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Ema Francisco Marciano
GLÍCIDOS/CARBOIDRATOS - Estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e
cetoses); - Estrutura cíclica e classificação das oses -Três principais classes de
carboidratos Funções Biológicas dos carboidratos -Polissacarídeos estruturais
(Celulose, Quitina); -Polissacarídeos de reserva (Glicogénio e Amido);
(Licenciatura em Biologia)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Ema Francisco Marciano
GLÍCIDOS/CARBOIDRATOS - Estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses); -
Estrutura cíclica e classificação das oses -Três principais classes de carboidratos Funções
Biológicas dos carboidratos -Polissacarídeos estruturais (Celulose, Quitina); -Polissacarídeos
de reserva (Glicogénio e Amido);
(Licenciatura em Biologia)
Trabalho da cadeira de Bioquímica para
fins avaliativos a ser entregue no
departamento de ciências socias e
filosóficas lecionado pelo dr. Balduíno
Milton Mastade Aleixo.
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Índice
1. Introdução ..............................................................................................................................4
Objectivo Geral ......................................................................................................................4
Objectivos Específicos .......................................................................................................4
2. Carboidratos...........................................................................................................................5
2.1. Estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses); .............................................5
2.2. Estrutura cíclica e classificação das oses ........................................................................7
2.3. Três principais classes de carboidratos ...........................................................................9
3. Polissacarídeos estruturais (celulose, quitina)....................................................................9
4. Polissacarídeos de reserva (Glicogénio e Amido); ..........................................................10
Conclusão.................................................................................................................................13
Referencias Bibliograficas.......................................................................................................14
4
1. Introdução
Os carboidratos, também conhecidos como açúcares, são moléculas biológicas essenciais que
desempenham um papel crucial em muitos processos biológicos. Eles são uma das três
principais classes de macronutrientes, juntamente com proteínas e lipídios, e são a principal
fonte de energia para o corpo humano.
Os carboidratos são classificados em três tipos principais: monossacarídeos, dissacarídeos e
polissacarídeos. Os monossacarídeos são a forma mais simples de carboidratos e incluem
glicose, frutose e galactose. Os dissacarídeos são formados pela ligação de dois
monossacarídeos, como a sacarose (glicose + frutose) e a lactose (glicose + galactose). Os
polissacarídeos são cadeias longas de monossacarídeos ligados, como o amido e a celulose.
Objectivo Geral
 Estudar os carboidratos
 Conhecer os principais tipos de carboidratos
Objectivos Específicos
 Definir a estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses); estrutura cíclica e
classificação das oses
 Descrever os polissacarídeos estruturais (Celulose, Quitina); e polissacarídeos de
reserva (Glicogénio e Amido);
5
2. Carboidratos
Para Yanna Dias Costa (2008, p.40) os carboidratos, conhecidos também pelos nomes
glicídios, glucídios, hidratos de carbono ou açúcares são moléculas de carbono com água
(hidrogênio e oxigênio), essenciais para as reações bioquímicas do nosso corpo.
Funções Biologicas dos carboidratos
Os carboidratos ou glicídios são as biomoléculas mais abundantes na natureza. São encontrados
principalmente nos vegetais, sendo considerados o principal produto da fotossíntese.
A celulose, carboidrato mais abundante na natureza, é um componente da parede celular e
possui como função principal auxiliar na estrutura celular vegetal.
O amido é considerado a principal reserva energética dos vegetais e encontrado principalmente
nos tubérculos (batatas, mandioca, cará), nas raízes, caule e folhas.
A glicose aparece na forma livre em muitas frutas e é o metabolito habitual de conversão nos
organismos animais, ou seja, todos os glicídios ingeridos e absorvidos pelo intestino precisam
ser convertidos em glicose para participarem dos processos metabólicos celulares.
O glicogênio, armazenado no fígado e nos músculos dos animais, é a principal reserva
energética de animais e fungos. Nos seres humanos, quando o corpo necessita de energia o
glicogênio é transformado em moléculas de glicose.
Por fim, a quitina está presente na parede celular dos fungos e constitui também o exoesqueleto
dos artrópodes.
2.1. Estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses);
Os monossacarídeos são os compostos mais simples de carboidrato, possuindo entre três e
sete carbonos. São monômeros, ou seja, não podem ser hidrolisados. Geralmente possuem
gosto adocicado e são sempre solúveis em água. Os mais conhecidos popularmente são as
pentoses e hexoses.
E podemos classificá-los por famílias, separadas pelos seus respectivos grupos funcionais:
 Aldoses
Quando a cadeia é aberta, temos uma parte que chamamos de esqueleto, que é o pedaço onde
encontramos os carbonos com ligações simples a hidrogênio, a um grupo OH e aos carbonos
6
vizinhos (parte central da figura); temos em uma das extremidades o último carbono ligado a
um carbono da cadeia esqueleto, mais duas ligações a dois átomos de hidrogênio e uma ligação
a um grupo OH (parte inferior da figura); na outra extremidade o último carbono é um grupo
carbonila, fazendo uma dupla ligação com um oxigênio (parte superior da figura). Esse último
carbono com dupla O é o que da à cadeia a função aldeído, classificando estes monossacarídeos
como aldoses.
Exemplo: D-Ribose
 Cetoses
Quando o grupo C=O (carbonila) está em qualquer outra posição, entre os carbonos do
esqueleto e não na extremidade, temos um carbonila do grupo cetona.
Exemplo: D-Ribulose
7
 Isomeria óptica
Quase todos os monossacarídeos possuem um carbono chamado de quiral, ou assimétrico, que
é quando um átomo de carbono se liga a quatro ligantes diferentes (C*). Isso garante que uma
molécula possua isômeros ópticos: uma estrutura dextrógira (D) e uma levogira (L). Por
exemplo, o D-Gliceraldeído e o L-Gliceraldeído são o espelho um do outro, podem girar luz
polarizada para a direita (D) ou para esquerda (L). Nem todos os açúcares ocorrem
naturalmente na forma L, mas temos exceção, como L-Arabinose.
2.2. Estrutura cíclica e classificação das oses
 Estrutura cíclica
Apesar de apresentarmos as moléculas com cadeia aberta, a maior parte dos monossacarídeos
em solução aquosa apresenta-se com cadeia cíclica (em forma de anel). Acontece uma reação
8
entre o grupo carbonila e um grupo OH da própria molécula, formando compostos de
homoacetais, quando tem a função aldeído e homocetais, quando tem a função cetona.
Como na estrutura de anel estes monossacarídeos se apresentam parecidos com os grupos
orgânicos furano (C4H4O) e pirano (C5H6O), respectivamente, acabam sendo denominados
de furanoses e piranoses. Estas aparecem em organismos vivos e são mais estáveis em solução.
Por exemplo, a glucose do tipo piranose é chamada de glucopiranose.
 Classificação das oses
Os glicídios possuem várias denominações, tais como: glucídios, glúcides, hidratos de carbono
e carboidratos.
Esses compostos sintetizados pelos organismos vivos, que fazem parte da função mista poliol
e aldeído ou poliol e cetona, podem ser classificados segundo o critério de ocorrer hidrólise ou
não.
De forma ampla, os dois principais grupos de glicídios são: oses e osídios. Vejamos quais
compostos pertencem a cada um desses grupos:
Oses: são aqueles glicídios que não sofrem hidrólise.
Entre as oses, temos as aldoses, que são aquelas que contêm em sua estrutura, além do grupo
poliálcool, o grupo funcional dos aldeídos. Já as oses que possuem no lugar do aldeído, o grupo
cetona, são denominadas cetoses.
As oses também são chamadas de monossacarídeos, pois possuem apenas uma estrutura
poliálcool-aldeído ou poliálcool-cetona.
Se a molécula de ose possuir três carbonos, é chamada de triose; já se possuir quatro, denomina-
se tetrose; e assim sucessivamente: pentose, hexose e heptose. Nos seres humanos existem
somente as pentoses e as hexoses.
9
Alguns compostos que pertencem ao grupo das oses são: frutose, glicose, manose e galactose,
sendo que todos possuem a mesma fórmula molecular: C6H12O6.
2.3. Três principais classes de carboidratos
Monossacarídeos: são carboidratos simples, formados por uma única unidade de açúcar, como
a glicose e a frutose. Possuem grupos aldeído ou cetona na cadeia.
Oligossacarídeos: são carboidratos formados por poucas unidades de açúcares, como a
sacarose e a lactose. São unidos por ligações O-glicosídicas.
Polissacarídeos: são carboidratos complexos, formados por muitas unidades de açúcares,
como o amido e a celulose. São insolúveis em água e têm funções de reserva ou estrutural.
3. Polissacarídeos estruturais (celulose, quitina)
Polissacarídeos são grandes polímeros naturais formados por cadeias de monossacarídeos
ligados entre si por ligações glicosídicas, que são ligações covalentes resultantes da
condensação de dois monossacarídeos.
Insolúveis em água, os polissacarídeos são carboidratos, também conhecidos como glicanos.
Através da hidrólise da biomolécula, um grande número de açúcares menores é liberado.
Exemplos de polissacarídeos
Ácido hialurônico: preenche as lacunas entre as células de todos os animais.
Amido: reservatório de energia em plantas, encontrado em diversos alimentos.
Celulose: componente da parede celular de plantas e outros organismos.
Glicogênio: reservatório de energia em animais e outros organismos, como fungos e bactérias.
Heparina: componente de órgãos, como pulmões, pele e órgãos de defesa do organismo.
Pectina: fibra solúvel que compõe frutas e vegetais.
Quitina: componente da parede celular de fungos e da carapaça de insetos.
Tunicina: secreção responsável por proteger o corpo de alguns animais pela formação de uma
túnica.
10
A quitina é um polissacarídeo que é o principal componente do exoesqueleto de artrópodes,
como insetos e crustáceos, e da parede celular de fungos.
A celulose é um polissacarídeo que compõe a parede celular das plantas. É o polímero orgânico
mais abundante na Terra
A quitina e a celulose são ambos polissacarídeos, mas diferem na estrutura química e nas
propriedades.
A quitina é um polissacarídeo constituído por um polímero de cadeia longa de N-
acetilglicosamina
Ela ocorre naturalmente em diversos organismos, sendo o principal componente da parede
celular dos fungos e do exoesqueleto dos artrópodes1.
A celulose é um polímero de cadeia linear formado por monômeros de glicose ligados por
ligações glicosídicas. Ela é encontrada na parede celular de plantas e algumas bactérias e
fornece estrutura e resistência. A celulose estabelece ligações de hidrogênio entre os grupos
hidroxila presentes nas suas cadeias, formando feixes de fibras impermeáveis à água e
insolúveis.
Ambos são polímeros de açúcares, mas diferem na estrutura química e nas propriedades. A
quitina é feita de unidades de N-acetilglicosamina, enquanto a celulose é feita de unidades de
glicose.
4. Polissacarídeos de reserva (Glicogénio e Amido);
Os polissacarídeos de reserva, como o glicogênio e o amido, são moléculas importantes para a
sobrevivência dos seres vivos. Eles têm a função de armazenar energia que pode ser liberada
quando necessário1.
O glicogênio é o polissacarídeo de reserva energética nos animais e fungos2. É armazenado
principalmente no fígado e nos músculos3. Quando a energia é necessária, o glicogênio é
quebrado em moléculas de glicose, que são usadas para produzir energia1.
O amido é o polissacarídeo de reserva nas plantas2. É encontrado em diversos alimentos e,
quando consumido, é quebrado em moléculas de glicose para fornecer energia4.
Ambos, amido e glicogênio, são homopolissacarídeos, o que significa que eles têm o mesmo
tipo de açúcar (glicose) em toda
11
Amido em plantas
O amido é um carboidrato complexo produzido pelas plantas para armazenar energia. Eles
produzem energia por meio da fotossíntese, que produz muita glicose. As plantas usam a
glicose para fazer o trabalho celular, mas também retiram o excesso de glicose que não é usado
imediatamente e geram amido.
O amido tem uma estrutura bastante rígida e pode realmente ser moldado em uma variedade
de formas. Uma aplicação pode ser feita na lavanderia local ou em casa. O amido de lavanderia
é feito de material vegetal e pode ser aplicado a tecidos para "endurecê-los" e ficar com uma
aparência nítida e sem rugas. Isso era popular no início do século passado, mas você ainda vê
camisas engomadas de vez em quando.
Em climas temperados, as plantas usam o amido armazenado para sobreviver quando a luz
solar não está disponível para a fotossíntese. É como um esquilo que encontra algumas nozes
e pode comê-las para um estímulo imediato ou armazená-las em algum lugar para usar como
alimento durante o inverno.
No verão, quando a luz solar é abundante, as plantas enviam o excesso de glicose das folhas
através dos caules até as raízes. A glicose é ligada por meio da síntese de desidratação e
convertida em amido nas raízes. As plantas então quebram lentamente o amido, um pouco de
cada vez, liberando glicose suficiente para que as células possam sobreviver durante o inverno.
Amido em Animais
Os animais comem amido como fonte primária de energia. Os carboidratos fornecem a maior
parte da fonte de energia de um animal para fazer o trabalho celular. Lembra da batata que foi
mencionada na introdução? As batatas são muito ricas em amido e uma grande fonte de
carboidratos complexos na dieta animal.
O amido é decomposto por meio de um processo chamado hidrólise em glicose para uso nas
células. A hidrólise é a reação oposta à desidratação e usa água (e enzimas) para quebrar o
amido, liberando assim as moléculas individuais de glicose. Os animais não armazenam
amido. Eles usam o máximo de glicose que podem do amido que comem, mas então convertem
o restante em glicogênio ou gordura.
Glicogênio
12
O glicogênio é um carboidrato complexo encontrado apenas em animais. Ele tem a mesma
função que o amido nas plantas - é armazenado para uso posterior. O excesso de amido é
convertido em glicogênio no fígado e nos músculos. Estruturalmente, o glicogênio é
semelhante ao amido, mas é mais ramificado e pode conter centenas de milhares de moléculas
de glicose, todas ligadas entre si por meio da síntese de desidratação.
Se um animal excede sua necessidade de glicogênio, qualquer glicose remanescente no corpo
é então convertida em gordura para energia de longo prazo. O glicogênio é freqüentemente
liberado e convertido de volta em glicose durante o exercício para fornecer energia adicional
às células.
13
Conclusão
Em conclusão, os carboidratos são mais do que apenas uma fonte de energia; eles são moléculas
complexas com funções variadas que são vitais para a vida como a conhecemos. A pesquisa
contínua nesta área é essencial para expandir nosso entendimento sobre essas moléculas
fascinantes e seu papel em nossa saúde e bem-estar.
14
Referencias Bibliograficas
Alberts, B; et al. Fundamentos da Biologia Celular. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 52,53
p.
Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto Alegre: Artmed,
2011. 235-241 p.
https://www.todamateria.com.br/polissacarideos/ acessado no dia 07/010/2023
Classificação dos Glicídios. Classificação Ampla dos Glicídios (uol.com.br) acessado no dia
06/010/2023
Diferença entre Aldose e Cetose (diferenciario.com) acessado no dia 09/010/2023

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  • 1. Ema Francisco Marciano GLÍCIDOS/CARBOIDRATOS - Estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses); - Estrutura cíclica e classificação das oses -Três principais classes de carboidratos Funções Biológicas dos carboidratos -Polissacarídeos estruturais (Celulose, Quitina); -Polissacarídeos de reserva (Glicogénio e Amido); (Licenciatura em Biologia) Universidade Rovuma Extensão de Niassa 2023
  • 2. Ema Francisco Marciano GLÍCIDOS/CARBOIDRATOS - Estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses); - Estrutura cíclica e classificação das oses -Três principais classes de carboidratos Funções Biológicas dos carboidratos -Polissacarídeos estruturais (Celulose, Quitina); -Polissacarídeos de reserva (Glicogénio e Amido); (Licenciatura em Biologia) Trabalho da cadeira de Bioquímica para fins avaliativos a ser entregue no departamento de ciências socias e filosóficas lecionado pelo dr. Balduíno Milton Mastade Aleixo. Universidade Rovuma Extensão de Niassa 2023
  • 3. Índice 1. Introdução ..............................................................................................................................4 Objectivo Geral ......................................................................................................................4 Objectivos Específicos .......................................................................................................4 2. Carboidratos...........................................................................................................................5 2.1. Estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses); .............................................5 2.2. Estrutura cíclica e classificação das oses ........................................................................7 2.3. Três principais classes de carboidratos ...........................................................................9 3. Polissacarídeos estruturais (celulose, quitina)....................................................................9 4. Polissacarídeos de reserva (Glicogénio e Amido); ..........................................................10 Conclusão.................................................................................................................................13 Referencias Bibliograficas.......................................................................................................14
  • 4. 4 1. Introdução Os carboidratos, também conhecidos como açúcares, são moléculas biológicas essenciais que desempenham um papel crucial em muitos processos biológicos. Eles são uma das três principais classes de macronutrientes, juntamente com proteínas e lipídios, e são a principal fonte de energia para o corpo humano. Os carboidratos são classificados em três tipos principais: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Os monossacarídeos são a forma mais simples de carboidratos e incluem glicose, frutose e galactose. Os dissacarídeos são formados pela ligação de dois monossacarídeos, como a sacarose (glicose + frutose) e a lactose (glicose + galactose). Os polissacarídeos são cadeias longas de monossacarídeos ligados, como o amido e a celulose. Objectivo Geral  Estudar os carboidratos  Conhecer os principais tipos de carboidratos Objectivos Específicos  Definir a estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses); estrutura cíclica e classificação das oses  Descrever os polissacarídeos estruturais (Celulose, Quitina); e polissacarídeos de reserva (Glicogénio e Amido);
  • 5. 5 2. Carboidratos Para Yanna Dias Costa (2008, p.40) os carboidratos, conhecidos também pelos nomes glicídios, glucídios, hidratos de carbono ou açúcares são moléculas de carbono com água (hidrogênio e oxigênio), essenciais para as reações bioquímicas do nosso corpo. Funções Biologicas dos carboidratos Os carboidratos ou glicídios são as biomoléculas mais abundantes na natureza. São encontrados principalmente nos vegetais, sendo considerados o principal produto da fotossíntese. A celulose, carboidrato mais abundante na natureza, é um componente da parede celular e possui como função principal auxiliar na estrutura celular vegetal. O amido é considerado a principal reserva energética dos vegetais e encontrado principalmente nos tubérculos (batatas, mandioca, cará), nas raízes, caule e folhas. A glicose aparece na forma livre em muitas frutas e é o metabolito habitual de conversão nos organismos animais, ou seja, todos os glicídios ingeridos e absorvidos pelo intestino precisam ser convertidos em glicose para participarem dos processos metabólicos celulares. O glicogênio, armazenado no fígado e nos músculos dos animais, é a principal reserva energética de animais e fungos. Nos seres humanos, quando o corpo necessita de energia o glicogênio é transformado em moléculas de glicose. Por fim, a quitina está presente na parede celular dos fungos e constitui também o exoesqueleto dos artrópodes. 2.1. Estrutura e isomeria dos carboidratos (aldoses e cetoses); Os monossacarídeos são os compostos mais simples de carboidrato, possuindo entre três e sete carbonos. São monômeros, ou seja, não podem ser hidrolisados. Geralmente possuem gosto adocicado e são sempre solúveis em água. Os mais conhecidos popularmente são as pentoses e hexoses. E podemos classificá-los por famílias, separadas pelos seus respectivos grupos funcionais:  Aldoses Quando a cadeia é aberta, temos uma parte que chamamos de esqueleto, que é o pedaço onde encontramos os carbonos com ligações simples a hidrogênio, a um grupo OH e aos carbonos
  • 6. 6 vizinhos (parte central da figura); temos em uma das extremidades o último carbono ligado a um carbono da cadeia esqueleto, mais duas ligações a dois átomos de hidrogênio e uma ligação a um grupo OH (parte inferior da figura); na outra extremidade o último carbono é um grupo carbonila, fazendo uma dupla ligação com um oxigênio (parte superior da figura). Esse último carbono com dupla O é o que da à cadeia a função aldeído, classificando estes monossacarídeos como aldoses. Exemplo: D-Ribose  Cetoses Quando o grupo C=O (carbonila) está em qualquer outra posição, entre os carbonos do esqueleto e não na extremidade, temos um carbonila do grupo cetona. Exemplo: D-Ribulose
  • 7. 7  Isomeria óptica Quase todos os monossacarídeos possuem um carbono chamado de quiral, ou assimétrico, que é quando um átomo de carbono se liga a quatro ligantes diferentes (C*). Isso garante que uma molécula possua isômeros ópticos: uma estrutura dextrógira (D) e uma levogira (L). Por exemplo, o D-Gliceraldeído e o L-Gliceraldeído são o espelho um do outro, podem girar luz polarizada para a direita (D) ou para esquerda (L). Nem todos os açúcares ocorrem naturalmente na forma L, mas temos exceção, como L-Arabinose. 2.2. Estrutura cíclica e classificação das oses  Estrutura cíclica Apesar de apresentarmos as moléculas com cadeia aberta, a maior parte dos monossacarídeos em solução aquosa apresenta-se com cadeia cíclica (em forma de anel). Acontece uma reação
  • 8. 8 entre o grupo carbonila e um grupo OH da própria molécula, formando compostos de homoacetais, quando tem a função aldeído e homocetais, quando tem a função cetona. Como na estrutura de anel estes monossacarídeos se apresentam parecidos com os grupos orgânicos furano (C4H4O) e pirano (C5H6O), respectivamente, acabam sendo denominados de furanoses e piranoses. Estas aparecem em organismos vivos e são mais estáveis em solução. Por exemplo, a glucose do tipo piranose é chamada de glucopiranose.  Classificação das oses Os glicídios possuem várias denominações, tais como: glucídios, glúcides, hidratos de carbono e carboidratos. Esses compostos sintetizados pelos organismos vivos, que fazem parte da função mista poliol e aldeído ou poliol e cetona, podem ser classificados segundo o critério de ocorrer hidrólise ou não. De forma ampla, os dois principais grupos de glicídios são: oses e osídios. Vejamos quais compostos pertencem a cada um desses grupos: Oses: são aqueles glicídios que não sofrem hidrólise. Entre as oses, temos as aldoses, que são aquelas que contêm em sua estrutura, além do grupo poliálcool, o grupo funcional dos aldeídos. Já as oses que possuem no lugar do aldeído, o grupo cetona, são denominadas cetoses. As oses também são chamadas de monossacarídeos, pois possuem apenas uma estrutura poliálcool-aldeído ou poliálcool-cetona. Se a molécula de ose possuir três carbonos, é chamada de triose; já se possuir quatro, denomina- se tetrose; e assim sucessivamente: pentose, hexose e heptose. Nos seres humanos existem somente as pentoses e as hexoses.
  • 9. 9 Alguns compostos que pertencem ao grupo das oses são: frutose, glicose, manose e galactose, sendo que todos possuem a mesma fórmula molecular: C6H12O6. 2.3. Três principais classes de carboidratos Monossacarídeos: são carboidratos simples, formados por uma única unidade de açúcar, como a glicose e a frutose. Possuem grupos aldeído ou cetona na cadeia. Oligossacarídeos: são carboidratos formados por poucas unidades de açúcares, como a sacarose e a lactose. São unidos por ligações O-glicosídicas. Polissacarídeos: são carboidratos complexos, formados por muitas unidades de açúcares, como o amido e a celulose. São insolúveis em água e têm funções de reserva ou estrutural. 3. Polissacarídeos estruturais (celulose, quitina) Polissacarídeos são grandes polímeros naturais formados por cadeias de monossacarídeos ligados entre si por ligações glicosídicas, que são ligações covalentes resultantes da condensação de dois monossacarídeos. Insolúveis em água, os polissacarídeos são carboidratos, também conhecidos como glicanos. Através da hidrólise da biomolécula, um grande número de açúcares menores é liberado. Exemplos de polissacarídeos Ácido hialurônico: preenche as lacunas entre as células de todos os animais. Amido: reservatório de energia em plantas, encontrado em diversos alimentos. Celulose: componente da parede celular de plantas e outros organismos. Glicogênio: reservatório de energia em animais e outros organismos, como fungos e bactérias. Heparina: componente de órgãos, como pulmões, pele e órgãos de defesa do organismo. Pectina: fibra solúvel que compõe frutas e vegetais. Quitina: componente da parede celular de fungos e da carapaça de insetos. Tunicina: secreção responsável por proteger o corpo de alguns animais pela formação de uma túnica.
  • 10. 10 A quitina é um polissacarídeo que é o principal componente do exoesqueleto de artrópodes, como insetos e crustáceos, e da parede celular de fungos. A celulose é um polissacarídeo que compõe a parede celular das plantas. É o polímero orgânico mais abundante na Terra A quitina e a celulose são ambos polissacarídeos, mas diferem na estrutura química e nas propriedades. A quitina é um polissacarídeo constituído por um polímero de cadeia longa de N- acetilglicosamina Ela ocorre naturalmente em diversos organismos, sendo o principal componente da parede celular dos fungos e do exoesqueleto dos artrópodes1. A celulose é um polímero de cadeia linear formado por monômeros de glicose ligados por ligações glicosídicas. Ela é encontrada na parede celular de plantas e algumas bactérias e fornece estrutura e resistência. A celulose estabelece ligações de hidrogênio entre os grupos hidroxila presentes nas suas cadeias, formando feixes de fibras impermeáveis à água e insolúveis. Ambos são polímeros de açúcares, mas diferem na estrutura química e nas propriedades. A quitina é feita de unidades de N-acetilglicosamina, enquanto a celulose é feita de unidades de glicose. 4. Polissacarídeos de reserva (Glicogénio e Amido); Os polissacarídeos de reserva, como o glicogênio e o amido, são moléculas importantes para a sobrevivência dos seres vivos. Eles têm a função de armazenar energia que pode ser liberada quando necessário1. O glicogênio é o polissacarídeo de reserva energética nos animais e fungos2. É armazenado principalmente no fígado e nos músculos3. Quando a energia é necessária, o glicogênio é quebrado em moléculas de glicose, que são usadas para produzir energia1. O amido é o polissacarídeo de reserva nas plantas2. É encontrado em diversos alimentos e, quando consumido, é quebrado em moléculas de glicose para fornecer energia4. Ambos, amido e glicogênio, são homopolissacarídeos, o que significa que eles têm o mesmo tipo de açúcar (glicose) em toda
  • 11. 11 Amido em plantas O amido é um carboidrato complexo produzido pelas plantas para armazenar energia. Eles produzem energia por meio da fotossíntese, que produz muita glicose. As plantas usam a glicose para fazer o trabalho celular, mas também retiram o excesso de glicose que não é usado imediatamente e geram amido. O amido tem uma estrutura bastante rígida e pode realmente ser moldado em uma variedade de formas. Uma aplicação pode ser feita na lavanderia local ou em casa. O amido de lavanderia é feito de material vegetal e pode ser aplicado a tecidos para "endurecê-los" e ficar com uma aparência nítida e sem rugas. Isso era popular no início do século passado, mas você ainda vê camisas engomadas de vez em quando. Em climas temperados, as plantas usam o amido armazenado para sobreviver quando a luz solar não está disponível para a fotossíntese. É como um esquilo que encontra algumas nozes e pode comê-las para um estímulo imediato ou armazená-las em algum lugar para usar como alimento durante o inverno. No verão, quando a luz solar é abundante, as plantas enviam o excesso de glicose das folhas através dos caules até as raízes. A glicose é ligada por meio da síntese de desidratação e convertida em amido nas raízes. As plantas então quebram lentamente o amido, um pouco de cada vez, liberando glicose suficiente para que as células possam sobreviver durante o inverno. Amido em Animais Os animais comem amido como fonte primária de energia. Os carboidratos fornecem a maior parte da fonte de energia de um animal para fazer o trabalho celular. Lembra da batata que foi mencionada na introdução? As batatas são muito ricas em amido e uma grande fonte de carboidratos complexos na dieta animal. O amido é decomposto por meio de um processo chamado hidrólise em glicose para uso nas células. A hidrólise é a reação oposta à desidratação e usa água (e enzimas) para quebrar o amido, liberando assim as moléculas individuais de glicose. Os animais não armazenam amido. Eles usam o máximo de glicose que podem do amido que comem, mas então convertem o restante em glicogênio ou gordura. Glicogênio
  • 12. 12 O glicogênio é um carboidrato complexo encontrado apenas em animais. Ele tem a mesma função que o amido nas plantas - é armazenado para uso posterior. O excesso de amido é convertido em glicogênio no fígado e nos músculos. Estruturalmente, o glicogênio é semelhante ao amido, mas é mais ramificado e pode conter centenas de milhares de moléculas de glicose, todas ligadas entre si por meio da síntese de desidratação. Se um animal excede sua necessidade de glicogênio, qualquer glicose remanescente no corpo é então convertida em gordura para energia de longo prazo. O glicogênio é freqüentemente liberado e convertido de volta em glicose durante o exercício para fornecer energia adicional às células.
  • 13. 13 Conclusão Em conclusão, os carboidratos são mais do que apenas uma fonte de energia; eles são moléculas complexas com funções variadas que são vitais para a vida como a conhecemos. A pesquisa contínua nesta área é essencial para expandir nosso entendimento sobre essas moléculas fascinantes e seu papel em nossa saúde e bem-estar.
  • 14. 14 Referencias Bibliograficas Alberts, B; et al. Fundamentos da Biologia Celular. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 52,53 p. Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 235-241 p. https://www.todamateria.com.br/polissacarideos/ acessado no dia 07/010/2023 Classificação dos Glicídios. Classificação Ampla dos Glicídios (uol.com.br) acessado no dia 06/010/2023 Diferença entre Aldose e Cetose (diferenciario.com) acessado no dia 09/010/2023