Apresentação de suporte à comunicação de Ernesto Carneiro no Workshop subordinado ao tema “Gestão de Dragagens”, que decorreu a 17 de Junho de 2016 no anfiteatro do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro (UA).
Organizado conjuntamente pela Administração do Porto de Aveiro (APA) e pela UA, o workshop inseriu-se nas actividades que o “Grupo de Trabalho Aspectos Positivos das Dragagens”, constituído por entidades portuguesas e espanholas, desenvolveu em Aveiro, em encontro que se prolongou por dois dias (17 e 18 de Junho).
Os mais de 70 participantes no workshop assistiram à apresentação de diversas comunicações associadas ao tema, abordando estudos, metodologias e avanços técnicos referentes às dragagens portuárias, permitindo a partilha de conhecimentos e experiências diversificadas, para além de debate considerado bastante profícuo.
Recorde-se que o grupo integra, para além de técnicos de portos portugueses e espanhóis, especialistas de instituições e empresas directamente relacionadas com a temática em causa.
No final da tarde, os participantes no workshop procederam a uma demorada visita técnica ao Porto de Aveiro.
3. Área de jurisdição com 17 mil ha;
300 ha de infraestruturas com vocação portuária;
14 terminais especializados (5 utilização pública, 9
uso privativo).
Enquadramento geral do Porto
7. Enquadramento geral do Porto
Indicadores económicos
10,7 mil milhões € de volume de negócios;
3.3 % do volume de negócios da região da Grande Lisboa;
2.3 mil milhões € de VAB estimado;
1.57% do VAB nacional;
5% do VAB da Grande Lisboa;
33,3 mil postos de trabalho;
719 milhões € de remuneração;
21.591 € remuneração bruta média por cada empregado;
9. Dragagens - Histórico
1952 - Estabelecimento do Canal da
Barra a -6,0 ZH;
1955/56 – estabelecimento do Canal
da Barra a -8,0 ZH;
1960 a 1975 – Dragagens de
manutenção no canal da Barra e
estacadas
1986 - Estabelecimento do Canal da
Barra a -11,0 ZH e manutenção do
canal Norte
1994 - Estabelecimento do Canal da
Barra a -12,0 ZH e Canal Norte a -
11,0 ZH
1997 – Dragagem para terrapleno do
Terminal Multiusos 2
2003 – dragagem Manutenção no
Canal Barra
2004 - 2008 – Execução do plano e
consulta publica para execução de
dragagens de manutenção em todos
os canais e bacias por 4 anos
2009 – 2010 - Execução do plano e
consulta publica para execução de
dragagens de manutenção em todos
os canais e bacias por 2 anos
2011 – 2012 - Execução do plano e
consulta publica para execução de
dragagens de manutenção em todos
os canais e bacias por 2 anos
2015 – Execução de dragagens de
manutenção de todos os canais e
bacias
10. Dragagens – Fatores a considerar
Dragagens Características
Técnicas
(PIANC)
Hidrodinâmica
Batimetria
Requisitos
operacionais
(Pilotagem)
Exigências
ambientais
Necessidades
comerciais
Enquadramento Legal:
Lei nº 58/2005 de 29 de dezembro (lei da água/transposição da Diretiva nº
2000/60/CE do Parlamento Europeu);
Decreto-lei nº 226 A/2007 de 31 de maio;
Portaria nº 1450/2007 de 12 de novembro
11. Dragagens – Fatores a considerar
Elementos de projeto
Definição de canais (PIANC)
Condicionantes físicas (PIANC)
15. Dragagens – Envolvimento dos SIG
Análise do material a dragar
Mapeamento e
quantificação das
necessidades
Definição de áreas de
deposição
Monitorização da
contaminação de
sedimentos
17. Dragagens – Envolvimento dos SIG
Levantamento das áreas a dragar
Mapeamento dos
trabalhos de dragagem
quantificação das
necessidades
Planeamento da
campanha
Monitorização do
assoreamento
18. Dragagens – Envolvimento dos SIG
Acompanhamento das campanhas
Mapeamento e
quantificação das
necessidades e das
deposições
Fiscalização da
empreitada
Aferição do volume de
trabalho executado
19. Dragagens – Envolvimento dos SIG
Base de conhecimento
Monitorização e
acompanhamento da
evolução dos fundos das
bacias e canais
Monitorização contínua
da contaminação
sedimentar
Execução de estudos
económico/financeiros
Definição de estratégias
RECOLHA E
PROCESSAMENTO DE
DADOS
EXECUÇÃO E
RECOLHA DE DADOS
INTEGRAÇÃO DE
INFORMAÇÃO E
ESTUDO
ANÁLISE E
PLANEAMENTO
22. Dragagens – Mitos e Problemas reais
Alguns mitos a desmistificar:
O leito do rio Sado é rochoso;
As taxas de sedimentação são altas;
Os índices de contaminação dos sedimentos são altos;
Factos:
O leito do rio (canais da barra, Norte e sul), são basicamente
constituídos por areias medias e grosseiras, limpas, classe 1 e 2,
granulometria uniforme com Ø 0,5-2 mm;
Há uma elevada estabilidade no transporte sedimentar e têm-se
verificado uma tendência para diminuição do assoreamento;
A contaminação não é relevante e as àreas onde se verificaram maiores
índices de contaminação ( Classe 3) têm tendencialmente baixado.
Exceção para o surgimento de contaminação vestigial da classe 3, de Cr,
comprovadamente de natureza telúrica.
Fatores de incerteza
Primeiro terço do Canal da Barra, sujeito a complexos fenómenos
hidrodinâmicos de grande imprevisibilidade, obrigando a uma
monitorização muito rigorosa dos fundos.
24. Dragagens – Análise de alternativas
Visão dinâmica
Probabilidade de risco de acidente
Probabilidade
ocorrência de
solicitações
Probabilidade
ocorrência das
resistências
25. Como resolver estes desafios
Factos
Insuficiência de conhecimento;
Existência de informação e dados fiáveis;
Possibilidades de tratar e integrar informação recolhida;
Respostas:
Modelação das ações para solução do problema
26. Aquisição de dados (tempo real e modelo)
Meteorologia
Temperatura
Velocidade e direção de vento
Pressão atmosférica
Intensidade de precipitação
Visibilidade
Hidrodinâmica
Período e altura significativa
onda
Altura de maré
28. Previsões
Informação tempo
real
Fidelização dos modelos
Observações
meteorologia
Observações agitação Determinação de correlações
Previsões
Necessidades
operacionais
Alertas automáticos
Gestão da informação
29. • Mapas e perfis para rotas pré definidas de altura de água
disponível;
• Previsões meteorológicas e de agitação marítima;
• Definição de períodos de operação ideais;
• Monitorização de assoreamentos;
• Monitorização e alarme para condições extremas.
Modelo de previsão de
meteorologia e
ondulação e níveis
(HIDROMOD)
Levantamentos
hidrográficos
Estações
•Disponibilização
Gestão, Processamento e
Armazenamento
Plataforma de tratamento gestão e
disponibilização
Produção e disponibilização de
informação de apoio á decisão
30. Aquasafe - Relatórios
Avaliação preventiva das dificuldades
de acesso com base em critérios de
análise de intervalos e correlações
definidas pela Direção de Pilotagem
Alerta para condições de risco no
estacionamento de embarcações de
pesca e recreio
Informação geral de previsões a todos os
interessados
31. Calado do Navio
Mapeamento de coluna mínima de água dísponível
Processamento para um determinado período (Hidrografia, previsões nível, previsões meteo)
Definição de janelas temporais de operação
Determinação da altura mínima água disponível
32. • Melhoria das condições de segurança no trânsito de
navios
• Aumento dos calados operacionais
• Otimização do esforço de dragagem
Otimização do Resguardo à Quilha
Condições físicas
previstas
Modelos Matemáticos
Navios
Condições físicas
previstas
O que pretendemos vir a desenvolver no
futuro.