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Afogamento / Asfixia ou
Sufocação / Acidentes com
Animais Peçonhentos /
Hemorragias
PROFA ENFA JADE ALBUQUERQUE
Afogamento
O afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de
qualquer natureza por submersão ou imersão que venha a
inundar o aparelho respiratório. Resultará na suspensão da
troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.
Epidemiologia
- Anualmente: 140 mil óbitos por afogamento no mundo.
-EUA: 9 mil óbitos por ano.
- Na faixa de 1 a 4 anos é a 2ª causa externa de morte no Brasil, EUA e
África do Sul e a 1ª na Austrália.
No Brasil:
- 7.183 óbitos por afogamento (4,44/100.000 habitantes).
- 60% dos casos em adultos envolvem ingestão alcóolica. O
principal local do evento é o mar.
Principais Causas Que Contribuem
Para Um Afogamento:
 Uso de drogas.
 Epilepsia.
 Traumatismos.
 Acidentes de mergulho.
 Doenças cardíacas e/ou pulmonares.
 Outros, como: indivíduos com até 8 anos por falta de
supervisão dos responsáveis, falta de colete em locais
recreativos, ingestão excessiva de alimentos.
Principais Locais De Ocorrência:
Até 2 anos:
 Ambiente doméstico, como por exemplo em banheiras;
Acidentes envolvendo vasos sanitários, baldes de limpeza,
piscinas e até mesmo caixas de esgoto;
Acima de 2 anos:
 Rios, lagoas, represas, praias e também locais privados, como
academias, clubes e piscinas particulares.
Fisiopatologia do Afogamento
Asfixia No Afogamento: Duas Formas
1. Asfixia seca- espasmo reflexo da glote.
2. Asfixia úmida- Entrada de líquido nas vias aéreas, interferindo
na troca de oxigênio por gás carbônico de duas formas
principais:
a) Obstrução parcial das vias aéreas superiores por uma coluna
de líquido;
b) Inundação dos alvéolos por líquido.
Ambas as situações provocam a diminuição ou abolição da
passagem do oxigênio para a circulação, e do gás carbônico para
o meio externo.
As complicações serão maiores ou menores de acordo com a
quantidade de líquido aspirado, nos diversos graus do
afogamento.
As Fases Do Afogamento
1. Angústia e pânico
2. Luta para manter-se na superfície
3. Submersão
4. Apnéia voluntária
5. Aspiração inicial de líquido durante a submersão
6. Entrada de água em vias aéreas, inundando o pulmão
Tipos De Acidentes Na Água
Os traumas poderão ocorrer tanto na profundidade, na superfície ou
perto da água.
Acidentes que envolvem vários esportes.
Traumas causados por acidentes de navegação, esqui-aquático e de
mergulhos. Nestes, há obstrução de vias aéreas, fraturas, hemorragias e
ferimentos nos tecidos moles.
Existem também acidentes relacionados indiretamente com a
água, como: Quedas de pontes e Acidentes com veículos.
Classificação do Afogado
O Socorro Na Água
Se Você For A Vítima:
 Mantenha a calma.
 Mantenha-se apenas flutuando e acene por Socorro.
 No mar, uma boa forma de se salvar é nadar ou deixar-se levar para alto-mar, fora
da arrebentação (das ondas).
 Acenar por socorro e aguardar.
 Em rios ou enchentes, procure manter os pés a frente da cabeça, usando as mãos e
os braços para dar flutuação.
 Não se desespere tentando alcançar a margem de forma perpendicular, tente
alcancá-la obliquamente utilizando a correnteza a seu favor.
Se Você For O Socorrista:
 Decida o local por onde irá atingir ou ficar mais próximo da vítima.
 Tente realizar o socorro sem entrar na água.
 Se você decidiu entrar na água para socorrer:
1. Avise alguém que você tentará salvar e que chame por socorro
profissional;
2. Leve consigo algum material de flutuação;
 Retire roupas e sapatos que possam pesar na água.
Entre sempre mantendo a visão da vítima.
 Deixe que a vítima se acalme antes de chegar muito perto.
Durante o socorro, mantenha-se calmo, e acima de tudo, não se exponha a
riscos desnecessários.
Transição Da Água Para A Areia
 Coloque seu braço esquerdo por sob a axila esquerda da vítima e trave o
braço esquerdo.
 O braço direito do socorrista por sob a axila direita da vítima segurando o
queixo de forma a abrir as vias aéreas, desobstruindo-as, permitindo a
ventilação durante o transporte.
Quando possível utilize uma prancha de imobilização e colar cervical, ou
improvise com prancha de surf.
Suporte Básico De Vida Na Areia Ou
Borda Da Piscina
Primeira Etapa:
 Ao chegar na areia: Afogado em posição paralela a água, de forma que o
socorrista fique com suas costas voltada para o mar, e a vítima com a
cabeça do seu lado esquerdo.
 A cabeça e o tronco devem ficar na mesma linha horizontal.
 A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois
esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do
paciente, alem de facilitar a ocorrência de vômitos.
 Cheque a resposta da vítima perguntando, "Você está me ouvindo?"
Segunda Etapa:
 Se houver resposta da vítima ela está viva, então a
coloque em posição lateral de segurança e aplique o
tratamento apropriado para o grau de afogamento.
Avalie então se há necessidade de chamar o resgate e
aguarde o socorro chegar.
 Se não houver resposta da vítima (inconsciente) –
Chame o resgate e fazer a desobstrução das vias
aéreas através da extensão do pescoço , sempre
atente para a possibilidade de trauma cervical. Em
vítimas com parada respiratória, proceder com a
respiração boca-a-boca objetivando manter a
oxigenação cerebral.Já em vítimas com PCR, efetuar
a RCP.
Condutas Indispensáveis:
 Remover a vítima da água o mais rapidamente possível;
Fique sempre atento a sua segurança pessoal durante o resgate;
Não tentar resgates aquáticos se não for treinado e estiver em
boas condições físicas;
Solicitar auxílio e manter o paciente na horizontal em paralelo a
água;
Não tentar retirar a água dos pulmões ou do estomago. Caso o
paciente inconsciente apresenta vômitos coloque-o em posição
lateral de segurança;
Medidas De Prevenção Em Praias:
 Nade sempre perto de um guarda-vidas.
Nade longe de pedras ou estacas.
 Nunca tente salvar alguém em apuros se não tiver confiança em fazê-lo.
Muitas pessoas morrem desta forma, esses casos são denominados
afogamentos duplos.
 Antes de mergulhar no mar - certifique-se da profundidade.
 Afaste-se de animais marinhos como água-viva e caravelas.
Tome conhecimento e obedeça as sinalizações de perigo na praia.
 É o local de maior ocorrência de afogamentos (mais de 85% dos casos).
Sempre que houver ondas, haverá uma corrente de retorno. Sua força varia
diretamente com o tamanho das ondas. Para reconhecer uma corrente de
retorno (vala):
 Geralmente aparece entre dois locais mais rasos (bancos de areia).
 Se apresenta como o local mais escuro e com o menor número ou tamanho
nas ondas.
 É o local onde aparenta maior calmaria.
Apresenta ondulação em direção contrária as outras ondas que quebram na
praia.
CORRENTE DE RETORNO (VALA)
Asfixia ou Sufocação
Asfixia é a interrupção dos
movimentos respiratórios ou da
entrada de ar nos pulmões. Esta
obstrução da passagem de ar pode
ser causada por:
- Corpo estranho;
- Estrangulamento;
- Soterramento;
- Pela língua;
- Choque elétrico;
- Veneno;
- Gases tóxicos;
- Entre outros.
Asfixia ou Sufocação
Sinais e Sintomas:
1) A vítima não consegue falar e tem dificuldades respiratórias;
2) Palidez;
3) Dilatação das pupilas;
4) Respiração ruidosa e tosse – obstrução parcial;
5) Tonalidade azulada na face e extremidades- obstrução total.
Asfixia ou Sufocação
Medidas a serem tomadas em adultos em
caso de engasgos:
1) Abra a sua boca e tente visualizar o corpo
estranho, sem colocar seus dedos dentro da
boca da vítima;
2) Se a vítima estiver em pé, aproxime-se
pelas costas, posicione-se atrás dela, abaixe a
sua cabeça e efetue de 4 a 6 tapotagens
(tapas com a mão em forma de concha) nas
costas;
3) Caso a vítima continue engasgada, realize
a manobra de Heimlich como descreveremos
a seguir:
1º. Passo – Posicione-se atrás da vítima;
2º. Passo – Posicione sua mão fechada na
altura do estômago;
3º. Passo – Posicione a sua outra mão sobre
a primeira;
4º. Passo – Faça de 2 a 8 compressões
abdominais firmes. Se não obtiver sucesso,
repita a operação;
5º. Passo – Caso a vítima esteja inconsciente,
faça a reanimação Cardiopulmonar (RCP) até
que chegue o socorro especializado.
Asfixia ou Sufocação
Medidas a serem tomadas em bebês engasgados:
1) Constate a obstrução;
2) Posicione o bebê de bruços em seu antebraço com a cabeça mais baixa que o
ventre;
3) Realize de 4 a 10 tapotagens em suas costas, de forma que não o machuque;
4) Vire o bebê de costas em seu antebraço e verifique a cavidade oral em busca
do corpo estranho;
5) Repita a operação até a chegada do socorro ou ida a um hospital.
Acidentes por Animais Peçonhentos
Problema de saúde publica. É a segunda maior
causa de atendimentos nos centros de controle
de intoxicações
Classificação
◦ Aracnídeos: escorpiões e aranhas
◦ Ofídicos: serpentes
Ação das Peçonhas
Ação Hemolítica: age destruindo as hemácias do sangue
◦ Jararaca, viúva negra
Ação Coagulante: ocorre a destruição do fibrinogênio que deixa o sangue incoagulável.
◦ Jararaca, surucucu, cascavel
Ação Proteolítica: provoca necrose tecidual devido a decomposição das proteínas.
◦ Jararaca, surucucu, aranha marrom
Ação Neurotoxica: age no sistema nervoso provocando ptose palpebral,
adormecimento local, alterações de consciência e perturbações visuais
◦ Cascavel, escorpião amarelo
PROF. PRISCILA G. C. BONTEMPELI
Escorpião
Escorpião Amarelo Escorpião Preto
Escorpião Marrom
Manifestações Clinicas
Acidentes Leves
 Dor local
 Parestesia
 Edema discreto
 Taquicardia
 Agitação
 Vômito
Acidentes Moderados
 Sinais e sintomas locais
 Sialorreia
 Discreta sudorese
 Náuseas e vômitos ocasionais
 Hipertensão
Taquicardia
Manifestações Clinicas
Acidentes Graves
 Sinais e sintomas locais
 Náuseas e vômitos frequentes
 Sialorreia
 Lacrimejamento
 Agitação
 Sudorese
 Hipotermia
 Taquicardia
 Hipertensão arterial
Taquipneia
 Tremores
 Espasmos musculares
 Paralisias
 Convulsões
 Bradicardia
 Edema agudo pulmonar
 Colapso cardiocirculatório
 Prostração
 Coma e morte
Tratamento e Exames
O tratamento se baseia em:
Soro antiescorpiônico:
◦ 2-3 ampolas nos casos moderados
◦ 4-6 ampolas nos casos graves
Analgesia:
◦ VO
◦ IM
◦ Bloqueio local
Exames:
ECG
RX tórax
TC
Exames de sangue
Aranhas
Existem mais de 35.000 espécies
São terrestres
Solo, fendas, buracos, sob arvores, troncos, cupinzeiros ...
Veneno e Mecanismo de Ação
Despolarização das fibras musculares e fibras nervosas sensitivas, motoras
liberando neurotransmissores
Manifestações Locais
Acidente Leve
 Predomínio de
manifestações locais
 Dor
 Irradiação raiz do
membro
 Taquicardia secundaria a
dor
Acidentes Moderados
 Dor local
 Taquicardia
 Hipertensão
 Sudorese discreta
 Agitação
 Visão turva
 Vômitos
 Priapismo
 Sialorreia discreta
Acidentes Graves
 Vômitos frequentes
 Bradicardia
 Hipotensão
 Insuficiência cardíaca
 Arritmias cardíacas
 Choque
 Dispneia
 Convulsão
 PCR
Tratamento
Analgésico sistêmico
Anestésico local
Soro Antiaracnideo
◦ Casos leves: 1 ml neutraliza
◦ Casos moderados: 2 – 4 ampolas em 30 min
◦ Casos graves: 5 – 10 ampolas sem diluição
Quadro Clínico – Local
Acidente Brotropico
Dor local intensa
Linfadenopatia
Bolhas com conteúdo seroso ou hemorrágico, necrótico ou mesmo purulento -
após 12 horas.
Quadro Clínico Sistêmico
Sangramentos: pequenos nos casos leves ou moderados (gengivorragia,
hematúria, púrpuras, equimoses em locais distantes da picada), menos
frequentes são hemoptise, hematêmese, epistaxe.
Anemia Hipotensão: Acidente Grave
Choque: Liberação de mediadores inflamatórios
Tratamento
Repouso
Analgésicos
Limpeza do local com água e
sabão
Hidratação
Monitorizar sinais vitais e diurese
Soroterapia o mais precoce
possível
Soroterapia
O mais precoce possível - IV
Diluir com SH 0,9% ou SG 5%
Cada ampola 10 ml  25 mg veneno
Após 12 horas, se TC alterado, fazer
mais metade da dose inicial
Hemorragias
Hemorragia é caracterizada por uma intensa perda de sangue por algum orifício,
ou corte, para dentro ou para fora do corpo. Sempre que um indivíduo for
identificado com uma hemorragia de maior volume e que não ceda
espontaneamente, recomenda-se levá-lo ao hospital o mais rápido possível.
 A hemorragia pode ser classificada como:
Hemorragia Interna: ocorre quando não a vemos sem exames específicos ou
quando há um pequeno sangramento no nariz ou nos ouvidos e
Hemorragia Externa: ocorre quando o sangue pode ser visto a olho nu, como
ocorre nos acidentes automobilísticos, por exemplo.
Hemorragias
Como acontece a hemorragia
A hemorragia acontece devido a uma lesão de diferentes vasos da circulação
sanguínea, podendo ser:
Hemorragias
1. Capilar
É o sangramento mais comum, que acontece no dia-a-dia, geralmente,
devido a pequenos cortes ou escoriações, em que apenas os pequenos vasos
que chegam até a superfície do corpo, chamados de capilares, são atingidos.
O que fazer: como este tipo de hemorragia é leve e de pequena quantidade,
ela costuma parar sozinha, após 5 a 10 minutos. Deve-se lavar o local com
água e sabão e, depois, cobrir com um curativo limpo e seco.
Hemorragias
2. Venosa
É a hemorragia que acontece devido a algum corte grande ou mais profundo,
com sangramento em fluxo contínuo e lento, por vezes de grande volume,
através da ferida.
O que fazer: este tipo de sangramento só é grave quando se atinge uma veia
de grosso calibre, e, por isso, costuma parar com a compressão do local, com
um pano limpo. Deve-se procurar o pronto-socorro pois, geralmente, é
necessária a realização de uma sutura da ferida para que não haja risco de
infecção ou novo sangramento.
Hemorragias
3. Arterial
É o tipo de hemorragia em que são atingidas as artérias, vasos que levam sangue
do coração ao resto do corpo e, por isso, têm sangue vermelho vivo, com grande
fluxo e intensidade. O sangramento arterial é o tipo mais grave, e pode, até,
provocar jatos de sangue para locais distantes do corpo e risco de morte.
O que fazer: como é um sangramento grave, deve ser parado o mais rápido
possível, com a compressão forte do local com panos limpos ou com a realização
de um torniquete, pois é uma hemorragia de mais difícil controle. Deve-se ir
rapidamente ao pronto-socorro ou ligar para o 192. Se o sangramento for em
um braço ou perna, pode-se elevar o membro para facilitar a contenção.
Hemorragias
O torniquete não deve ficar muito tempo impedindo a circulação, pois, se
esta ficar ausente por um longo período, pode causar morte dos tecidos
desse membro, o que reforça a importância de chegar rapidamente ao
pronto socorro.
Existe ainda a hemorragia do tipo mista, que é quando mais de um tipo de
vaso é atingido, geralmente devido a algum acidente ou pancada forte, e
podendo ser mais difícil de identificar.
Hemorragias
Sinais e sintomas da hemorragia
Os sintomas provocados por um sangramento dependem não só da origem, mas
também da sua localização, podendo ser classificada em:
Hemorragia externa
Quando a hemorragia é externa, pode-se, facilmente, notar a sua presença, pela
exteriorização de sangue. Sua quantidade e intensidade depende do tipo de
vaso afetado, e se é uma região do corpo com muitos vasos. Por exemplo, cortes
no couro cabeludo causam mais sangramento, mesmo sendo pequenos, pois é
uma região muito vascularizada.
Hemorragias
Hemorragia interna
Quando é interna, pode ser mais
difícil de identificar, porém os sinais
que indicam a presença de uma
hemorragia deste tipo são:
 Palidez e cansaço;
 Pulso rápido e fraco;
 Respiração acelerada;
 Muita sede;
 Queda da pressão;
 Náuseas ou vômitos com sangue;
 Confusão mental ou desmaios;
 Muita dor do abdômen, que fica
endurecido.
Hemorragias
Uma das formas de hemorragia interna mais frequente é a cerebral, que leva ao
surgimento de um AVC hemorrágico.
Hemorragias
Outros tipos de hemorragia
Existem alguns exemplos de hemorragias internas que se exteriorizam, e os mais
comuns incluem:
Nas fezes, devido a uma lesão no intestino ou hemorroidas, por exemplo, que é a
hemorragia digestiva baixa;
Na tosse, também conhecida como hemoptise, que acontece devido a infecções
respiratórias, lesões nos pulmões ou câncer, por exemplo;
No útero, devido a alterações menstruais ou miomas, por exemplo;
Na urina, causado por infecções ou cálculos urinários;
No nariz, ou epistaxe, devido a espirros ou irritação da mucosa do nariz, por
exemplo.
Hemorragias
Como identificar uma hemorragia
Quando há uma hemorragia externa, deve-se observar a coloração do
sangue, se a cor for vermelho vivo, será um jato forte necessitando de uma
compressa feita imediatamente, pois há grande risco de morte por perda
sanguínea.
Se a cor do sangue for mais escura, há menor risco de morte, mas também é
uma situação grave que deve ser tratada o quanto antes.
A hemorragia interna pode ser observada através da saída de uma pequena
quantidade de sangue pelas narinas ou nos ouvidos e dor abdominal intensa.
Hemorragias
Como parar uma hemorragia
Recomenda-se fazer um garrote alguns centímetros acima da lesão: Amarrar
uma camisa limpa em um braço, ou uma perna que tenha um sangramento
grave.
As hemorragias internas só podem ser cessadas pelos médicos e é
preciso levar o indivíduo para o hospital o mais rápido possível.
Principais complicações que podem ocorrer: Risco de infecção e o estado de
choque hipovolêmico, devido a falta de sangue nos principais órgãos do
organismo que são o cérebro, coração e rins.

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Primeiros Socorros - Afogamento

  • 1. Afogamento / Asfixia ou Sufocação / Acidentes com Animais Peçonhentos / Hemorragias PROFA ENFA JADE ALBUQUERQUE
  • 2. Afogamento O afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza por submersão ou imersão que venha a inundar o aparelho respiratório. Resultará na suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.
  • 3. Epidemiologia - Anualmente: 140 mil óbitos por afogamento no mundo. -EUA: 9 mil óbitos por ano. - Na faixa de 1 a 4 anos é a 2ª causa externa de morte no Brasil, EUA e África do Sul e a 1ª na Austrália. No Brasil: - 7.183 óbitos por afogamento (4,44/100.000 habitantes). - 60% dos casos em adultos envolvem ingestão alcóolica. O principal local do evento é o mar.
  • 4. Principais Causas Que Contribuem Para Um Afogamento:  Uso de drogas.  Epilepsia.  Traumatismos.  Acidentes de mergulho.  Doenças cardíacas e/ou pulmonares.  Outros, como: indivíduos com até 8 anos por falta de supervisão dos responsáveis, falta de colete em locais recreativos, ingestão excessiva de alimentos.
  • 5. Principais Locais De Ocorrência: Até 2 anos:  Ambiente doméstico, como por exemplo em banheiras; Acidentes envolvendo vasos sanitários, baldes de limpeza, piscinas e até mesmo caixas de esgoto;
  • 6. Acima de 2 anos:  Rios, lagoas, represas, praias e também locais privados, como academias, clubes e piscinas particulares.
  • 7. Fisiopatologia do Afogamento Asfixia No Afogamento: Duas Formas 1. Asfixia seca- espasmo reflexo da glote. 2. Asfixia úmida- Entrada de líquido nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio por gás carbônico de duas formas principais: a) Obstrução parcial das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido; b) Inundação dos alvéolos por líquido.
  • 8. Ambas as situações provocam a diminuição ou abolição da passagem do oxigênio para a circulação, e do gás carbônico para o meio externo. As complicações serão maiores ou menores de acordo com a quantidade de líquido aspirado, nos diversos graus do afogamento.
  • 9. As Fases Do Afogamento 1. Angústia e pânico 2. Luta para manter-se na superfície 3. Submersão 4. Apnéia voluntária 5. Aspiração inicial de líquido durante a submersão 6. Entrada de água em vias aéreas, inundando o pulmão
  • 10. Tipos De Acidentes Na Água Os traumas poderão ocorrer tanto na profundidade, na superfície ou perto da água. Acidentes que envolvem vários esportes. Traumas causados por acidentes de navegação, esqui-aquático e de mergulhos. Nestes, há obstrução de vias aéreas, fraturas, hemorragias e ferimentos nos tecidos moles. Existem também acidentes relacionados indiretamente com a água, como: Quedas de pontes e Acidentes com veículos.
  • 12. O Socorro Na Água Se Você For A Vítima:  Mantenha a calma.  Mantenha-se apenas flutuando e acene por Socorro.  No mar, uma boa forma de se salvar é nadar ou deixar-se levar para alto-mar, fora da arrebentação (das ondas).  Acenar por socorro e aguardar.  Em rios ou enchentes, procure manter os pés a frente da cabeça, usando as mãos e os braços para dar flutuação.  Não se desespere tentando alcançar a margem de forma perpendicular, tente alcancá-la obliquamente utilizando a correnteza a seu favor.
  • 13. Se Você For O Socorrista:  Decida o local por onde irá atingir ou ficar mais próximo da vítima.  Tente realizar o socorro sem entrar na água.  Se você decidiu entrar na água para socorrer: 1. Avise alguém que você tentará salvar e que chame por socorro profissional; 2. Leve consigo algum material de flutuação;
  • 14.  Retire roupas e sapatos que possam pesar na água. Entre sempre mantendo a visão da vítima.  Deixe que a vítima se acalme antes de chegar muito perto. Durante o socorro, mantenha-se calmo, e acima de tudo, não se exponha a riscos desnecessários. Transição Da Água Para A Areia  Coloque seu braço esquerdo por sob a axila esquerda da vítima e trave o braço esquerdo.  O braço direito do socorrista por sob a axila direita da vítima segurando o queixo de forma a abrir as vias aéreas, desobstruindo-as, permitindo a ventilação durante o transporte. Quando possível utilize uma prancha de imobilização e colar cervical, ou improvise com prancha de surf.
  • 15. Suporte Básico De Vida Na Areia Ou Borda Da Piscina Primeira Etapa:  Ao chegar na areia: Afogado em posição paralela a água, de forma que o socorrista fique com suas costas voltada para o mar, e a vítima com a cabeça do seu lado esquerdo.  A cabeça e o tronco devem ficar na mesma linha horizontal.  A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, alem de facilitar a ocorrência de vômitos.  Cheque a resposta da vítima perguntando, "Você está me ouvindo?"
  • 16. Segunda Etapa:  Se houver resposta da vítima ela está viva, então a coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para o grau de afogamento. Avalie então se há necessidade de chamar o resgate e aguarde o socorro chegar.  Se não houver resposta da vítima (inconsciente) – Chame o resgate e fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço , sempre atente para a possibilidade de trauma cervical. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral.Já em vítimas com PCR, efetuar a RCP.
  • 17. Condutas Indispensáveis:  Remover a vítima da água o mais rapidamente possível; Fique sempre atento a sua segurança pessoal durante o resgate; Não tentar resgates aquáticos se não for treinado e estiver em boas condições físicas; Solicitar auxílio e manter o paciente na horizontal em paralelo a água; Não tentar retirar a água dos pulmões ou do estomago. Caso o paciente inconsciente apresenta vômitos coloque-o em posição lateral de segurança;
  • 18. Medidas De Prevenção Em Praias:  Nade sempre perto de um guarda-vidas. Nade longe de pedras ou estacas.  Nunca tente salvar alguém em apuros se não tiver confiança em fazê-lo. Muitas pessoas morrem desta forma, esses casos são denominados afogamentos duplos.  Antes de mergulhar no mar - certifique-se da profundidade.  Afaste-se de animais marinhos como água-viva e caravelas. Tome conhecimento e obedeça as sinalizações de perigo na praia.
  • 19.  É o local de maior ocorrência de afogamentos (mais de 85% dos casos). Sempre que houver ondas, haverá uma corrente de retorno. Sua força varia diretamente com o tamanho das ondas. Para reconhecer uma corrente de retorno (vala):  Geralmente aparece entre dois locais mais rasos (bancos de areia).  Se apresenta como o local mais escuro e com o menor número ou tamanho nas ondas.  É o local onde aparenta maior calmaria. Apresenta ondulação em direção contrária as outras ondas que quebram na praia. CORRENTE DE RETORNO (VALA)
  • 20. Asfixia ou Sufocação Asfixia é a interrupção dos movimentos respiratórios ou da entrada de ar nos pulmões. Esta obstrução da passagem de ar pode ser causada por: - Corpo estranho; - Estrangulamento; - Soterramento; - Pela língua; - Choque elétrico; - Veneno; - Gases tóxicos; - Entre outros.
  • 21. Asfixia ou Sufocação Sinais e Sintomas: 1) A vítima não consegue falar e tem dificuldades respiratórias; 2) Palidez; 3) Dilatação das pupilas; 4) Respiração ruidosa e tosse – obstrução parcial; 5) Tonalidade azulada na face e extremidades- obstrução total.
  • 22. Asfixia ou Sufocação Medidas a serem tomadas em adultos em caso de engasgos: 1) Abra a sua boca e tente visualizar o corpo estranho, sem colocar seus dedos dentro da boca da vítima; 2) Se a vítima estiver em pé, aproxime-se pelas costas, posicione-se atrás dela, abaixe a sua cabeça e efetue de 4 a 6 tapotagens (tapas com a mão em forma de concha) nas costas; 3) Caso a vítima continue engasgada, realize a manobra de Heimlich como descreveremos a seguir: 1º. Passo – Posicione-se atrás da vítima; 2º. Passo – Posicione sua mão fechada na altura do estômago; 3º. Passo – Posicione a sua outra mão sobre a primeira; 4º. Passo – Faça de 2 a 8 compressões abdominais firmes. Se não obtiver sucesso, repita a operação; 5º. Passo – Caso a vítima esteja inconsciente, faça a reanimação Cardiopulmonar (RCP) até que chegue o socorro especializado.
  • 23. Asfixia ou Sufocação Medidas a serem tomadas em bebês engasgados: 1) Constate a obstrução; 2) Posicione o bebê de bruços em seu antebraço com a cabeça mais baixa que o ventre; 3) Realize de 4 a 10 tapotagens em suas costas, de forma que não o machuque; 4) Vire o bebê de costas em seu antebraço e verifique a cavidade oral em busca do corpo estranho; 5) Repita a operação até a chegada do socorro ou ida a um hospital.
  • 24. Acidentes por Animais Peçonhentos Problema de saúde publica. É a segunda maior causa de atendimentos nos centros de controle de intoxicações Classificação ◦ Aracnídeos: escorpiões e aranhas ◦ Ofídicos: serpentes
  • 25. Ação das Peçonhas Ação Hemolítica: age destruindo as hemácias do sangue ◦ Jararaca, viúva negra Ação Coagulante: ocorre a destruição do fibrinogênio que deixa o sangue incoagulável. ◦ Jararaca, surucucu, cascavel Ação Proteolítica: provoca necrose tecidual devido a decomposição das proteínas. ◦ Jararaca, surucucu, aranha marrom Ação Neurotoxica: age no sistema nervoso provocando ptose palpebral, adormecimento local, alterações de consciência e perturbações visuais ◦ Cascavel, escorpião amarelo
  • 26. PROF. PRISCILA G. C. BONTEMPELI Escorpião Escorpião Amarelo Escorpião Preto Escorpião Marrom
  • 27. Manifestações Clinicas Acidentes Leves  Dor local  Parestesia  Edema discreto  Taquicardia  Agitação  Vômito Acidentes Moderados  Sinais e sintomas locais  Sialorreia  Discreta sudorese  Náuseas e vômitos ocasionais  Hipertensão Taquicardia
  • 28. Manifestações Clinicas Acidentes Graves  Sinais e sintomas locais  Náuseas e vômitos frequentes  Sialorreia  Lacrimejamento  Agitação  Sudorese  Hipotermia  Taquicardia  Hipertensão arterial Taquipneia  Tremores  Espasmos musculares  Paralisias  Convulsões  Bradicardia  Edema agudo pulmonar  Colapso cardiocirculatório  Prostração  Coma e morte
  • 29. Tratamento e Exames O tratamento se baseia em: Soro antiescorpiônico: ◦ 2-3 ampolas nos casos moderados ◦ 4-6 ampolas nos casos graves Analgesia: ◦ VO ◦ IM ◦ Bloqueio local Exames: ECG RX tórax TC Exames de sangue
  • 30. Aranhas Existem mais de 35.000 espécies São terrestres Solo, fendas, buracos, sob arvores, troncos, cupinzeiros ... Veneno e Mecanismo de Ação Despolarização das fibras musculares e fibras nervosas sensitivas, motoras liberando neurotransmissores
  • 31. Manifestações Locais Acidente Leve  Predomínio de manifestações locais  Dor  Irradiação raiz do membro  Taquicardia secundaria a dor Acidentes Moderados  Dor local  Taquicardia  Hipertensão  Sudorese discreta  Agitação  Visão turva  Vômitos  Priapismo  Sialorreia discreta Acidentes Graves  Vômitos frequentes  Bradicardia  Hipotensão  Insuficiência cardíaca  Arritmias cardíacas  Choque  Dispneia  Convulsão  PCR
  • 32. Tratamento Analgésico sistêmico Anestésico local Soro Antiaracnideo ◦ Casos leves: 1 ml neutraliza ◦ Casos moderados: 2 – 4 ampolas em 30 min ◦ Casos graves: 5 – 10 ampolas sem diluição
  • 33. Quadro Clínico – Local Acidente Brotropico Dor local intensa Linfadenopatia Bolhas com conteúdo seroso ou hemorrágico, necrótico ou mesmo purulento - após 12 horas. Quadro Clínico Sistêmico Sangramentos: pequenos nos casos leves ou moderados (gengivorragia, hematúria, púrpuras, equimoses em locais distantes da picada), menos frequentes são hemoptise, hematêmese, epistaxe. Anemia Hipotensão: Acidente Grave Choque: Liberação de mediadores inflamatórios
  • 34.
  • 35. Tratamento Repouso Analgésicos Limpeza do local com água e sabão Hidratação Monitorizar sinais vitais e diurese Soroterapia o mais precoce possível Soroterapia O mais precoce possível - IV Diluir com SH 0,9% ou SG 5% Cada ampola 10 ml  25 mg veneno Após 12 horas, se TC alterado, fazer mais metade da dose inicial
  • 36. Hemorragias Hemorragia é caracterizada por uma intensa perda de sangue por algum orifício, ou corte, para dentro ou para fora do corpo. Sempre que um indivíduo for identificado com uma hemorragia de maior volume e que não ceda espontaneamente, recomenda-se levá-lo ao hospital o mais rápido possível.  A hemorragia pode ser classificada como: Hemorragia Interna: ocorre quando não a vemos sem exames específicos ou quando há um pequeno sangramento no nariz ou nos ouvidos e Hemorragia Externa: ocorre quando o sangue pode ser visto a olho nu, como ocorre nos acidentes automobilísticos, por exemplo.
  • 37. Hemorragias Como acontece a hemorragia A hemorragia acontece devido a uma lesão de diferentes vasos da circulação sanguínea, podendo ser:
  • 38. Hemorragias 1. Capilar É o sangramento mais comum, que acontece no dia-a-dia, geralmente, devido a pequenos cortes ou escoriações, em que apenas os pequenos vasos que chegam até a superfície do corpo, chamados de capilares, são atingidos. O que fazer: como este tipo de hemorragia é leve e de pequena quantidade, ela costuma parar sozinha, após 5 a 10 minutos. Deve-se lavar o local com água e sabão e, depois, cobrir com um curativo limpo e seco.
  • 39. Hemorragias 2. Venosa É a hemorragia que acontece devido a algum corte grande ou mais profundo, com sangramento em fluxo contínuo e lento, por vezes de grande volume, através da ferida. O que fazer: este tipo de sangramento só é grave quando se atinge uma veia de grosso calibre, e, por isso, costuma parar com a compressão do local, com um pano limpo. Deve-se procurar o pronto-socorro pois, geralmente, é necessária a realização de uma sutura da ferida para que não haja risco de infecção ou novo sangramento.
  • 40. Hemorragias 3. Arterial É o tipo de hemorragia em que são atingidas as artérias, vasos que levam sangue do coração ao resto do corpo e, por isso, têm sangue vermelho vivo, com grande fluxo e intensidade. O sangramento arterial é o tipo mais grave, e pode, até, provocar jatos de sangue para locais distantes do corpo e risco de morte. O que fazer: como é um sangramento grave, deve ser parado o mais rápido possível, com a compressão forte do local com panos limpos ou com a realização de um torniquete, pois é uma hemorragia de mais difícil controle. Deve-se ir rapidamente ao pronto-socorro ou ligar para o 192. Se o sangramento for em um braço ou perna, pode-se elevar o membro para facilitar a contenção.
  • 41. Hemorragias O torniquete não deve ficar muito tempo impedindo a circulação, pois, se esta ficar ausente por um longo período, pode causar morte dos tecidos desse membro, o que reforça a importância de chegar rapidamente ao pronto socorro. Existe ainda a hemorragia do tipo mista, que é quando mais de um tipo de vaso é atingido, geralmente devido a algum acidente ou pancada forte, e podendo ser mais difícil de identificar.
  • 42. Hemorragias Sinais e sintomas da hemorragia Os sintomas provocados por um sangramento dependem não só da origem, mas também da sua localização, podendo ser classificada em: Hemorragia externa Quando a hemorragia é externa, pode-se, facilmente, notar a sua presença, pela exteriorização de sangue. Sua quantidade e intensidade depende do tipo de vaso afetado, e se é uma região do corpo com muitos vasos. Por exemplo, cortes no couro cabeludo causam mais sangramento, mesmo sendo pequenos, pois é uma região muito vascularizada.
  • 43. Hemorragias Hemorragia interna Quando é interna, pode ser mais difícil de identificar, porém os sinais que indicam a presença de uma hemorragia deste tipo são:  Palidez e cansaço;  Pulso rápido e fraco;  Respiração acelerada;  Muita sede;  Queda da pressão;  Náuseas ou vômitos com sangue;  Confusão mental ou desmaios;  Muita dor do abdômen, que fica endurecido.
  • 44. Hemorragias Uma das formas de hemorragia interna mais frequente é a cerebral, que leva ao surgimento de um AVC hemorrágico.
  • 45. Hemorragias Outros tipos de hemorragia Existem alguns exemplos de hemorragias internas que se exteriorizam, e os mais comuns incluem: Nas fezes, devido a uma lesão no intestino ou hemorroidas, por exemplo, que é a hemorragia digestiva baixa; Na tosse, também conhecida como hemoptise, que acontece devido a infecções respiratórias, lesões nos pulmões ou câncer, por exemplo; No útero, devido a alterações menstruais ou miomas, por exemplo; Na urina, causado por infecções ou cálculos urinários; No nariz, ou epistaxe, devido a espirros ou irritação da mucosa do nariz, por exemplo.
  • 46. Hemorragias Como identificar uma hemorragia Quando há uma hemorragia externa, deve-se observar a coloração do sangue, se a cor for vermelho vivo, será um jato forte necessitando de uma compressa feita imediatamente, pois há grande risco de morte por perda sanguínea. Se a cor do sangue for mais escura, há menor risco de morte, mas também é uma situação grave que deve ser tratada o quanto antes. A hemorragia interna pode ser observada através da saída de uma pequena quantidade de sangue pelas narinas ou nos ouvidos e dor abdominal intensa.
  • 47. Hemorragias Como parar uma hemorragia Recomenda-se fazer um garrote alguns centímetros acima da lesão: Amarrar uma camisa limpa em um braço, ou uma perna que tenha um sangramento grave. As hemorragias internas só podem ser cessadas pelos médicos e é preciso levar o indivíduo para o hospital o mais rápido possível. Principais complicações que podem ocorrer: Risco de infecção e o estado de choque hipovolêmico, devido a falta de sangue nos principais órgãos do organismo que são o cérebro, coração e rins.