2. Compreender o conceito de políticas
públicas e como ele se entretece nas
questões primordiais da formação do ser
humano
Compreender o conceito de
responsividade nas políticas públicas
3. Do grego: ‘pólis’ que significa cidade.
Para os gregos a cidade era o Estado.
Política é a arte de viver harmoniosamente em
comunidade.
Foio filósofo grego Aristóteles que primeiro nos deu as
primeiras lições de política: "se todas as comunidades
visam a algum bem, é evidente que a mais importante
de todas elas, e, que inclui todas as outras e tem mais
que todas este objetivo e visa ao mais importante de
todos os bens; ela se chama cidade e é a comunidade
política" .
4. Nas últimas décadas, felizmente, o Brasil vem
consolidando a democracia em sincronia com
outros países da América Latina.
Depois de uma longa história de autoritarismo
percebe-se uma maior participação da população
nas decisões em geral.
5. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.
6.
7. Do latim civitas, que significa "cidade".
Pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente
articulada – um país – e que lhe atribui um conjunto de direitos e
obrigações, sob vigência de uma constituição.
Conforme o direito internacional, indicativo de nacionalidade, de
pertencimento a um Estado-Nação
Em segundo lugar, na ciência política e sociologia o termo adquire
sentido mais amplo, a cidadania substantiva é definida como a posse
de direitos civis, políticos e sociais
Direitos civis, políticos e sociais para toda a população de uma nação.
com a criação do Estado de Bem-Estar Social
Princípios mais coletivistas e igualitários.
Os movimentos sociais e a efetiva participação da população em geral
foram fundamentais para que houvesse uma ampliação significativa dos
direitos políticos, sociais e civis alçando um nível geral suficiente de bem-
estar econômico, lazer, educação e político.
8.
9. O resgate da dignidade humana no cenário
nacional é um processo irreversível desde a
promulgação da Constituição Federal de 88 e
tem sido princípio fundamental para a
construção da cidadania e da nossa
democracia.
10. Numa democracia
representativa, que é o
caso brasileiro, uma
pessoa é eleita com certa
quantidade de votos para
‘representar o povo’,
decidir em nome do povo.
O eleitor dá uma
procuração para o
candidato poder trabalhar
em seu benefício e em
benefício de uma
coletividade, pelo menos
em tese.
11.
12. Respeito incondicional pela essência do ser
humano
Cada um é um e é a humanidade ao mesmo
tempo
Formação Humana crescimento conjunto
(pedagógica, política, filosófica e estética de
transformação da sociedade)
Transformação amorosa e individual, do micro
para o macro.
13.
14. despertar a essência
Tecer uma nova realidade, proporcionando a
consciência de unidade corpo-mente e unidade
com outros seres.
O Ser Humano como uma realidade viva, mutável,
pulsante, complexa novos significados e novas
consciências
Autoconhecimento, criatividade e percepção
individual, o olhar sobre si mesmo
Despertar a resiliência
15. Nos conduz a uma nova forma de
responsabilizar-se pela nossa própria
existência, nosso aqui e agora
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22. Eça de Queiroz “Políticos e fraldas devem
ser trocados de tempos em tempos pelo
mesmo motivo.”
23. Quando se fala em políticas públicas e seus
efeitos
Pensamos em avaliar as demandas, seus
impactos nos setores econômicos, sociais,
tecnológicos, científicos e, em seguida,
compreender se esses resultados que vêm
surgindo nas últimas décadas trouxeram, de
alguma forma, uma melhoria na tomada de
decisões importantes para a superação das
desigualdades sociais.
24. É preciso entender como a sociedade, o
cidadão, as organizações e até mesmo os
representantes do povo exercem suas
atividades lutando em favor ou
contra o estabelecimento de metas que
realmente conduzam a uma
mudança da realidade , a um
desper tar de consciência de que
a realidade sócio-econômico-
cultural pode ser transformada em
benefício de muitos.
30. • O meu pai era paulista • Vi cidades, vi dinheiro
Meu avô, pernambucano Bandoleiros, vi hospícios
O meu bisavô, mineiro Moças feito passarinho
Meu tataravô, baiano Avoando de edifícios
Meu maestro soberano Fume Ari, cheire Vinícius
Foi Antonio Brasileiro Beba Nelson Cavaquinho
• Foi Antonio Brasileiro • Para um coração mesquinho
Quem soprou esta toada Contra a solidão agreste
Que cobri de redondilhas Luiz Gonzaga é tiro certo
Pra seguir minha jornada Pixinguinha é inconteste
E com a vista enevoada Tome Noel, Cartola, Orestes
Ver o inferno e maravilhas Caetano e João Gilberto
• Nessas tortuosas trilhas • Viva Erasmo, Ben, Roberto
A viola me redime Gil e Hermeto, palmas para
Creia, ilustre cavalheiro Todos os instrumentistas
Contra fel, moléstia, crime Salve Edu, Bituca, Nara
Use Dorival Caymmi Gal, Bethania, Rita, Clara
Vá de Jackson do Pandeiro Evoé, jovens à vista
31. Alejo Carpentier (1969): terceiro estilo
Contextos raciais: homens de uma mesma
nacionalidade pertencentes às etnias diferentes,
diferentes culturas;
Contextos econômicos: instabilidade de uma economia
sob interesses alheios;
Contextos ctônicos: crenças e práticas antigas se
incorporaram em práticas culturais e religiosas;
Contextos de desajustamento cronológico: retardamento
da chegada de bens intelectuais, científicos idéias
políticas etc;
Contextos culturais: absorve teorias e práticas diferentes
Contextos políticos: golpes militares, esquerda tardia e
caduca
32. O fenômeno do multiculturalismo força as
origens a se esconder porque são
consideradas menores e vergonhosas diante
do padrão imposto pela mídia, pelos ‘mais
evoluídos’
Bolsões culturais, estratos semióticos são
descaradamente negados em nome da
qualidade da Educação (cujo padrão foi forjado
nas culturas ‘superiores’
34. Direitos Humanos vão além: os
seres humanos são portadores de
direitos inalienáveis, independente
da delimitação geopolítica.
35. Democracia: maioria escolhe seus governantes.
Minorias: não podem ser oprimidas pela
maioria, todos têm direitos.
35
36. Mas... se todos são considerados iguais
em suas necessidades, desrespeitamos
as necessidades específicas dos grupos
ou indivíduos. Ex: crianças, jovens,
idosos, mulheres, homossexuais,
índios, sem-teto, agricultores,
aposentados, deficientes...
37. O direito à diferença expressa-se nas diferenças
individuais: crença, gênero, idade... respeitar e
dar espaço para estas diferenças se manifestarem é
uma atitude democrática e desejável.
Grau de desenvolvimento de uma democracia pode
ser medido por este respeito.
37
38. • É social, criada nas
relações de
injustiças sociais.
– Ex: ricos têm direito
à educação e saúde
de qualidade, pobres
não; a sinalização
nas ruas é pensada
apenas para os
“videntes”.
38
39.
40. Portanto, todos são iguais em direitos. Ex: direito
de ir e vir. Mas... tratar a todos, sem considerar
suas necessidades específicas, gera a desigualdade.
40
41. Eqüidade: é a diferença dentro da
igualdade. sem eqüidade não existe
democracia.
41
42. Boaventura Souza
Santos, sociólogo
português: "temos
direito a reivindicar
a igualdade sempre
que a diferença nos
inferioriza e temos
direito de reivindicar
a diferença sempre
que a igualdade nos
descaracteriza."
42
43.
44. O multi-culturalismo latino americano, e por
extensão, o brasileiro, aumenta a complexidade na
escola
a responsabilidade recai sobre o professor
precisa trabalhar conteúdos legitimados pela
ciência, dentro dos padrões de qualidade erigidos
pela cultura capitalista e valores regulamentados
pela cultura dominante
o professor é um dos primeiros agentes de
negação dos processos semióticos latentes das
camadas culturais herdadas do processo evolutivo
da América Latina do qual ele mesmo é filho
45. objetivar uma transformação social
comporta e tolera a integralidade dos
indivíduos e sua história única, mas ao mesmo
tempo plural
tolerar e compartilhar um conjunto de
conhecimentos, competências, habilidades e
valores tanto da cultura dominante quanto dos
processos semióticos negados
concebendo a aprendizagem do ponto de vista
dos que aprendem
46. Fazer emergir os processos semióticos negados por meio
de:
pesquisas, entrevistas, debates, exercícios orais com as
famílias e comunidades, como uma oportunidade de reelaborar
imagens
criar mapas onde constem árvores genealógicas de todos
organizar visitas a museus e centros de cultura
promover pesquisas sobre as diferentes vertentes artísticas
-pinturas e artesanato, trabalhos orais, poesia, trabalhos
musicais (folclore e atuais), variantes da culinária.
destacar a questão do negro e do índio e dos portadores de
necessidades especiais
47. Utilizar linguagens verbais, não verbais e
sincréticas:jornal mural, cartazes publicitários,
programas de rádio, biografias, histórias de vida,
descrições, filmes etc. para esclarecer o prejuízo do
preconceito
Propor a elaboração de documentos sobre ações que
possam erradicar qualquer tipo de preconceito na
escola e na comunidade
Utilizar o ruído como agente promotor de mudança
atingir o princípio da ordem pelo ruído, devolver a
integridade de um sistema, sem precisar negar as
identidades complexas
48. Promover a interdisciplinaridade de modo a:
resgatar as memórias históricas, reafirmar identidades
étnicas
valorizar conhecimentos, discursos e informações de
fontes alternativas
desenvolver currículos, programas e materiais didáticos
valorizando nossa riqueza cultural, os movimentos de
apoio a minorias étnicas e culturais, portadores de
necessidades especiais
as multilinguagens da mídia de expressão nacional
adaptar produtos tecnológicos às necessidades culturais
e educacionais nacionais
propor modelos arquitetônicos de prédios escolares mais
adaptados ao clima tropical
gestão educacional vislumbrando a identidade complexa
49. A solidariedade é mais ativa porque os indivíduos solidários têm entre si
energia, compaixão e recursos - se não tiverem recursos, irão buscar
recursos, pois têm muita energia para isso.
50. Habilitado a intervir com diversas populações:
crianças, jovens, adultos, idosos
em contextos sociais, culturais e educativos diversos.
O Educador Social não trabalha só com indivíduos
em situação de vulnerabilidade, mas também com
pessoas, independentemente da etapa de vida em
que se encontram, estejam ou não em situação de
vulnerabilidade social.
51. Um Educador Social é um profissional que está apto
para intervir nas mais diversas situações, é
importante salientar que apesar desta profissão não
ser muito divulgada e conhecida, é um profissional
competente para intervir e educar a sociedade lá
fora.
52. Promover a socialização de uma cultura em
direitos humanos;
Afetar a naturalidade e normalidade das
violações;
Ter uma intervenção sistemática na formação
de valores, hábitos e atitudes;
Fortalecer as estratégias dos movimentos e a
dimensão axiológica da ação transformadora;
53. Promover o pluralismo e o regime
democrático e erradicar o autoritarismo;
Formar sujeitos para o reconhecimento da
dignidade e para o exercício ativo da
cidadania democrática;
Promover o respeito à diversidade
sociocultural exercitando e estimulando
convivências e relações de solidariedade;
54. Nenhum ser humano pode viver sozinho,
fora de qualquer comunidade. Pertencer a
grupos sociais, da família à sociedade
planetária, é um princípio não apenas de
nossa sobrevivência material, mas também
de nossa identidade, de nosso
desenvolvimento intelectual, de nosso
equilíbrio afetivo. Isto é verdade inclusive; e
talvez sobretudo; em uma sociedade
individualista. (Perrenoud, 2003)
55.
56. 1. Incorpora a visão crítica e política de
educação;
2. Promove uma ética e uma cultura democrática
e republicana;
3. Cria multiplicidades de possibilidades de
ações e metodologias de ação;
4. Permeia e atravessa as relações de poder
5. Desenvolve-se de modo desigual na
construção do processo de democratização
social
57. 6. Potencial crítico e transformador da realidade
pedagógica, da realidade social e institucional
7. Atravessa os conteúdos e as práticas
educacionais e sociais, ressignificando os
métodos, os conteúdos, as relações, os
projetos de vida e de trabalho, o clima e a
cultura.
8. Flexibiliza a interrelação entre temas e
conteúdos
9. Promove o diálogo intercultural, valorizando as
diferenças socioculturais inserindo-as no
currículo;
58. 10. Permeia e atua no cotidiano, articulando o
vivencial com o abstrato, o prático com o
teórico;
11. Possibilita a construção e formação de
sujeitos capazes de reconhecer, respeitar e
solidarizar-se com as diferenças;
12. Integraliza as concepções históricas dos
direitos humanos;
13. Adota os princípios metodológicos da
educação popular – dialogicidade-
solidariedade- autonomia – indignação-
discursividade;
59. A política tem a nobre missão de se empenhar
na realização do bem comum.
O poder de decisão que conferimos aos que
nós elegemos não dá a esse indivíduo o direito
de usar esse poder em seu benefício.
60. É verdadeira a frase: Não deve dar o peixe,
mas ensinar a pescar. É a educação que faz
com que o povo revolucione o país. Já tivemos
grandes movimentos éticos no país: o
movimento contra a ditadura militar, os caras-
pintadas e as recentes passeatas contra a
corrupção.
61. Educar em Direitos Humanos é fomentar
processos de educação formal e não formal, de
modo a contribuir para a construção da
cidadania, o conhecimento dos direitos
fundamentais, o respeito à pluralidade e à
diversidade sexual, étnica, racial, cultural, de
gênero e de crenças religiosas.
62.
63. Para Bakhtin (2010), responsividade é uma
resposta responsável.
Na medida em que a resposta conduz à idéia
de diálogo responsável entre o EU e o OUTRO,
neste percurso espelhados tanto no cidadão
quanto no governo.
64. No caso brasileiro, a diversidade cultural
resultado de um processo de colonização
autoritário, revoluções abafadas,
impedimento de nascimento de uma
identidade nacional, acarretou um sem-
número de cruzamentos de diferentes
signos.
Por esta razão, vítimas de diversas formas de
espoliações e humilhações o povo brasileiro
carrega uma fenda imensa quando se trata de
discutir política.
65. A consciência política precisa ser despertada
ou ensinada de alguma forma, a participação
da escola, dos representantes das
comunidades e outros formadores de opinião
desempenham um papel importante na
construção da consciência de ser-estar no
mundo em relação a si mesmo e ao meio em
que vive, tendo tutelados seus direitos e
garantias individuais.
66.
67. Imagina que não há céu, é fácil se tentares,
Imagine there’s no heaven, it’s easy if you try,
68. Sem inferno sob nós, sobre nós apenas céu,
No hell below us, above us only sky,
69. Imagina toda a gente que hoje vive...
Imagine all the people living for today...
70. Imagina que não há países, não é difícil de fazer,
Imagine there’s no countries, It isn’t hard to do,
71. Nada por que matar ou morrer,
Nothing to kill or die for,