1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
PEDAGOGIA LICENCIATURA
ALEGRETE- 2014/ 1
PROJETO PIBID- PROJETO INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA.
COORDENAÇÃO: FANI TESSELER e VERONICE CAMARGO
ESCOLA: EMEB LUIZA DE FREITAS VALLE ARANHA
BOLSISTA: MARILU S.N. FERREIRA
SUPERVISORA: GRACIELE RAMOS
TEMA: APRENDER FAZENDO “ARTE”
INTERDISCIPLINAR
INTRODUÇÃO
No tema aprender fazendo arte, está implícito a aprendizagem através da brincadeira. Um dos pensadores que desenvolveu uma teoria sobre esse tema foi Levy S. Vygotsky (1988). Para ele, o homem constitui-se enquanto ser social e necessita do outro para desenvolver-se. Vygotsky, ao longo de sua obra, discute aspectos da infância, destacando suas contribuições acerca do papel que o brinquedo desempenha, fazendo referência a sua capacidade de estruturar o funcionamento psíquico da criança.
Segundo Vigotsky, As crianças que tem contato com o brinquedo de bebê amadurecem mais rápido do que as que não têm; Pois é através deste que as crianças desenvolvem noções de tamanho, forma, textura e até como funcionam as
2. coisas. Assim o brinquedo antecipa o desenvolvimento; com ele a criança começa a adquirir a motivação, as habilidades e as atitudes necessárias a sua participação social, a qual só pode ser completamente atingida com a assistência de seus companheiros da mesma idade e mais velha. (VYGOTSKY, 1998).
Na opinião de Melo & Valle “Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja conduzida a uma esfera imaginária, um mundo de faz de conta consciente, porém capaz de reproduzir as relações que observa em seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes papéis, exercitando sua capacidade de generalizar e abstrair” (MELO & VALLE, 2005, p. 45).
Os teóricos, Melo & Valle, assim como Vygotsky, em seus estudos e teorias, acreditavam que a criança ao brincar se desenvolvia mais completamente, pois ao vivenciar os diversos papéis, exercitava sua capacidade de abstração e generalização. Para que um trabalho desenvolvido de modo lúdico de resultados, na aprendizagem e desenvolvimento do aluno, é preciso que haja compreensão sobre a ação, promovendo a ação de brincar como um impulso grande no aprender. O conhecimento não acontece unicamente do tentear, de apenas o encontro da criança com o objeto; mas do resultado da ação decorrente da manipulação consciente, refletida e, como consequência, a produção da abstração e a propagação de noções assimiladas.
JUSTIFICATIVA
A educação é um tema que abrange todos os seguimentos da sociedade. Ela é imprescindível na nossa atuação enquanto indivíduo parte de um contexto social. Começa no âmbito familiar e tem sua continuidade na escola, do momento em que a criança tem seu envolvimento com a convivência escolar. Ao ser inserida nesse meio, a criança está apta a essa busca de aprendizagem, a qual complementa e aprimora a educação que lhe é em parte disponibilizada pela família.
Quando se observa os problemas de sua realidade educativa, surgem algumas dificuldades detectadas no processo ensino-aprendizagem e a busca das possíveis soluções através de novas ideias teórico-metodológicas e também de experiências adquiridas. O convívio em sala de aula acontece quase que sempre num ambiente
3. envolvido por uma multiplicidade de significados que, por sua vez, fazem parte de um universo cultural que deve ser considerado muito importante dado a sua complexidade. Segundo Vygotsky é o próprio processo de aprendizagem que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores, o desenvolvimento cognitivo do aluno acontece, com sua convivência com outras pessoas e com o meio. Nessa interação o aluno tem a possibilidade de absorver conhecimento e ter novas experiências sociais, mediada entre a linguagem e a ação. Ao educador cabe ter o olhar de descobrir, detectar possíveis necessidades escondidas às vezes no cognome, de preguiçoso, desligado, ou outra manifestação qualquer, que envolve a postura de seus alunos. Na convivência cotidiana é possível o professor ter a percepção de situações que fogem do padrão social. A criança demonstra suas angustias, suas necessidades de compreensão para suas atitudes. Precisam apenas que as olhem de verdade. Com esse novo modelo de educação onde os alunos inclusos fazem parte da escola regular, existe uma premência de aprimoramento nas busca de metodologias que se adequem para que se desenvolva um bom trabalho. O professor observando as reais demandas de seus alunos, vai criando, adequando maneiras diversas, materiais alternativos, adaptações que farão diferença no desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança. A metodologia utilizada faz a diferença no aprendizado do aluno, nela consiste assimilação ou não do que lhe está sendo aplicado, pois ela pode facilitar, estimular ou retrair uma criança. É necessário que os educadores tenham esse olhar de aperfeiçoamento de metodologias para trabalhar com seus alunos, sendo eles deficientes ou não.
OBJETIVOS
GERAL
Utilizar metodologias lúdicas no desenvolvimento de conteúdos que contribuam na evolução cognitiva e motricidade ampla do aluno, potencializando o prazer de aprender e a ludicidade na aprendizagem.
4. ESPECÍFICOS
Resgatar valores necessários para a convivência da turma, tais como: respeito, gentileza, cooperação.
Incentivar a leitura objetiva-se transmitir valores que determinem atitudes éticas, possibilitando assim uma melhor convivência no ambiente escolar, social e familiar.
Trabalhar interdisciplinarmente,
Utilizar metodologias lúdicas e diferenciadas; com todos os recursos possíveis e disponibilizados na escola. EX: data show aparelho de som, computador, objetos reciclados, fantasias, etc...
Intervenções que contemplem o aprendizado do aluno e possibilite a interação do professor (a).
Proporcionar o desenvolvimento do ensino aprendizagem através de jogos educativos.
DESENVOLVIMENTO
Conteúdos trabalhados com metodologias lúdicas
Trabalhos manuais com materiais diversos; reciclados, EVA, cartolina etc...
Tecnologias e afins; laboratório de informática, data show, not book, pen drive, vídeos, etc...
Jogos educativos
Dicionário
Pesquisa on line
Brincadeiras auto dirigidas
Artes plásticas,
Desenho,
Música,
Canto,
Contação de histórias,
CRONOGRAMA
5. MESES 2014/ 1
DESCRIÇÃO
MÊS 1
MÊS 2
MÊS 3
MÊS 4
MÊS 5
MÊS 6
OBSERVAÇÃO
X
X
PLANEJAMENTO
X
X
X
X
X
X
INTERVENÇÃO
X
X
X
X
X
ENCERRAMENTO
X
EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS
X
X
SEMINÁRIO
X
RESULTADOS ESPERADOS
A aprendizagem significativa do aluno é importante para o professor que desenvolve seu trabalho com metodologias lúdicas. Com o embasamento em teóricos como Vygostsky é possível desmistificar o brincar como mero momento de descontração. Segundo ele brincando a criança vai evoluindo em seu cognitivo de uma maneira tranquila e prazerosa.
Com minha intervenção em um contexto educacional, utilizando metodologias lúdicas no desenvolvimento de atividades interdisciplinarmente, espera-se que os resultados sejam positivos. O trabalho que está sendo desenvolvido como parte do projeto PIBID, na escola municipal referida neste texto é realizado com toda ética necessária.
Ética por si só já é uma palavra que soa forte. Ela traduz a intenção de desígnio do caráter do indivíduo. O respeito ao outro, às regras, normas, à conduta moral, são imprescindíveis no convívio e atuação humana. Levando em conta essas considerações, e na perspectiva da realização de um bom trabalho, todo o cuidado dispensado ao desenvolvimento do projeto foi rigorosamente tomado. Portanto, é necessário estar ciente, que, como é um projeto em andamento os resultados não foram descritos.
6. REFERÊNCIAS
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, N] 163, Diciembre de 2011 > Disponível em http://www.efdeportes.com/ > Acesso em 31/05/2014.
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FERREIRA, C.; MISSE, C.; BONADIO, S. Brincar na educação infantil é coisa séria. Atrópolis Umuarama, V.12, nº 4, p.222 – 223 Outubro/Dezembro 2004. KISHIMOTO, T. M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1996. KISHIMOTO, T. M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3º Ed. São Paulo: Cortez, 1999. KISHIMOTO, T. M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4ºed. São Paulo: Cortez, 2000, p.183. KISHIMOTO, T. M. (Org.) Jogo, brinquedo e a educação. São Paulo: Cortez, 2003. KISHIMOTO, T. M. (Org.) Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação, 13ª Ed. São Paulo: Cortez, 2010. MELLO, L.; VALLE, E. O brinquedo e Brincar no Desenvolvimento Infantil. Psicologia Argumento, Curitiba, V.23, nº 40, p.43 – 48, Janeiro/Março 2005. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 3ºed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. PIAGET, J. INHELDER, B. A psicologia da Criança. 10ºed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989. p.135.
ROLIM-Amanda Alencar Machado, GUERRA- Siena Sales Freitas, TASSIGN Mônica Mota – 2008 Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil > Disponível em http://brincarbrincando. pbworks.com /f/brincar%2B_vygotsky.pdf. > Acesso em 31/05/2014. VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 2º. ed. Porto Alegre: Martins Fontes, 1988. 168p. VIGOTSKY, L. S. 1986-1954. V741L. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem / L. S.; Vigotski, L., Romanovich, A. L., Leontiev A. N; Tradução Villalobos, M. P. São Paulo: Ícone, 2001.