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PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
MRP
JIT
Prof. Dr. Mauro Enrique Carozzo Todaro
Saiba mais em https://pcpengenharia.wordpress.com/ 1
MRP (do inglês Material Requirements Planning, ou Planejamento das necessidades de materiais) 2
MRP
É uma técnica utilizada para converter o programa-mestre de produção (MPS) de
um item de demanda independente em uma programação das necessidades das
partes componentes do item (demanda dependente).
O QUE É?
Assegurar que os materiais estejam nas quantidades requeridas e no momento
certo para a produção de cada um dos elementos componentes dos produtos
finais.
QUAL O OBJETIVO?
3
MRP
• O MRP obtém as necessidades de cada uma das partes
(subconjuntos, peças ou matérias primas), em cada período de
planejamento, para atender o MPS;
• É útil quando o produto final é um elemento composto, e é mais
importante quanto mais complexa seja a estrutura dos produtos
e mais ampla sua variedade;
• Aplicável à produção por lotes.
CARACTERÍSTICAS
4
MRP
• É um sistema de gestão do estoque para demanda dependente,
porque as necessidades se calculam com base nas quantidades
fixadas no MPS para os produtos finais;
• O MRP se atualiza período a período com horizonte deslizante. O
primeiro período é o período de ação e os seguintes são
períodos de planejamento.
CARACTERÍSTICAS
- MPS
- Estrutura do produto
- Tempo padrão de
provisão e fabricação
de cada parte (lead
times).
- Estoques disponíveis,
em cada momento,
em cada parte.
MRP
- Ordens de produção
e compras requeridas
no período de ação e
períodos futuros.
- Reprogramações de
datas de entrega.
- Cancelamento de
ordens emitidas por
mudanças no MPS.
- Informes de estoque.
5
MRP
DADOS
ENTRADA SAÍDA
6
MRP
A estrutura do produto especifica, para cada produto final:
a) Os elementos componentes por níveis.
Nível 0 ___________ produto terminado
Nível 1 a n – 2 ______ subconjuntos
Nível n – 1 _________ peças de produção própria
Nível n ____________ partes compradas
ESTRUTURA DO PRODUTO
A estrutura do produto especifica, para cada produto final:
b) A quantidade com que cada componente participa no nível
imediato superior.
Árvore de estrutura
X
A(1)
C(1)B(2) D(3)
7
MRP
ESTRUTURA DO PRODUTO
Ítem
Quantidade
no ítem pai
X
B 2
A 1
C 1
D 3
Lista de Materiais
Para cada item, elabora-se um registro MRP com os seguintes dados:
Item:
LT: / LOTE: / ES: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Necessidades Brutas
Recebimento previsto
Estoque Disponível So
Necessidades Líquidas
Ordens Planejadas
Períodos
8
MRP
DINÂMICA DO SISTEMA
Dados Definição
Necessidades Brutas (NB) Demanda do item durante o período t.
Recebimentos Previstos (RP)
Quantidade já ordenada (ordem de compra ou de
produção) que ingressará no começo do período t.
Estoque Disponível (ED)
Estoque esperado ao final do período t e que
estará disponível no começo do seguinte.
Necessidades Líquidas (NL)
Quantidade líquida que deve estar pronta no
começo do período t.
Ordens Planejadas (OP)
São as necessidades líquidas adiantadas um
número de períodos igual ao LT (Lead Time)
9
MRP
DINÂMICA DO SISTEMA
Passos, começando pelo nível 0:
1. Determinar as Necessidades Brutas para cada item em cada período.
2. Determinar as Necessidades Líquidas em função das Necessidades Brutas, do
estoque e dos recebimentos previstos, para cada item em cada período.
• Se (ED)t-1 + (RP)t – (NB)t ≥ (ES), (NL)t = 0
• Se (ED)t-1 + (RP)t – (NB)t < (ES), (NL)t = (NB)t – [(RP)t + (ED)t-1] + (ES)
• (ED)t = (ED)t-1 + (RP)t – (NB)t
10
MRP
DINÂMICA DO SISTEMA
Passos, começando pelo nível 0:
3. Usando os tempos padrão de produção e provisão (lead times) determinar as
ordens planejadas para cada item em cada período.
4. Passar ao nível inferior e repetir os passos anteriores.
5. Liberar as ordens de produção e compras planejadas no período de ação.
11
MRP
DINÂMICA DO SISTEMA
Estrutura do Produto
X
A(1)
C(1)B(2) D(3)
ITEM
LEAD
TIME
ESTOQUE
SEGURANÇA
LOTE
X 0 0 0
A 1 0 0
B 2 10 30
C 2 5 30
D 2 15 30
12
MRP
EXEMPLO
ITEM: X LT:0 ES:0 LOTE: 0
SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
NEC. BRUTA 10 15
REC. PREV.
ESTOQUE DISP. 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0
ORDENS PLAN. 7 15
ITEM: A LT:1 ES:0 LOTE: 0
SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
NEC. BRUTA 7 15
REC. PREV.
ESTOQUE DISP. 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0
ORDENS PLAN. 2 15
ITEM: C LT:2 ES:5 LOTE: 30
SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
NEC. BRUTA 2 15
REC. PREV.
ESTOQUE DISP. 10 10 10 10 8 8 8 8 23 23 23 23
ORDENS PLAN. 30
13
MRP
EXEMPLO
ITEM: B LT:2 ES:10 LOTE: 30
SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
NEC. BRUTA 14 30
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ESTOQUE DISP. 10 10 10 10 10 26 26 26 26 26 26 26
ORDENS PLAN. 30 30
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SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
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ORDENS PLAN. 30 30
14
MRP
EXEMPLO
PRODUÇÃO ENXUTA
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planta
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15
JIT
PRODUÇÃO JUSTIN-IN-TIME
MPS (Plano mestre da produção)
• Horizonte: 1 a 3 meses;
• Permite que posto de trabalho e fornecedores planejem seus trabalhos;
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uniforme).
16
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
KANBAN:
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17
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
KANBAN:
Cartão de Produção
(CP)
• Código da peça: 3XY
• Nome da peça: Eixo principal
• Posto de trabalho: 3J
• Capacidade do contêiner: 20
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na prateleira C3-P17
Cartão de Movimentação
(CM)
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• Nome da peça: Eixo principal
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• Capacidade do contêiner: 20
unidades
• Localização no estoque:
prateleira C7-P18
18
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
Kanban:
• O operador B vê um contêiner vazio e pega seu CM;
• Dirige-se à expedição do posto A com o contêiner vazio e o respectivo CM;
• Na expedição A, deixa o contêiner vazio, retira o CM, pega um contêiner cheio
e coloca nele o CM que está na sua mão;
• Retira o CP do contêiner cheio que acabou de pegar e o coloca em um quadro,
indicando ao operador A que ele pode encher outro contêiner;
• O operador do posto B leva o contêiner cheio para seu posto de trabalho,
encerrando-se o ciclo.
P
B
Exp.
B
Exp.
A
Rec.
B
CM
CMCP
19
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
Mont.
final
P4
P2
P3 P5
P1
Fornecedor
1
Fornecedor
2
Contêiner
Produto
final
Kanban:
20
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
Tempos de preparação (setup)
• O objetivo do JIT é produzir em lotes cada vez menores.
• O limitante é o custo de preparação das máquinas.
Minimizar
setup
Lotes
menores
Reduz
estoque
Aumenta
flexibilidade
Viabiliza
JIT
21
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
Colaborador multifuncional:
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reparos;
• Requer maior amplitude de habilidades que na manufatura tradicional;
• Demanda trabalho em equipe e coordenação, já que não há estoque para cobrir
problemas.
22
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
Fornecedores:
• Vistos como uma extensão da fábrica;
• Recebem contêineres vazios e fazem várias entregas diárias;
• Relação de parceria.
23
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
Qualidade:
• Absolutamente essencial;
• Defeitos podem levar o processo a uma parada;
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tradicional.
24
JIT
ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
Critério
comparativo MRP JIT
Filosofia
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suprimentos
Eliminação de
desperdício/Aumento do retorno
do investimento
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Demanda Permite variações Estável
Processamento Lotes Repetitiva
Requerimentos Softwares sofisticados Sistemas visuais de controle
Produtos
Complexos
Alta variedade
Simples
Pouca variedade
25
MRP/JIT
26
MRP/JIT
Combinações:
• Sistemas diferentes para produtos diferentes;
•MRP para planejamento e controle global e JIT para controle
interno.
MARTINS, P. G. e LAUGENI, F. P. Capítulo 13: Sistemas de PCP no chão-de-fábrica.
In: Administração da produção. Petrônio Garcia Martins e Fernando P. Laugeni. 2
ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
MOREIRA, D. A. Capítulo 19: O sistema MRP. In: Administração da produção e
operações. MOREIRA, Daniel Augusto. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
SLACK, N; CHAMBERS, S e JOHNSTON, R. Capítulo 15: Planejamento e controle
Just In Time. In: Administração da produção. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuar;
JOHNSTON, Robert. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
STEVENSON, W. Capítulo 14: Planejamento das necessidades de materiais. In:
Administração das operações de produção. STEVENSON, Willam J. 6 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2001.
27
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MRP e JIT

  • 1. PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO MRP JIT Prof. Dr. Mauro Enrique Carozzo Todaro Saiba mais em https://pcpengenharia.wordpress.com/ 1
  • 2. MRP (do inglês Material Requirements Planning, ou Planejamento das necessidades de materiais) 2 MRP É uma técnica utilizada para converter o programa-mestre de produção (MPS) de um item de demanda independente em uma programação das necessidades das partes componentes do item (demanda dependente). O QUE É? Assegurar que os materiais estejam nas quantidades requeridas e no momento certo para a produção de cada um dos elementos componentes dos produtos finais. QUAL O OBJETIVO?
  • 3. 3 MRP • O MRP obtém as necessidades de cada uma das partes (subconjuntos, peças ou matérias primas), em cada período de planejamento, para atender o MPS; • É útil quando o produto final é um elemento composto, e é mais importante quanto mais complexa seja a estrutura dos produtos e mais ampla sua variedade; • Aplicável à produção por lotes. CARACTERÍSTICAS
  • 4. 4 MRP • É um sistema de gestão do estoque para demanda dependente, porque as necessidades se calculam com base nas quantidades fixadas no MPS para os produtos finais; • O MRP se atualiza período a período com horizonte deslizante. O primeiro período é o período de ação e os seguintes são períodos de planejamento. CARACTERÍSTICAS
  • 5. - MPS - Estrutura do produto - Tempo padrão de provisão e fabricação de cada parte (lead times). - Estoques disponíveis, em cada momento, em cada parte. MRP - Ordens de produção e compras requeridas no período de ação e períodos futuros. - Reprogramações de datas de entrega. - Cancelamento de ordens emitidas por mudanças no MPS. - Informes de estoque. 5 MRP DADOS ENTRADA SAÍDA
  • 6. 6 MRP A estrutura do produto especifica, para cada produto final: a) Os elementos componentes por níveis. Nível 0 ___________ produto terminado Nível 1 a n – 2 ______ subconjuntos Nível n – 1 _________ peças de produção própria Nível n ____________ partes compradas ESTRUTURA DO PRODUTO
  • 7. A estrutura do produto especifica, para cada produto final: b) A quantidade com que cada componente participa no nível imediato superior. Árvore de estrutura X A(1) C(1)B(2) D(3) 7 MRP ESTRUTURA DO PRODUTO Ítem Quantidade no ítem pai X B 2 A 1 C 1 D 3 Lista de Materiais
  • 8. Para cada item, elabora-se um registro MRP com os seguintes dados: Item: LT: / LOTE: / ES: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Necessidades Brutas Recebimento previsto Estoque Disponível So Necessidades Líquidas Ordens Planejadas Períodos 8 MRP DINÂMICA DO SISTEMA
  • 9. Dados Definição Necessidades Brutas (NB) Demanda do item durante o período t. Recebimentos Previstos (RP) Quantidade já ordenada (ordem de compra ou de produção) que ingressará no começo do período t. Estoque Disponível (ED) Estoque esperado ao final do período t e que estará disponível no começo do seguinte. Necessidades Líquidas (NL) Quantidade líquida que deve estar pronta no começo do período t. Ordens Planejadas (OP) São as necessidades líquidas adiantadas um número de períodos igual ao LT (Lead Time) 9 MRP DINÂMICA DO SISTEMA
  • 10. Passos, começando pelo nível 0: 1. Determinar as Necessidades Brutas para cada item em cada período. 2. Determinar as Necessidades Líquidas em função das Necessidades Brutas, do estoque e dos recebimentos previstos, para cada item em cada período. • Se (ED)t-1 + (RP)t – (NB)t ≥ (ES), (NL)t = 0 • Se (ED)t-1 + (RP)t – (NB)t < (ES), (NL)t = (NB)t – [(RP)t + (ED)t-1] + (ES) • (ED)t = (ED)t-1 + (RP)t – (NB)t 10 MRP DINÂMICA DO SISTEMA
  • 11. Passos, começando pelo nível 0: 3. Usando os tempos padrão de produção e provisão (lead times) determinar as ordens planejadas para cada item em cada período. 4. Passar ao nível inferior e repetir os passos anteriores. 5. Liberar as ordens de produção e compras planejadas no período de ação. 11 MRP DINÂMICA DO SISTEMA
  • 12. Estrutura do Produto X A(1) C(1)B(2) D(3) ITEM LEAD TIME ESTOQUE SEGURANÇA LOTE X 0 0 0 A 1 0 0 B 2 10 30 C 2 5 30 D 2 15 30 12 MRP EXEMPLO
  • 13. ITEM: X LT:0 ES:0 LOTE: 0 SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 NEC. BRUTA 10 15 REC. PREV. ESTOQUE DISP. 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 0 ORDENS PLAN. 7 15 ITEM: A LT:1 ES:0 LOTE: 0 SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 NEC. BRUTA 7 15 REC. PREV. ESTOQUE DISP. 5 5 5 5 5 0 0 0 0 0 0 0 ORDENS PLAN. 2 15 ITEM: C LT:2 ES:5 LOTE: 30 SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 NEC. BRUTA 2 15 REC. PREV. ESTOQUE DISP. 10 10 10 10 8 8 8 8 23 23 23 23 ORDENS PLAN. 30 13 MRP EXEMPLO
  • 14. ITEM: B LT:2 ES:10 LOTE: 30 SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 NEC. BRUTA 14 30 REC. PREV. ESTOQUE DISP. 10 10 10 10 10 26 26 26 26 26 26 26 ORDENS PLAN. 30 30 ITEM: D LT:2 ES:15 LOTE: 30 SEMANA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 NEC. BRUTA 6 45 REC. PREV. ESTOQUE DISP. 17 17 17 17 41 41 41 41 26 26 26 26 ORDENS PLAN. 30 30 14 MRP EXEMPLO
  • 15. PRODUÇÃO ENXUTA O que é? O que faz? •Filosofia de administração •Sistema de “puxar” através da planta •Ataca a perda •Expõe problemas e gargalos •Atinge a produção sincronizada O que requer? O que supõe? •Participação do empregado •Engenharia de produção •Melhorias contínuas •Controle total da qualidade •Tamanhos pequenos de lotes •Ambiente estável 15 JIT PRODUÇÃO JUSTIN-IN-TIME
  • 16. MPS (Plano mestre da produção) • Horizonte: 1 a 3 meses; • Permite que posto de trabalho e fornecedores planejem seus trabalhos; • No mês corrente, o MPS é balanceado em bases diárias (carga uniforme). 16 JIT ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
  • 17. KANBAN: • Método de autorização da produção e movimentação de materiais; • Significa marcador (cartão, sinal ou placa). 17 JIT ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
  • 18. KANBAN: Cartão de Produção (CP) • Código da peça: 3XY • Nome da peça: Eixo principal • Posto de trabalho: 3J • Capacidade do contêiner: 20 unidades • Materiais necessários: Barra de aço (XYW3A), localizada na prateleira C3-P17 Cartão de Movimentação (CM) • Código da peça: 3XY • Nome da peça: Eixo principal • Posto de retirada: 1 • Posto de recebimento: 2 • Capacidade do contêiner: 20 unidades • Localização no estoque: prateleira C7-P18 18 JIT ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
  • 19. Kanban: • O operador B vê um contêiner vazio e pega seu CM; • Dirige-se à expedição do posto A com o contêiner vazio e o respectivo CM; • Na expedição A, deixa o contêiner vazio, retira o CM, pega um contêiner cheio e coloca nele o CM que está na sua mão; • Retira o CP do contêiner cheio que acabou de pegar e o coloca em um quadro, indicando ao operador A que ele pode encher outro contêiner; • O operador do posto B leva o contêiner cheio para seu posto de trabalho, encerrando-se o ciclo. P B Exp. B Exp. A Rec. B CM CMCP 19 JIT ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
  • 21. Tempos de preparação (setup) • O objetivo do JIT é produzir em lotes cada vez menores. • O limitante é o custo de preparação das máquinas. Minimizar setup Lotes menores Reduz estoque Aumenta flexibilidade Viabiliza JIT 21 JIT ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
  • 22. Colaborador multifuncional: • O próprio operador prepara a máquina, faz manutenção de rotina e pequenos reparos; • Requer maior amplitude de habilidades que na manufatura tradicional; • Demanda trabalho em equipe e coordenação, já que não há estoque para cobrir problemas. 22 JIT ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
  • 23. Fornecedores: • Vistos como uma extensão da fábrica; • Recebem contêineres vazios e fazem várias entregas diárias; • Relação de parceria. 23 JIT ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
  • 24. Qualidade: • Absolutamente essencial; • Defeitos podem levar o processo a uma parada; • Os defeitos são descobertos mais rápido que na manufatura tradicional. 24 JIT ELEMENTOS DO SISTEMA JIT
  • 25. Critério comparativo MRP JIT Filosofia Planejamento/Plano de suprimentos Eliminação de desperdício/Aumento do retorno do investimento Pressupostos Fábrica estática Melhoria contínua Demanda Permite variações Estável Processamento Lotes Repetitiva Requerimentos Softwares sofisticados Sistemas visuais de controle Produtos Complexos Alta variedade Simples Pouca variedade 25 MRP/JIT
  • 26. 26 MRP/JIT Combinações: • Sistemas diferentes para produtos diferentes; •MRP para planejamento e controle global e JIT para controle interno.
  • 27. MARTINS, P. G. e LAUGENI, F. P. Capítulo 13: Sistemas de PCP no chão-de-fábrica. In: Administração da produção. Petrônio Garcia Martins e Fernando P. Laugeni. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. MOREIRA, D. A. Capítulo 19: O sistema MRP. In: Administração da produção e operações. MOREIRA, Daniel Augusto. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. SLACK, N; CHAMBERS, S e JOHNSTON, R. Capítulo 15: Planejamento e controle Just In Time. In: Administração da produção. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuar; JOHNSTON, Robert. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008. STEVENSON, W. Capítulo 14: Planejamento das necessidades de materiais. In: Administração das operações de produção. STEVENSON, Willam J. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 27 REFERÊNCIAS