Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 93-94
1.
2.
3.
4. [linhas 1-5]
A vida de Frei Luís de Sousa já fora
tratada num livro escrito por um
estrangeiro (Ferdinand Denis), que
Garrett considera ter prejudicado a
história do grande escritor que começara
por se chamar Manuel de Sousa
Coutinho.
5. [6-9]
Na história da família de Manuel de
Sousa Coutinho, tal como foi fixada na
tradição, vemos a mesma simplicidade
das tragédias gregas[, condimentada,
porém, com a sensibilidade típica da
cultura cristã].
6. [10-13]
Por exemplo, após a «catástrofe»,
Madalena e Manuel não morrem
propriamente, apenas se retiram da /
abdicam da vida secular.
7. [14-35]
Garrett adoptou «drama» como
indicação de género da sua obra, mas, no
fundo, reconhece que a peça tem
características de um outro género, a
tragédia. Uma das razões que o fizeram
8.
9. escolher aquela designação foi não estar a
peça escrita em verso. Tendo Frei Luís de
Sousa (aka Manuel de Sousa Coutinho)
sido um brilhante prosador, não podia o
dramaturgo pôr a personagem respectiva
a exprimir-se em rima / versos / poesia.
10. [36-38]
Garrett não quis retirar força à
ação (já tão trágica e dramática), e
por isso preferiu não lhe acrescentar
situações por si inventadas.
11. [39-47]
Segue-se um parágrafo em que se
contrasta a parcimónia de processos
de Frei Luís de Sousa com o que era
habitual nas tragédias e com as
peripécias a que vinha recorrendo o
drama (género que, nas linhas 42-44,
Garrett não se esquece de caricaturar /
ridicularizar).
12. [48-49]
Modestamente (ou, mais provavel-
mente, com falsa modéstia), Garrett
declara ter dúvidas de ter conseguido
galvanizar o público, mas acrescenta
logo que o dramaturgo que alcance esse
objectivo (sem usar, é claro, os «truques
fáceis» a que se aludira no parágrafo
anterior) terá então encontrado a
fórmula da «tragédia nova».
13. [50-61]
Finalmente, adverte não se ter
preocupado em seguir sempre a
verdade [histórica]. Dá mais importância
à Literatura do que à História. Diz ser
missão dos escritores instruir o povo
através de obras acessíveis, não
maçadoras.
14.
15. Os acontecimentos são dirigidos pelo
destino, cujo poder se revela por meio de
presságios e indícios de fatalidade: a
profecia do regresso de D. Sebastião; os
pressentimentos e receios de D.
Madalena; os sonhos e visões de Maria;
as falas agoirentas de Telmo; os
diálogos carregados de ameaças
suspensas; o caráter funesto do tempo
(sete anos, sexta-feira, «dia fatal», «hora
fatal»).
16. A intriga inclui os três elementos
essenciais da tragédia clássica: a
peripécia (chegada dos espanhóis, que
leva Manuel de Sousa a incendiar o
palácio e a deslocar-se para o espaço
fatal); a anagnórise (reconhecimento do
Romeiro como D. João de Portugal); a
catástrofe (morte de Maria e clausura
dos pais).
17. O coro trágico é corporizado na
personagem de Telmo, bem como no
grupo de frades que recita o ofício
litúrgico dos mortos.
As personagens principais
pertencem à nobreza e gozam de boa
fortuna até a desgraça se abater sobre
elas em consequência de um erro
involuntário (provocado pelo destino)
cometido no passado (o «crime» de D.
Madalena).
18.
19.
20. Alguns autores de tragédias
Grécia
Ésquilo (Persas, Oresteia, As Suplicantes)
Sófocles (Édipo Rei, Antígona)
Eurípedes (Medeia, As Troianas, As Bacantes)
França
Racine (Bérénice, Iphigénie, Phèdre)
Corneille (Médée, Le Cid)
Inglaterra
Shakespeare (Hamlet, Macbeth, Otelo, Júlio Cesar,
Romeu e Julieta)
Portugal
António Ferreira (Castro)
33. oração su bordinante
O Hamlet que prefiro é o dos Gato Fedorento.
oração subordinada relativa restritiva
modificador restritivo (de Hamlet)
O Hamlet preferível é o dos Gato Fedorento.
preferido
34. Hamlet, que é uma tragédia de Shakespeare,
terá sido escrito entre 1599 e 1601.
E
35. oração subordinante
Hamlet, que é uma tragédia de Shakespeare,
terá sido escrito entre 1599 e 1601.
oração subordinada relativa explicativa
modificador apositivo (de Hamlet)
Hamlet, uma tragédia de Shakespeare, terá sido
escrito entre 1599 e 1601.
36. O Hamlet que tem comichão não é o dos Monty
Python. R
37. subor dinante
O Hamlet que tem comichão não é o dos Monty Python.
subordinada relativa restritiva
modificador restritivo
comichoso
38. Gosto das tragédias de Shakespeare,
que nunca são enfadonhas. E
Gosto das tragédias de Shakespeare que
nunca são enfadonhas. R
[Supunha-se haver algumas que, por
vezes, são enfadonhas]
39. subordinante
Gosto das tragédias de Shakespeare,
que nunca são enfadonhas.
subordinada relativa explicativa
modificador apositivo
40. Conjuntivo
Gosto das tragédias que não sejam
enfadonhas. R
Indicativo
Gosto das tragédias que não são
enfadonhas. R
Gosto das tragédias, que não são
enfadonhas. E
41. subordinante
Gosto das tragédias que não sejam enfadonhas.
subordinada relativa restritiva
modificador restritivo
Gosto das tragédias desenfastiantes.
pouco secantes.
43. subordinante
Gosto de sketches cujos protagonistas
sejam psiquiatras e Hamlet.
subordinada relativa restritiva
modificador restritivo
44. Vi o Frei Luís de Sousa cuja Maria é
representada por Alexandra Lencastre.
R
Vi o Frei Luís de Sousa, cuja Maria é
representada por Alexandra Lencastre.
E
[Se já antes se tiver assumido qual é a
encenação de que se está falar.]
45. subordinante
Vi o Frei Luís de Sousa cuja Maria é
representada por Alexandra Lencastre.
subordinada relativa restritiva
modificador restritivo
Vi o Frei Luís de Sousa dos anos oitenta.
modernaço.
47. antecedente
Vimos já a peça Madalena, que é musicada.
pronome relativo
Fomos a uma igreja onde Vieira discursou.
advérbio relativo
S. Roque tem um teto cujas pinturas nos enganam.
determinante relativo
48.
49. TPC — Em Gaveta de Nuvens, pus
instruções para tarefa sobre Os Maias.