O documento descreve os principais tipos de carboidratos, incluindo sua classificação, estrutura e funções. É dividido em seções sobre introdução a carboidratos, classificação de monossacarídeos, formação de hemiacetais cíclicos e notação D/L para descrever estereoquímica. O documento fornece detalhes sobre os principais tipos de monossacarídeos como trioses, tetroses, pentoses e hexoses.
Biomoleculas: Carboidratos, Aminoácidos e Lipídeos
1. DQOI - UFC Prof. Nunes
Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
Química Orgânica I
Biomoléculas:Biomoléculas:
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com
CarboidratosCarboidratos,, AminoácidosAminoácidos ee
LipídeosLipídeos
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com
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Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
Química Orgânica I
CarboidratosCarboidratos
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com
CarboidratosCarboidratos
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com
3. DQOI - UFC Prof. Nunes
Carboidratos são substâncias biorgânicas encontradas em sistemas
biológicos.
Trata-se da classe de substâncias mais abundante no mundo biológico, a qual
perfaz mais de 50% do peso seco da biomassa.
Os carboidratos são constituintes importantes de todos os organismos vivos
Carboidratos - IntroduçãoCarboidratos - Introdução
Os carboidratos são constituintes importantes de todos os organismos vivos
e possuem várias funções.
componentes estruturais essenciais das células,
atuam como sítios de reconhecimento na superfície da célula.
servem de principal fonte de energia metabólica.
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Os primeiros químicos observaram que os carboidratos têm fórmulas
moleculares que os fazem parecer hidratos de carbono, Cn(H2O)n, daí o nome
carboidratoscarboidratos.
Mais tarde, estudos estruturais revelaram que essas substâncias nãonão eram
hidratos, porque não continham moléculas de água intactas, mas o termo
carboidrato persiste.
Carboidratos - IntroduçãoCarboidratos - Introdução
Os carboidratos são poliidroxialdeídos como a D-glicose, poliidroxicetonas
como a D-frutose e outras substâncias como a sacarose, que podem ser
hidrolisadas a poliidroxialdeídos e a poliidroxicetonas.
de Fischer.
OH
OH H
H OH
H OH
O
OH
D-Frutose
OH
O
H OH
OH H
H OH
H OH
D-Glicose
As estruturas químicas dos carboidratos são
normalmente representadas por projeçõesprojeções dede
FischerFischer.
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O carboidrato mais abundante na natureza é a D-glicose, as quais são oxidadas
por células vivas no primeiro processo de uma série que lhe fornece energia.
Quando os animaisanimais têm mais D-glicose do que necessitam para obter energia,
eles convertem o excesso de D-glicose em um polímero denominado
glicogênioglicogênio.
Já as plantasplantas convertem o excesso em um polímero denominado celulosecelulose. Os
animais obtêm glicose de alimentos que a contêm – como as plantas, por
CarboidratosCarboidratos
animais obtêm glicose de alimentos que a contêm – como as plantas, por
exemplo. Já as plantas produzem glicose pela fotossíntese.
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Os termos “carboidratoscarboidratos”, “sacarídeosacarídeo” e “açúcaraçúcar” são frequentemente usados
como sinônimos.
Há duasduas classesclasses de carboidratos:
• simples: monossacarídeos (açúcares simples) – Ex: Glicose (C6H12O6)
• complexos: contêm duas ou mais unidades de açúcar interligadas.
o dissacarídeos: têm 2 unidades de açúcar interligadas
Carboidratos - ClassificaçãoCarboidratos - Classificação
o dissacarídeos: têm 2 unidades de açúcar interligadas
Sacarose (C12H22O11) + H2O → glicose (C6H12O6) + frutose (C6H12O6)
o oligossacarídeos: têm de 3-10 unidades de açúcar interligadas; e
o polissacarídeos: têm mais de 10 unidades de açúcar interligadas -
Celulose.
Todos os carboidratos complexos podem ser quebrados em subunidades de
monossacarídeos através de hidrólise.
M M M M M M
H2O
5 M
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Mais de 200200 diferentesdiferentes monossacarídeosmonossacarídeos são conhecidos. Eles podem ser
agrupados de acordo com o númeronúmero dede carbonoscarbonos que contêm, ou como sendo
poliidroxialdeídospoliidroxialdeídos ou poliidroxicetonaspoliidroxicetonas. Os primeiros são denominados
aldosesaldoses, e os últimos cetosescetoses.
Classificação dos monossacarídeos segundo o númeronúmero dede carbonoscarbonos que
contêm:
• trioses: têm 3 carbonos
Carboidratos - ClassificaçãoCarboidratos - Classificação
• trioses: têm 3 carbonos
• tetroses: têm 4 carbonos
• pentoses: têm 5 carbonos
• hexoses: têm 6 carbonos
• heptoses: têm 7 carbonos
Portanto a DD--glicoseglicose é uma aldoaldo--hexosehexose.
OH
O
H OH
OH H
H OH
H OH
D-Glicose
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A estereoquímicaestereoquímica é a chave para a compreensão da estrutura
de carboidratos, fato que foi claramente apreciado pelo
químico alemão EmilEmil FischerFischer.
As fórmulas de projeçãoprojeção utilizada por Fischer para
representar a estereoquímica de moléculas quirais são
particularmente bem adequadas para estudar carboidratos.
Carboidratos - Notação D/LCarboidratos - Notação D/L
1852-1919
Um sistema desenvolvido com base na suposiçãosuposição arbitráriaarbitrária,
que depois se mostrou correta, definiu os enantiômeros do
gliceraldeído com os sinaissinais dede rotaçãorotação e as configuraçõesconfigurações
absolutasabsolutas mostrados abaixo:
1852-1919
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O gliceraldeídogliceraldeído pode ser considerado como mais simples carboidratocarboidrato quiralquiral.
É uma aldoaldotriostriose e, uma vez que contém um centro estereogênico, existe em
duas forams estereoisoméricas: os enantiômerosenantiômeros DD e LL.
Carboidratos - Notação D/LCarboidratos - Notação D/L
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Quase todos os açúcares encontrados na natureza são da sériesérie DD, a qual é
caracterizada pela presença de uma hidroxila do lado direito no carbonocarbono maismais
distantedistante dada carbonilacarbonila, representada na projeção de Fischer.
Carboidratos - Notação D/LCarboidratos - Notação D/L
O
H OH
O
H OH
OH H OH H
O
OH
O
H OH
OH
OH
H OH
H OH
H OH
D-Ribose
OH
OH H
OH H
H OH
D-Galactose
OH
OH H
H OH
H OH
D-Fructose
OH
H OH
H OH
H OH
D-Psicose
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Subindo na escala de complexidade, chegamos próximo às aldoaldotetrosestetroses, as
quais possuem 2 centros quirais e, portanto, quatro estereoisômeros são
possíveis.
Dois deles são DD e dois são LL.
Os nomes das aldoaldotetrosestetroses (eritroseeritrose e treosetreose) são utilizados para designar os
pares de enantiômeros eritroeritro e treotreo.
AldotetrosesAldotetroses
pares de enantiômeros eritroeritro e treotreo.
Os sufixos treosetreose e eritroseeritrose relacionam-se ao fato das hidroxilashidroxilas se
posicionarem do mesmomesmo ladolado ((eritroseeritrose)) ou de ladoslados opostosopostos ((treosetreose)) da cadeia
carbônica vertical na projeção de Fischer.
O
OH
H OH
H OH
D-Eritrose
OH
O
OH H
OH H
L-Eritrose
O
OH
OH H
H OH
D-Treose
OH
O
H OH
OH H
L-Treose
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AldoAldopentosespentoses têm três centros estereogênicos. Os oito estereoisômeros são
divididos em um conjunto de quatro DD-aldopentoses e um conjunto de quatro
enantiomérico de LL-aldopentoses. As aldopentoses são nomeadas como:
AldopentosesAldopentoses
Observe que todas esses diastereoisômeros têm a mesma configuração no
CC--44 e que esta configuração é análoga à DD--(+)(+)--gliceraldeídogliceraldeído.
Entre os aldopentoses, a DD--riboseribose é um componente de muitas substâncias
biologicamente importantes, principalmente os ácidos ribonucléicos; e a
DD--xilosexilose é muito abundante e é isolada por hidrólise de polissacarídeos
presentes no milho e na madeira das árvores.
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As aldoexoses incluem alguns dos mais conhecidos monossacarídeos, bem
como um dos compostos orgânicos mais abundantes na terra, D-(+)-glicose.
Com quatro centros estereogênicos, 16 aldoexoses estereoisômeros são
possíveis, oito pertencem à sériesérie DD e 8 para a sériesérie LL.
AldoexosesAldoexoses
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D-(+)-glicose é o monossacarídeo mais conhecido e
importante. Sua formação de dióxido de carbono, água e luz
solar é a central tema da fotossíntese.
A glicose foi isolada da uva passa em 17471747 e pela hidrólise
ácida do amido em 18111811..
Sua estruturaestrutura foifoi determinadadeterminada, em trabalho que culminou em
19001900, por EmilEmil FischerFischer.
AldoexosesAldoexoses
1852-191919001900, por EmilEmil FischerFischer. 1852-1919
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A D-(+)-galactose é um constituinte de numerosos polissacarídeos. É obtida
mais facilmente por hidrólisehidrólise ácidaácida dada lactoselactose (açúcar do leite).
Trata-se de um dissacarídeodissacarídeo de DD--glicoseglicose e DD--galactosegalactose.
A (L)-(-)-galactose também ocorre naturalmente e pode ser preparada pela
hidrólise da goma de semente de linhaça e ágar.
A principal fonte do DD--(+)(+)--manosemanose é a hidrólise do polissacarídeo do marfim
vegetal, uma semente grande, do tipo de uma noz, obtida de uma palmeira
AldoexosesAldoexoses
vegetal, uma semente grande, do tipo de uma noz, obtida de uma palmeira
nativa da América do Sul.
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A formação de hemiacetalhemiacetal cíclicocíclico é mais comum quando o anel resultante
possui cincocinco ou seisseis membros.
Hemiacetais cíclicos de 5 membros de carboidratos são chamados furanosefuranose,
os de 6 membros são chamados piranosepiranose.
O carbono anel que é derivado do grupo carbonila, o qual carrega dois
substituintes de oxigênio, é chamado de carbonocarbono anoméricoanomérico ( ).
Formação de Hemiacetais CíclicosFormação de Hemiacetais Cíclicos
Aldoses existem quase que exclusivamente como hemiacetaishemiacetais cíclicoscíclicos.
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Formação de Hemiacetais CíclicosFormação de Hemiacetais Cíclicos
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Formação de Hemiacetais CíclicosFormação de Hemiacetais Cíclicos
As duas formas estereoisoméricas furanose da D-eritrose são nomeada como
-D-eritrofuranose e -D-eritrofuranose.
Os prefixos e descrevem a configuração relativa.
A configuração do carbono anomérico é quando o seu grupo hidroxilahidroxila estáestá
voltadavoltada parapara baixobaixo.
A configuração do carbono anomérico é quando o seu grupo hidroxilahidroxila estáestá
voltadavoltada parapara cimacima.
19. DQOI - UFC Prof. Nunes
Formação de Hemiacetais CíclicosFormação de Hemiacetais Cíclicos
H OH
HO H
H OH
H OH
O
..
H OH
HO H
H OH
H
O
OH
H OH
HO H
H OH
HO
O
H* *
5
H OH
CH2OH
.. H
CH2OH
H
CH2OH
-D-glicopiranose -D-glicopiranoseD-glicose
5
20. DQOI - UFC Prof. Nunes
HemiacetaisHemiacetais cíclicoscíclicos
6 membros – piranosespiranoses
5 membros – furanosesfuranoses
Formação de Hemiacetais CíclicosFormação de Hemiacetais Cíclicos
H OH
HO H
H OH
H OH
O
..
..
H OH
HO H
H OH
H
H
O
OH
H OH
HO H
H OH
H
HO
O
H* *
5
H OH
CH2OH
.. H
CH2OH
H
CH2OH
-D-glicopiranose -D-glicopiranoseD-glicose
H OH
HO H
H OH
H OH
O
CH2OH
..
..
H OH
HO H
H
H
CH2OH
H
O
OH
OH
*
-D-glicosefuranose -D-glicofuranoseD-glicose
4
H OH
HO H
H
H
CH2OH
HO
O
H
OH
*
21. DQOI - UFC Prof. Nunes
As projeções de Fischer não são as melhores as formas de mostrar a
estrutura de um açúcar cíclico.
Uma representação mais satisfatória é dada ela projeçãoprojeção dede HaworthHaworth. Os
substituintessubstituintes queque estãoestão àà direitadireita nas projeções de Fischer, estarãoestarão parapara baixobaixo
nas projeçãoprojeção dede HaworthHaworth.
As representações das DD--glicoses cíclicasglicoses cíclicas são mostradas a seguir:
Projeções de HowarthProjeções de Howarth
As representações das DD--glicoses cíclicasglicoses cíclicas são mostradas a seguir:
H OH
HO H
H OH
H
CH2OH
H
O
OH*
-D-glicopiranose
OH
OH
H
H
OH
H
OH
CH2OH
H
HO
H OH
HO H
H OH
H
CH2OH
HO
O
H*
-D-glicopiranose
OH
OH
H
H
OH
OH
H
CH2OH
H
HO
22. DQOI - UFC Prof. Nunes
As projeções de Haworth são satisfatórias para representar as relaçõesrelações
configuracionaisconfiguracionais em piranoses, mas são pouco informativos quanto à
conformação dos carboidratos.
Estudos cristalográficos de raios-X de um grande número de carboidratos
revelam que o anel piranose de seis membros de DD--glucoseglucose adota uma
conformaçãoconformação cadeiracadeira:
Projeções de HowarthProjeções de Howarth
equatorial
axilal
23. DQOI - UFC Prof. Nunes
Até esse ponto, toda a nossa atenção tem sido voltada para aldosesaldoses,
carboidratos com uma funçãofunção dede aldeídoaldeído na sua formaforma dede cadeiacadeia abertaaberta.
As aldosesaldoses são mais comuns do que as cetosescetoses, e seu papel nos processos
biológicos tem sido mais estudado.
No entanto, um grande número de cetosescetoses são conhecidas, e muitos delas
CetosesCetoses
No entanto, um grande número de cetosescetoses são conhecidas, e muitos delas
são intermediários fundamentais na biossíntese de carboidratos e
metabolismo que ocorrem naturalmente.
OH
O
H OH
H OH
H OH
D-Ribose
OH
O
H OH
OH H
OH H
H OH
D-Galactose
OH
OH H
H OH
H OH
O
OH
D-Fructose
OH
O
H OH
H OH
H OH
OH
D-Psicose
24. DQOI - UFC Prof. Nunes
Exemplos de algumas cetoses incluem DD--ribuloseribulose, LL--xilulosexilulose, e DD--frutosefrutose.
Nestes três exemplos, o grupo carbonila está localizado no C-2, que é o local
mais comum para a função carbonila nas cetosescetoses que ocorrem naturalmente.
CetosesCetoses
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CetosesCetoses, como aldoses, existemexistem principalmenteprincipalmente comocomo hemiacetais cíclicos.
No caso do DD--ribuloseribulose, as formas furanoses resultam da adição da hidroxila
do C-5 no grupogrupo carbonilacarbonila.
CetosesCetoses
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Dissacarídeos são carboidratos que geram dois monossacarídeos quando
sofrem hidrólise. Estruralmente, são glicosídeos nos quais o grupogrupo alcoxialcoxi que
está ligado ao carbonocarbono anoméricoanomérico é derivado de uma segunda molécula de
açúcar.
A maltose e a celobiose são dissacarídeos isoméricos.
Em ambos, duas unidades de DD--glicopiranoseglicopiranose são unidas por uma ligação
glicosídica entre o CC--11 de uma unidade e o CC--44 de outra.
DissacarídeosDissacarídeos
glicosídica entre o CC--11 de uma unidade e o CC--44 de outra.
Os dois são diastereoisômerosdiastereoisômeros, diferindo somente na estereoquímica do
carbono anomérico da ligação glicosídica. A maltosemaltose é um -glicosídeo e a
celobiosecelobiose é um -glicosídeo.
27. DQOI - UFC Prof. Nunes
A estereoquímicaestereoquímica e os pontospontos dede conecçãoconecção das ligações glicosídicas são
DissacarídeosDissacarídeos
A estereoquímicaestereoquímica e os pontospontos dede conecçãoconecção das ligações glicosídicas são
comumente designadas por símbolos, tais como:
(1,4) para a maltose e (1,4) para a celobiose.
e designam a estereoquímicaestereoquímica na posição anomérica;
os numeraisnumerais (1,4) especificam os carbonoscarbonos dodo anelanel envolvidosenvolvidos.
28. DQOI - UFC Prof. Nunes
Tanto a maltosemaltose quando a celobiosecelobiose têm um grupo hidroxila anomérico livre
que não está envolvido na ligação glicosídica.
DissacarídeosDissacarídeos
que não está envolvido na ligação glicosídica.
A configuração no centrocentro anoméricoanomérico livre é variável e pode ser ou .
29. DQOI - UFC Prof. Nunes
DissacarídeosDissacarídeos
A simples diferença em suas estruturas faz com que a maltose a celobiose
tenham formatos tridimensionais muito distintos.
Esta diferença no formato afeta o modo com a maltose e a celobiose
interagem com outras moléculas quirais, tais como as proteínas, e eles
comportam-se muito diferentemente frente a hidrólise catalisadas por
enzimas.
Uma enzima conhecida como maltasemaltase catalisa a clivagem hidrolítica da
ligação glicosídica da maltose, mas é sem efeito sobre a celobiose.
Já com a enzima emulsinaemulsina, ocorre o inverso.
30. DQOI - UFC Prof. Nunes
O comportamenteo de cada enzima é geral para glicosídeos (glicosídeos da
glicose).
A maltasemaltase catalisa a hidrólise de --glicosídeosglicosídeos e é também conhecida como
--glicosidaseglicosidase, enquanto a emulsinaemulsina catalisa a hidrólise de --glicosídeosglicosídeos e é
conhecida como uma --glicosidaseglicosidase.
DissacarídeosDissacarídeos
A especificidade destas enzimas oferece uma útil ferramenta para a
determinaçãodeterminação estruturalestrutural porque ela permite que a estereoquimica das ligações
glicosídicas sejam definidas.
31. DQOI - UFC Prof. Nunes
DissacarídeosDissacarídeos
A lactoselactose é um dissacarídeodissacarídeo constituindo de 2-6% do leite e é
conhecida como o açúcaraçúcar dodo leiteleite.
Ela difere da maltosemaltose e da celobiosecelobiose em que somente uma de
suas unidades de monossacrídeos é a DD--glicoseglicose. O outro
monossacarídeo é a DD--galactosegalactose.
Como a celobiose, a lactoselactose é um --glicosídeoglicosídeo.
A digestão da lactoselactose é facilitada pela --glocosidaseglocosidase lactaselactase. Uma deficiência
desta enzima uma dificuldade na digestão da lactose e causa desconforto
abdominal.
32. DQOI - UFC Prof. Nunes
O mais familiar de todos os carboidratos é a sacarosesacarose, um dissacarídeo no
qual a DD--glicoseglicose e a DD--frutosefrutose estão unidas pelos seus carbonos anoméricos
através de uma ligação glicosídica.
DissacarídeosDissacarídeos
33. DQOI - UFC Prof. Nunes
A celulose é o principal componente estrutural da matéria vegetal.
Madeira: 30-40%
Algodão: > 90%
A fotossíntese é responsável pela formação de 109 toneladas/ano de celulose.
Estruturalmente, a celulosecelulose é um polissacarídeopolissacarídeo composto de vários milhares
PolissacarídeosPolissacarídeos
Estruturalmente, a celulosecelulose é um polissacarídeopolissacarídeo composto de vários milhares
de unidades de D-glicose ligadas por ligações (1,4)-glicosídicas.
34. DQOI - UFC Prof. Nunes
A celulosecelulose é o principal componentecomponente estruturalestrutural dada matériamatéria vegetalvegetal.
PolissacarídeosPolissacarídeos
Os animais não possuem as enzimas necessárias para catalisar a hidrólise da
celulose e assim não podem digeri-la.
Bovinos e outros ruminantes usam a celulose como fonte de alimento através
de um caminho indireto. Colônias de microorganismos que vivem em seu
trato digestivo consomemconsomem aa celulosecelulose e, no processo, aa convertemconvertem emem outrasoutras
substânciassubstâncias que o animal pode digerir.
35. DQOI - UFC Prof. Nunes
Uma fonte mais direta de energia para os animais é fornecida pelo amido
encontrado em
muitos alimentos. O amido é uma mistura de uma fração dispersível em água
chamado amiloseamilose e um segundo componente, amilopectina.
A amiloseamilose é um polissacarídeo formado por cerca de 100 a vários
milhares de unidades de D-glicose unidas por ligações glicosídicas (1,4).
PolissacarídeosPolissacarídeos
milhares de unidades de D-glicose unidas por ligações glicosídicas (1,4).
37. DQOI - UFC Prof. Nunes
Hoje em dia, a determinaçãodeterminação dada estruturaestrutura químicaquímica dede carboidratoscarboidratos é feita de
modo análogo as qualquer outro tipo de composto.
A gama completa de modernos métodosmétodos instrumentaisinstrumentais, incluindo a
espectrsocopia de ressonância magnética nuclear e infravermelho e a
espectrometria de massa, é exercida sobre o problema.
Carboidratos – Determinação EstruturalCarboidratos – Determinação Estrutural
38. DQOI - UFC Prof. Nunes
Se a substância desconhecida é cristalina, difraçãodifração dede raiosraios--XX pode fornecer
informações estruturais precisas que, no melhor casos, equivale a tirar uma
fotografiafotografia tridimensionaltridimensional dada moléculamolécula.
Carboidratos – Determinação EstruturalCarboidratos – Determinação Estrutural
39. DQOI - UFC Prof. Nunes
Todavia, antes da disponibilização generalizada de métodosmétodos instrumentaisinstrumentais, a
principal abordagem para determinação da estrutura contou com uma bateria
de reaçõesreações químicasquímicas ee testestestes.
A respostaresposta dede umauma substânciasubstância desconhecidadesconhecida parapara váriosvários reagentesreagentes ee
procedimentosprocedimentos previstos fornecia um conjuntoconjunto dede dadosdados, a partir dos quais a
estruturaestrutura poderiapoderia serser deduzidadeduzida.
Carboidratos – Determinação EstruturalCarboidratos – Determinação Estrutural
40. DQOI - UFC Prof. Nunes
A carbonila de carboidratos pode ser reduzidareduzida a uma função de álcool.
Procedimentos típicos incluem a hidrogenaçãohidrogenação catalíticacatalítica e reduçãoredução comcom
boroidretoboroidreto dede sódiosódio.
Carboidratos – ReduçãoCarboidratos – Redução
41. DQOI - UFC Prof. Nunes
HidretoHidreto dede alumínioalumínio nãonão éé adequadoadequado, porque nãonão éé compatívelcompatível comcom osos
solventessolventes (água, álcoois) que são necessários para dissolver carboidratos.
Os produtosprodutos dada reduçãoredução de carboidratos são chamados alditoisalditois.
Uma vez que estes alditoisalditois não possuem o grupo carbonila, sãosão incapazesincapazes dede
formarformar hemiacetaishemiacetais cíclicoscíclicos e existem exclusivamenteexclusivamente nasnas formasformas acíclicasacíclicas.
Carboidratos – ReduçãoCarboidratos – Redução
42. DQOI - UFC Prof. Nunes
Uma propriedade característica de uma função aldeídoaldeído é a sua sensibilidade à
oxidação. Uma solução de sulfato de cobre (II) de seu complexo citrato
(reagente de Benedict) é capaz de oxidar aldeídos alifáticos ao ácidoácido
carboxílicocarboxílico correspondente.
Carboidratos – OxidaçãoCarboidratos – Oxidação
A formação de um precipitado vermelho de cobre (I), pela redução do óxido de
cobre (II), é tida como um testeteste positivopositivo para um aldeído.
Carboidratos que dão resultados positivos com reagente de Benedict são
chamados açúcaresaçúcares redutoresredutores.
43. DQOI - UFC Prof. Nunes
AldosesAldoses são açúcares redutores, já que possuem uma
função aldeído em sua forma openchain.
CetosesCetoses também são açúcares redutores.
Nas condições do ensaio, cetoses estão em equilíbrio com
aldoses por meio de intermediários enediol, e as aldoses
são oxidados pelo reagente. Teste positivopositivo!!!
Carboidratos – OxidaçãoCarboidratos – Oxidação
44. DQOI - UFC Prof. Nunes
O mesmo tipo de equilíbrio está disponível para --hidroxicetonashidroxicetonas; tais
compostos dão testeteste positivopositivo com reagente de Benedict.
Qualquer carboidrato que contenha uma função hemiacetal livre é um açúcaraçúcar
Carboidratos – OxidaçãoCarboidratos – Oxidação
Qualquer carboidrato que contenha uma função hemiacetal livre é um açúcaraçúcar
redutorredutor.. O hemiacetalhemiacetal livrelivre estáestá emem equilíbrioequilíbrio comcom aa formaforma dede cadeiacadeia abertaaberta e
éé suscetívelsuscetível àà oxidaçãooxidação.
A maltosemaltose, por exemplo, dádá umum testeteste positivopositivo com reagente de Benedict.
45. DQOI - UFC Prof. Nunes
Glicosídeos, nos quais o carbono anomérico é parte de uma função acetal,
nãonão sãosão açúcares-redutores e nãonão dãodão um testeteste positivopositivo.
Carboidratos – OxidaçãoCarboidratos – Oxidação
46. DQOI - UFC Prof. Nunes
SoluçãoSolução dede FehlingFehling, um complexo de tartarato de sulfato de cobre (II),
também tem sido utilizada como um testeteste para açúcares redutores.
Derivados de aldoses em que a função aldeído terminal é oxidadaoxidada a um ácido
carboxílico são chamados de ácidosácidos aldônicosaldônicos.
Carboidratos – OxidaçãoCarboidratos – Oxidação
+ solução de
Fehling
sucrose
47. DQOI - UFC Prof. Nunes
A oxidação de aldoses com bromo é o método mais utilizado para a
preparação de ácidos aldônicos e envolve a forma furanosefuranose ou piranosepiranose do
carboidrato.
Carboidratos – OxidaçãoCarboidratos – Oxidação
Frutose Glicose
OH
OH H
H OH
H OH
O
OH
D-Frutose
48. DQOI - UFC Prof. Nunes
A reação de aldoses com ácidoácido nítriconítrico leva à formação de ácidosácidos aldaricosaldaricos
pela oxidaçãooxidação de ambos os aldeídosaldeídos:
Carboidratos – Oxidação – HNO3Carboidratos – Oxidação – HNO3
49. DQOI - UFC Prof. Nunes
A presença de uma função aldeído em suas formas de cadeia aberta torna as
aldosesaldoses reativas frente a para adiçãoadição nucleofílicanucleofílica dede cianetocianeto dede hidrogêniohidrogênio.
Há a produção de uma mistura de diastereoméricos de cianoidrinascianoidrinas.
Carboidratos – Formação de CianoidrinasCarboidratos – Formação de Cianoidrinas
50. DQOI - UFC Prof. Nunes
A reação é utilizada para a “extender” a cadeia de aldoses na síntese de
novos açúcares.
Neste caso, o material inicial, LL--arabinosearabinose, é um produto natural abundante e
possui as configurações corretas em seus três centros estereogênicos para
elaboração dos relativamente raros LL--enantiômerosenantiômeros da glicose e manose.
Carboidratos – Formação de CianoidrinasCarboidratos – Formação de Cianoidrinas
51. DQOI - UFC Prof. Nunes
Após a formação cianoidrina, os grupos ciano são convertidas em funções
aldeído por hidrogenação em solução aquosa.
Sob essas condições, C≡N é reduzida para –C=NH e hidrolisa rapidamente a –
CH=O.
O uso de um catalisadorcatalisador dede paládiopaládio--envenenadoenvenenado emem sulfatosulfato dede bário,bário, impedeimpede
umauma maiormaior reduçãoredução.. dos alditóis.
Carboidratos – Formação de CianoidrinasCarboidratos – Formação de Cianoidrinas
Síntese de
Kiliani-Fischer
52. DQOI - UFC Prof. Nunes
Os gruposgrupos álcooisálcoois dos carboidratos sofrem reaçõesreações químicasquímicas típicas da
funçãofunção hidroxilahidroxila.
Eles são convertidosconvertidos aa ésteresésteres pela reação com cloretoscloretos dede acilaacila e anidridosanidridos
ácidosácidos.
Carboidratos – AcilaçãoCarboidratos – Acilação
53. DQOI - UFC Prof. Nunes
ÉteresÉteres são formados sob condições de síntesesíntese dede éteréter dede WilliamsonWilliamson.
ÉteresÉteres metílicosmetílicos de carboidratos são eficientemente preparados pela
alquilaçãoalquilação com iodetoiodeto dede metilametila na presença de óxidoóxido dede prataprata.
Carboidratos – AlquilaçãoCarboidratos – Alquilação
54. DQOI - UFC Prof. Nunes
Carboidratos: Estrutura, Propriedades e Funções
Francisco Jr. W.E.; Química Nova na Escola, 29, 2008.
Carboidratos Abundantes em Síntese Orgânica
Ferreira, V,F.; Química Nova, 18(2), p. 267, 1995.
Leitura ComplementarLeitura Complementar
55. DQOI - UFC Prof. Nunes
Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
Química Orgânica I
AminoácidosAminoácidos
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com
AminoácidosAminoácidos
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com
56. DQOI - UFC Prof. Nunes
A relaçãorelação estruturaestrutura ee funçãofunção atinge sua expressão máxima na química dos
aminoaminoácidosácidos.
Os aminoaminoácidosácidos são ácidos carboxílicos que contêm uma função amina.
Uma ligação amídica entre a função ácido carboxílico de um aminoácido e o
nirogênio do grupo amino de outro é chamada de ligaçãoligação peptídicapeptídica.
Aminoácidos - IntroduçãoAminoácidos - Introdução
dois aminoácidos dipeptídeodipeptídeo
ligaçãoligação dipeptídicadipeptídica
57. DQOI - UFC Prof. Nunes
Aminoácidos - IntroduçãoAminoácidos - Introdução
dois aminoácidos dipeptídeodipeptídeo
ligaçãoligação dipeptídicadipeptídica
Um dipeptídeodipeptídeo é uma molécula que consiste em dois aminoaminoácidosácidos unidos por
uma ligaçãoligação peptídicapeptídica.
Um tripeptídeotripeptídeo tem três aminoaminoácidosácidos unidos por duas ligaçõesligações peptídicaspeptídicas e
assim por diante.
Os peptídeospeptídeos com mais de 50 aminoaminoácidosácidos unidos por duas ligaçõesligações
peptídicaspeptídicas são polipeptídeospolipeptídeos.
As proteínasproteínas são polipeptídeospolipeptídeos que têm alguma função biológica.
58. DQOI - UFC Prof. Nunes
Os aminoaminoácidosácidos são classificados como , , gg e assim por diante, e acordo
com a localizaçãolocalização do grupogrupo aminoamino na cadeia que contém a função ácidoácido
carboxílicocarboxílico.
Aminoácidos - ClassificaçãoAminoácidos - Classificação
Ácido 1Ácido 1--aminociclopropanocarboxílicoaminociclopropanocarboxílico:
um aminoácido que é precursor biológico
do etileno nas plantas.
Ácido 3Ácido 3--aminopropanóicoaminopropanóico:
conhecido como --alaninaalanina, é um -aminoácido
que forma uma das unidades estruturais da
coenzima A.
Ácido 4Ácido 4--aminobutanóicoaminobutanóico:
conhecido como ácido gg--aminobutíricoaminobutírico
(GABA)(GABA), é um g-aminoácido e está envolvido
na transmisssão de impulsos nervosos.
59. DQOI - UFC Prof. Nunes
Embora sejam conhecidos mais de 700700 aminoaminoácidosácidos naturaisnaturais diferentes,
grupo de 20, chamados de aminoácidosaminoácidos padrõespadrões, merecem especial atenção.
Esses 2020 são os aminoaminoácidosácidos codificados para a síntese de proteínas
orientada pelo DNA.
Todos são --aminoaminoácidosácidos e todos, exceto um, contêm uma função amino
primária.
Aminoácidos - ClassificaçãoAminoácidos - Classificação
Uma única exceção é a prolinaprolina, uma aminaamina secundáriasecundária na qual o nitrogênionitrogênio
amínicoamínico está incoporado em um anelanel dede cincocinco membrosmembros.
65. DQOI - UFC Prof. Nunes
Dos 20 aminoácidos mais comumente encontrados, 9 são denominados como
aminoácidosaminoácidos essenciaisessenciais, os quais devem estar presentes em nossa dieta
alimentar, uma vez que não podemos sintetizar todos eles, muito menos nas
quantidades necessárias.
Aminoácidos – Classificação e NomenclaturaAminoácidos – Classificação e Nomenclatura
O
NH2
OH
Fenilalanina (Phe)
O
NH2
CH3
CH3 OH
Isoleucina (Ile)
O
NH2
CH3
CH3
OH
Leucina (Leu)
O
NH2
NH2 OH
Lisina (Lys)
O
NH2
S
CH3 OH
Metionina (Met)
O
NH2
OH
CH3
OH
Treonina (Thr)
O
NH2NH
OH
Triptofano (Trp)
O
NH2
N
N
H
OH
Histidina (His)
O
NH2
CH3
CH3 OH
Valina (Val)
66. DQOI - UFC Prof. Nunes
A proteína da dieta é hidrolisada no corpo em aminoácidos individuais.
Alguns desses aminoácidosaminoácidos são usados para sintetizar as proteínas de que o
corpo necessita;
Outros são usados como materiaismateriais dede partidapartida parapara aa síntesesíntese de substâncias
não-protéicas necessárias ao corpo, como a adrenalina e a melanina.
Aminoácidos – Classificação e NomenclaturaAminoácidos – Classificação e Nomenclatura
não-protéicas necessárias ao corpo, como a adrenalina e a melanina.
67. DQOI - UFC Prof. Nunes
A glicinaglicina é o único aminoácido que é aquiralaquiral. O carbonocarbono alfaalfa de todos os
aminoácidos de ocorrência natural é um carbonocarbono assimétricoassimétrico.
As configurações dos aminoácidos normalmente são especificados pelo
sistemasistema notacionalnotacional D/LD/L.
Todos os aminoaminoácidosácidos quiraisquirais obtidos de proteínas têm a configuraçãoconfiguração LL em
seus átomos de carbonocarbono .
Aminoácidos – Classificação e NomenclaturaAminoácidos – Classificação e Nomenclatura
Isto significa que o grupo amino estáestá àà esquerdaesquerda quando a projeção de
Fischer está disposta de tal maneira que o grupo carboxila esteja na parte
superior.
glicina: aquiral um L-aminoácido: quiral
68. DQOI - UFC Prof. Nunes
Uma das principais reações bioquímicas dos aminoácidos é sua conversão
em peptídeospeptídeos, polipetídeospolipetídeos e proteínasproteínas.
Em todas essas substâncias, os aminoaminoácidosácidos estão conectados por ligações
amídicas.
A ligaçãoligação amídicaamídica entre o grupo amino de um aminoácido e a carboxila de
outro é chamada de ligaçãoligação peptídicapeptídica.
Aminoácidos – Formação de PeptídeosAminoácidos – Formação de Peptídeos
Um dipeptídeo representativo é a alanilalanilglicinaglicina.
aminoácido
terminal N
aminoácido
terminal C
69. DQOI - UFC Prof. Nunes
Por consenso, as estruturas peptídicas são escritas de modo que o grupo
aminoamino fique à esquerdesquerda e o grupo carboxilacarboxila fique à direita.
As extremidades esquerdaesquerda e direita do peptídeo são chamadas de terminalterminal NN
(ou(ou terminalterminal aminoamino)) e terminalterminal CC (ou(ou terminalterminal carboxila)carboxila).
Aminoácidos – Formação de PeptídeosAminoácidos – Formação de Peptídeos
A ordemordem exataexata dasdas ligaçõesligações emem umum peptídeopeptídeo (sua sequência de aminoácidos)
é especificada de forma conveniente, usando as abreviaçõesabreviações dede trêstrês letrasletras
para os respectivos aminoácidos e conectando-os com hífens.
aminoácido
terminal N
aminoácido
terminal C
70. DQOI - UFC Prof. Nunes
Escreva fórmulasfórmulas estruturaisestruturais mostrando a constituição de cada um dos
seguintes dipeptídeos.
a) Gly-Ala
b) Ala-Phe
c) Phe-Ala
d) Gly-Glu
e) Lys-Gly
f) D-Ala-D-Ala
Aminoácidos – Formação de Peptídeos - ExercíciosAminoácidos – Formação de Peptídeos - Exercícios
a) d)
b)
c)
e)
f)
71. DQOI - UFC Prof. Nunes
aminoácido
terminal N
aminoácido
terminal C
Aminoácidos – Formação de PeptídeosAminoácidos – Formação de Peptídeos
geometria planargeometria planar da ligação peptídica
Estrutura de raioEstrutura de raio--xx
Conformação antianti entre os
carbonos ligados nos carbonoscarbonos .
72. DQOI - UFC Prof. Nunes
As estruturasestruturas dede peptídeospeptídeos maioresmaiores são extensões das características
estruturais dos diptídeos.
PentapeptídeoPentapeptídeo: leucinaleucina-encefalinas. As encefalinasencefalinas são componentes
pentapeptídicos (55 ligaçõesligações peptídicaspeptídicas) das endorfinas, os poliptídeos
presentes no cérebro que agem como analgésicos do próprio corpo.
Aminoácidos – Formação de PeptídeosAminoácidos – Formação de Peptídeos
73. DQOI - UFC Prof. Nunes
Aminoácidos – Formação de PeptídeosAminoácidos – Formação de Peptídeos
74. DQOI - UFC Prof. Nunes
Um segunda substâncias, a metioninametionina-encefalinaencefalina, também está presente na
endorfina. A metioninametionina-encefalinaencefalina é cerca de 2020 vezesvezes maismais potentepotente do que a
leucenina-encefalina.
Ela difere da leucina-encefalina apenas por ter a metioninametionina em vez da leucina
como seu aminoácidoaminoácido CC--terminalterminal.
Aminoácidos – Formação de PeptídeosAminoácidos – Formação de Peptídeos
Sequência de aminoácidos da metioninametionina-encefalinaencefalina??
75. DQOI - UFC Prof. Nunes
A oxitocinaoxitocina (nonapeptídeo) é um hormônio secretado pela glândulaglândula pituitáriapituitária,
que estimula as contrações uterinas durante o nascimento e promove a
lactação.
Aminoácidos – Formação de PeptídeosAminoácidos – Formação de Peptídeos
76. DQOI - UFC Prof. Nunes
A insulinainsulina bovinabovina tem 5151 aminoácidosaminoácidos divididos entre duas cadeias:
cadeiacadeia AA:: 2121 aminoácidosaminoácidos
cadeiacadeia BB:: 3030 aminoácidosaminoácidos
As cadeias AA e BB estão conectadas por ligaçõesligações dede dissulfetodissulfeto (-SS--SS-) entre os
resíduos cisteíns (Cys-Cys).
Aminoácidos – Polipeptídeos - InsulinaAminoácidos – Polipeptídeos - Insulina
77. DQOI - UFC Prof. Nunes
D-aminoácidos em Biologia – Mais do Que se Julga
Silva, J.A.L, Silva, J.J.R.F.; Química Nova, 32(2), p. 554, 2009.
Proteínas: Hidrólise, Precipitação e um Tema para o Ensino de Química
Francisco, W., Francisco Jr., W.E.; Química Nova na Escola, 24, 2006.
Leitura ComplementarLeitura Complementar
78. DQOI - UFC Prof. Nunes
Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
Química Orgânica I
LipídeosLipídeos
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com
LipídeosLipídeos
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com
79. DQOI - UFC Prof. Nunes
Há uma dificuldade de fornecer uma definição para a classe de substâncias
chamada lipídeoslipídeos.
As definições sempre foram baseadas na solubilidade:
solúveissolúveis emem solventessolventes orgânicosorgânicos (éter, benzeno) – lipídeoslipídeos
DefiniçãoDefinição
solúveissolúveis emem solventessolventes orgânicosorgânicos (éter, benzeno) – lipídeoslipídeos
solúveis em água – não eram lipídeos.
Limitações destas definições:
monoglicerídeos de ácidos graxos de cadeias curtas são lipídeos,
mas são mais solúveis em água que em solventes orgânicos.
80. DQOI - UFC Prof. Nunes
hexoses
esfingosinas
esteróides
cerebrosídeos
mono, di, tri
glicerídeos
éster esterol
InterrelaçõesInterrelações dos Lipídeosdos Lipídeos
lipídeosfosfolipídeos compostos (comidas)
glicerol
ácidos graxos
álcoois graxos
ácidos fosforicosálcoois
aminoalcoóis
aldeídos graxos
esfingomielina
éster fosfato
plasmalogenos
ceras
éter, ester
gliceril éter
>99% dos lipídios em
plantas e animais
(gorduras e óleos)
81. DQOI - UFC Prof. Nunes
ÁcidosÁcidos GraxosGraxos SaturadosSaturados
são geralmente sólidos à temperatura ambiente
provenientes de gorduras de origem animal
ÁcidosÁcidos GraxosGraxos InsaturadosInsaturados
Ácidos GraxosÁcidos Graxos
ácido
esteárico
ÁcidosÁcidos GraxosGraxos InsaturadosInsaturados
possuem uma ou mais duplas ligações
são geralmente líquidos à temperatura ambiente
a dupla ligação é sempre do tipo "cis”
provenientes de gorduras vegetais
quando existem mais de uma dupla ligação, estas são sempre separadas por
pelo menos 3 carbonos, nunca são adjacentes nem conjugadas
ácido linoleico
82. DQOI - UFC Prof. Nunes
São ácidos carboxílicos de cadeia hidrocarbônica longa com mais de 12
carbonos.
A maioria dos ácidos graxos de ocorrência natural não são ramificados e
contêm um número par de átomos de carbono.
Ácidos GraxosÁcidos Graxos
Ácidos graxos com mais de uma ligação dupla são chamados de
POLIINSATURADOSPOLIINSATURADOS.
83. DQOI - UFC Prof. Nunes
Formação de Ácidos GraxosFormação de Ácidos Graxos
A hidrólise de gorduras gera glicerolglicerol e ácidos graxos.
O
O
O
O
O
+ 3 NaOH
O
-O
O
-O
O
-O
O
OH
OH
OH
óleo/gordura
sabão
Na+
Na+
Na+
84. DQOI - UFC Prof. Nunes
Formação de Ácidos GraxosFormação de Ácidos Graxos
A maioria dos ácidos graxos de ocorrência natural possui o mesmo número
de carbono e uma cadeia não-ramificada.
A cadeia pode ser saturada ou conter umauma ou maismais insaturaçõesinsaturações.
86. DQOI - UFC Prof. Nunes
Está relacionada ao tamanho da cadeia e ao númeronúmero dede insaturaçõesinsaturações:
A estrutura do AG pode ser indicada mediante uma notação simplificada, na qual
se escreve o número de carbonos seguido de dois pontos e depois um número
que indica quantas ligações duplas estão presentes na molécula.
Encontra-se também na literatura o símbolo Δ (delta) para denotar a presença de
ligações duplas, sendo a sua posição definida pelo número correspondente
Ácidos Graxos: NomenclaturaÁcidos Graxos: Nomenclatura
indicado como potência.
87. DQOI - UFC Prof. Nunes
Ácidos Graxos: NomenclaturaÁcidos Graxos: Nomenclatura
ácido
linoleico
ácido linolenico
9
12
15
1
18
9
12
1
18
ácido
esteárico
18:2 Δ9,12 ou 18:2(9,12)
Pertencente à família ω-6
18:0
18:3 Δ9,12 ,15 ou 18:3(9,12,15)
Pertencente à famíliaPertencente à família ωω--33
118
LimitaçãoLimitação: não especifica a
estereoquímica da dupla ligação.
88. DQOI - UFC Prof. Nunes
Ultimamente, principalmente nas áreas de NutriçãoNutrição ee BioquímicaBioquímica, verifica-se
a tendência em agrupar os ácidos graxos insaturados em famílias
conhecidas como w (ômega).
Exemplos de famílias: w-3, w-6, w-9.
Ácidos Graxos: NomenclaturaÁcidos Graxos: Nomenclatura
Exemplos de famílias: w-3, w-6, w-9.
89. DQOI - UFC Prof. Nunes
Ácidos Graxos: Origem NaturalÁcidos Graxos: Origem Natural
essenciais da dieta humana nomenclatura
16:1 D9
18:1 D9
18:2 D9,12
18:3 D9,12,15
20:4 D5,8,11,14
w-9
w-6
w-3
w-6
91. DQOI - UFC Prof. Nunes
Leitura ComplementarLeitura Complementar
92. DQOI - UFC Prof. Nunes
Gorduras e óleos são triacilgliceróis de ocorrência natural, também chamados
de triglicerídeos.
GordurasGorduras sãosão sólidassólidas à temperatura ambiente.
ÓleosÓleos sãosão líquidoslíquidos à temperatura ambiente.
Óleos e GordurasÓleos e Gorduras
93. DQOI - UFC Prof. Nunes
São construídas a partir de uma unidade básica: glicerol.
Estrutura das GordurasEstrutura das Gorduras
OH
OH HO
O
n
O
+
O
O
O
O
HO
O
n
n
n
OH
HO n
O
O
n
glicerol ácidos graxos
triglicerídeos
grupos acilas contendo 1414--2020 carbonoscarbonos (n = 10-18) são os mais abudantes
3 grupos acilas iguais
3 grupos acilas diferentes
1 grupo acila diferente dos outros dois
94. DQOI - UFC Prof. Nunes
Exemplos das GordurasExemplos das Gorduras
A cadeia pode ser saturada ou conter uma ou mais insaturações.
Poucos ácidos graxos com duplasduplas transtrans ocorrem naturalmente. GeralmenteGeralmente sãosão
produzidasproduzidas no processamentoprocessamento de óleos e gorduras naturais.
CO2H CO2H CO2H
Ácido
Ácido oleicoÁcido esteárico
Àcido eladico
Cis Trans
H2/Nicalor
H2/Ni
95. DQOI - UFC Prof. Nunes
Exemplos das GordurasExemplos das Gorduras
TriglicerídeosTriglicerídeos naturais presentes na manteiga de cacau.
p.f. = 43 oC p.f. = 72 oC
96. DQOI - UFC Prof. Nunes
Gorduras em Alguns ProdutosGorduras em Alguns Produtos
Produto % Gordura
manteiga 80
amendoim 49
queijo 34
coco 34
presunto 31
hambúrguer 30
girassol 28
soja 17
frango 7
aveia 4,4
arroz 1,4
aspargo 0,25
97. DQOI - UFC Prof. Nunes
FosfolipídeosFosfolipídeos
Os triacilgliceróistriacilgliceróis surgem, não por uma auto-acilação do glicerol, mas por uma
sequência de etapas, que formará um produto final chamdao ácidoácido fosfatídicofosfatídico.
98. DQOI - UFC Prof. Nunes
FosfolipídeosFosfolipídeos
A hidrólise do esterfosfato do ácidoácido fosfatídicofosfatídico gera uma diacilglicerol, o qual
reage com um terceiro grupo acila (coenzima A) para produzir um triacilglicerol.
99. DQOI - UFC Prof. Nunes
FosfolipídeosFosfolipídeos
Os ácidosácidos fosfatídfosfatídicoscos não somente são intermediáros em biossínteses de
triacilgleceróis mas também sãosão precursoresprecursores biossintéticosbiossintéticos de outros membros de
compostos chamados fosfoglicídeos ou glicerol fosfatídeos.
Derivados de lipídeos contendo fósforo são conhecidos como fosfolipídeosfosfolipídeos, e
fosfoglicerídeosfosfoglicerídeos são um tipo dede fosfolipídeofosfolipídeo.
Um importante fosfolipídeo é a fosfatidilcolinafosfatidilcolina, também chamada de “Lecithin” ,
uma mistura de diésteres de ácido fosfórico.
100. DQOI - UFC Prof. Nunes
FosfolipídeosFosfolipídeos
cabeça polar
cauda apolar
Uma funçãofunção ésteréster é derivada de um glicerolglicerol.
A outra função é uma unidade colina [-OCH2CH2N(CH3)3]
Sob certas condições, tal como na interface de duas fases aquosas, o
fosfatidilcolinafosfatidilcolina forma o que é chamada de cadeiacadeia bilipídicabilipídica.
+
101. DQOI - UFC Prof. Nunes
FosfolipídeosFosfolipídeos
cabeça polarcabeça polar
cauda apolarcauda apolar
Sob certas condições, tal como na interface de duas fases aquosas, o
fosfatidilcolina forma o que é chamada de cadeia bilipídica.
difusão de compostos apolares
materiais polares como K+, Na+ e Ca2+ nãonão podempodem
+
102. DQOI - UFC Prof. Nunes
CerasCeras
As cerasceras são sólidos repelente à água que fazem parte do revestimentorevestimento dede
proteçãoproteção de uma série de seres vivos, incluindo as folhas das plantas, a pele
de animais, e as penas das aves.
ElasElas geralmente são misturasmisturas dede ésteresésteres em que tanto o grupogrupo alquilaalquila ee
acilaacila nãonão sãosão ramificadosramificados e contêmcontêm umauma dúziadúzia ouou maismais átomosátomos dede carbonocarbono.
São ésteresésteres dede cadeiacadeia longalonga, podendo ser saturada ou insaturada, com
número de carbonos que vai de 1414--3636 carbonoscarbonos.
Possuem pontoponto dede fusãofusão entre 6060--100100 ooCC.
UtilizaçãoUtilização nana indústriaindústria dede cosméticoscosméticos.
103. DQOI - UFC Prof. Nunes
CerasCeras
A ceracera dede abelhaabelha, por exemplo, contém o ésteréster hexadecanoatohexadecanoato triacontilotriacontilo como
um componente de uma mistura complexa de hidrocarbonetos, álcoois e
ésteres.
104. DQOI - UFC Prof. Nunes
ProstaglandinasProstaglandinas
PesquisasPesquisas emem fisiologiafisiologia realizadasrealizadas nana décadadécada dede 19301930:
Estabeleceu que a fraçãofração lipídicalipídica dodo sêmensêmen contém pequenas quantidades de
substâncias que exercem poderosos efeitos sobre o músculo liso.
Próstata de ovinos provou ser uma fonte adequada deste material e rendeu Próstata de ovinos provou ser uma fonte adequada deste material e rendeu
uma mistura de substâncias estruturalmente relacionadas referidas
coletivamente como prostaglandinasprostaglandinas.
Hoje, sabemos que as prostaglandinasprostaglandinas estão presentes em quase todos os
tecidos do animal, onde realizam uma variedade de funções de regulação.
105. DQOI - UFC Prof. Nunes
ProstaglandinasProstaglandinas
Estruturalmente, as prostaglandinasprostaglandinas:
são ácidosácidos carboxílicoscarboxílicos comcom 2020 carbonoscarbonos e contêm um ciclopentanociclopentano.
têm umum grupogrupo hidroxilahidroxila nos carbonos CC1111 e CC1515.
106. DQOI - UFC Prof. Nunes
ProstaglandinasProstaglandinas
As prostaglandinasprostaglandinas são substâncias extremamenteextremamente potentespotentes e exercem seus
efeitosefeitos fisiológicosfisiológicos emem concentraçõesconcentrações muitomuito pequenaspequenas.
Devido a isso, o seu isolamentoisolamento eraera difícildifícil, e não foi isolado até 1960, quando os
primeiros membros desta classe, designada PGE1 e PGF1, foram obtidos como
compostos puros.compostos puros.
107. DQOI - UFC Prof. Nunes
ProstaglandinasProstaglandinas
RespostasRespostas fisiológicasfisiológicas dede prostaglandinasprostaglandinas abrangem uma variedadevariedade dede efeitosefeitos:
relaxam o músculo dos brônquios, outros contratam.
estimulam contrações uterinas e têm sido utilizadas para induzir o aborto
terapêutico.
PGE1 dilata os vasos sanguíneos e reduz a pressão arterial, que inibe a
agregação das plaquetas e oferece a promessa de um medicamento para
reduzir a formação de coágulos sanguíneos.
108. DQOI - UFC Prof. Nunes
Essencial?Essencial?
Em substâncias orgânicas de ocorrência natural...
Essencial
necessário essência
ácido linoleico não é
biossintetizado pelos animais
ácido linoleico deve ser
Incluído em nossa dieta alimentar
óleos essenciais
mistura de substâncias
que contêm o odor das plantas,
contêm a essência do odor.
109. DQOI - UFC Prof. Nunes
TerpenosTerpenos
O estudo da composição dos óleosóleos essenciaisessenciais se classifica como uma das
mais antigas áreas de investigação química orgânica.
Muito freqüentemente, o principalprincipal componentecomponente volátilvolátil de um óleoóleo essencialessencial
pertence a uma classe de substâncias químicas chamadas de terpenosterpenos.
O ácidoácido araquidônicoaraquidônico recebe o nome de ácido araquídico, é um ácidoácido graxograxo
saturadosaturado (C(C2020 )) isolado do óleoóleo dede amendoimamendoim (Arachis hypogaea).
110. DQOI - UFC Prof. Nunes
TerpenosTerpenos
A característica estrutural que distingue terpenos de outros produtos naturais
é a unidadeunidade isoprenoisopreno.
O esqueleto de carbono de mircenomirceno corresponde à união cabeçacabeça--caudacauda de
duas unidades de isoprenoisopreno.
111. DQOI - UFC Prof. Nunes
TerpenosTerpenos
Os terpenosterpenos são frequentemente referidos como compostoscompostos isoprenóidesisoprenóides, e são
classificadosclassificados de acordo com o númeronúmero dede carbonoscarbonos queque contêmcontêm.
Exemplos de sesquiterpenossesquiterpenos
114. DQOI - UFC Prof. Nunes
Esteróides: ColesterolEsteróides: Colesterol
O colesterolcolesterol é um composto central em qualquer discussão sobre esteróides.
Seu nome é uma combinação das palavras gregas para "bilebile" (chole) e
"sólidosólido" (stereos) sucedidas pelo sufixosufixo olol.
É o esteróideesteróide presente maismais abundanteabundante emem seresseres humanoshumanos e também
oo maismais importanteimportante, pois todostodos osos outrosoutros esteróidesesteróides sãosão formadosformados aa partirpartir deledele.oo maismais importanteimportante, pois todostodos osos outrosoutros esteróidesesteróides sãosão formadosformados aa partirpartir deledele.
115. DQOI - UFC Prof. Nunes
Esteróides: ColesterolEsteróides: Colesterol
Um adulto médio tem mais de 200200 gg dede colesterolcolesterol, que é encontradoencontrado emem quasequase
todostodos osos tecidostecidos dodo corpocorpo, com quantidades relativamente grandesgrandes presentespresentes
nono cérebrocérebro e na medulamedula espinhalespinhal e em cálculoscálculos biliaresbiliares.
O colesterolcolesterol é o principalprincipal componentecomponente dada placaplaca que se acumula nas paredes
das artérias em ateroscleroseaterosclerose.
116. DQOI - UFC Prof. Nunes
Colesterol: EstruturaColesterol: Estrutura
Século XVIII - Isolamento
1932 - Determinação estrutural
1955 - Determinação da estereoquímica
sistema tetracíclico
117. DQOI - UFC Prof. Nunes
Colesterol Bom ou Ruim?Colesterol Bom ou Ruim?
O colesterol é biossintetizadobiossintetizado nono fígadofígado e transportadotransportado emem todotodo oo corpocorpo para
ser usado em uma variedade maneiras, e voltavolta parapara oo fígadofígado, onde é precursorprecursor
biossintéticobiossintético parapara outrosoutros esteróidesesteróides.
Mas o colesterolcolesterol é um lipídeolipídeo e nãonão éé solúvelsolúvel emem águaágua. ComoComo eleele podepode sese
movermover atravésatravés dodo sangue,sangue, sese nãonão sese dissolvedissolve nele?nele?
A resposta é que não se dissolve, mas em vez disso é realizado através do
sangue e tecidos como parte de uma lipoproteínalipoproteína
(lipídeos+proteína=lipoproteína).
118. DQOI - UFC Prof. Nunes
LipoproteínaLipoproteína
Nomenclatura Descrição
apolipoproteina Uma proteína que se liga aos lipídeos
éster colesterila Colesterol + ácido graxo
triglicerídeo Glicerol + 3 ácidos (gordura)
fosfolipídeo Glicerol + 2 ácidos graxos + fosftocolina
120. DQOI - UFC Prof. Nunes
Colesterol Bom ou Ruim?Colesterol Bom ou Ruim?
As proteínasproteínas queque transportamtransportam oo colesterolcolesterol dodo fígadofígado são chamados de
lipoproteínaslipoproteínas dede baixabaixa densidadedensidade, ou LDLLDL.
As proteínasproteínas queque retornamretornam aoao fígadofígado são as lipoproteínaslipoproteínas dede altaalta densidadedensidade,
ou HDLHDL.
HDLLDL
Se muito colesterol está sendo transportado pela LDLLDL, ou muito pouco está
sendo transportado pelo HDL, oo colesterolcolesterol extraextra sese acumulaacumula nasnas paredesparedes dasdas
artériasartérias causandocausando arterosclerosearterosclerose.
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Colesterol Bom ou Ruim?Colesterol Bom ou Ruim?
Um nível elevado de colesterol LDLLDL é um fator de risco para doença cardíaca.
ColesterolColesterol LDLLDL éé colesterolcolesterol "Mau“"Mau“..
O HDLHDL, por outro lado, remove excesso de colesterol e dá proteção.
HDLHDL éé colesterolcolesterol "bom“"bom“.. HDLHDL éé colesterolcolesterol "bom“"bom“..
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Colesterol Bom ou Ruim?Colesterol Bom ou Ruim?
A distribuição entre colesterol LDLLDL e HDHDL dependedepende principalmente de fatoresfatores
genéticosgenéticos, mas pode ser alteradas.
O exercícioexercício regularregular aumentaaumenta o HDLHDL e reduzreduz LDLLDL, assim como a limitaçãolimitação dada
quantidadequantidade dede gordurasgorduras saturadassaturadas gorduragordura nana dietadieta.
Muito progresso tem sido feito em desenvolvimento de novasnovas drogasdrogas parapara Muito progresso tem sido feito em desenvolvimento de novasnovas drogasdrogas parapara
abaixarabaixar oo colesterolcolesterol. A classe das estatinas, iniciando com a lovastatinalovastatina, em
1988, seguido de simvastatinasimvastatina em 19911991, provaram ser eficazes.
123. DQOI - UFC Prof. Nunes
Esteróides: OutrosEsteróides: Outros