2. INTRODUÇÃO
Toda pessoa que estiver realizando um atendimento de
primeiro socorro deve, antes de tudo, atentar para sua
própria segurança. O impulso de ajudar outra pessoa não
justifica a tomada de atitudes inconseqüentes, que acabem
o transformando em outra vítima.
A seriedade e respeito são premissas básicas para um bom
atendimento de primeiros socorros. Para tanto evite que a
vítima seja exposta desnecessariamente e mantenha o
devido sigilo sobre as informações pessoais que ela revele
durante o atendimento.
3. DEFINIÇÕES IMPORTANTES
PRIMEIROS SOCORROS: São os cuidados imediatos
prestados a uma pessoa cujo o estado físico coloca em risco a
sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções
vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba
assistência médica especializada
SOCORRISTA: Atividade regulamentada pelo Ministério da
Saúde, segundo a portaria n° 8 24 de 24 de Junho de 1999.O
socorrista possui um treinamento mais amplo e detalhado que
uma pessoa prestadora de socorro.
4. OMISSÃO DE SOCORRO
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro
consiste em deixar de prestar assistência, quando possível fazê-la
sem risco pessoal, para criança abandonada ou extraviada, ou a
pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e eminente
perigo; não pedir, nesse caso, o socorro as autoridades
competentes.
Pena: De um a seis meses de detenção ou multa.
Paragráfo único: A pena é aumentada de metade, se da
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, triplica se
resulta em morte.
O fato de chamar o socorro especializado, nos casos que a
pessoa não possui treinamento específico ou não se sente
seguro para atuar, já descaracteriza a omissão de socorro.
6. AVALIAÇÃO DO AMBIENTE
• Avaliar os riscos que possam colocar em perigo as pessoas
prestadoras de primeiros socorros. Se houver algum perigo em
potencial, aguardar a chegada do socorro especializado.
• Verificar a possível causa do acidente, o número de vítimas e a
gravidade das mesmas e todas as outras informações que
possam ser úteis para a notificação do acidentado.
7. SINALIZAÇÃO
Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para
evitar a ocorrência de novos acidentes. Pode ser feita com
cones, fitas zebrada ou qualquer objeto que chame a atenção
de outras pessoas para o cuidado com o local, na falta deste
recurso, pode-se pedir para uma pessoa sinalizar a uma certa
distância.
8.
9. PROCEDIMENTOS
• Dê prioridade aos casos de hemorragia abundante, inconsciência,
parada cardiorrespiratória, estado de choque, envenenamento.
• Verifique se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver
inconsciente. Havendo hemorragia por ambos os ouvidos ou pelo
nariz, pense em fratura de crânio.
• Não dê líquidos a pessoas inconsciente ;
• Recolha, em caso de amputação, a parte seccionada, envolva em
um pano limpo para entrega imediata ao médico;
• Certifique-se que qualquer providência a ser tomada não venha a
agravar o estado da vítima;
• Chame as autoridades competentes ou transporte a vítima, caso
necessário;
• Forneça as seguintes informações: Local, horário e
condições em que a vítima se encontra;
• Inspire confiança, EVITE O PÂNICO
11. EXAME PRIMÁRIO
O EXAME PRIMÁRIO TERÁ O OBJETIVO DE :
Se a vítima está consciente
Se a vítima está respirando
Se as vias aéreas estão desobstruídas
Se a vítima apresenta pulso
Este exame deve ser feito em dois minutos ou menos. Se a vítima
não estiver respirando, mais apresentar batimentos cardíacos
(pulso), iniciar a respiração artificial conforme o procedimento.
Caso não haja pulso, iniciar o RCP conforme o procedimento.
12. EXAME SECUNDÁRIO
Avaliar o nível de consciência:
Avaliar os quatro sinais vitais:
1. Pulso
2. Respiração
3. Pressão arterial (quando possível)
4. Temperatura
Avaliar os três sinais diagnósticos:
1. Tamanho das pupilas
2. Perfusão sanguínea das extremidades
3. Cor da pele
13.
14.
15. OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
Pode ser
ocasionada pela
língua ou pela
presença de
corpos estranhos.
Objetos tais como
um pedaço de
carne, um chiclete,
próteses dentárias,
vômito, etc, podem
eventualmente
obstruir as vias
aéreas.
16. COMO PROCEDER
MANOBRA DE HEIMLICH:
Posicione-se atrás da vítima, envolva-a
com os seus braços, cerre o punho de
uma das mãos e o coloque no centro do
abdome, logo acima do umbigo, tome
cuidado para não colocar a mão sobre o
processo xifóide, e espalme a outra mão
e coloque-a sobre a mão que está
fechada sobre o abdome e realize um
movimento forte para dentro e para cima,
repita por seis vezes (se necessária)
procure manter a calma.
18. RCP
Parada cardíaca (PC):
É a cessação súbita da circulação sistêmica em
indivíduos com expectativa de restauração da função
cardiopulmonar e cerebral.
Parada respiratória (PR):
É a cessação súbita dos movimentos respiratórios
com preservação temporária dos batimentos cardíacos.
Parada cardiorespiratória (PCR):
É ausência do batimento cardíaco, pulsação e
respiração. Freqüentemente estas situações de emergência
ocorrem simultaneamente e, portanto, em função da
importância que representam, necessitam de atuação imediata
e eficaz do Emergencista.
19. RCP
Reanimação cardiorespiratória (RCR)
É o conjunto de procedimentos destinados a manter a circulação de
sangue oxigenado para o cérebro e outros órgãos vitais, após uma parada
cardíaca.
Reanimação cerebral (RC)
Compreende as medidas destinadas a prevenir ou atenuar lesão
neurológica isquêmica associada à PCR.
Sinais premonitórios da PCR
- Taqui ou bradipineia;
- Alteração do nível de consciência;
-Alteração do ritmo cardíaco.
Sinais comprobatórios da PCR
- Perda súbita da consciência;
- Ausência de movimentos respiratórios, (deve-se a depressão bulbar);
- Ausência de pulso central (carotídeo e femoral).
20. RCP
Outras manifestações
- Dilatação pupilar:
Surge cerca de 45 segundos após a PC, completando-se em menos
de 03 minutos (midríase);
- Cianose:
Sabe-se que a oxigeno terapia prévia a PC retarda a expressão de
cianose pôr vários minutos.
Protocolo Adulto e criança
a. Realizar Abordagem Primária (Verificar a Circulação,
permeabilidade das vias aéreas, avaliar respiração);
b. Vítima não tem pulso: iniciar imeRespira, Pinça as Narinas Realiza
2 (duas) insuflações;
c. Reavalia a Permeabilidade das vias aéreas, respiração e pulso
Carotídeo, NÃO VOLTOU, 30 compressões torácicas para duas
insuflações (Ciclos de 05 repetições durante 1 (um) ou 2 (dois)
minutos)
d. Deve-se reavaliar a vítima.
21. RCP - ADULTO
- Posicionamento: Ajoelhado ao lado da vítima;
- Mãos: entrelaçadas e posicionadas dois dedos acima do apêndice
xifóide, sobre o osso externo;
- Cotovelos: Rodados e travados;
- Insuflações: 02;
- Boca: envolve toda boca da vítima (vedando);
- Narinas: pinçadas no momento da insuflação;
- Compressões Torácicas: 30;
- Ciclos: de cinco repetições por ciclo de dois minutos;
- Contagem: 1, 2, 3, 4, 5...30;
- Intensidade da Compressão: necessária para comprimir tórax de 5 a
3,5 cm. (1/3 ou ½); Intensidade da Insuflação: sopro forte.
22.
23. RCP – NA CRIANÇA
- Posicionamento: Ajoelhado ao lado da vítima;
- Mãos: Uma das Mãos posicionada ao nível da linha mamilar, sobre o
osso externo;
- Cotovelo: Rodado e travado;
- Insuflações: 02;
- Boca: envolve toda boca da vítima (vedando);
- Narinas: pinçadas no momento da insuflação;
- Compressões Torácicas: 30;
- Ciclos: de cinco repetições por ciclo de dois minutos;
- Contagem: 1, 2, 3, 4, 5...30;
- Intensidade da Compressão: necessária para comprimir tórax de 3,5
a 2,5 cm;
- Intensidade da Insuflação: sopro intensidade Média;
24.
25. RCP – LACTANTES/RECÉM-NASCIDOS
Técnica lactente e recém-nascido
- Posicionamento: vítima posicionada no antebraço ou em superfície rígida
- Mãos: 2 dedos ao nível da linha mamilar
- Insuflações: 02
- Boca: envolve toda boca e a narina da vítima (vedando)
- Narina: envolta pela boca do Emergencista (respiração boca a boca nariz)
- Compressões Torácicas: 15 (recém –nascido)
- Ciclos: 05 ciclos de 15 compressões por minuto(dupla), sozinho 30
- Contagem: 1, 2, 3... 15
- Intensidade da Compressão: necessária para comprimir tórax 3 cm
- Intensidade da Insuflação: sopro muito leve (ar das bochechas).
26.
27. RELAÇÃO PCR/RCP
TEMPO CONSEQUÊNCIAS
05 Minutos Consciência sem provável dano
Neurológico
10 Minutos Déficit Neurológico
15 Minutos Estado Vegetativo
20 Minutos Morte Encefálica
OBSERVAÇÕES:
- Recomenda-se não interromper as manobras por mais de 15 segundos;
-Os Emergencistas devem realizar as manobras até:
-1. A chegada do atendimento médico especializado;
-2. A recuperação da circulação espontânea;
-3. A entrega da vítima numa unidade hospitalar.
29. ESTADO DE CHOQUE
SINAIS E SINTOMAS
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta, rápida e irregular, visão
turva, pulso rápido e fraco, semiconsciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas
ou vômitos.
O QUE FAZER
1 - Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades.
2 - Colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) se possível com as
pernas elevadas.
3 - Afrouxar as roupas e agasalhar a vítima.
4 - Lembre-se de manter a respiração. Fornecer ar puro, ou oxigênio, se possível.
5 - Se possível dê-lhe líquidos como água, café ou chá.
O QUE PODE CAUSAR
Queimaduras, ferimentos graves ou externos Esmagamentos Perda de sangue
Envenenamento por produtos químicos Ataque cardíaco Exposições extremas ao
calor ou frio Intoxicação por alimentos Fraturas
30. HEMORRAGIA EXTERNA
Éo
extravasamento do
sangue através de
um vaso rompido.
Sempre que
visualizamos
sangue, dizemos
que a hemorragia
é externa.
31. COMO PROCEDER
Tamponamento: pequenas, médias e grandes hemorragias podem
ser detidas pela obstrução do fluxo sanguíneo com um pano limpo
ou gases esterilizadas, fazendo uma curativo compressivo.
32. HEMORAGIA INTERNA
São hemorragias em
que o sangue vai
para a cavidade do
organismo, como a
abdominal ou
torácica e só podem
dar a perceber
através de sinais
indiretos; o
socorrista deve esta
atento a este fato.
35. COMO PROCEDER
• Evite movimentar a região
atingida e aplique compressa fria
ou saco e gelo no local;
• Procure um médico se
necessário;
• Uma contusão pode acarretar
em hemorragia interna, fraturas
ou outras lesões graves, não
perca tempo.
36. LUXAÇÕES
Deslocamento
da extremidade
de um osso de
sua articulação.
SINTOMAS:
Dor violenta
Deformação
local
Edema
Impossibilidade
de
movimentação.
37. COMO PROCEDER
Mantenha a vítima em repouso e evite
movimentar a região lesada.
Imobilize o local.
Remova a vítima ao hospital logo após a
imobilização.
Não tente colocar o osso no lugar.
38. ENTORSES
É a separação
momentânea das
superfícies óssea na
articulação.
SINTOMAS:
Dor intensa à
movimentação e
edema (inchaço
local)
39. COMO PROCEDER
• Evite movimentar a região atingida, aplique compressa de gelo no local,
até posterior orientação médica.
• Imobilize o local.
• Remova a vítima até o hospital após a imobilização.
• Não use compressa quente nas primeiras 24 horas
• Não faça ficção nem procure esticar a região lesada.
• O entorse é uma lesão que sempre exige orientação médica.
40. FRATURAS
É a ruptura do osso.
O primeiro socorro
consiste em impedir
o deslocamento das
partes quebradas,
evitando assim o
agravamento da
lesão.
SINTOMAS:
Dor e edema
Dificuldade ou
incapacidade de
movimentação.
Posição anormal da
região atingida.
41. TIPOS DE FRATURAS
Fechadas: quando o osso quebrado
Abertas: quando o osso quebrado
não perfura a pele.
rompe a pele.
42. COMO PROCEDER
FRATURA FECHADA
Mantenha a vítima em repouso
Evite movimentar a região atingida
Aplique compressa gelada
Imobilize o local
Remova a vítima ao hospital após a
imobilização
Não tente reduzir a fratura(colocar o
osso no lugar).
43. COMO PROCEDER
Fratura exposta
Mantenha a vítima em repouso
Estanque a hemorragia
Evite o estado de choque,aplique
compressa gelada
Imobilize o local
Remova a vítima ao hospital após
a imobilização
44. CRISE EPILÉPTICA
É uma doença do
Sistema Nervoso Central
que causa crises de
convulsões e ataques
em sua forma mais
grave.
SINTOMAS:
Queda abrupta da vítima
Perda da consciência
Contração muscular
Salivação abundante
seguida de vômito
45. COMO PROCEDER
Pode ocorrer relaxamento involuntário dos esfíncteres com
evacuação involuntária;
Ao despertar, a vítima não se recorda de nada do que aconteceu
durante a crise e sente-se muito cansado, indisposto e sonolento;
A conduta do socorrista no ataque epilético consiste,
principalmente, em proteger o doente e evitar complicações.
Deve-se deixar a vítima com roupas leves e desapertadas (as
contrações musculares aumentam a temperatura corpórea) e virá-
lo de lado para que não aspire as secreções ou vômito para os
pulmões.
46. ATENÇÃO
Um cuidado especial deve ser dado à boca, pois o doente pode
ferir-se, mordendo a língua ou as bochechas. Para tanto,
interpõe-se um calço (pedaço de pano, por exemplo) entre os
dentes superiores e inferiores, impedindo que eles se fechem.
Esta manobra, entretanto, deve ser cuidadosa, pois o socorrista
poderá ser mordido, ou o objeto poderá causar obstrução
respiratória. Cessada a crise, que dura de 1 a 5 minutos, realizar
assepsia na vítima, oferecer líquidos e mantê-la em repouso em
ambiente adequado.
47. VERTIGEM
Consiste nos sinais
e sintomas que
antecedem o
desmaio.
SINTOMAS:
Tontura
Mal estar
Pele fria, Palidez
Suor frio
48. VERTIGEM
Consiste na perda
da consciência e da
força muscular,
fazendo com que a
vítima caia no chão
(é a perda
momentânea da
consciência) as
causas mais
frequentes são:
emoções fortes,
nervosismo, local
mal ventilado etc.
49. COMO PROCEDER
Folgar as roupas;
Elevar as pernas 20 a 30 centímetros;
Ventilar o rosto;
Solicitar ajuda médica;
Tendo a vítima recobrado a consciência, poderá ser colocado sentado numa
cadeira, com a cabeça voltada para baixo e os braços estirados. O socorrista irá
segura a cabeça da vítima, pondo suas mãos na altura da nuca e fazendo leve
pressão de forma a manter a vítima neta posição. Esta manobra visa aumentar a
oxigenação do cérebro.
50. QUEIMADURAS
Lesões
causadas por
diversos tipos
de energias em
quantidade
superiores as
que a pele e as
mucosas
conseguem
tolerar.
53. QUEIMADURAS DE 3º GRAU
NECROSE
COLORAÇÃO
NEGRA,
CASTANHA
OU BRANCA
SEM DOR
54. COMO PROCEDER
Acalmar a vítima;
Permeabilizar as vias aéreas;
Em queimaduras extensas usar lençóis;
Umedecer com soro fisiológico ou água. Em
membros mergulhar em água;
Administrar O2;
Não retire roupas coladas;
Não colocar gorduras ou tintas;
Em zonas de contato, colocar gases para separá-las,
para impedir que elas grudem.