SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
CURSO DE ÓPTICA E OPTOMETRIA – EAD
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL
POLO UNIPE
AVALIAÇÃO PARA REABILITAÇÃO VISUAL
Josiane Soares de França
RGM: 24912620
João Pessoa
2022
JOSIANE SOARES DE FRANÇA
RGM: 24912620
OFTALMOSCOPIA
O QUE É?
COMO É REALIZADO?
E QUAIS AS ESTRUTURAS SÃO AVALIADAS?
PROF. VERGINA FAGUNDES
João Pessoa
2022
OFTALMOSCOPIA DIRETA
O QUE É OFTALMOSCOPIA?
Trata-se de um exame não invasivo, que fornece informações clínicas
importantes para a avaliação de pacientes com doenças sistêmicas e oculares.
A oftalmoscopia direta permite observar a superfície do olho com
magnificação de 15 vezes em um campo visão restrito a aproximadamente 10
a 15 graus, não sendo adequadro para avaliar a pereferia da retina. Durante o
exame o optometrista usa apenas um olho para observar, o que impossibilita
perceber a profundidade de uma eventual lesão.
COMO É REALIZADO?
Paciente posicionado um pouco abaixo do eixo visual do examinador olhando
para um ponto em visão de longe; Ambiente com iluminação reduzida; Com o
oftalmoscópio na mão direita examina-se o olho direito do paciente;
Utilizando a roda de lentes, de potencias que vão desde +40 dpt a –35 dpt são
estudadas estruturas como:
1. pálpebras e córnea (+40dpt),
2. câmara anterior (+20dpt),
3. íris e câmara anterior do cristalino (+12dpt),
4. corpo vítreo (+8, +6, +4dpt),
5. até a retina (+2,0 a –2,0dpt).
À medida que se reduza de forma gradual a potência positiva da lente, o foco
de observação se estende para traz e para dentro do olho.
Em cada uma das estruturas deve-se observar se estão transparentes e sem a
presença de anomalias.
DICAS:
Caso observe alguma opacidade, peça ao paciente que mova suavimente o
olho horizontal e verticalmente, para determinar o lugar de colocação da
opacidade.
1. Movimento a favor: implica dizer que a opacidade está antes do ponto
nodal (córnea, cápsula anterior do cristalino e/ou núcleo do cristalino.
2. Movimento contra: implica dizer que está depois do ponto nodal (cápsula
posterior do cristalino e/ou vítreo).
Uma inclinação de (+ ou – 30 graus temporalmente), se realiza para chegar
diretamente à cabeça do nervo óptico.
QUAIS AS ESTRUTURAS SÃO AVALIADAS?
O exame do fundo de olho por meio da oftalmoscopia direta faz parte do
exame físico de rotina e tem por finalidade inspecionar as seguintes estruturas
oculares:
PAPILA
ESCAVAÇÃO
ANEL
MACULA
FOVEOLA
FIXAÇÃO
RELAÇÃO A-V (VASOS)
COR
CRESCENTE
LAMINA CRIVOSA
ALTERAÇÕES DO FUNDO DO OLHO
Fundo de olho normal
FUNDO DE OLHO NORMAL
O exame com oftalmoscópio inicia com a observação do cristalino, que deve
ser transparente e apresentar o “reflexo vermelho” sem opacidades. A retina
apresenta cor vermelho-alaranjada, homogênea. Sua maior ou menor
pigmentação varia com a cor da pele do paciente. O disco óptico possui
coloração rósea, com bordas bem-definidas, podendo haver leve borramento
da borda nasal. A escavação fisiológica corresponde à área de penetração do
nervo óptico. Localiza-se na porção central do disco, sendo de cor branca
ou amarelo-pálida e de tamanho variável. Os vasos retinianos projetam-
se radialmente a partir do disco óptico, com a veia acompanhando a artéria na
maioria das vezes. A visualização direta permite diferenciá-los entre artérias e
veias. Lateralmente, no mesmo plano horizontal do disco óptico, identifica-
se a mácula de coloração rosa-pálida e com pequena área vermelho-
escura central (fóvea).
Raramente a mielinização das fibras ópticas estende-se além da lâmina
crivosa (na base da escavação fisiológica), apresentando-se como placas
claras emergindo da borda do disco óptico e estendendo-se por um ou dois
quadrantes da retina. Os vasos próximos ao disco podem não ser visualizados.
Essa é uma variação da normalidade, sem implicações clínicas.
RETINOPATIA DIABÉTICA
RETINOPATIA DIABÉTICA
A retinopatia diabética é uma complicação microvascular da doença, que
pode ser identificada na avaliação clínica de rotina por meio do exame de
fundo de olho. O grau de descontrole metabólico e o tempo de evolução da
doença são fatores importantes no desenvolvimento das complicações
oculares do diabete melito (DM). O DM é a principal causa de cegueira
adquirida em países desenvolvidos, podendo ser prevenido se identificado
precocemente. A retinopatia diabética é dividida em retinopatia diabética não
proliferativa (RDNP) e retinopatia diabética proliferativa (RDP), sendo a
última a de pior prognóstico com maior risco de dano ocular irreversível.
RDNP: presença de microaneurismas, hemorragias retinianas puntiformes,
hemorragias em chama de vela, exsudatos duros, exsudatos algodonosos,
edema retiniano e veias em rosário. É o primeiro estágio da retinopatia
diabética. Quanto mais graves as alterações, maior a chance de evolução para
RDP.
RDP: estágio avançado da retinopatia diabética caracteriza-se por
proliferação de neovasos retinianos. É um quadro de alto risco para o
desenvolvimento de complicações como hemorragia vítrea e descolamento de
retina, que podem comprometer irreversivelmente a acuidade visual.
EDEMA MACULAR CLINICAMENTE SIGNIFICATIVA
Figura 6: Paciente do sexo masculino, 54 anos, DM
há 20 anos, visão de contadedos a 3 metros. Retinografia do 1º exame mostra retinopatia diabética
proliferativa avançada, complicada com descolamento tracional da retina. Observa-se, na papila, rede de
fibroses bastante aderida. O prognóstico cirúrgico é reservado, apesar da região macular ainda estar
aplicada.
EDEMA MACULAR CLINICAMENTE SIGNIFICATIVA
O edema de mácula é classificado como clinicamente significativo quando
há: espessamento retiniano dentro de 500 micra da fóvea; exsudatos duros
dentro de 500 micra da fóvea, se associados a espessamento retiniano
adjacente; espessamento de retina maior do que 1 área do disco óptico, parte
do qual está dentro do diâmetro de 1 disco óptico da fóvea.
O edema macular é a principal causa da diminuição na acuidade visual da RD
não-proliferativa. Causado pela disfunção na barreira hematorretiniana, na
qual células endoteliais de microaneurismas, nos capilares e arteríolas,
tornam-se hiperpermeáveis, acarretando extravasamento do plasma. O
espessamento retiniano focal ou difuso normalmente está associado a
exsudatos duros. A cegueira está associada à fase avançada da RD,
representada pela RD proliferativa e suas manifestações: hemorragia pré-
retiniana ou vítrea, proliferação fibrovascular, descolamento tracional de
retina, neovasos de íris e glaucoma neovascular.
Alguns estudos revelam que muitos diabéticos são avaliados e tratados de
forma errônea e apenas 50% dos pacientes são encaminhados para realização
de exame oftalmológico em tempo adequado. Dessa forma, perde-se o melhor
momento para iniciar o tratamento dos pacientes, que precede a baixa de
visão ou outros sintomas visuais. Como a diminuição da visão é
frequentemente um sintoma tardio da RD, muitos pacientes permanecem sem
diagnóstico, mesmo quando a doença já está causando lesões retinianas
graves e irreversíveis. Assim, o paciente é encaminhado ou procura
tratamento apenas em fases avançadas da retinopatia. Observa-se que, para
prevenir a cegueira causada pela RD, é de fundamental importância o exame
cuidadoso da retina desses pacientes, mesmo que ainda não apresentem
sintomas visuais. Uma ação integrada entre o médico que oferece os primeiros
cuidados aos pacientes recém-diagnosticados e o oftalmologista torna-se
imperiosa, podendo reduzir a perda visual.
1. REFERÊNCIAS
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5779/exame_de_
fundo_de_olho.htm
https://www.scielo.br/j/rbef/a/yPK4hwmSLKMpszdpHj6Qqxs/?lang
=pt#
https://penidoburnier.com.br/wp-
content/uploads/2015/05/Retinopatia-Diab%C3%A9tica.jpg
Manual prático de optometria( Grupo GEMO optometria
Jack J. Kanski
Brad Bowling
Oftalmologia Clinica uma abordagem Sistemática
5°, 6° e 7° edição
rno Nover Fundo de olho
5° edição
Myron Yanoff Jay S Duker
Oftalmologia 3° edição Theo Dorion
Manual de Exames do Fundo de Olho
Mark W. Leitman
Manual de Exames e Diagnóstico Ocular
7° edição Apostila IRV

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Curso de Óptica e Optometria EAD

Doença oclusiva retiniana
Doença oclusiva retinianaDoença oclusiva retiniana
Doença oclusiva retinianaDiego Mascato
 
Degeneração Macular seca relacionada à idade e Maculopatia miópica
Degeneração Macular seca relacionada à idade e Maculopatia miópicaDegeneração Macular seca relacionada à idade e Maculopatia miópica
Degeneração Macular seca relacionada à idade e Maculopatia miópicaMaykon Brasileiro
 
Síndrome de Sturge-Weber
Síndrome de Sturge-WeberSíndrome de Sturge-Weber
Síndrome de Sturge-WeberFloriza Gomide
 
Descolamento de retina
Descolamento de retinaDescolamento de retina
Descolamento de retinaphlordello
 
Semiologia oftalmologica
Semiologia oftalmologicaSemiologia oftalmologica
Semiologia oftalmologicaCarolina Costa
 
A Importância da Consulta Oftalmológica
A Importância da Consulta OftalmológicaA Importância da Consulta Oftalmológica
A Importância da Consulta OftalmológicaRicardo Gurgel
 
Glaucoma de pressão normal
Glaucoma de pressão normalGlaucoma de pressão normal
Glaucoma de pressão normalWil Costa
 
Condições oftálmicas e colírios
Condições oftálmicas e colíriosCondições oftálmicas e colírios
Condições oftálmicas e colíriosCassyano Correr
 
Emergências oculares.pdf
Emergências oculares.pdfEmergências oculares.pdf
Emergências oculares.pdftuttitutti1
 
Necrose retiniana aguda e porn
Necrose retiniana aguda e pornNecrose retiniana aguda e porn
Necrose retiniana aguda e pornphlordello
 
Doenças do vitreo
Doenças do vitreoDoenças do vitreo
Doenças do vitreozambia56
 
Apresentação Drenatan
Apresentação DrenatanApresentação Drenatan
Apresentação DrenatanErlandi
 
Manual de orientação de triagem de acuidade visual
Manual de orientação de triagem de acuidade visualManual de orientação de triagem de acuidade visual
Manual de orientação de triagem de acuidade visualJosé Ripardo
 
Geronto alterações na visão
Geronto   alterações na visãoGeronto   alterações na visão
Geronto alterações na visãoCarla Roberta
 

Semelhante a Curso de Óptica e Optometria EAD (20)

ORGÃOS E SENTIDOS.pdf
ORGÃOS E SENTIDOS.pdfORGÃOS E SENTIDOS.pdf
ORGÃOS E SENTIDOS.pdf
 
Doença oclusiva retiniana
Doença oclusiva retinianaDoença oclusiva retiniana
Doença oclusiva retiniana
 
Campos visuais e retina
Campos visuais e retinaCampos visuais e retina
Campos visuais e retina
 
Degeneração Macular seca relacionada à idade e Maculopatia miópica
Degeneração Macular seca relacionada à idade e Maculopatia miópicaDegeneração Macular seca relacionada à idade e Maculopatia miópica
Degeneração Macular seca relacionada à idade e Maculopatia miópica
 
Síndrome de Sturge-Weber
Síndrome de Sturge-WeberSíndrome de Sturge-Weber
Síndrome de Sturge-Weber
 
Descolamento de retina
Descolamento de retinaDescolamento de retina
Descolamento de retina
 
Semiologia oftalmologica
Semiologia oftalmologicaSemiologia oftalmologica
Semiologia oftalmologica
 
Rop retinopatia .pdf
Rop retinopatia .pdfRop retinopatia .pdf
Rop retinopatia .pdf
 
Retinopatia da Prematuridade
Retinopatia da PrematuridadeRetinopatia da Prematuridade
Retinopatia da Prematuridade
 
A Importância da Consulta Oftalmológica
A Importância da Consulta OftalmológicaA Importância da Consulta Oftalmológica
A Importância da Consulta Oftalmológica
 
Glaucoma de pressão normal
Glaucoma de pressão normalGlaucoma de pressão normal
Glaucoma de pressão normal
 
Condições oftálmicas e colírios
Condições oftálmicas e colíriosCondições oftálmicas e colírios
Condições oftálmicas e colírios
 
Emergências oculares.pdf
Emergências oculares.pdfEmergências oculares.pdf
Emergências oculares.pdf
 
Necrose retiniana aguda e porn
Necrose retiniana aguda e pornNecrose retiniana aguda e porn
Necrose retiniana aguda e porn
 
Diabetes
DiabetesDiabetes
Diabetes
 
Fenômeno de Raynaud - Documento Científico da SBP
Fenômeno de Raynaud - Documento Científico da SBP Fenômeno de Raynaud - Documento Científico da SBP
Fenômeno de Raynaud - Documento Científico da SBP
 
Doenças do vitreo
Doenças do vitreoDoenças do vitreo
Doenças do vitreo
 
Apresentação Drenatan
Apresentação DrenatanApresentação Drenatan
Apresentação Drenatan
 
Manual de orientação de triagem de acuidade visual
Manual de orientação de triagem de acuidade visualManual de orientação de triagem de acuidade visual
Manual de orientação de triagem de acuidade visual
 
Geronto alterações na visão
Geronto   alterações na visãoGeronto   alterações na visão
Geronto alterações na visão
 

Último

XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 

Último (13)

XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 

Curso de Óptica e Optometria EAD

  • 1. CURSO DE ÓPTICA E OPTOMETRIA – EAD UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL POLO UNIPE AVALIAÇÃO PARA REABILITAÇÃO VISUAL Josiane Soares de França RGM: 24912620 João Pessoa 2022
  • 2. JOSIANE SOARES DE FRANÇA RGM: 24912620 OFTALMOSCOPIA O QUE É? COMO É REALIZADO? E QUAIS AS ESTRUTURAS SÃO AVALIADAS? PROF. VERGINA FAGUNDES João Pessoa 2022
  • 3. OFTALMOSCOPIA DIRETA O QUE É OFTALMOSCOPIA? Trata-se de um exame não invasivo, que fornece informações clínicas importantes para a avaliação de pacientes com doenças sistêmicas e oculares. A oftalmoscopia direta permite observar a superfície do olho com magnificação de 15 vezes em um campo visão restrito a aproximadamente 10 a 15 graus, não sendo adequadro para avaliar a pereferia da retina. Durante o exame o optometrista usa apenas um olho para observar, o que impossibilita perceber a profundidade de uma eventual lesão. COMO É REALIZADO? Paciente posicionado um pouco abaixo do eixo visual do examinador olhando para um ponto em visão de longe; Ambiente com iluminação reduzida; Com o oftalmoscópio na mão direita examina-se o olho direito do paciente; Utilizando a roda de lentes, de potencias que vão desde +40 dpt a –35 dpt são estudadas estruturas como: 1. pálpebras e córnea (+40dpt), 2. câmara anterior (+20dpt), 3. íris e câmara anterior do cristalino (+12dpt), 4. corpo vítreo (+8, +6, +4dpt), 5. até a retina (+2,0 a –2,0dpt). À medida que se reduza de forma gradual a potência positiva da lente, o foco de observação se estende para traz e para dentro do olho. Em cada uma das estruturas deve-se observar se estão transparentes e sem a presença de anomalias. DICAS: Caso observe alguma opacidade, peça ao paciente que mova suavimente o olho horizontal e verticalmente, para determinar o lugar de colocação da opacidade. 1. Movimento a favor: implica dizer que a opacidade está antes do ponto nodal (córnea, cápsula anterior do cristalino e/ou núcleo do cristalino. 2. Movimento contra: implica dizer que está depois do ponto nodal (cápsula posterior do cristalino e/ou vítreo). Uma inclinação de (+ ou – 30 graus temporalmente), se realiza para chegar diretamente à cabeça do nervo óptico.
  • 4. QUAIS AS ESTRUTURAS SÃO AVALIADAS? O exame do fundo de olho por meio da oftalmoscopia direta faz parte do exame físico de rotina e tem por finalidade inspecionar as seguintes estruturas oculares: PAPILA ESCAVAÇÃO ANEL MACULA FOVEOLA FIXAÇÃO RELAÇÃO A-V (VASOS) COR CRESCENTE LAMINA CRIVOSA ALTERAÇÕES DO FUNDO DO OLHO Fundo de olho normal FUNDO DE OLHO NORMAL
  • 5. O exame com oftalmoscópio inicia com a observação do cristalino, que deve ser transparente e apresentar o “reflexo vermelho” sem opacidades. A retina apresenta cor vermelho-alaranjada, homogênea. Sua maior ou menor pigmentação varia com a cor da pele do paciente. O disco óptico possui coloração rósea, com bordas bem-definidas, podendo haver leve borramento da borda nasal. A escavação fisiológica corresponde à área de penetração do nervo óptico. Localiza-se na porção central do disco, sendo de cor branca ou amarelo-pálida e de tamanho variável. Os vasos retinianos projetam- se radialmente a partir do disco óptico, com a veia acompanhando a artéria na maioria das vezes. A visualização direta permite diferenciá-los entre artérias e veias. Lateralmente, no mesmo plano horizontal do disco óptico, identifica- se a mácula de coloração rosa-pálida e com pequena área vermelho- escura central (fóvea). Raramente a mielinização das fibras ópticas estende-se além da lâmina crivosa (na base da escavação fisiológica), apresentando-se como placas claras emergindo da borda do disco óptico e estendendo-se por um ou dois quadrantes da retina. Os vasos próximos ao disco podem não ser visualizados. Essa é uma variação da normalidade, sem implicações clínicas. RETINOPATIA DIABÉTICA RETINOPATIA DIABÉTICA A retinopatia diabética é uma complicação microvascular da doença, que pode ser identificada na avaliação clínica de rotina por meio do exame de fundo de olho. O grau de descontrole metabólico e o tempo de evolução da doença são fatores importantes no desenvolvimento das complicações
  • 6. oculares do diabete melito (DM). O DM é a principal causa de cegueira adquirida em países desenvolvidos, podendo ser prevenido se identificado precocemente. A retinopatia diabética é dividida em retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) e retinopatia diabética proliferativa (RDP), sendo a última a de pior prognóstico com maior risco de dano ocular irreversível. RDNP: presença de microaneurismas, hemorragias retinianas puntiformes, hemorragias em chama de vela, exsudatos duros, exsudatos algodonosos, edema retiniano e veias em rosário. É o primeiro estágio da retinopatia diabética. Quanto mais graves as alterações, maior a chance de evolução para RDP. RDP: estágio avançado da retinopatia diabética caracteriza-se por proliferação de neovasos retinianos. É um quadro de alto risco para o desenvolvimento de complicações como hemorragia vítrea e descolamento de retina, que podem comprometer irreversivelmente a acuidade visual. EDEMA MACULAR CLINICAMENTE SIGNIFICATIVA Figura 6: Paciente do sexo masculino, 54 anos, DM há 20 anos, visão de contadedos a 3 metros. Retinografia do 1º exame mostra retinopatia diabética proliferativa avançada, complicada com descolamento tracional da retina. Observa-se, na papila, rede de fibroses bastante aderida. O prognóstico cirúrgico é reservado, apesar da região macular ainda estar aplicada. EDEMA MACULAR CLINICAMENTE SIGNIFICATIVA O edema de mácula é classificado como clinicamente significativo quando há: espessamento retiniano dentro de 500 micra da fóvea; exsudatos duros dentro de 500 micra da fóvea, se associados a espessamento retiniano adjacente; espessamento de retina maior do que 1 área do disco óptico, parte do qual está dentro do diâmetro de 1 disco óptico da fóvea.
  • 7. O edema macular é a principal causa da diminuição na acuidade visual da RD não-proliferativa. Causado pela disfunção na barreira hematorretiniana, na qual células endoteliais de microaneurismas, nos capilares e arteríolas, tornam-se hiperpermeáveis, acarretando extravasamento do plasma. O espessamento retiniano focal ou difuso normalmente está associado a exsudatos duros. A cegueira está associada à fase avançada da RD, representada pela RD proliferativa e suas manifestações: hemorragia pré- retiniana ou vítrea, proliferação fibrovascular, descolamento tracional de retina, neovasos de íris e glaucoma neovascular. Alguns estudos revelam que muitos diabéticos são avaliados e tratados de forma errônea e apenas 50% dos pacientes são encaminhados para realização de exame oftalmológico em tempo adequado. Dessa forma, perde-se o melhor momento para iniciar o tratamento dos pacientes, que precede a baixa de visão ou outros sintomas visuais. Como a diminuição da visão é frequentemente um sintoma tardio da RD, muitos pacientes permanecem sem diagnóstico, mesmo quando a doença já está causando lesões retinianas graves e irreversíveis. Assim, o paciente é encaminhado ou procura tratamento apenas em fases avançadas da retinopatia. Observa-se que, para prevenir a cegueira causada pela RD, é de fundamental importância o exame cuidadoso da retina desses pacientes, mesmo que ainda não apresentem sintomas visuais. Uma ação integrada entre o médico que oferece os primeiros cuidados aos pacientes recém-diagnosticados e o oftalmologista torna-se imperiosa, podendo reduzir a perda visual.
  • 8. 1. REFERÊNCIAS https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5779/exame_de_ fundo_de_olho.htm https://www.scielo.br/j/rbef/a/yPK4hwmSLKMpszdpHj6Qqxs/?lang =pt# https://penidoburnier.com.br/wp- content/uploads/2015/05/Retinopatia-Diab%C3%A9tica.jpg Manual prático de optometria( Grupo GEMO optometria Jack J. Kanski Brad Bowling Oftalmologia Clinica uma abordagem Sistemática 5°, 6° e 7° edição rno Nover Fundo de olho 5° edição Myron Yanoff Jay S Duker Oftalmologia 3° edição Theo Dorion Manual de Exames do Fundo de Olho Mark W. Leitman Manual de Exames e Diagnóstico Ocular 7° edição Apostila IRV