SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 45
Retinopatia da Prematuridade
Orientador: Dr. Alexandre Bezerra
Discentes: Isaac Braz
Kelson Kemuel
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN
Reunião científica
CASO CLINICO RETINOAPTIA DA
PREMATURIDADE
ALF 40 anos natural do Rio de Janeiro, nasceu prematura no Hospital da Marinha
com 900 gramas e 29 semanas de gestação. Ficou internada na UIT neonatal por volta de
90 dias, dos quais 60 deles em oxigênio terapia. Informa parada respiratória, não fez exames
de fundo de olho na maternidade.
Com 4 meses de vida, após a alta hospitalar, os pais perceberam um leve
estrabismo, procuraram assistência oftalmológica em Brasília, onde foi diagnosticado
descolamento de retina cicatricial pela retinopatia da prematuridade. Na ocasião realizou
exames de eletrofisiologia onde foi identificado 10% de visão residual.
Passou sua infância e adolescência no Rio de Janeiro sem alteração do quadro
clínico e visual. No final da adolescência começou a ser acompanhada pelo Dr. Helder Costa
que constatou uma diminuição da visão devido a presença de um glaucoma secundário.
Em janeiro de 2007 a paciente se muda para Natal onde desde então se encontra
em acompanhamento no serviço privado. A acuidade visual era no olho direito
(OD): percepção luminosa (PL) e no olho esquerdo (OE): conta dedos a 20 cm;
Pressão intra-ocular (PIO) no OD: 16 mmHg e OE: 10 mmHg; fundo de olho OD:
retinopatia da prematuridade ROP IV cicatricial associado a dragging macular OE:
retinopatia da prematuridade ROP IV cicatricial. A paciente usava medicações
para o tratamento do glaucoma secundário.
Foto ilustrativa do dragging macular
Em 2008 realizou várias consultas para controle da PIO, controle esse que necessitou de
mudança de medicações, chegando a usar drogas combinadas de alta potência na tentativa
de controle. A pressão intra-ocular era 38 mmHg no olho direito, olho esquerdo sempre se
manteve dentro da normalidade. Em julho de 2008 precisou realizar procedimento cirúrgico
(ciclofotoablação trans-escleral) para controle da PIO no olho direito, devido a um glaucoma
neovascular de aparecimento tardio.
Em 2009 se manteve com PIO controlada nos dois olhos, contudo a acuidade
visual no olho direito baixou para cegueira total, não percepção luminosa (NPL). No início
do mês de novembro foi diagnosticada com descolamento de retina regmatogênico em
região superior do olho esquerdo, olho de melhor visão, com acuidade visual de conta
dedos a 20 cm. Realizou procedimento cirúrgico de descolamento de retina (vitrectomia via
pars plana) associado a fotocoagulação a Laser no intra e no pós-operatório para prevenir a
sua recidiva. Em dezembro evolui com glaucoma neovascular e uveíte secundária iniciando
medicações específicas.
Em 2010 passou o dois primeiros bimestres tentando controle da PIO no olho
esquerdo sem muito sucesso, pressão intra-ocular chegando aos 42 mmHg.
Acuidade visual nesse período piorou e foi indicado cirurgia para controle do
glaucoma (válvula de drenagem) associado a cirurgia da catarata secundária,
procedimento realizado em junho. Final do mesmo ano observamos que a visão
havia piorado, era de NPL olho direito e de PL em olho esquerdo.
Atualmente se encontra com quadro estável, acuidade visual mantida
OD: NPL e OE: PL sem dor, com pressão intra-ocular no OD: 16 mmHg e OE: 13
mmHg sem uso de medicações.
Desenvolvimento da Retina
- Vídeo (0,43s - 2,10s)
https://youtu.be/RwyiWYovQpc
Anatomia
Anatomia
- 10 camadas
Anatomia
- Vascularização
Definição e Epidemiologia
ROP é uma doença decorrente do desenvolvimento anormal da vascularização da retina em
prematuros ou em recém nascidos de baixo peso.
Alguns dados epidemiológicos…:
❏ Suécia: 73%; 35%
❏ Noruega: 33%
❏ Bélgica: 26%
❏ Austrália e NZ: 10%
❏ Áustria: 16%
❏ Finlândia: 5-10%
❏ Brasil: 6% (Porto Alegre, RS); 35,71% (Riberão Preto, SP)
HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, [s.l.], v. 382, n.
9902, p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6.
Fisiopatologia
- Distúrbio da vascularização da retina
- Fase 1 e Fase 2
Fase 1
PARTO PREMATURO
HIPERÓXIA
PERDA DOS FATORES DE
CRESCIMENTO MATERNO-
FETAL
PARADA DA ANGIOGÊNESE DA RETINA
PERDA DE VASOS SANGUINEOS
HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, [s.l.], v. 382, n.
9902, p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6.
FASE 2
METABOLISMO DA RETINA
HIPÓXIA
NEOVASCULARIZAÇÃO
DESCOLAMENTO DE RETINA HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, [s.l.], v. 382, n.
9902, p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6.
Fisiopatologia
- Outros mecanismos…
Classificação
HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of
prematurity. The Lancet, [s.l.], v. 382, n. 9902, p.1445-1457, out. 2013.
Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6.
ASANO, Matthew K.; DRAY, Philip B.. Retinopathy of prematurity. Disease-
a-month, [s.l.], v. 60, n. 6, p.282-291, jun. 2014. Elsevier BV.
http://dx.doi.org/10.1016/j.disamonth.2014.03.009.
Stage 1: Demarcation line
Stage 2: Ridge (“cume”, “colina”, “cordilheira”)
Stage 3: extraretinal fibrovascular proliferation (leve)
- tortuosidade e dilatação dos vasos;
- Fingerlike extensions ao vítreo
Stage 3: extraretinal fibrovascular proliferation
(moderada)
Stage 3: extraretinal fibrovascular proliferation
(moderada)
Infiltração maciça de tecido fibrovascular no cume Infiltração do vítreo por proliferação fibrótica.
Stage 3: extraretinal fibrovascular proliferation
(severa)
Stage 4: Parcial retina detachement
Estágio 4A Estágio 4B
Stage 5: Total retina detachment
Plus disease
- Presença de dilatação venosa e tortuosidade arteriolar em pelo menos dois
quadrantes da retina.
- Pode comprometer a região anterior do olho (engurgitamento da iris, abertura
pupilar e “embaçamento do vítreo”)
Alguém com sono???
Fatores de risco
1. ↑ FiO2 ou SpO2 - hiperóxia sistêmica
2. Baixa idade gestacional ao nascer
3. Baixo peso em relação à IG ao nascer
4. Baixos níveis séricos de IGF-1
a. Fator de crescimento essencial para o desenvolvimento dos órgãos, incluindo vasos sanguíneos e cérebro
b. Nutrição inadequada, estresse, infecção e jejum prolongado contribuem para ↓ IGF-1
5. Hiperglicemia e ↑ do uso de insulina
a. Aumento do aporte nutricional sem a normalização dos níveis de IGF-1
Imaturidade da retina
+
falta de fatores providos in utero
+
exposição prolongada a fatores
adversos pós-natais
Fatores de risco
6. ↓ níveis de Ω-3 na dieta
a. O parto prematuro interrompe a transferência materno-fetal.
7. Dieta parenteral total
a. Baixo teor de Ω-3 na composição.
8. Infecções neonatais - inflamação sistêmica e hiperóxia (O2 suplementar)
9. Fatores genéticos - Mais frequente na etnia branca e no sexo masculino
Screening
• Ideal: diretrizes regionais
• Indicações atuais em vários países…
• IG menor ou igual 30-35 semanas
• PN menor ou igual a 1500-2000g
• Diferenças entre países desenvolvidos vs. Países em desenvolvimento
• EUA - 30 semanas ou menos, ou 1500g ou menos ao nascer, ou recém-nascido
“maduro” com evolução clínica instável no pós-parto
• Peru - 33 semanas ou menos, ou 2000g ou menos ao nascer.
Screening
• Brasil
• Indicações:
PN ≤ 1500g e/ou IG ≤ 32 semanas
Considerar o exame em RN com os fatores de risco:
1. Síndrome do desconforto respiratório
2. Sepse
3. Transfusões sanguíneas
4. Gestação múltipla
5. Hemorragia intraventricular
Ref: I Workshop de ROP, Outubro 2002, RJ
Screening
• Brasil
• Seguimento:
1. Retina imatura, zona 1: semanal
2. Retina imatura, zona 2: a cada 2 semanas
3. Retina madura (zona 3): 6 meses
4. RP não indicativa de TTT: a cada 3-7 dias
Ref: I Workshop de ROP, Outubro 2002, RJ
Screening
• Em locais de elevada qualidade do serviço de neonatologia, do total de
crianças submetidas ao rastreio, somente 5 a 10% precisarão do tratamento.
• ↓ número de exames em grandes centros → exame doloroso para o bebê +
oneroso para o sistema.
• Algoritmo WINROP - monitoramento do ganho ponderal 1x/semana até
32sem pós-menstruais
• Identificar os bebês com ganho ponderal insuficiente - ↑↑ risco de evolução para RP severa
• Sensibilidade de 98,6% para a detecção dos bebês que precisariam de tratamento
Screening
Princípios
• O início e a progressão da RP são determinados predominantemente pela
idade pós-menstrual, de modo que é possível determinar um tempo
apropriado para o início do screening.
• RP geralmente se desenvolve entre 32 e 44 semanas pós-menstruais
• O começo da RP é raro antes de 31 semanas pós-menstruais. Exames
precoces podem ter nenhum valor.
• A RP estágio 3 se instala por volta de 34-42 semanas pós-menstruais.
Screening
Princípios
• Objetivos:
• Identificar RP com potencial de progressão para a
forma severa (estágio 3)
• Identificar RP severa, que possui indicação de
tratamento.
• O primeiro exame deve ocorrer entre 4 e
6 semanas pós-natais
O exame oftalmológico
O primeiro exame deve ser feito no hospital!
O retinólogo deve fazer o mapeamento da retina:
1. Abordagem do bebê com 4 a 6 semanas de vida ainda no hospital.
2. Realizar o exame mesmo nos bebês muito doentes (incubadoras ou O2 suplementar).
3. Pingar midriático pelo menos 40min antes do exame.
4. Oftalmoscopia indireta com oftalmoscópio binocular com lente de 28 a 30 Di.
5. O espéculo palpebral pode ser utilizado, facilitando a inspeção da retina periférica →
Pingar anestésico local.
O exame oftalmológico
Avaliação da RP:
1. Severidade (International Classification of ROP)
• Pupila que não dilata (acometimento anterior)
• Persistência da tunica vasculosa lentis após 34 sem PM
2. Topografia da doença (zonas)
• Zona 1 muito frequentemente → estágio 3
• Zona 2 provavelmente → estágio 3
• Confinada em Zona 3 raramente → estágio 3
3. Extensão da doença em horas
• Maior o número de horas → Maior a probabilidade de progressão
4. Doença plus
Desfechos e complicações
• Complicações
• Descolamento de retina (estágios 4 e 5)  leucocoria
• Glaucoma - deslocamento anterior da íris e cristalino  estreitamento da câmara anterior
• Desfechos a longo-prazo (CRYO-ROP e ETROP)
• RP severa frequentemente leva à perda visual a longo-prazo, podendo chegar à cegueira.
• A maioria dos casos de RP não-proliferativa cursa com regressão espontânea, embora persista déficit visual
• Até 70% das crianças tratadas com laser por RP severa evoluem com miopia.
• Cerca de 80% das crianças com histórico de RP severa evoluem com estrabismo nos primeiros 6 anos de vida.
• CRYO-ROP: 33% dos olhos tratados evoluíram para cegueira, enquanto 50% dos olhos não tratados evoluíram para cegueira.
• ETROP: o tratamento precoce, ou seja, antes do limiar, somente proporciona benefícios no grupo com doença mais severa
(doença plus).
Tratamento
• Estudo CRYO-ROP (2001) legitimou a ablação da retina avascular como
alternativa terapêutica eficaz na redução de cegueira em 17% dos casos
• Seguimento de 10 anos
• Indicação: Doença limiar:
Estágio 3
+
5 horas contíguas ou 8 horas cumulativas
+
sinais de doença plus
Tratamento
• Bebês muito prematuros geralmente iniciam a RP pela retina nasal (zona 2)
→ progressão provável para estágio 3
• Existem benefícios no tratamento precoce dessa população? Sim!
• Estudo ETROP
• Classificação: Early Treatment for ROP
• Tipo 1 - RP pré-limiar agressiva posterior  Tratamento
• Tipo 2 - necessita de acompanhamento.
• Zona 1: qualquer RP + plus
• Zona 1: estágio 3 sem plus
• Zona 2: estágio 2 ou 3 + plus
Tratamento
• Indicações
ETROP e CRYO-ROP
Deve ser realizado em até 72h (SBP e SBOP)
• Modalidades
Crioterapia substituída pela ablação transpupilar da retina avascular a laser 
melhores desfechos visuais e redução de efeitos adversos
Uso off-label - Bevacizumab (Avastin)
. Anticorpo anti-VEGF de injeção intravitreal
. reduzir a expressão in loco do VEGF  Fase 2
. Estudo randomizado N=150  bons resultados em RP de zona 1 e menor recorrência (comparado ao laser)
. Série retrospectiva (N=9) de recorrência após anti-VEGF  laser mostrou-se útil no tratamento das recorrências.
. Faltam estudos  efeitos adversos sistêmicos, dose ótima, desfechos em médio e longo-prazo.
Onde entra o neonatologista?
• Comorbidades
1. Displasia broncopulmonar
2. Enterocolite necrotisante
3. Hemorragia intraventricular
4. Disfunções neurológicas
5. Pobre crescimento cerebral
• Retina faz parte do SNC e RP compartilha fatores de risco com essas condições
• Controle dos fatores de risco é muito provavelmente mais eficaz que o
tratamento tardio da neovascularização
• Atuação sobre a RP e sobre as comorbidades.
• Portanto, deve-se atentar para:
1. Controle da oferta de oxigênio,
2. Normalização dos níveis séricos de IGF-1,
3. Aporte nutricional adequado,
4. Prevenção de infecção e inflamação,
5. Redução da hiperglicemia e do uso de insulina,
6. Fornecimento adequado de omega-3.
Onde entra o neonatologista?
Referências
1. HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, v. 382, n. 9902,
p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6.
2. SMITH, Lois E.; HARD, Anna-lena; HELLSTRÖM, Ann. The Biology of Retinopathy of Prematurity. Clinics In
Perinatology, v. 40, n. 2, p.201-214, jun. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.clp.2013.02.002.
3. ASANO, Matthew K.; DRAY, Philip B.. Retinopathy of prematurity. Disease-a-month, v. 60, n. 6, p.282-291, jun. 2014.
Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.disamonth.2014.03.009.
4. QUINN, Graham E.. Retinopathy of prematurity in Brazil: an emerging problem. J Pediatr (rio J), v. 83, n. 3, p.191-193,
1 jun. 2007. Jornal de Pediatria. http://dx.doi.org/10.2223/jped.1631.
5. The International Classification of Retinopathy of Prematurity Revisited. Arch Ophtalmol. 2005; 123: 991-999.
6. HU, Jennifer et al. Reactivation of Retinopathy of Prematurity After Bevacizumab Injection. Archives Of
Ophthalmology, v. 130, n. 8, p.1000-1006, 1 ago. 2012. American Medical Association (AMA).
http://dx.doi.org/10.1001/archophthalmol.2012.592.
Referências
7. HÅRD, Anna-lena; HELLSTRÖM, Ann. On safety, pharmacokinetics and dosage of bevacizumab in ROP treatment - a
review. Acta Paediatrica, [s.l.], v. 100, n. 12, p.1523-1527, 29 set. 2011. Wiley-Blackwell.
http://dx.doi.org/10.1111/j.1651-2227.2011.02445.x.
8. Mintz-Hittner HA, Kennedy KA, Chuang AZ. Effi cacy of intravitreal bevacizumab for stage 3+ retinopathy of
prematurity. N Engl J Med 2011; 364: 603–15.
9. Cryotherapy for Retinopathy of Prematurity Cooperative Group. Multicenter trial of cryotherapy for retinopathy of
prematurity: ophthalmological outcomes at 10 years. Arch Ophthalmol 2001; 119: 1110–18.
10. SBP e SBOP. Prevenção de Cegueira Infantil causada por Retinopatia da Prematuridade - Estratégia de Exame e
Critérios de Triagem.
11. The Royal College of Ophthalmologists. Retinopathy of Prematurity: Guidelines for Screening and Treatment. 1995.
12. American Academy of Ophthalmology. Tunica Vasculosa Lentis. Disponível em:
<http://www.aao.org/bcscsnippetdetail.aspx?id=8141b556-e95c-4fd3-bae8-4f5545eab2e9>. Acesso em 10/05/2016.
Obrigado!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Semiologia 08 oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
Semiologia 08   oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdfSemiologia 08   oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
Semiologia 08 oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdfJucie Vasconcelos
 
Síndromes do tronco cerebral e de múltiplos nervos
Síndromes do tronco cerebral e de múltiplos nervosSíndromes do tronco cerebral e de múltiplos nervos
Síndromes do tronco cerebral e de múltiplos nervosneuroligaunivasf
 
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)SMS - Petrópolis
 
Doenças+exantemática
Doenças+exantemáticaDoenças+exantemática
Doenças+exantemáticablogped1
 
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
3 interpretação e conduta dos resultados citologicosCinthia13Lima
 
Transtornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosTranstornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosAroldo Gavioli
 
COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...
COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...
COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...Leonardo Savassi
 
As reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagem
As reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagemAs reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagem
As reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagemuniversitária
 
Neuroftalmologia parte II
Neuroftalmologia parte IINeuroftalmologia parte II
Neuroftalmologia parte IIDiego Mascato
 
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoParto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoCaroline Reis Gonçalves
 
Técnicas de abordagem familiar
Técnicas de abordagem familiarTécnicas de abordagem familiar
Técnicas de abordagem familiarLeonardo Savassi
 
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de CasoGravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de CasoKarina Pereira
 

Mais procurados (20)

Semiologia 08 oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
Semiologia 08   oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdfSemiologia 08   oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
Semiologia 08 oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
 
Síndromes do tronco cerebral e de múltiplos nervos
Síndromes do tronco cerebral e de múltiplos nervosSíndromes do tronco cerebral e de múltiplos nervos
Síndromes do tronco cerebral e de múltiplos nervos
 
DOR EM RECÉM-NASCIDOS: COMO AVALIAR, PREVENIR E TRATAR
DOR EM RECÉM-NASCIDOS: COMO AVALIAR, PREVENIR E TRATARDOR EM RECÉM-NASCIDOS: COMO AVALIAR, PREVENIR E TRATAR
DOR EM RECÉM-NASCIDOS: COMO AVALIAR, PREVENIR E TRATAR
 
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
 
Oftalmia neonatal
Oftalmia neonatalOftalmia neonatal
Oftalmia neonatal
 
Doenças+exantemática
Doenças+exantemáticaDoenças+exantemática
Doenças+exantemática
 
Aula - enterocolite necosante
Aula - enterocolite necosanteAula - enterocolite necosante
Aula - enterocolite necosante
 
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
 
Dermatite Atopica
Dermatite AtopicaDermatite Atopica
Dermatite Atopica
 
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
3 interpretação e conduta dos resultados citologicos
 
Transtornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosTranstornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicos
 
Fundoscopia direta
Fundoscopia diretaFundoscopia direta
Fundoscopia direta
 
Retinopatia diabética
Retinopatia diabéticaRetinopatia diabética
Retinopatia diabética
 
COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...
COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...
COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...
 
As reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagem
As reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagemAs reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagem
As reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagem
 
Neuroftalmologia parte II
Neuroftalmologia parte IINeuroftalmologia parte II
Neuroftalmologia parte II
 
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoParto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
 
Técnicas de abordagem familiar
Técnicas de abordagem familiarTécnicas de abordagem familiar
Técnicas de abordagem familiar
 
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de CasoGravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
 
Diagnóstico clínico
Diagnóstico clínicoDiagnóstico clínico
Diagnóstico clínico
 

Destaque

Inclusión Socioeconómica - LA EDUCACIÓN MÉDICA INTERCULTURAL: UNA PROPUESTA P...
Inclusión Socioeconómica - LA EDUCACIÓN MÉDICA INTERCULTURAL: UNA PROPUESTA P...Inclusión Socioeconómica - LA EDUCACIÓN MÉDICA INTERCULTURAL: UNA PROPUESTA P...
Inclusión Socioeconómica - LA EDUCACIÓN MÉDICA INTERCULTURAL: UNA PROPUESTA P...Fundacion CeiBa
 
Fisiologia das contrações
Fisiologia das  contraçõesFisiologia das  contrações
Fisiologia das contraçõesIzabella D'Luna
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN na CIENTEC 2015: "Científica, Lúdica e...
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN  na  CIENTEC 2015:  "Científica, Lúdica e...Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN  na  CIENTEC 2015:  "Científica, Lúdica e...
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN na CIENTEC 2015: "Científica, Lúdica e...Laped Ufrn
 
Árvore dos problemas
Árvore dos problemasÁrvore dos problemas
Árvore dos problemasSofia Cavaco
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN: - Relatório Atividades 2016
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN: - Relatório Atividades 2016Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN: - Relatório Atividades 2016
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN: - Relatório Atividades 2016Laped Ufrn
 
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...Laped Ufrn
 
Herpes zoster acquired in utero - Case Report
Herpes zoster acquired in utero - Case ReportHerpes zoster acquired in utero - Case Report
Herpes zoster acquired in utero - Case ReportLaped Ufrn
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Relatório de Atividades - ...
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Relatório de Atividades - ...Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Relatório de Atividades - ...
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Relatório de Atividades - ...Laped Ufrn
 
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCCâncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCLaped Ufrn
 
Dislipidemias na Infância
Dislipidemias na InfânciaDislipidemias na Infância
Dislipidemias na InfânciaLaped Ufrn
 
Hematúria na infância
Hematúria na infânciaHematúria na infância
Hematúria na infânciaLaped Ufrn
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Planejamento 2016.1
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Planejamento 2016.1Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Planejamento 2016.1
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Planejamento 2016.1Laped Ufrn
 
Xantogranuloma Juvenil Congênito Gigante
Xantogranuloma Juvenil Congênito GiganteXantogranuloma Juvenil Congênito Gigante
Xantogranuloma Juvenil Congênito GiganteLaped Ufrn
 
Carta Convite (Modelo) - I Jornada de Infectopediatria do RN
Carta Convite (Modelo) - I Jornada de Infectopediatria do RN Carta Convite (Modelo) - I Jornada de Infectopediatria do RN
Carta Convite (Modelo) - I Jornada de Infectopediatria do RN Laped Ufrn
 
Libro neonatologia U de chile
Libro neonatologia U de chileLibro neonatologia U de chile
Libro neonatologia U de chilePaulina Méndez
 
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinataisAspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinataisJosé Luiz
 

Destaque (20)

áRvore (1)
áRvore (1)áRvore (1)
áRvore (1)
 
Inclusión Socioeconómica - LA EDUCACIÓN MÉDICA INTERCULTURAL: UNA PROPUESTA P...
Inclusión Socioeconómica - LA EDUCACIÓN MÉDICA INTERCULTURAL: UNA PROPUESTA P...Inclusión Socioeconómica - LA EDUCACIÓN MÉDICA INTERCULTURAL: UNA PROPUESTA P...
Inclusión Socioeconómica - LA EDUCACIÓN MÉDICA INTERCULTURAL: UNA PROPUESTA P...
 
Retinopatia
Retinopatia Retinopatia
Retinopatia
 
Fisiologia das contrações
Fisiologia das  contraçõesFisiologia das  contrações
Fisiologia das contrações
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN na CIENTEC 2015: "Científica, Lúdica e...
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN  na  CIENTEC 2015:  "Científica, Lúdica e...Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN  na  CIENTEC 2015:  "Científica, Lúdica e...
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN na CIENTEC 2015: "Científica, Lúdica e...
 
Árvore dos problemas
Árvore dos problemasÁrvore dos problemas
Árvore dos problemas
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN: - Relatório Atividades 2016
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN: - Relatório Atividades 2016Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN: - Relatório Atividades 2016
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN: - Relatório Atividades 2016
 
Icteria Neonatal - Liga de Pediatria UNICID
Icteria Neonatal - Liga de Pediatria UNICIDIcteria Neonatal - Liga de Pediatria UNICID
Icteria Neonatal - Liga de Pediatria UNICID
 
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN NO H...
 
Herpes zoster acquired in utero - Case Report
Herpes zoster acquired in utero - Case ReportHerpes zoster acquired in utero - Case Report
Herpes zoster acquired in utero - Case Report
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Relatório de Atividades - ...
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Relatório de Atividades - ...Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Relatório de Atividades - ...
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Relatório de Atividades - ...
 
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCCâncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
 
Dislipidemias na Infância
Dislipidemias na InfânciaDislipidemias na Infância
Dislipidemias na Infância
 
Hematúria na infância
Hematúria na infânciaHematúria na infância
Hematúria na infância
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Planejamento 2016.1
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Planejamento 2016.1Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Planejamento 2016.1
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN - Planejamento 2016.1
 
Xantogranuloma Juvenil Congênito Gigante
Xantogranuloma Juvenil Congênito GiganteXantogranuloma Juvenil Congênito Gigante
Xantogranuloma Juvenil Congênito Gigante
 
Retinopatia
RetinopatiaRetinopatia
Retinopatia
 
Carta Convite (Modelo) - I Jornada de Infectopediatria do RN
Carta Convite (Modelo) - I Jornada de Infectopediatria do RN Carta Convite (Modelo) - I Jornada de Infectopediatria do RN
Carta Convite (Modelo) - I Jornada de Infectopediatria do RN
 
Libro neonatologia U de chile
Libro neonatologia U de chileLibro neonatologia U de chile
Libro neonatologia U de chile
 
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinataisAspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
Aspectos gerais do diagnóstico de infecções congênitas e perinatais
 

Semelhante a Retinopatia da Prematuridade: Revisão e Caso Clínico

Semiologia oftalmologica
Semiologia oftalmologicaSemiologia oftalmologica
Semiologia oftalmologicaCarolina Costa
 
Trabalho OFTALMOSCOPIA DIRETA.pdf
Trabalho OFTALMOSCOPIA DIRETA.pdfTrabalho OFTALMOSCOPIA DIRETA.pdf
Trabalho OFTALMOSCOPIA DIRETA.pdfAnnyFrana2
 
Apresentação neurite óptica.pptx
Apresentação neurite óptica.pptxApresentação neurite óptica.pptx
Apresentação neurite óptica.pptxssuser758c11
 
Curso de Oftalmologia Pediátrica
Curso de Oftalmologia PediátricaCurso de Oftalmologia Pediátrica
Curso de Oftalmologia Pediátricalcmolinari
 
III Jornada de Perinatologia de Joinville
III Jornada de Perinatologia de JoinvilleIII Jornada de Perinatologia de Joinville
III Jornada de Perinatologia de JoinvilleMarcio Fossari
 
Exame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoExame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoEnayad
 
Abordagem do rn prematuro
Abordagem do rn prematuroAbordagem do rn prematuro
Abordagem do rn prematuroAntonio Souto
 
Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1mariacristinasn
 
Sociedade Brasileira de Glaucoma - Segundo Consenso Brasileiro de Glaucoma Pr...
Sociedade Brasileira de Glaucoma - Segundo Consenso Brasileiro de Glaucoma Pr...Sociedade Brasileira de Glaucoma - Segundo Consenso Brasileiro de Glaucoma Pr...
Sociedade Brasileira de Glaucoma - Segundo Consenso Brasileiro de Glaucoma Pr...Michel Bittencourt
 
Hemorragia Intraventricular Neonatal
Hemorragia Intraventricular NeonatalHemorragia Intraventricular Neonatal
Hemorragia Intraventricular NeonatalLeandro Junior
 
AULA ALTERAÇÕES OCULARES NA INFANCIA.pdf
AULA ALTERAÇÕES OCULARES NA INFANCIA.pdfAULA ALTERAÇÕES OCULARES NA INFANCIA.pdf
AULA ALTERAÇÕES OCULARES NA INFANCIA.pdfJOSIANE887150
 
O teste do Olhinho
O teste do OlhinhoO teste do Olhinho
O teste do OlhinhoCarla Macedo
 

Semelhante a Retinopatia da Prematuridade: Revisão e Caso Clínico (20)

Rop retinopatia .pdf
Rop retinopatia .pdfRop retinopatia .pdf
Rop retinopatia .pdf
 
Semiologia oftalmologica
Semiologia oftalmologicaSemiologia oftalmologica
Semiologia oftalmologica
 
Trabalho OFTALMOSCOPIA DIRETA.pdf
Trabalho OFTALMOSCOPIA DIRETA.pdfTrabalho OFTALMOSCOPIA DIRETA.pdf
Trabalho OFTALMOSCOPIA DIRETA.pdf
 
Especial npc
Especial npcEspecial npc
Especial npc
 
Criptorquidia
CriptorquidiaCriptorquidia
Criptorquidia
 
Apresentação neurite óptica.pptx
Apresentação neurite óptica.pptxApresentação neurite óptica.pptx
Apresentação neurite óptica.pptx
 
Curso de Oftalmologia Pediátrica
Curso de Oftalmologia PediátricaCurso de Oftalmologia Pediátrica
Curso de Oftalmologia Pediátrica
 
Patologia obstetricia 2014
Patologia obstetricia  2014Patologia obstetricia  2014
Patologia obstetricia 2014
 
III Jornada de Perinatologia de Joinville
III Jornada de Perinatologia de JoinvilleIII Jornada de Perinatologia de Joinville
III Jornada de Perinatologia de Joinville
 
Exame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoExame do Recém-Nascido
Exame do Recém-Nascido
 
Abordagem do rn prematuro
Abordagem do rn prematuroAbordagem do rn prematuro
Abordagem do rn prematuro
 
Patologias NN.pptx
Patologias NN.pptxPatologias NN.pptx
Patologias NN.pptx
 
Apendicite
ApendiciteApendicite
Apendicite
 
Tu snc bruna
Tu snc  brunaTu snc  bruna
Tu snc bruna
 
Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1
 
Sociedade Brasileira de Glaucoma - Segundo Consenso Brasileiro de Glaucoma Pr...
Sociedade Brasileira de Glaucoma - Segundo Consenso Brasileiro de Glaucoma Pr...Sociedade Brasileira de Glaucoma - Segundo Consenso Brasileiro de Glaucoma Pr...
Sociedade Brasileira de Glaucoma - Segundo Consenso Brasileiro de Glaucoma Pr...
 
exame fisico do RN
exame fisico do RNexame fisico do RN
exame fisico do RN
 
Hemorragia Intraventricular Neonatal
Hemorragia Intraventricular NeonatalHemorragia Intraventricular Neonatal
Hemorragia Intraventricular Neonatal
 
AULA ALTERAÇÕES OCULARES NA INFANCIA.pdf
AULA ALTERAÇÕES OCULARES NA INFANCIA.pdfAULA ALTERAÇÕES OCULARES NA INFANCIA.pdf
AULA ALTERAÇÕES OCULARES NA INFANCIA.pdf
 
O teste do Olhinho
O teste do OlhinhoO teste do Olhinho
O teste do Olhinho
 

Mais de Laped Ufrn

Febre Amarela: Nota Informativa
Febre Amarela: Nota InformativaFebre Amarela: Nota Informativa
Febre Amarela: Nota InformativaLaped Ufrn
 
Relato de Caso - LAPED UFRN
Relato de Caso - LAPED UFRN Relato de Caso - LAPED UFRN
Relato de Caso - LAPED UFRN Laped Ufrn
 
Dor Recorrente em Membros
Dor Recorrente em Membros Dor Recorrente em Membros
Dor Recorrente em Membros Laped Ufrn
 
Lesões Cutâneas do RN
Lesões Cutâneas do RNLesões Cutâneas do RN
Lesões Cutâneas do RNLaped Ufrn
 
Dor abdominal na infância: abordagem e diagnóstico diferencial
Dor abdominal na infância: abordagem e diagnóstico diferencialDor abdominal na infância: abordagem e diagnóstico diferencial
Dor abdominal na infância: abordagem e diagnóstico diferencialLaped Ufrn
 
Exame Físico em Pediatria
Exame Físico em PediatriaExame Físico em Pediatria
Exame Físico em PediatriaLaped Ufrn
 
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN Laped Ufrn
 
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN Laped Ufrn
 
Estágio UTI Neonatal - LAPED UFRN
 Estágio UTI Neonatal - LAPED UFRN  Estágio UTI Neonatal - LAPED UFRN
Estágio UTI Neonatal - LAPED UFRN Laped Ufrn
 
Aleitamento materno e adiposidade adulta
Aleitamento materno e adiposidade adultaAleitamento materno e adiposidade adulta
Aleitamento materno e adiposidade adultaLaped Ufrn
 
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)Laped Ufrn
 
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmáticaDistúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmáticaLaped Ufrn
 
Trombocitopenia na infância - Caso Clínico
Trombocitopenia na infância - Caso ClínicoTrombocitopenia na infância - Caso Clínico
Trombocitopenia na infância - Caso ClínicoLaped Ufrn
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Laped Ufrn
 
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primáriaO exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primáriaLaped Ufrn
 
Hypoglycemia in the Newborn
Hypoglycemia in the NewbornHypoglycemia in the Newborn
Hypoglycemia in the NewbornLaped Ufrn
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN "Quem somos nós?"
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN    "Quem somos nós?"Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN    "Quem somos nós?"
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN "Quem somos nós?"Laped Ufrn
 
Semiologia do recém nascido
Semiologia do recém nascidoSemiologia do recém nascido
Semiologia do recém nascidoLaped Ufrn
 

Mais de Laped Ufrn (19)

Febre Amarela: Nota Informativa
Febre Amarela: Nota InformativaFebre Amarela: Nota Informativa
Febre Amarela: Nota Informativa
 
Relato de Caso - LAPED UFRN
Relato de Caso - LAPED UFRN Relato de Caso - LAPED UFRN
Relato de Caso - LAPED UFRN
 
Dor Recorrente em Membros
Dor Recorrente em Membros Dor Recorrente em Membros
Dor Recorrente em Membros
 
Lesões Cutâneas do RN
Lesões Cutâneas do RNLesões Cutâneas do RN
Lesões Cutâneas do RN
 
Dor abdominal na infância: abordagem e diagnóstico diferencial
Dor abdominal na infância: abordagem e diagnóstico diferencialDor abdominal na infância: abordagem e diagnóstico diferencial
Dor abdominal na infância: abordagem e diagnóstico diferencial
 
Exame Físico em Pediatria
Exame Físico em PediatriaExame Físico em Pediatria
Exame Físico em Pediatria
 
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
 
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
Estágio Pronto Socorro Infantil - LAPED UFRN
 
Estágio UTI Neonatal - LAPED UFRN
 Estágio UTI Neonatal - LAPED UFRN  Estágio UTI Neonatal - LAPED UFRN
Estágio UTI Neonatal - LAPED UFRN
 
Aleitamento materno e adiposidade adulta
Aleitamento materno e adiposidade adultaAleitamento materno e adiposidade adulta
Aleitamento materno e adiposidade adulta
 
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
 
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmáticaDistúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
Distúrbios respiratórios agudos no P.S. infantil: laringite x crise asmática
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
Trombocitopenia na infância - Caso Clínico
Trombocitopenia na infância - Caso ClínicoTrombocitopenia na infância - Caso Clínico
Trombocitopenia na infância - Caso Clínico
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primáriaO exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
 
Hypoglycemia in the Newborn
Hypoglycemia in the NewbornHypoglycemia in the Newborn
Hypoglycemia in the Newborn
 
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN "Quem somos nós?"
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN    "Quem somos nós?"Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN    "Quem somos nós?"
Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN - LAPED UFRN "Quem somos nós?"
 
Semiologia do recém nascido
Semiologia do recém nascidoSemiologia do recém nascido
Semiologia do recém nascido
 

Último

Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 

Último (7)

Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 

Retinopatia da Prematuridade: Revisão e Caso Clínico

  • 1. Retinopatia da Prematuridade Orientador: Dr. Alexandre Bezerra Discentes: Isaac Braz Kelson Kemuel Universidade Federal do Rio Grande do Norte Liga Acadêmica de Pediatria da UFRN Reunião científica
  • 2. CASO CLINICO RETINOAPTIA DA PREMATURIDADE ALF 40 anos natural do Rio de Janeiro, nasceu prematura no Hospital da Marinha com 900 gramas e 29 semanas de gestação. Ficou internada na UIT neonatal por volta de 90 dias, dos quais 60 deles em oxigênio terapia. Informa parada respiratória, não fez exames de fundo de olho na maternidade. Com 4 meses de vida, após a alta hospitalar, os pais perceberam um leve estrabismo, procuraram assistência oftalmológica em Brasília, onde foi diagnosticado descolamento de retina cicatricial pela retinopatia da prematuridade. Na ocasião realizou exames de eletrofisiologia onde foi identificado 10% de visão residual. Passou sua infância e adolescência no Rio de Janeiro sem alteração do quadro clínico e visual. No final da adolescência começou a ser acompanhada pelo Dr. Helder Costa que constatou uma diminuição da visão devido a presença de um glaucoma secundário.
  • 3. Em janeiro de 2007 a paciente se muda para Natal onde desde então se encontra em acompanhamento no serviço privado. A acuidade visual era no olho direito (OD): percepção luminosa (PL) e no olho esquerdo (OE): conta dedos a 20 cm; Pressão intra-ocular (PIO) no OD: 16 mmHg e OE: 10 mmHg; fundo de olho OD: retinopatia da prematuridade ROP IV cicatricial associado a dragging macular OE: retinopatia da prematuridade ROP IV cicatricial. A paciente usava medicações para o tratamento do glaucoma secundário.
  • 4. Foto ilustrativa do dragging macular
  • 5. Em 2008 realizou várias consultas para controle da PIO, controle esse que necessitou de mudança de medicações, chegando a usar drogas combinadas de alta potência na tentativa de controle. A pressão intra-ocular era 38 mmHg no olho direito, olho esquerdo sempre se manteve dentro da normalidade. Em julho de 2008 precisou realizar procedimento cirúrgico (ciclofotoablação trans-escleral) para controle da PIO no olho direito, devido a um glaucoma neovascular de aparecimento tardio. Em 2009 se manteve com PIO controlada nos dois olhos, contudo a acuidade visual no olho direito baixou para cegueira total, não percepção luminosa (NPL). No início do mês de novembro foi diagnosticada com descolamento de retina regmatogênico em região superior do olho esquerdo, olho de melhor visão, com acuidade visual de conta dedos a 20 cm. Realizou procedimento cirúrgico de descolamento de retina (vitrectomia via pars plana) associado a fotocoagulação a Laser no intra e no pós-operatório para prevenir a sua recidiva. Em dezembro evolui com glaucoma neovascular e uveíte secundária iniciando medicações específicas.
  • 6. Em 2010 passou o dois primeiros bimestres tentando controle da PIO no olho esquerdo sem muito sucesso, pressão intra-ocular chegando aos 42 mmHg. Acuidade visual nesse período piorou e foi indicado cirurgia para controle do glaucoma (válvula de drenagem) associado a cirurgia da catarata secundária, procedimento realizado em junho. Final do mesmo ano observamos que a visão havia piorado, era de NPL olho direito e de PL em olho esquerdo. Atualmente se encontra com quadro estável, acuidade visual mantida OD: NPL e OE: PL sem dor, com pressão intra-ocular no OD: 16 mmHg e OE: 13 mmHg sem uso de medicações.
  • 7. Desenvolvimento da Retina - Vídeo (0,43s - 2,10s) https://youtu.be/RwyiWYovQpc
  • 11. Definição e Epidemiologia ROP é uma doença decorrente do desenvolvimento anormal da vascularização da retina em prematuros ou em recém nascidos de baixo peso. Alguns dados epidemiológicos…: ❏ Suécia: 73%; 35% ❏ Noruega: 33% ❏ Bélgica: 26% ❏ Austrália e NZ: 10% ❏ Áustria: 16% ❏ Finlândia: 5-10% ❏ Brasil: 6% (Porto Alegre, RS); 35,71% (Riberão Preto, SP) HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, [s.l.], v. 382, n. 9902, p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6.
  • 12. Fisiopatologia - Distúrbio da vascularização da retina - Fase 1 e Fase 2
  • 13. Fase 1 PARTO PREMATURO HIPERÓXIA PERDA DOS FATORES DE CRESCIMENTO MATERNO- FETAL PARADA DA ANGIOGÊNESE DA RETINA PERDA DE VASOS SANGUINEOS HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, [s.l.], v. 382, n. 9902, p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6.
  • 14. FASE 2 METABOLISMO DA RETINA HIPÓXIA NEOVASCULARIZAÇÃO DESCOLAMENTO DE RETINA HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, [s.l.], v. 382, n. 9902, p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6.
  • 16. Classificação HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, [s.l.], v. 382, n. 9902, p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6. ASANO, Matthew K.; DRAY, Philip B.. Retinopathy of prematurity. Disease- a-month, [s.l.], v. 60, n. 6, p.282-291, jun. 2014. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.disamonth.2014.03.009.
  • 18. Stage 2: Ridge (“cume”, “colina”, “cordilheira”)
  • 19. Stage 3: extraretinal fibrovascular proliferation (leve)
  • 20. - tortuosidade e dilatação dos vasos; - Fingerlike extensions ao vítreo Stage 3: extraretinal fibrovascular proliferation (moderada)
  • 21. Stage 3: extraretinal fibrovascular proliferation (moderada)
  • 22. Infiltração maciça de tecido fibrovascular no cume Infiltração do vítreo por proliferação fibrótica. Stage 3: extraretinal fibrovascular proliferation (severa)
  • 23. Stage 4: Parcial retina detachement Estágio 4A Estágio 4B
  • 24. Stage 5: Total retina detachment
  • 25. Plus disease - Presença de dilatação venosa e tortuosidade arteriolar em pelo menos dois quadrantes da retina. - Pode comprometer a região anterior do olho (engurgitamento da iris, abertura pupilar e “embaçamento do vítreo”)
  • 27. Fatores de risco 1. ↑ FiO2 ou SpO2 - hiperóxia sistêmica 2. Baixa idade gestacional ao nascer 3. Baixo peso em relação à IG ao nascer 4. Baixos níveis séricos de IGF-1 a. Fator de crescimento essencial para o desenvolvimento dos órgãos, incluindo vasos sanguíneos e cérebro b. Nutrição inadequada, estresse, infecção e jejum prolongado contribuem para ↓ IGF-1 5. Hiperglicemia e ↑ do uso de insulina a. Aumento do aporte nutricional sem a normalização dos níveis de IGF-1 Imaturidade da retina + falta de fatores providos in utero + exposição prolongada a fatores adversos pós-natais
  • 28. Fatores de risco 6. ↓ níveis de Ω-3 na dieta a. O parto prematuro interrompe a transferência materno-fetal. 7. Dieta parenteral total a. Baixo teor de Ω-3 na composição. 8. Infecções neonatais - inflamação sistêmica e hiperóxia (O2 suplementar) 9. Fatores genéticos - Mais frequente na etnia branca e no sexo masculino
  • 29. Screening • Ideal: diretrizes regionais • Indicações atuais em vários países… • IG menor ou igual 30-35 semanas • PN menor ou igual a 1500-2000g • Diferenças entre países desenvolvidos vs. Países em desenvolvimento • EUA - 30 semanas ou menos, ou 1500g ou menos ao nascer, ou recém-nascido “maduro” com evolução clínica instável no pós-parto • Peru - 33 semanas ou menos, ou 2000g ou menos ao nascer.
  • 30. Screening • Brasil • Indicações: PN ≤ 1500g e/ou IG ≤ 32 semanas Considerar o exame em RN com os fatores de risco: 1. Síndrome do desconforto respiratório 2. Sepse 3. Transfusões sanguíneas 4. Gestação múltipla 5. Hemorragia intraventricular Ref: I Workshop de ROP, Outubro 2002, RJ
  • 31. Screening • Brasil • Seguimento: 1. Retina imatura, zona 1: semanal 2. Retina imatura, zona 2: a cada 2 semanas 3. Retina madura (zona 3): 6 meses 4. RP não indicativa de TTT: a cada 3-7 dias Ref: I Workshop de ROP, Outubro 2002, RJ
  • 32. Screening • Em locais de elevada qualidade do serviço de neonatologia, do total de crianças submetidas ao rastreio, somente 5 a 10% precisarão do tratamento. • ↓ número de exames em grandes centros → exame doloroso para o bebê + oneroso para o sistema. • Algoritmo WINROP - monitoramento do ganho ponderal 1x/semana até 32sem pós-menstruais • Identificar os bebês com ganho ponderal insuficiente - ↑↑ risco de evolução para RP severa • Sensibilidade de 98,6% para a detecção dos bebês que precisariam de tratamento
  • 33. Screening Princípios • O início e a progressão da RP são determinados predominantemente pela idade pós-menstrual, de modo que é possível determinar um tempo apropriado para o início do screening. • RP geralmente se desenvolve entre 32 e 44 semanas pós-menstruais • O começo da RP é raro antes de 31 semanas pós-menstruais. Exames precoces podem ter nenhum valor. • A RP estágio 3 se instala por volta de 34-42 semanas pós-menstruais.
  • 34. Screening Princípios • Objetivos: • Identificar RP com potencial de progressão para a forma severa (estágio 3) • Identificar RP severa, que possui indicação de tratamento. • O primeiro exame deve ocorrer entre 4 e 6 semanas pós-natais
  • 35. O exame oftalmológico O primeiro exame deve ser feito no hospital! O retinólogo deve fazer o mapeamento da retina: 1. Abordagem do bebê com 4 a 6 semanas de vida ainda no hospital. 2. Realizar o exame mesmo nos bebês muito doentes (incubadoras ou O2 suplementar). 3. Pingar midriático pelo menos 40min antes do exame. 4. Oftalmoscopia indireta com oftalmoscópio binocular com lente de 28 a 30 Di. 5. O espéculo palpebral pode ser utilizado, facilitando a inspeção da retina periférica → Pingar anestésico local.
  • 36. O exame oftalmológico Avaliação da RP: 1. Severidade (International Classification of ROP) • Pupila que não dilata (acometimento anterior) • Persistência da tunica vasculosa lentis após 34 sem PM 2. Topografia da doença (zonas) • Zona 1 muito frequentemente → estágio 3 • Zona 2 provavelmente → estágio 3 • Confinada em Zona 3 raramente → estágio 3 3. Extensão da doença em horas • Maior o número de horas → Maior a probabilidade de progressão 4. Doença plus
  • 37. Desfechos e complicações • Complicações • Descolamento de retina (estágios 4 e 5)  leucocoria • Glaucoma - deslocamento anterior da íris e cristalino  estreitamento da câmara anterior • Desfechos a longo-prazo (CRYO-ROP e ETROP) • RP severa frequentemente leva à perda visual a longo-prazo, podendo chegar à cegueira. • A maioria dos casos de RP não-proliferativa cursa com regressão espontânea, embora persista déficit visual • Até 70% das crianças tratadas com laser por RP severa evoluem com miopia. • Cerca de 80% das crianças com histórico de RP severa evoluem com estrabismo nos primeiros 6 anos de vida. • CRYO-ROP: 33% dos olhos tratados evoluíram para cegueira, enquanto 50% dos olhos não tratados evoluíram para cegueira. • ETROP: o tratamento precoce, ou seja, antes do limiar, somente proporciona benefícios no grupo com doença mais severa (doença plus).
  • 38. Tratamento • Estudo CRYO-ROP (2001) legitimou a ablação da retina avascular como alternativa terapêutica eficaz na redução de cegueira em 17% dos casos • Seguimento de 10 anos • Indicação: Doença limiar: Estágio 3 + 5 horas contíguas ou 8 horas cumulativas + sinais de doença plus
  • 39. Tratamento • Bebês muito prematuros geralmente iniciam a RP pela retina nasal (zona 2) → progressão provável para estágio 3 • Existem benefícios no tratamento precoce dessa população? Sim! • Estudo ETROP • Classificação: Early Treatment for ROP • Tipo 1 - RP pré-limiar agressiva posterior  Tratamento • Tipo 2 - necessita de acompanhamento. • Zona 1: qualquer RP + plus • Zona 1: estágio 3 sem plus • Zona 2: estágio 2 ou 3 + plus
  • 40. Tratamento • Indicações ETROP e CRYO-ROP Deve ser realizado em até 72h (SBP e SBOP) • Modalidades Crioterapia substituída pela ablação transpupilar da retina avascular a laser  melhores desfechos visuais e redução de efeitos adversos Uso off-label - Bevacizumab (Avastin) . Anticorpo anti-VEGF de injeção intravitreal . reduzir a expressão in loco do VEGF  Fase 2 . Estudo randomizado N=150  bons resultados em RP de zona 1 e menor recorrência (comparado ao laser) . Série retrospectiva (N=9) de recorrência após anti-VEGF  laser mostrou-se útil no tratamento das recorrências. . Faltam estudos  efeitos adversos sistêmicos, dose ótima, desfechos em médio e longo-prazo.
  • 41. Onde entra o neonatologista? • Comorbidades 1. Displasia broncopulmonar 2. Enterocolite necrotisante 3. Hemorragia intraventricular 4. Disfunções neurológicas 5. Pobre crescimento cerebral • Retina faz parte do SNC e RP compartilha fatores de risco com essas condições
  • 42. • Controle dos fatores de risco é muito provavelmente mais eficaz que o tratamento tardio da neovascularização • Atuação sobre a RP e sobre as comorbidades. • Portanto, deve-se atentar para: 1. Controle da oferta de oxigênio, 2. Normalização dos níveis séricos de IGF-1, 3. Aporte nutricional adequado, 4. Prevenção de infecção e inflamação, 5. Redução da hiperglicemia e do uso de insulina, 6. Fornecimento adequado de omega-3. Onde entra o neonatologista?
  • 43. Referências 1. HELLSTRÖM, Ann; SMITH, Lois Eh; DAMMANN, Olaf. Retinopathy of prematurity. The Lancet, v. 382, n. 9902, p.1445-1457, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(13)60178-6. 2. SMITH, Lois E.; HARD, Anna-lena; HELLSTRÖM, Ann. The Biology of Retinopathy of Prematurity. Clinics In Perinatology, v. 40, n. 2, p.201-214, jun. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.clp.2013.02.002. 3. ASANO, Matthew K.; DRAY, Philip B.. Retinopathy of prematurity. Disease-a-month, v. 60, n. 6, p.282-291, jun. 2014. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.disamonth.2014.03.009. 4. QUINN, Graham E.. Retinopathy of prematurity in Brazil: an emerging problem. J Pediatr (rio J), v. 83, n. 3, p.191-193, 1 jun. 2007. Jornal de Pediatria. http://dx.doi.org/10.2223/jped.1631. 5. The International Classification of Retinopathy of Prematurity Revisited. Arch Ophtalmol. 2005; 123: 991-999. 6. HU, Jennifer et al. Reactivation of Retinopathy of Prematurity After Bevacizumab Injection. Archives Of Ophthalmology, v. 130, n. 8, p.1000-1006, 1 ago. 2012. American Medical Association (AMA). http://dx.doi.org/10.1001/archophthalmol.2012.592.
  • 44. Referências 7. HÅRD, Anna-lena; HELLSTRÖM, Ann. On safety, pharmacokinetics and dosage of bevacizumab in ROP treatment - a review. Acta Paediatrica, [s.l.], v. 100, n. 12, p.1523-1527, 29 set. 2011. Wiley-Blackwell. http://dx.doi.org/10.1111/j.1651-2227.2011.02445.x. 8. Mintz-Hittner HA, Kennedy KA, Chuang AZ. Effi cacy of intravitreal bevacizumab for stage 3+ retinopathy of prematurity. N Engl J Med 2011; 364: 603–15. 9. Cryotherapy for Retinopathy of Prematurity Cooperative Group. Multicenter trial of cryotherapy for retinopathy of prematurity: ophthalmological outcomes at 10 years. Arch Ophthalmol 2001; 119: 1110–18. 10. SBP e SBOP. Prevenção de Cegueira Infantil causada por Retinopatia da Prematuridade - Estratégia de Exame e Critérios de Triagem. 11. The Royal College of Ophthalmologists. Retinopathy of Prematurity: Guidelines for Screening and Treatment. 1995. 12. American Academy of Ophthalmology. Tunica Vasculosa Lentis. Disponível em: <http://www.aao.org/bcscsnippetdetail.aspx?id=8141b556-e95c-4fd3-bae8-4f5545eab2e9>. Acesso em 10/05/2016.