou aumento do apetite
– Constipação, palidez, pele fria com diminuição do turgor
– Diminuição da libido (do desejo sexual)
– Diminuição da resposta sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado ou anorgasmia)
Perdas da depressão
Cabe aqui breve comentário sobre os diversos fatores causais e desencadeantes nas
síndromes depressivas.
Certamente fatores biológicos, genéticos e neuroquímicos têm importante peso nos
diversos quadros depressivos. Do ponto de vista psicológico, as síndromes depressivas
têm uma relação fundamental com as experiências de perda (Hofer, 1996; Del Pino, 2003).
As síndromes e as reações depressivas surgem com muita freqüência após perdas
significativas: de pessoa muito querida, emprego, moradia, status socioeconômico, ou de
algo puramente simbólico.
SUBTIPOS DE SÍNDROMES E TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
A ordenação da depressão em vários subtipos é um desafio psicopatológico permanente.
Os subtipos de síndromes e transtornos depressivos mais utilizados na prática clínica são:
1. Episódio ou fase depressiva e transtorno depressivo recorrente
2. Distimia
3. Depressão atípica
4. Depressão tipo melancólica ou endógena
5. Depressão psicótica
6. Estupor depressivo
7. Depressão agitada ou ansiosa
8. Depressão secundária ou orgânica
Quanto aos episódios depressivos, é conveniente ressaltar que:
– O episódio depressivo é classificado pela CID-10 em leve, moderado ou grave, de acordo
com o número, a intensidade e a importância clínica dos sintomas.
– Quando o paciente apresenta, ao longo de sua vida, mais de um episódio depressivo, que
nunca foram intercalados por episódios maníacos ou hipomaníacos, faz-se estão o
diagnóstico de transtorno depressivo recorrente.
Distimia
Trata-se de uma depressão crônica, geralmente de intensidade leve, muito duradoura.
Começa no início da vida adulta e persiste por vários anos. Os sintomas depressivos mais
comuns são diminuição da auto-estima, fatigabilidade aumentada, dificuldade em tomar
decisões ou se concentrar, mau humor crônico, irritabilidade e sentimento de
desesperança. Os sintomas devem estar presentes de forma ininterrupta por, pelo menos,
dois anos.
Depressão atípica
É um subtipo de depressão que pode ocorrer em episódios depressivos de intensidade
leve a grave, em transtorno unipolar ou bipolar. Além dos sintomas depressivos gerais,
ocorrem:
– Aumento do apetite (principalmente para doces, chocolate) e/ou ganho de peso
– Hipersomnia (>10h/dia ou duas horas a mais que quando não-deprimido)
– Sensação do corpo muito pesado (paralisia plúmbea ou inerte)
– Sensibilidade exacerbada a “indicativos” de rejeição
– Reatividade do humor aumentada (melhora rapidamente com eventos positivos e
também piora rapidamente com eventos negativos)
– Fobias e aspecto histriônico (afetação, teatralidade, sugestionabilidade) associados
Sintomas típicos são :
Lentificação psicomotora, demora em responder às perguntas
– Perda do apetite e de peso corporal
– Alterações do sono, sobretudo se apresentar insônia terminal (indivíduo acorda de
madrugada e não consegue mais dormir)
– Anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida) – Depressão pior
pela manhã, melhorando ao longo do dia
– Hiporreatividade geral
– Tristeza vital, “sentida no corpo” (qualitativamente diferente da tristeza normal)
– Diminuição da latência do sono REM (inversão da arquitetura do sono)
– Ideação de culpa
Depressão psicótica
É uma depressão grave, na qual ocorrem, associados aos sintomas depressivos, um ou
mais sintomas psicóticos, como delírio de ruína ou culpa, delírio hipocondríaco ou de
negação de órgãos ou alucinações com conteúdos depressivos.
Se os sintomas psicóticos são de conteúdo negativo, depressivo, são classificados como
sintomas psicóticos humor-congruentes (de culpa, doença, morte, punição, etc.).
Caso os sintomas psicóticos não sejam de conteúdo negativo, são denominados sintomas
psicó- ticos humor-incongruentes (delírio de perseguição, de inserção de pensamentos,
auto-referentes, etc.).
Estupor depressivo
É um estado depressivo grave, no qual o paciente permanece dias na cama ou sentado, em
estado de catalepsia (imóvel; em geral rígido), com negativismo que se exprime pela
ausência de respostas às solicitações ambientais, geralmente em estado de mutismo,
recusando alimentação, muitas vezes urinando e defecando no leito. O paciente pode,
nesse estado, desidratar e vir a falecer por complicações clínicas (pneumonia, insuficiência
pré-renal, desequilíbrios hidroeletrolíticos).
Depressão agitada ou ansiosa
É a depressão com forte componente de ansiedade e inquietação psicomotora. O paciente
queixa-se de angústia intensa associada aos sintomas depressivos; não pára quieto;
insone; irritado; anda de um lado para outro; desespera-se. Aqui, nos casos graves, há
sério risco de suicídio.
SINTOMASDA
SÍNDROME MANÍACA
euforia ou alegria patológica e a elação (ou expansão do Eu) constituem a base da
síndrome maníaca (Belmaker, 2004). Além disso, é fundamental e está quase sempre
presente a aceleração de todas as funções psíquicas (taquipsiquismo), manifestando- se
como agitação psicomotora, exaltação, loquacidade ou logorréia e pensamento acelerado
(Cassidy et al., 1998).
Alguns sintomas : – Aumento da auto-estima. O paciente sente-se superior, melhor, mais
potente, etc.
– Elação. Sentimento de expansão e engrandecimento do Eu.
– Insônia. Mais precisamente, a diminuição da necessidade de sono.
– Loquacidade. Produção verbal rápida, fluente e persistente.
– Logorréia. Produção verbal muito rápida, fluente, com perda das concatenações lógicas.
– Pressão para falar. Tendência Irresistível de falar sem parar.
Distraibilidade. Atenção voluntária diminuída, e espontânea, aumentada.
– Agitação psicomotora. Pode ser muito intensa até quadro de furor maníaco.
– Irritabilidade. Pode ocorrer em graus variados, desde leve irritabilidade, passando pela
beligerância, até a franca agressividade.
– Arrogância. Em alguns pacientes maníacos, é um sintoma destacável.
– Heteroagressividade. Geralmente desorganizada e sem objetivos precisos.
Desinibição social e sexual. Leva o indivíduo a comportamentos inadequados em seu meio
sociocultural; comportamentos que o paciente não realizaria fora da fase maníaca.
– Tendência exagerada a comprar objetos ou a dar seus pertences indiscriminadamente.
–Idéias de grandeza, de poder, de importância social. Podem chegar a configurar
verdadeiros:
• delírios de grandeza ou de poder
• alucinações (geralmente auditivas, com conteúdo de grandeza).
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE
Algumas pessoas apresentam alterações perenes de caráter, capaz de torna-las
problemáticas no relacionamento com os outros, com a realidade e consigo próprias. EY E
BRISSET consideram essas pessoas portadoras de um EGO PATOLÓGICO, caracterizando,
assim, não apenas a maneira de ESTAR no mundo, mas, sobretudo, a maneira de SER no
mundo.KARL JASPERS afirma serem ANORMAIS as personalidades que fazem sofrer,
tanto o indivíduo quanto aqueles que o rodeiam. Para ele, as personalidades anormais
representavam variações não normais da natureza humana, que podem perfeitamente ser
entendidas como TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE (TP).
Estão reunidos em 3 grupos: baseado em semelhanças
GRUPO A: personalidade paranoide, esquizoide, e esquizotípica. São indivíduos que
parecem esquisitos ou excêntricos
GRUPO B: antissocial, borderline, histriônica e narcisista: “parecem dramáticos, emotivos
ou erráticos”.
GRUPO C: personalidade evitativa, dependente e obsessivo-compulsiva: ansiosos ou
medrosos.
TRANSTORNO PARANOIDE DA PERSONALIDADE
A característica essencial desse tipo de personalidade é uma tendência persistente e
injustificável para interpretar as ações das pessoas como se fossem deliberadamente
humilhantes, ameaçadoras, hostis e persecutórias. Quase invariavelmente há uma crença
de estar sendo explorado ou prejudicado pelos outros e, por causa disso, a lealdade e
fidelidade das pessoas são sempre QUESTIONADAS. Muitas vezes o portador desse
transtorno é patologicamente ciumento e questionador da fidelidade do cônjuge, a ponto
de causar situações francamente constrangedores.
Regulação dos impulsos
Por causa desse dinamismo psíquico paranoide, essas pessoas podem se tornar agressivas,
comprometendo significativamente a regulação dos impulsos. Essas pessoas
supervalorizam sua própria importância; suas ideias são únicas corretas, seus pontos de
vista não devem ser contestados; e são insistentemente reivindicadoras de seus direitos.
Os portadores de transtorno paranoide da personalidade são sempre desconfiados,
teimosos, dissimuladores e obstinados; vivem frequentemente em solidão (confundida
com timidez), como se não houvesse no mundo pessoas com quem pudessem partilhar sua
prodigalidade, dignidade e seus sentimentos superiores.
Modulação afetiva
Esse aspecto solitário sugere uma modulação afetiva empobrecida e, ainda na esfera
afetiva, costumam ser extremamente sarcásticos em suas críticas, irônicos nos
comentários e contornam as eventuais situações constrangedoras recorrendo a
artimanhas teatrais e chantagens emocionais. Não toleram críticas dirigidas à sua pessoa.
Critérios para o transtorno paranoide de personalidade
1. sensibilidade exagerada a contratempos e rejeições
2. tendência a guardar rancores, isto é, recusam perdoar aquilo que julgam como insultos
ou desfeitas.
3. desconfiança e tendência a interpretar erroneamente as experiências amistosas ou
neutras
4. obstinado senso de direitos pessoais em desacordo coma situação real
5. suspeitas injustificáveis em relação à fidelidade
6. autovalorização excessiva
7. pressuposições quanto as conspirações
Transtorno esquizoide da personalidade
Semelhante ao paranoide e é típico da pessoas que exibem um padrão de afastamento
social persistente, um constante desconforto nas interações humanas, excentricidade de
comportamento e pensamento, isolamento e introversão. A pessoa esquizoide dá a
impressão de desinteresse, reserva e falta de envolvimento para com os acontecimentos
cotidianos e para com as preocupações alheias, normalmente ela tem pouca necessidade
de vínculos emocionais e em adequar-se às normais gerais.
Critérios para o diagnóstico do transtorno esquizoide da personalidade um padrão de
indiferença às relações sociais e variação pobre da expressão emocional
Indiferença aos sentimentos alheios
Questionamentos e desrespeito às normas e obrigações sociais.
Pouco interesse em relações sexuais
Preferência quase invariável por atividades solitárias
Preocupação excessiva com fantasias e introspecção
Indiferença e elogios e críticas
Falta de amigos íntimos, relacionamentos confidentes e mesmo a falta de vontade para ter
tais relacionamentos
Raramente vivenciam emoções fortes, como raiva e alegria
Transtorno histriônico da personalidade
A personalidade histérica, mencionada na CID-10 como transtorno histriônico de
personalidade, é caracterizada por um comportamento colorido, dramático e extrovertido,
enfim, sempre EXUBERANTEMENTE. É um dos únicos distúrbios de personalidade mais
frequentes no sexo feminino, em que os pacientes apresentam uma tendência de
comportamento em busca de atenção.
Os histriônicos tendem a exagerar seus pensamentos e sentimentos, apresentam acessos
de mau humor, lágrimas e acusações sempre que percebem não ser o centro das atenções,
quando não recebem elogios e aprovações. Frequentemente são animados e dramáticos,
tendem a chamar a atenção sobre si mesmos e podem, de início, em virtude de seu
entusiasmo, encantar as pessoas com as quais travam conhecimento.
Outra característica marcante e habitual é fato de glorificarem a doença e as queixas
somáticas. Por isso, atribuem todos eventuais fracassos ou limitações a eventuais
transtornos orgânicos que os independem, apesar de sua “sempre presente boa vontade”.
A somatização, dissociação e repressão são os mecanismos de defesa mais intensamente
utilizados por eles. SEXUALMENTE, a personalidade histriônica determina nas mulheres
um comportamento sedutor, provocante, coquete e com tendência a erotizar as relações
não sexuais do dia a dia. As fantasias sexuais com as pessoas pelas quais estão envolvidos
são comuns e, embora volúveis, o arremate final do jogo sexual costuma não ser
satisfatório.
Transtorno explosivo da personalidade
Aqui, a característica mais marcante é uma tendência a agir impulsivamente, desprezando
as eventuais consequências do ato impulsivo, além de instabilidade de fracasso em resistir
a impulsos agressivos, resultando em agressões ou destruição de propriedades.
Os frequentes acessos de raiva podem levar à violência ou a explosões de
comportamentais, e tais crises podem ser agravadas quando as atitudes impulsivas são
criticadas ou impedidas pelos outros. A agressão nesse TP pode ser física ou verbal, mas as
explosões sempre fogem ao controle. Entretanto, tais indivíduos não tem conduta
antissocial e, pelo contrário, fora das cries são simpáticas, bem falantes, sociáveis, de boa
índole e educadas. São constantes também o extremo sarcasmo, a persistente amargura ou
explosões verbais.
Transtorno anancástico da personalidade
Há nesse TP, um padrão generalizado de perfeccionismo e inflexibilidade.
Trata-se da personalidade obsessiva-compulsiva, e as pessoa assim se preocupam com a
observância das normas, das regras, com a organização e com os detalhes. Normalmente,
são escravizados pelo simétrico, pelo limpo e pela ordem das coisas, desde a arrumação de
seus pertences pessoais até a organização extremamente cuidadosa de coisas relacionadas
à ocupação e à profissão.
Essas pessoas são incapazes de suportar tudo aquilo que consideram infração às suas
próprias determinações de organização, por isso são exigentes e inflexíveis consigo
mesmas e com os que lhes são mais próximos. Os obsessivos tem dificuldade em expressar
sentimentos de ternura, compaixão e compreensão aos sentimentos e comportamentos
dos outros. Quando eles se dão ao luxo do lazer e recreação, fazem isso com tanto
planejamento e meticulosidade que acabam sacrificando o próprio prazer em benefício
das regras e normas.
Transtorno antissocial da personalidade
Neste livro: sociopata, personalidade psicopática, antissocial ou dissocial =
sinônimos;Inclinação natural e persistente de desrespeito e violação dos direitos dos
outros, que inicia na infância ou começo da adolescência e continua na idade adulta. O
engodo e a manipulação são aspectos centrais desse TP, no qual, alpem da violação dos
direitos básicos ou sentimentos dos outros, também há contravenção de normas ou regras
sociais importantes. Na prática essas pessoas podem mentir repetidamente, usar normas
falsas, ludibriar ou fingir. Há também um padrão de impulsividade e explosividade com
tendência à irritabilidade e/ou agressividade. Também se observa um fracasso em
planejar o futuro, sendo as decisões tomadas ao sabor do momento, de maneira
impensada e sem considerar as consequências para si mesmo ou para outros.
Considerações finais
algumas pessoas apresentam um tipo especial de personalidade muito problemática e de
difícil adaptação. Essa maneira não adaptada de existir caracteriza uma forma de SER
considerada TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
Os transtornos da personalidade não podem ser considerados doenças mentais francas,
mas podem representar um pré-requisito importante para o desenvolvimento destas,
dependendo da pessoa e das circunstâncias
Para que uma pessoa seja classificada como portadora de determinado tipo de TP, não se
exige que preencha todos os critérios necessários para o diagnóstico, mas que tenha
muitos deles e, além e por causa disso, que tenha dificuldades de ada4. Pessoas normais
também podem apresentar alguns dos transtornos descritos nas pessoas com TP;
entretanto, nos normais a força desses traços não é suficiente para que sofram ou façam
sofrer, tal como ocorre nos TP.
Embora pessoas com o mesmo TP posam ter traços em comum, isso não significa que
sejam iguais entre si. Existem muitíssimos outros traços pessoais e individuais
diferenciado umas das outras, como habilidades, vocações, QI, etc.
A existência dessas classificações não esgota as possibilidades de ser humano apresentar
algum outro tipo de personalidade mal adaptada que não seja, exatamente, esse ou aquele
transtorno de personalidade reconhecido pelas classificações internacionais. ptação.
Hipomania
(ou episódio hipomaníaco)
É uma forma atenuada de episódio maníaco, que muitas vezes passa despercebida, não
recebendo atenção médica.
O indivíduo está mais disposto que o normal, fala muito, conta piadas, faz muitos planos,
não se ressente com as dificuldade e os limites da vida. Pode ter diminuição do sono, não
se sente cansado após muitas atividades e deseja sempre fazer mais.
O característico da hipomania é que o indivíduo e seu meio não são seriamente
prejudicados; a hipomania não produz disfunção social importante, e não há sintomas
claramente psicóticos. Muitas vezes, a pessoa acometida não busca serviços médicos.
Mania com sintomas psicóticos
É um episódiomaníacograve com sintomaspsicóticos,taiscomodelíriode grandezaoupoder,
delírios místicos, às vezes acompanhados de alucinação auditiva ou visual. Nesses casos, o
paciente geralmente apresenta um comportamento bastante alterado, com agitação
psicomotora e desinibição social e/ou sexual importante.

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Alterações afetivas e pensamento psicopatológico

  • 1. Resumo para a prova de psicopatologia II Afetividade e humor Alguns tratadistas diferenciam a afetividade do humor, referindo-se à afetividade como tipos de sentimentos (insegurança, ansiedade, medo e angústia) e ao humor como conjunto de sentimentos que impregnam as vivências, a experiência vivida ou as perspectivas futuras. AFETIVIDADE: tipos de sentimentos HUMOR: conjunto de sentimentos que marcam a experiência AFETIVIDADE: estado de ânimo, o humor e os sentimentos ligados às nossas vivências. Um atributo psíquico que dá valorização emocional da experiência vivida. AFETIVIDADE é que determina a atitude geral da pessoa diante da vida, promove os impulsos motivadores e inibidores, percebe os fatos de maneira agradável ou sofrível, confere uma disposição indiferente ou entusiasmada e determina os vários estados do humor. Também é a afetividade que estabelece o tônus da relação entre o sujeito e o objeto, ou entre a pessoa e a vida, e será por meio da TONALIDADE desse ânimo ou humor que a pessoa perceberá o mundo e a realidade dessa ou daquela maneira, que modula as nuances do desejo, do prazer e da dor, e todas essas nuances valorizam nossa experiência sensível, por meio daquilo que chamamos sentimentos vitais, humor e emoções. Direta ou indiretamente a afetividade exerce profunda influência sobre o pensamento, o comportamento e o desempenho da pessoa. Estado afetivo momentâneo EM Condições normais a sempre um estado afetivo (TÔNUS), para alegria ou tristeza. Varia de pessoa para pessoa. Ora mais elevado, ora mais rebaixado. Um mesmo fato que parece demasiadamente desagradável no meio do dia poderá nos parecer mais ameno à noite, ou uma mesma brincadeira que nos fez rir ontem pode nos irritar hoje. Nesses casos, não estaria havendo variação ou mudança na essência dos fatos, mas sim na representação deles, naquilo que eles representam para nós, segundo os “filtros das lentes” do afeto. Hipertimia – hipotimia São alterações? Aspectos expansivos hipertimia Afetos agradáveis (positivos) ou afetos desagradáveis (depressivos). Na HIPERTIMIA a tonalidade afetiva que se apresenta é de prazer, confiança e felicidade, daí a denominação afetos agradáveis. O estado afetivo expansivo é conhecido como euforia. EUFORIA se manifesta por um estado mórbido e sem base real de completa satisfação e felicidade. Além da elevação dos estados de ânimo, alterações no curso e aceleração do ritmo do pensamento, loquacidade, vivacidade da mímica facial, aumento gesticulação, riso fácil, excitação sexual, insônia, grande facilidade dos movimentos expressivos e logorreia. (Produção verbal muito rápida, fluente, com perda das concatenações lógicas. )
  • 2. A euforia é observada: na fase maníaca do TRASTORNO AFETIVO BIPOLAR Nos estados HIPOMANÍACOS das pessoas com TRANSTORNO CICLOTÍMICO DA PERSONALIDADE Em alguns casos de EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA DEMÊNCIA SENIL INTOXICÇÃO AGUDA POR SUBSTÂNCIAS (cocaína). PODE APARECER como uma reação normal a alguma novidade satisfatória. Mania franca ou grave É a forma mais intensa da mania, com taquipsiquismo acentuadíssimo, agitação psicomotora importante, hetero agressividade, fuga de idéias e delírio de grandeza. Pacientes idosos ou com lesões cerebrais prévias, em fase de mania grave, podem se apresentar confusos, desorientados, com aparente redução do nível de consciência. Tal apresentação pode dificultar o diagnóstico diferencial entre síndrome maníaca e delirium. AFETOS DEPRESSIVOS (hipotimia) Aumento as sensibilidade para os sentimentos desagradáveis, podendo variar desde o simples mal-estar até um estado de completo autoabandono chamado de ESTUPOR MELANCÓLICO AFETO DEPRESSIVO: tristeza profunda, normalmente imotivada, que se acompanha de lentidão e inibição de todos os processos psíquicos PACIENTES HIPOTÍMICOS: percepção da realidade é acompanhada de sentimentos desagradáveis em que tudo lhes parece sem brilho, triste, pessimista, fatídico, sem atrativo, desinteressante. Perdem o interesse pela vida, nada lhes interessa do presente e do futuro, e do passado são rememorados apenas acontecimentos desagradáveis. O sexo perde todo o interesse e até os alimentos perdem o sabor. As decisões são difíceis e complicadas, a atenção e a memória ficam seriamente prejudicadas e o pensamento torna-se lento e cansativo. QUADRO CLÍNICO é caracterizado por inibição e lentidão geral de todo o organismo, pela baixa do desempenho global das pessoas, pela pobreza dos movimentos, pela mímica apagada, pela linguagem lenta e por dificuldades pragmáticas. DEPRESSÃO é um dos sintomas principais da: -distimia -transtorno afetivo bipolar -transtorno depressivo recorrente Sintoma hipotimico Pode significar um sintoma que faz parte de diversos distúrbios emocionais, sem ser exclusivo de nenhum deles, pode significar uma síndrome traduzida por muitos sintomas somáticos ou, ainda, pode significar uma doença caracterizada por marcantes alterações afetivas. Pensamento
  • 3. PENSAMENTO LÓGICO: selecionar e orientar esses conceitos com o objetivo de alcançar uma integração significativa, que possibilita uma atitude racional diante das necessidades do momento. JUÍZO: processo de estabelecer relação entre os conceitos RACIOCÍNIO: atitude de relacionar os juízos uns com os outros. PSICOPATOLOGIA: para ser sadio o pensamento deve ser lógico. ALTERAÇÕES PSICOPATOLÓGICAS: ritmo, curso, conteúdo. Alterações do RITMO RITMO DO PENSAMENTO: diz respeito à velocidade do pensamento, ao ritmo com que as ideias são pensadas, à característica de as ideias fluírem mais depressa ou mais devagar. RITMO DO PENSAMENTO: tem uma relação muito forte com o estado afetivo da pessoa Eufóricos tem um ritmo mais acelerado, depressivos um ritmo mais lento. ALTERAÇÕES DO RITMO: por meio do discurso do paciente e do ritmo da fala Fuga de ideias É uma alteração da expressão do pensamento, caracterizada por variação incessante do tema e uma dificuldade importante para chegar a uma conclusão. A progressão do pensamento encontra-se seriamente comprometida por grande aceleração do ritmo, a tal ponto que a ideia em curso é sempre perturbada por uma nova ideia que se forma.“eu não gosto de batatas, mas acho que em São Paulo o clima é melhor. Por que o senhor não compra um carro novo”? 1.FUGA DE IDEIAS: variação incessante do tema 2. BLOQUEIOOU INTERCEPTAÇÃODOPENSAMENTO: interrupção brusca do pensamento, ele fica bloqueado cessando repentinamente. 3. PERSEVERAÇÃO: repetição continuada e anormalmente persistente na exposição de uma ideia 4. CIRCUNSTANCIALIDADE OU PROLIXIDADE: o pensamento foge da pauta principal e perde-se no detalhamento trivial 5. INCOERENCIA: incoerência o que interrompe o curso do pensamento são fragmentos soltos de ideias aleatórias Ilusões e alucinações ALTERAÇÕES QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS: Quantitativas:
  • 4. ILUSÕES: aqui existe a deformação de um objeto real. Por exemplo, um indivíduo vê no rosto de uma desconhecida sua namorada; ou ainda, um psicótico ouve no murmúrio do vento vozes que lhe ordenam o suicídio. ALUCINAÇÕES: enquanto nas ilusões havia a deformação de um objeto real, nas alucinações o indivíduo percebe como real algo em verdade inexistente. Os principais tipos de alucinações são: AUDITIVAS: o sujeito ouve vozes, ruídos, melodias, que não existem na realidade. As vozes podem, por exemplo, conversar entre si, comentar atos e pensamentos do paciente, podem dar-lhe ordens ou constituir seu próprio pensamento, como que dito em voz alta. VISUAIS: o indivíduo pode enxergar vultos, pessoas já mortas, animais ou pequenos insetos, por exemplo. TÁTEIS: são frequentes as sensações de formigamento na pele, como se pequenos animais estivessem passeando pelo corpo. Há também outras alucinações táteis, como a sensação de estar sendo cortado, esfaqueado. OLFATIVAS E GUSTATIVAS: geralmente fazem-se presentes durante a alimentação. Consistem em falsos odores e gostos percebidos pelos pacientes. O QUE SÃO TRANSTORNOS DO HUMOR (OU AFETIVOS) ACONTECEM COMO CRISES ÚNICAS OU CÍCLICAS, OSCILANDO AO LONGO DA VIDA.TAIS CRISES SÃO CHAMADAS DE EPISÓDIOS QUE PODEM SER : DEPRESSÃO, MANIA E HIPOMANIA OU MISTOS. Na DEPRESSÃO, a pessoa sente tristeza exagerada ou apatia e desânimo NA MANIA, aumento da energia, humor expansivo (euforia é rara) ou irritabilidade. Em torno da metade dos pacientes apresentará apenas depressão (ões) ao longo da vida, mas a outra também terá mania, hipomania e estados mistos - e estas pessoas recebem o diagnóstico de transtorno bipolar do humor. O que significa bipolar ? Os transtornos do humor se desenvolvem ao longo da vida dentro de um curso UNIPOLAR OU BIPOLAR. UNIPOLAR: só ocorrem depressões BIPOLAR: depressão e mania-hipomania Tipos são 4: BIPOLAR TIPO I: se houve, pelo menos, um período de mania no decorrer da vida que durou pelo menos UMA SEMANA (isso mesmo, pode ter acontecido na adolescência ou com vinte e poucos anos e depois só ocorreram episódios de depressão ou vice-versa)”mais grave “ BIPOLAR TIPO II: se aconteceram somente hipomania (hipo=pequeno) ao longo da vida (nunca sequer um período de mania), acompanhadas de depressões de diferentes intensidades e duração. HIPOMANIA é um período sintomatológico de impacto mais leve que a mania, com duração mínima de 4 dias.
  • 5. ESTADO MISTO: caracterizado por sintomas depressivos e maníacos importantes no mesmo dia. Em uma crise de DEPRESSÃO, isso significa que se associam sintomas de mania (aceleração de pensamentos, agitação, aumento da impulsividade para gastos, bebida, libido) e episódios de hipomania ou mania se combinam com sintomas de depressão (desânimo, falta de capacidade de sentir prazer, fadiga, pessimismo, vontade de morrer). CICLOTIMIA: oscilações durante anos de sintomas de depressão e de hipomania ainda mais leves, que duram apenas alguns dias. Pode ser confundida com um jeito de ser “instável”, repleto de altos e baixos, e frequentemente antecede um TBI ou II franco. Sintomas afetivos Tristeza, sentimento de melancolia – Choro fácil e/ou freqüente – Apatia (indiferença afetiva; “Tanto faz como tanto fez.”) – Sentimento de falta de sentimento (“É terrível: não consigo sentir mais nada!”) – Sentimento de tédio, de aborrecimento crônico – Irritabilidade aumentada (a ruídos, pessoas, vozes, etc.) – Angústia ou ansiedade – Desespero – Desesperança ALTERAÇÕES DA ESFERA INSTINTIVA E NEUROVEGETATIVA – Anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida) – Fadiga, cansaço fácil e constante (sente o corpo pesado) – Desânimo, diminuição da vontade (hipobulia; “Não tenho pique para mais nada.”) – Insônia ou hipersomnia – Perda ou aumento do apetite – Constipação, palidez, pele fria com diminuição do turgor – Diminuição da libido (do desejo sexual) – Diminuição da resposta sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado ou anorgasmia) Perdas da depressão Cabe aqui breve comentário sobre os diversos fatores causais e desencadeantes nas síndromes depressivas.
  • 6. Certamente fatores biológicos, genéticos e neuroquímicos têm importante peso nos diversos quadros depressivos. Do ponto de vista psicológico, as síndromes depressivas têm uma relação fundamental com as experiências de perda (Hofer, 1996; Del Pino, 2003). As síndromes e as reações depressivas surgem com muita freqüência após perdas significativas: de pessoa muito querida, emprego, moradia, status socioeconômico, ou de algo puramente simbólico. SUBTIPOS DE SÍNDROMES E TRANSTORNOS DEPRESSIVOS A ordenação da depressão em vários subtipos é um desafio psicopatológico permanente. Os subtipos de síndromes e transtornos depressivos mais utilizados na prática clínica são: 1. Episódio ou fase depressiva e transtorno depressivo recorrente 2. Distimia 3. Depressão atípica 4. Depressão tipo melancólica ou endógena 5. Depressão psicótica 6. Estupor depressivo 7. Depressão agitada ou ansiosa 8. Depressão secundária ou orgânica Quanto aos episódios depressivos, é conveniente ressaltar que: – O episódio depressivo é classificado pela CID-10 em leve, moderado ou grave, de acordo com o número, a intensidade e a importância clínica dos sintomas. – Quando o paciente apresenta, ao longo de sua vida, mais de um episódio depressivo, que nunca foram intercalados por episódios maníacos ou hipomaníacos, faz-se estão o diagnóstico de transtorno depressivo recorrente. Distimia Trata-se de uma depressão crônica, geralmente de intensidade leve, muito duradoura. Começa no início da vida adulta e persiste por vários anos. Os sintomas depressivos mais comuns são diminuição da auto-estima, fatigabilidade aumentada, dificuldade em tomar decisões ou se concentrar, mau humor crônico, irritabilidade e sentimento de desesperança. Os sintomas devem estar presentes de forma ininterrupta por, pelo menos, dois anos. Depressão atípica É um subtipo de depressão que pode ocorrer em episódios depressivos de intensidade leve a grave, em transtorno unipolar ou bipolar. Além dos sintomas depressivos gerais, ocorrem:
  • 7. – Aumento do apetite (principalmente para doces, chocolate) e/ou ganho de peso – Hipersomnia (>10h/dia ou duas horas a mais que quando não-deprimido) – Sensação do corpo muito pesado (paralisia plúmbea ou inerte) – Sensibilidade exacerbada a “indicativos” de rejeição – Reatividade do humor aumentada (melhora rapidamente com eventos positivos e também piora rapidamente com eventos negativos) – Fobias e aspecto histriônico (afetação, teatralidade, sugestionabilidade) associados Sintomas típicos são : Lentificação psicomotora, demora em responder às perguntas – Perda do apetite e de peso corporal – Alterações do sono, sobretudo se apresentar insônia terminal (indivíduo acorda de madrugada e não consegue mais dormir) – Anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida) – Depressão pior pela manhã, melhorando ao longo do dia – Hiporreatividade geral – Tristeza vital, “sentida no corpo” (qualitativamente diferente da tristeza normal) – Diminuição da latência do sono REM (inversão da arquitetura do sono) – Ideação de culpa Depressão psicótica É uma depressão grave, na qual ocorrem, associados aos sintomas depressivos, um ou mais sintomas psicóticos, como delírio de ruína ou culpa, delírio hipocondríaco ou de negação de órgãos ou alucinações com conteúdos depressivos. Se os sintomas psicóticos são de conteúdo negativo, depressivo, são classificados como sintomas psicóticos humor-congruentes (de culpa, doença, morte, punição, etc.). Caso os sintomas psicóticos não sejam de conteúdo negativo, são denominados sintomas psicó- ticos humor-incongruentes (delírio de perseguição, de inserção de pensamentos, auto-referentes, etc.). Estupor depressivo É um estado depressivo grave, no qual o paciente permanece dias na cama ou sentado, em estado de catalepsia (imóvel; em geral rígido), com negativismo que se exprime pela ausência de respostas às solicitações ambientais, geralmente em estado de mutismo, recusando alimentação, muitas vezes urinando e defecando no leito. O paciente pode,
  • 8. nesse estado, desidratar e vir a falecer por complicações clínicas (pneumonia, insuficiência pré-renal, desequilíbrios hidroeletrolíticos). Depressão agitada ou ansiosa É a depressão com forte componente de ansiedade e inquietação psicomotora. O paciente queixa-se de angústia intensa associada aos sintomas depressivos; não pára quieto; insone; irritado; anda de um lado para outro; desespera-se. Aqui, nos casos graves, há sério risco de suicídio. SINTOMASDA SÍNDROME MANÍACA euforia ou alegria patológica e a elação (ou expansão do Eu) constituem a base da síndrome maníaca (Belmaker, 2004). Além disso, é fundamental e está quase sempre presente a aceleração de todas as funções psíquicas (taquipsiquismo), manifestando- se como agitação psicomotora, exaltação, loquacidade ou logorréia e pensamento acelerado (Cassidy et al., 1998). Alguns sintomas : – Aumento da auto-estima. O paciente sente-se superior, melhor, mais potente, etc. – Elação. Sentimento de expansão e engrandecimento do Eu. – Insônia. Mais precisamente, a diminuição da necessidade de sono. – Loquacidade. Produção verbal rápida, fluente e persistente. – Logorréia. Produção verbal muito rápida, fluente, com perda das concatenações lógicas. – Pressão para falar. Tendência Irresistível de falar sem parar. Distraibilidade. Atenção voluntária diminuída, e espontânea, aumentada. – Agitação psicomotora. Pode ser muito intensa até quadro de furor maníaco. – Irritabilidade. Pode ocorrer em graus variados, desde leve irritabilidade, passando pela beligerância, até a franca agressividade. – Arrogância. Em alguns pacientes maníacos, é um sintoma destacável. – Heteroagressividade. Geralmente desorganizada e sem objetivos precisos. Desinibição social e sexual. Leva o indivíduo a comportamentos inadequados em seu meio sociocultural; comportamentos que o paciente não realizaria fora da fase maníaca. – Tendência exagerada a comprar objetos ou a dar seus pertences indiscriminadamente. –Idéias de grandeza, de poder, de importância social. Podem chegar a configurar verdadeiros: • delírios de grandeza ou de poder
  • 9. • alucinações (geralmente auditivas, com conteúdo de grandeza). TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE Algumas pessoas apresentam alterações perenes de caráter, capaz de torna-las problemáticas no relacionamento com os outros, com a realidade e consigo próprias. EY E BRISSET consideram essas pessoas portadoras de um EGO PATOLÓGICO, caracterizando, assim, não apenas a maneira de ESTAR no mundo, mas, sobretudo, a maneira de SER no mundo.KARL JASPERS afirma serem ANORMAIS as personalidades que fazem sofrer, tanto o indivíduo quanto aqueles que o rodeiam. Para ele, as personalidades anormais representavam variações não normais da natureza humana, que podem perfeitamente ser entendidas como TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE (TP). Estão reunidos em 3 grupos: baseado em semelhanças GRUPO A: personalidade paranoide, esquizoide, e esquizotípica. São indivíduos que parecem esquisitos ou excêntricos GRUPO B: antissocial, borderline, histriônica e narcisista: “parecem dramáticos, emotivos ou erráticos”. GRUPO C: personalidade evitativa, dependente e obsessivo-compulsiva: ansiosos ou medrosos. TRANSTORNO PARANOIDE DA PERSONALIDADE A característica essencial desse tipo de personalidade é uma tendência persistente e injustificável para interpretar as ações das pessoas como se fossem deliberadamente humilhantes, ameaçadoras, hostis e persecutórias. Quase invariavelmente há uma crença de estar sendo explorado ou prejudicado pelos outros e, por causa disso, a lealdade e fidelidade das pessoas são sempre QUESTIONADAS. Muitas vezes o portador desse transtorno é patologicamente ciumento e questionador da fidelidade do cônjuge, a ponto de causar situações francamente constrangedores. Regulação dos impulsos Por causa desse dinamismo psíquico paranoide, essas pessoas podem se tornar agressivas, comprometendo significativamente a regulação dos impulsos. Essas pessoas supervalorizam sua própria importância; suas ideias são únicas corretas, seus pontos de vista não devem ser contestados; e são insistentemente reivindicadoras de seus direitos. Os portadores de transtorno paranoide da personalidade são sempre desconfiados, teimosos, dissimuladores e obstinados; vivem frequentemente em solidão (confundida com timidez), como se não houvesse no mundo pessoas com quem pudessem partilhar sua prodigalidade, dignidade e seus sentimentos superiores. Modulação afetiva Esse aspecto solitário sugere uma modulação afetiva empobrecida e, ainda na esfera afetiva, costumam ser extremamente sarcásticos em suas críticas, irônicos nos comentários e contornam as eventuais situações constrangedoras recorrendo a artimanhas teatrais e chantagens emocionais. Não toleram críticas dirigidas à sua pessoa.
  • 10. Critérios para o transtorno paranoide de personalidade 1. sensibilidade exagerada a contratempos e rejeições 2. tendência a guardar rancores, isto é, recusam perdoar aquilo que julgam como insultos ou desfeitas. 3. desconfiança e tendência a interpretar erroneamente as experiências amistosas ou neutras 4. obstinado senso de direitos pessoais em desacordo coma situação real 5. suspeitas injustificáveis em relação à fidelidade 6. autovalorização excessiva 7. pressuposições quanto as conspirações Transtorno esquizoide da personalidade Semelhante ao paranoide e é típico da pessoas que exibem um padrão de afastamento social persistente, um constante desconforto nas interações humanas, excentricidade de comportamento e pensamento, isolamento e introversão. A pessoa esquizoide dá a impressão de desinteresse, reserva e falta de envolvimento para com os acontecimentos cotidianos e para com as preocupações alheias, normalmente ela tem pouca necessidade de vínculos emocionais e em adequar-se às normais gerais. Critérios para o diagnóstico do transtorno esquizoide da personalidade um padrão de indiferença às relações sociais e variação pobre da expressão emocional Indiferença aos sentimentos alheios Questionamentos e desrespeito às normas e obrigações sociais. Pouco interesse em relações sexuais Preferência quase invariável por atividades solitárias Preocupação excessiva com fantasias e introspecção Indiferença e elogios e críticas Falta de amigos íntimos, relacionamentos confidentes e mesmo a falta de vontade para ter tais relacionamentos Raramente vivenciam emoções fortes, como raiva e alegria Transtorno histriônico da personalidade A personalidade histérica, mencionada na CID-10 como transtorno histriônico de personalidade, é caracterizada por um comportamento colorido, dramático e extrovertido, enfim, sempre EXUBERANTEMENTE. É um dos únicos distúrbios de personalidade mais
  • 11. frequentes no sexo feminino, em que os pacientes apresentam uma tendência de comportamento em busca de atenção. Os histriônicos tendem a exagerar seus pensamentos e sentimentos, apresentam acessos de mau humor, lágrimas e acusações sempre que percebem não ser o centro das atenções, quando não recebem elogios e aprovações. Frequentemente são animados e dramáticos, tendem a chamar a atenção sobre si mesmos e podem, de início, em virtude de seu entusiasmo, encantar as pessoas com as quais travam conhecimento. Outra característica marcante e habitual é fato de glorificarem a doença e as queixas somáticas. Por isso, atribuem todos eventuais fracassos ou limitações a eventuais transtornos orgânicos que os independem, apesar de sua “sempre presente boa vontade”. A somatização, dissociação e repressão são os mecanismos de defesa mais intensamente utilizados por eles. SEXUALMENTE, a personalidade histriônica determina nas mulheres um comportamento sedutor, provocante, coquete e com tendência a erotizar as relações não sexuais do dia a dia. As fantasias sexuais com as pessoas pelas quais estão envolvidos são comuns e, embora volúveis, o arremate final do jogo sexual costuma não ser satisfatório. Transtorno explosivo da personalidade Aqui, a característica mais marcante é uma tendência a agir impulsivamente, desprezando as eventuais consequências do ato impulsivo, além de instabilidade de fracasso em resistir a impulsos agressivos, resultando em agressões ou destruição de propriedades. Os frequentes acessos de raiva podem levar à violência ou a explosões de comportamentais, e tais crises podem ser agravadas quando as atitudes impulsivas são criticadas ou impedidas pelos outros. A agressão nesse TP pode ser física ou verbal, mas as explosões sempre fogem ao controle. Entretanto, tais indivíduos não tem conduta antissocial e, pelo contrário, fora das cries são simpáticas, bem falantes, sociáveis, de boa índole e educadas. São constantes também o extremo sarcasmo, a persistente amargura ou explosões verbais. Transtorno anancástico da personalidade Há nesse TP, um padrão generalizado de perfeccionismo e inflexibilidade. Trata-se da personalidade obsessiva-compulsiva, e as pessoa assim se preocupam com a observância das normas, das regras, com a organização e com os detalhes. Normalmente, são escravizados pelo simétrico, pelo limpo e pela ordem das coisas, desde a arrumação de seus pertences pessoais até a organização extremamente cuidadosa de coisas relacionadas à ocupação e à profissão. Essas pessoas são incapazes de suportar tudo aquilo que consideram infração às suas próprias determinações de organização, por isso são exigentes e inflexíveis consigo mesmas e com os que lhes são mais próximos. Os obsessivos tem dificuldade em expressar sentimentos de ternura, compaixão e compreensão aos sentimentos e comportamentos dos outros. Quando eles se dão ao luxo do lazer e recreação, fazem isso com tanto planejamento e meticulosidade que acabam sacrificando o próprio prazer em benefício das regras e normas.
  • 12. Transtorno antissocial da personalidade Neste livro: sociopata, personalidade psicopática, antissocial ou dissocial = sinônimos;Inclinação natural e persistente de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que inicia na infância ou começo da adolescência e continua na idade adulta. O engodo e a manipulação são aspectos centrais desse TP, no qual, alpem da violação dos direitos básicos ou sentimentos dos outros, também há contravenção de normas ou regras sociais importantes. Na prática essas pessoas podem mentir repetidamente, usar normas falsas, ludibriar ou fingir. Há também um padrão de impulsividade e explosividade com tendência à irritabilidade e/ou agressividade. Também se observa um fracasso em planejar o futuro, sendo as decisões tomadas ao sabor do momento, de maneira impensada e sem considerar as consequências para si mesmo ou para outros. Considerações finais algumas pessoas apresentam um tipo especial de personalidade muito problemática e de difícil adaptação. Essa maneira não adaptada de existir caracteriza uma forma de SER considerada TRANSTORNO DE PERSONALIDADE Os transtornos da personalidade não podem ser considerados doenças mentais francas, mas podem representar um pré-requisito importante para o desenvolvimento destas, dependendo da pessoa e das circunstâncias Para que uma pessoa seja classificada como portadora de determinado tipo de TP, não se exige que preencha todos os critérios necessários para o diagnóstico, mas que tenha muitos deles e, além e por causa disso, que tenha dificuldades de ada4. Pessoas normais também podem apresentar alguns dos transtornos descritos nas pessoas com TP; entretanto, nos normais a força desses traços não é suficiente para que sofram ou façam sofrer, tal como ocorre nos TP. Embora pessoas com o mesmo TP posam ter traços em comum, isso não significa que sejam iguais entre si. Existem muitíssimos outros traços pessoais e individuais diferenciado umas das outras, como habilidades, vocações, QI, etc. A existência dessas classificações não esgota as possibilidades de ser humano apresentar algum outro tipo de personalidade mal adaptada que não seja, exatamente, esse ou aquele transtorno de personalidade reconhecido pelas classificações internacionais. ptação. Hipomania (ou episódio hipomaníaco) É uma forma atenuada de episódio maníaco, que muitas vezes passa despercebida, não recebendo atenção médica. O indivíduo está mais disposto que o normal, fala muito, conta piadas, faz muitos planos, não se ressente com as dificuldade e os limites da vida. Pode ter diminuição do sono, não se sente cansado após muitas atividades e deseja sempre fazer mais.
  • 13. O característico da hipomania é que o indivíduo e seu meio não são seriamente prejudicados; a hipomania não produz disfunção social importante, e não há sintomas claramente psicóticos. Muitas vezes, a pessoa acometida não busca serviços médicos. Mania com sintomas psicóticos É um episódiomaníacograve com sintomaspsicóticos,taiscomodelíriode grandezaoupoder, delírios místicos, às vezes acompanhados de alucinação auditiva ou visual. Nesses casos, o paciente geralmente apresenta um comportamento bastante alterado, com agitação psicomotora e desinibição social e/ou sexual importante.