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A IMPORTÂNCIADO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Jucilene Andrade de Lima
Priscila Aparecida Souza da Silva
Alunas do curso de Pedagogia - Anhanguera Unidade I/MS
Eixo: Educação Da Infância: Brincar e Criar nos espaços Institucionais.
Painel
RESUMO
O presente artigo visa analisar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem
na Educação Infantil. Tem como objetivo incentivar a idéia do uso das brincadeiras e jogos
em sala de aula, sendo que estes contribuem para o desenvolvimento cognitivo, físico e ainda
possibilita que a criança desenvolva novas habilidades de comunicação e expressão de seus
sentimentos e/ou conflitos internos. Sabemos que além de serem prazerosas para as crianças,
proporcionando aprendizado, as brincadeiras são aliadas dos pais professores, que através
destas conseguem compreender melhor os pensamentos sobre o mundo ao redor da criança,
por meio da brincadeira a criança passa a construir novas reflexões, passa a defender suas
idéias e a ser mais criativo. Por meio desse artigo, poderemos compreender melhor as ações
do brincar, através da contribuição de alguns autores, e pesquisas realizadas no âmbito
escolar, trazendo algumas averiguações e constatações observadas durantes as observações.
Sendo assim, este estudo nos proporcionará uma visão mais critica e consciente acerca da
importância do brincar na educação infantil e suas contribuições para o desenvolvimento
integral da criança.
Palavras chave: educação infantil, brincar, desenvolvimento.
1. Introdução
O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a importância do brincar na educação
infantil, para tanto, realizamos uma pesquisa em sala com crianças de três anos de idade,
visando destacar o brincar como parte fundamental no processo de construção do
conhecimento e desenvolvimento das habilidades no processo de aprendizagem.
Sabemos que as brincadeiras contribuem para desenvolvimento da criança em vários
aspectos: motor, emocional, cognitivo, etc. Segundo Kishimoto (1994), a brincadeira cria uma
ponte entre a realidade e a fantasia, onde a criança cria inúmeras possibilidades de se
expressar, e demonstrar seus conflitos internos, e consequentemente encontrar maneiras de
resolvê-los, por meio de imitação, ampliando suas habilidades linguísticas, psicomotoras,
afetivas, sociais e cognitivas.
Buscamos descrever como a brincadeira pode contribuir para o processo de ensino e
aprendizagem do educando. Por isso realizamos uma pesquisa qualitativa, por meio de analise
em sala de aula de alunos na faixa etária de três anos, para que possamos descrever se as
brincadeiras são aplicadas com finalidade educativa.
Relatamos as contribuições no que diz respeito à facilitação do processo de
aprendizagem tanto para o professor quanto para o aluno. A pesquisa foi realizada em um
CEINF (Centro de Educação Infantil), na cidade de Campo Grande, sendo estas instituições
públicas de ensino do município.
Dessa forma, abordamos a importância das brincadeiras no contexto escolar, no sentido
de auxiliar a transposição dos conteúdos para o mundo imaginário da criança, ou seja, ela
aprende brincando. É preciso que o educador como mediador do conhecimento reconheça
essa importância, ainda mais na atualidade, com a realidade que nos cerca, em que o tempo
para brincar está sendo subestimado pelas novas tecnologias, em a criança mudou muito o seu
interesse e jeito de brincar.
A educação infantil é um período fundamental no desenvolvimento emocional e
cognitivo da criança, implicando de forma geral no desenvolvimento de sua vida e no
convívio em sociedade. A criança precisa brincar para desenvolver suas capacidades de
interação, habilidades motoras e seus aspectos afetivos. Através da brincadeira a criança entra
em equilíbrio entre suas fantasias e a realidade do mundo à sua volta, e isso favorece a
formação do caráter e personalidade da mesma.
Dessa forma, busca-se através do lúdico facilitar o processo de ensino aprendizagem de
modo que a criança passe a comunicar-se consigo mesma e com o mundo, aceitar a existência
do próximo, estabelecer relações sociais, construir conhecimento, e assim desenvolver-se
integralmente.
Com isso, esse estudo objetiva incentivar a ideia de que as brincadeiras são atividades
capazes de contribuir para o desenvolvimento cognitivo, físico e ampliar as possibilidades
lingüísticas, psicomotoras, afetivas, cognitivas e sociais da criança.
Baseado em algumas teorias Piagetianas e Vygotskianas, podemos enfatizar ainda mais
a importância do brincar para a formação integral do educando. Através das brincadeiras a
criança abre um leque de conhecimento e entendimento em relação a sua percepção de
mundo, sendo que essa prática vai cada vez mais se aperfeiçoando. Ao brincar a criança
constrói novas possibilidades de ação que estão interligados em outros fatores de
desenvolvimento como, afetividade, motricidade, percepção, representação, memória,
linguagem e entre outras ações cognitivas.
Segundo Vygotsky (1984), o jogo e a brincadeira propiciam interações e atuam na
chamada Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), possibilitando o educando vivenciar
situações que o levam a comportamentos além dos habituais. Segundo Antunes (2011), a ZDP
é definida como a resolução de um problema que a criança ou adulto pode alcançar com ajuda
de outra pessoa (pai, professor ou colegas), mais competente ou mais experiente que ele
naquele assunto. Sendo assim é importante destacar o papel do professor, como mediador
nesse processo de conhecimento e resolução de problemas e tomadas de decisão, além de
participar da construção de novas estruturas de pensamento, memorização e movimento.
Além de estimular algumas ações como: lidar com a ansiedade, refletir sobre limites,
estimular a autonomia raciocínio e criatividade.
No brinquedo a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua
idade, além de seu comportamento diário no brinquedo, é como se ela fosse maior do que a
realidade. Como no foco de uma lente de aumento, os brinquedos contêm todas as tendências
do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de
conhecimento. (VYGOTSKY,1991 p.69).
Sendo assim, Vygotsky (1984), remete o desenvolvimento e aquisições futuras da
criança, através dos brinquedos, da forma com que a criança brinca e as influencias que sofre
de pessoas que sejam mais experientes que ela, por meio da ZDP, ou seja, ela utiliza esses
momentos para moldar e definir seus valores e ações, estas que serão levadas ao longo de sua
vida.
Para Piaget (1976), o jogo é uma forma de assimilação do real e um meio de expressão,
pois quando a criança brinca representando papéis estão reproduzindo situações que foram
vivenciadas por ela. Defende ainda que o jogo contribui para o desenvolvimento cognitivo da
criança.
Com a socialização da criança, o jogo e a brincadeira adotam regras ou adaptam cada
vez mais a imaginação simbólica aos dados da realidade, sob a forma de construções ainda
espontâneas, mas imitando o real (PIAGET, 1991, p. 66).
Ao brincar a criança passa a modificar o contexto e as regras da brincadeira de acordo
com as suas necessidades, isso proporciona ao educando a compreensão dos acontecimentos
sociais além de possibilitar a integração da criança com o meio social e ainda proporciona aos
educadores e pais a possibilidade de conhecer melhor na criança conflitos e as maneiras de
resolvê-los.
Enquanto Piaget relaciona o valor do conteúdo das brincadeiras ao estágio de
desenvolvimento em que a criança se encontra, Vygotsky acredita que o desenvolvimento
cognitivo ocorre por meio da interação da criança e da ação de outras pessoas sobre ela, nesse
momento. Ambos priorizam a transformação que ocorre através das necessidades da criança,
seja por meio de interação ou não, essa transformação acontece quando a criança necessita de
resolver seus conflitos internos e passa então a associar a fantasia à sua realidade.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998,
p. 28, vol. 01):
Por meio das brincadeiras, os professores podem observar e constituir uma visão dos
processos de desenvolvimento das crianças em conjunto ou de cada uma em particular,
registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e
recursos afetivos e emocionais que dispõem.
É importante que o professor faça a observação do educando no período em que ele
brinca, até mesmo para constatar se suas práticas estão sendo aplicadas de maneira correta ou
se precisa de adequações, cada criança enxerga a mesma brincadeira de maneiras diferentes,
pois cada uma pertence a um contexto sócio-cultural diferente. Portanto, o profissional de
ensino não deve repreender aquela criança que brinca de um modo diferente, mas dar suporte
para que a mesma se expresse da sua maneira. Faz se necessária a intervenção do professor no
sentido de ampliar capacidades, criar e apropriar novos conceitos, códigos e linguagens,
através da experimentação do novo, cogitando na elaboração de hipóteses e buscando
respostas para as mesmas.
2. Relatos e Discussões: as contribuições do ato de brincar na Educação Infantil
A definição do termo brincar pode ter varias visões, cada sujeito o define como uma
função diferente, dependendo do direcionamento do assunto. A palavra brincar, segundo o
dicionário Aurélio (2003), quer dizer “divertir-se, recrear, entreter-se com alguma coisa
infantil, gracejar”. Segundo Vygotsky (1998), o termo brincar para a criança, vem da sua
imaginação, ou seja, ela coloca em pratica sua imaginação através da brincadeira, o brincar é
uma conseqüência da imaginação e fantasia da criança. E ainda segundo Piaget (1978), o
brincar serve como espécie de reveladora dos mecanismos da criança, mecanismos esses que
definem certos conceitos que a criança cria, ao tirar suas conclusões sobre determinados
assuntos através do ao de brincar.
Diante tantos significados e sentidos diferentes de encaixar o termo brincar no contexto
da criança, buscou por meio desse artigo, retratar a realidade da sala de educação infantil,
através de pesquisa de campo, onde pudemos elencar aspectos positivos e negativos em
relação à prática do brincar na vida das crianças.
A realização da pesquisa deu-se através de visitas e observações em sala de aula de
alunos de três anos, isso nos possibilitou uma visão ampla do comportamento das crianças
diante da visitação de pessoas que não são do cotidiano deles. Após a visita, aplicamos um
questionário para a professora responsável pela turma, ela relatou suas experiências com os
alunos e nos contou um pouco sobre suas ideologias em relação às brincadeiras e sua
importância. Por fim, realizamos um período de brincadeiras com a turma, com o intuito de
observação e constatação de alguns fatores importantes relacionados ao tema, que serão
discutidos ao longo desse artigo.
Todas as atividades desenvolvidas durante a pesquisa foram realizadas em uma turma
de 23 alunos, uma turma caracterizada pela a heterogeneidade de comportamentos, havendo
crianças com muito interesse e curiosidade em participar de algo novo e diferente com
pessoas novas no seu espaço, como também aquelas que se sentiam acuadas e acabavam
ficando mais tímidas, sem dar muita chance de conhecer algo novo. Vale salientar que o
CEINF é equipado com brinquedoteca, e que a professora deixa todos os alunos ter acesso aos
brinquedos.
O questionário foi aplicado a uma professora do CEINF, que é graduada em Pedagogia,
com Especialização em Letramento e Alfabetização e Pós Graduação em Metodologia dos
Anos Iniciais. Essa professora trabalha a sete anos na educação infantil. Quando perguntado a
professora sobre qual é a importância do brincar na infância, ela respondeu que à hora do
brincar é o momento em que a criança aprende, experimenta o mundo, possibilidades, elabora
suas ações e organiza emoções e também, desenvolve a aprendizagem da linguagem e
habilidades motoras.
Durante as observações em sala, pudemos notar que essas ações acontecem através do
lúdico, algumas crianças com mais dificuldades de expressar suas emoções, outras que
ficavam receosas de arriscar, mas que por meio da interação ou interesse e resultados
favoráveis que as outras obtinham, acabavam participando e se davam por satisfeitas por isso,
pelo simples fato de participarem. Notamos que há uma melhor assimilação dos
conhecimentos repassados, através das brincadeiras, mas os resultados que a professora
buscava, nem sempre eram totalmente favoráveis, ás vezes os próprios colegas se prestavam a
ajudar àqueles que tinham mais dificuldades
A brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil. Ao brincar o
desenvolvimento infantil pode alcançar os níveis mais complexos por causa da possibilidade
de interação dos pares numa situação imaginária e pela negociação de regras e pela
negociação de regras de conivência e de conteúdos temáticos. (WAJSKOP,1995, p. 6)
Questionamos, também, sobre a visão dos pais dos alunos em ralação às brincadeiras,
ela menciona que ás vezes os pais não enxergam o valor que as brincadeiras têm para seus
filhos. Muitos desses pais ainda atribuem o brincar como forma apenas de diversão e
entretenimento, sem perceber o ganho no desenvolvimento de seus filhos.
A aprendizagem construída de maneira lúdica passa a adquirir um aspecto significativo
e afetivo no curso de desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato
puramente transmissor a ato transformador em ludicidade. (CARVALHO 1989, p. 28)
No brincar a criança muitas vezes se liberta daquilo que é um sofrimento pra ela, ou traz
as emoções vivenciadas em algum momento e que são expressas por meio da brincadeira,
logo diferentemente da posição apresentada pelos pais, brincar não é só diversão.
Em relação a evolução tecnológica que vivemos constantemente, perguntamos à
professora se ela acha que a importância do brincar está sendo subestimada, ela disse que sim
que essa transformação afetou muito a forma com que as crianças brincam. Durante o tempo
de observação em sala questionamos alguns dos alunos, se os mesmos possuíam algum tipo
de tecnologia (jogos eletrônicos,etc.), alguns deles diziam que sim, outros disseram não
possuía em casa, mas já tiveram acesso e tinham conhecimentos acerca desses joguinhos.
Vygotsky (1998), afirma que a importância do brincar com a criança se dá também pelo fato
de como essa atividade pode transformar a visão e utilização do brinquedo em variadas
situações. Diante disso podemos dizer que esses jogos também contribuem no aprendizado e
ganho de algumas habilidades para a criança, podem ser bastante úteis no acesso à informação
seja visual ou auditiva, tornando essas tecnologias aliadas no processo de aprendizagem.
A professora afirma que é preciso dar novos significados às brincadeiras, pois conforme
a sociedade muda os conceitos também vão mudando, e as crianças tendem a acompanhar
essas mudanças assumindo papéis distintos umas das outras, é preciso estar claro para o
professor. No Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998, p. 27)
Para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata, de tal forma a
atribuir-lhes novos significados. Isso ocorre por meio da articulação da imaginação e da
imitação da realidade. Toda brincadeira é uma ação transformadora no plano das ações e das
idéias de uma realidade anteriormente vivenciada.
Durante o tempo de observação em sala de aula em um momento livre que a professora
determinou aos alunos, observamos um pequeno grupo que brincava de faz de conta e
notamos a importância que essa brincadeira tem para o desenvolvimento da criança, pudemos
vê-las representar papéis de profissões que elas julgavam ser importantes para a sociedade,
outras interpretavam o convívio familiar.
Em relação as brincadeiras de faz de contas a professora respondeu ao questionário,
afirmando que essas brincadeiras são importantes para as crianças, pois nessa idade elas
começam a ter consciência de quem são e aprendem a conviver em grupo, ou seja, isso tudo
só faz com que a criança vá aperfeiçoando suas práticas de convivência social, difundindo e
atribuindo novos valores para si.
Nesse sentido, Piaget (1976) afirma que no período de 2 a 6 anos de idade, é o período
em que a criança brinca de faz de conta, e que esse tipo de brincadeira consiste em
transformar o eu em por meio da transposição do real, propondo até a realizar e transformar as
coisas do seu cotidiano.
As várias contribuições, seja por meio da pesquisa de campo ou leituras e afirmações
dos autores nos levaram a concluir que as brincadeiras são indispensáveis na infância, seja ela
no âmbito escolar ou familiar, e que os professores e pais não devem impedir que a crianças
transforme seus pensamentos em realidade através do brincar, pois pode estar inibindo a
criança de expressar suas emoções ou desejos, e que essa é uma maneira de representá-las.
3. Considerações finais
Diante de todo o processo de escrita desse artigo, a realização de leituras acerca do tema
concluímos que a infância deve ser marcada pelas brincadeiras, independente de qual a classe
social, o contexto sócio-cultural, ou sob qualquer outra condição, a criança precisa brincar
para desenvolver –se. Isso é comprovado e deve ser respeitado.
O brincar para a criança é uma forma de comunicação, é um tipo de linguagem
simbólica que ela usa para demonstrar seus desejos, para se queixar de situações que sejam ou
não favorável a ela, e essas formas de expressão devem ser respeitadas por pais e professores.
Infelizmente notamos que a prática nem sempre esta associada à realidade que
encontramos em sala, algumas vezes por falta de estrutura, falta de incentivo dos pais, ou por
falta de iniciativa por parte de alguns professores.
Nosso intuito nesse trabalho foi mostrar também que existem também profissionais que
dá duro para zelar do aprendizado de seus alunos, e que se o nosso objetivo enquanto futuras
educadoras, for o de contribuir para o desenvolvimento integral das crianças, então devemos
ter o lúdico como um aliado no processo de ensino aprendizagem e não como um vilão desse
processo.
Referências
FANTACHOLI, F. N. O brincar na Educação Infantil: Jogos, brinquedos e brincadeiras-
Um olhar Psicopedagógico. Varginha: Revista Científica Aprender ,2011.
OLIVEIRA, Z. M. R. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem, e representação.
Rio de Janeiro: J. Zahar, 1976. Disponível
em:https://www.passeidireto.com/arquivo/4371193/piagetjean-a-formacao-do-simbolo-na-
crianca
RAU, M. C. T. D. A ludicidade na educação. Curitiba: Ibpex, 2011.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. São Paulo: M fontes, 1984. Disponível
em:http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/vygotsky-a-formação-socila-da-
mente.pdf
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Brasília/SEF,1998.
NICOLAU, M, L. A educação pré escolar. São Paulo: Ática, 1988.
KISHIMOTO, T, M. Jogo,brinquedo, brincadeira e educação. 3 ª Ed. São Paulo: Cortez,
1996.
WAJSKOP, G. O brincar na Educação Infantil. Caderno de Pesquisa. São Paulo,1995.
Disponível em : www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/742.pdf

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A importância do brincar na educação infantil

  • 1. A IMPORTÂNCIADO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Jucilene Andrade de Lima Priscila Aparecida Souza da Silva Alunas do curso de Pedagogia - Anhanguera Unidade I/MS Eixo: Educação Da Infância: Brincar e Criar nos espaços Institucionais. Painel RESUMO O presente artigo visa analisar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem na Educação Infantil. Tem como objetivo incentivar a idéia do uso das brincadeiras e jogos em sala de aula, sendo que estes contribuem para o desenvolvimento cognitivo, físico e ainda possibilita que a criança desenvolva novas habilidades de comunicação e expressão de seus sentimentos e/ou conflitos internos. Sabemos que além de serem prazerosas para as crianças, proporcionando aprendizado, as brincadeiras são aliadas dos pais professores, que através destas conseguem compreender melhor os pensamentos sobre o mundo ao redor da criança, por meio da brincadeira a criança passa a construir novas reflexões, passa a defender suas idéias e a ser mais criativo. Por meio desse artigo, poderemos compreender melhor as ações do brincar, através da contribuição de alguns autores, e pesquisas realizadas no âmbito escolar, trazendo algumas averiguações e constatações observadas durantes as observações. Sendo assim, este estudo nos proporcionará uma visão mais critica e consciente acerca da importância do brincar na educação infantil e suas contribuições para o desenvolvimento integral da criança. Palavras chave: educação infantil, brincar, desenvolvimento. 1. Introdução O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a importância do brincar na educação infantil, para tanto, realizamos uma pesquisa em sala com crianças de três anos de idade, visando destacar o brincar como parte fundamental no processo de construção do conhecimento e desenvolvimento das habilidades no processo de aprendizagem. Sabemos que as brincadeiras contribuem para desenvolvimento da criança em vários aspectos: motor, emocional, cognitivo, etc. Segundo Kishimoto (1994), a brincadeira cria uma ponte entre a realidade e a fantasia, onde a criança cria inúmeras possibilidades de se expressar, e demonstrar seus conflitos internos, e consequentemente encontrar maneiras de resolvê-los, por meio de imitação, ampliando suas habilidades linguísticas, psicomotoras, afetivas, sociais e cognitivas. Buscamos descrever como a brincadeira pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem do educando. Por isso realizamos uma pesquisa qualitativa, por meio de analise
  • 2. em sala de aula de alunos na faixa etária de três anos, para que possamos descrever se as brincadeiras são aplicadas com finalidade educativa. Relatamos as contribuições no que diz respeito à facilitação do processo de aprendizagem tanto para o professor quanto para o aluno. A pesquisa foi realizada em um CEINF (Centro de Educação Infantil), na cidade de Campo Grande, sendo estas instituições públicas de ensino do município. Dessa forma, abordamos a importância das brincadeiras no contexto escolar, no sentido de auxiliar a transposição dos conteúdos para o mundo imaginário da criança, ou seja, ela aprende brincando. É preciso que o educador como mediador do conhecimento reconheça essa importância, ainda mais na atualidade, com a realidade que nos cerca, em que o tempo para brincar está sendo subestimado pelas novas tecnologias, em a criança mudou muito o seu interesse e jeito de brincar. A educação infantil é um período fundamental no desenvolvimento emocional e cognitivo da criança, implicando de forma geral no desenvolvimento de sua vida e no convívio em sociedade. A criança precisa brincar para desenvolver suas capacidades de interação, habilidades motoras e seus aspectos afetivos. Através da brincadeira a criança entra em equilíbrio entre suas fantasias e a realidade do mundo à sua volta, e isso favorece a formação do caráter e personalidade da mesma. Dessa forma, busca-se através do lúdico facilitar o processo de ensino aprendizagem de modo que a criança passe a comunicar-se consigo mesma e com o mundo, aceitar a existência do próximo, estabelecer relações sociais, construir conhecimento, e assim desenvolver-se integralmente. Com isso, esse estudo objetiva incentivar a ideia de que as brincadeiras são atividades capazes de contribuir para o desenvolvimento cognitivo, físico e ampliar as possibilidades lingüísticas, psicomotoras, afetivas, cognitivas e sociais da criança. Baseado em algumas teorias Piagetianas e Vygotskianas, podemos enfatizar ainda mais a importância do brincar para a formação integral do educando. Através das brincadeiras a criança abre um leque de conhecimento e entendimento em relação a sua percepção de mundo, sendo que essa prática vai cada vez mais se aperfeiçoando. Ao brincar a criança constrói novas possibilidades de ação que estão interligados em outros fatores de desenvolvimento como, afetividade, motricidade, percepção, representação, memória, linguagem e entre outras ações cognitivas. Segundo Vygotsky (1984), o jogo e a brincadeira propiciam interações e atuam na chamada Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), possibilitando o educando vivenciar
  • 3. situações que o levam a comportamentos além dos habituais. Segundo Antunes (2011), a ZDP é definida como a resolução de um problema que a criança ou adulto pode alcançar com ajuda de outra pessoa (pai, professor ou colegas), mais competente ou mais experiente que ele naquele assunto. Sendo assim é importante destacar o papel do professor, como mediador nesse processo de conhecimento e resolução de problemas e tomadas de decisão, além de participar da construção de novas estruturas de pensamento, memorização e movimento. Além de estimular algumas ações como: lidar com a ansiedade, refletir sobre limites, estimular a autonomia raciocínio e criatividade. No brinquedo a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário no brinquedo, é como se ela fosse maior do que a realidade. Como no foco de uma lente de aumento, os brinquedos contêm todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de conhecimento. (VYGOTSKY,1991 p.69). Sendo assim, Vygotsky (1984), remete o desenvolvimento e aquisições futuras da criança, através dos brinquedos, da forma com que a criança brinca e as influencias que sofre de pessoas que sejam mais experientes que ela, por meio da ZDP, ou seja, ela utiliza esses momentos para moldar e definir seus valores e ações, estas que serão levadas ao longo de sua vida. Para Piaget (1976), o jogo é uma forma de assimilação do real e um meio de expressão, pois quando a criança brinca representando papéis estão reproduzindo situações que foram vivenciadas por ela. Defende ainda que o jogo contribui para o desenvolvimento cognitivo da criança. Com a socialização da criança, o jogo e a brincadeira adotam regras ou adaptam cada vez mais a imaginação simbólica aos dados da realidade, sob a forma de construções ainda espontâneas, mas imitando o real (PIAGET, 1991, p. 66). Ao brincar a criança passa a modificar o contexto e as regras da brincadeira de acordo com as suas necessidades, isso proporciona ao educando a compreensão dos acontecimentos sociais além de possibilitar a integração da criança com o meio social e ainda proporciona aos educadores e pais a possibilidade de conhecer melhor na criança conflitos e as maneiras de resolvê-los. Enquanto Piaget relaciona o valor do conteúdo das brincadeiras ao estágio de desenvolvimento em que a criança se encontra, Vygotsky acredita que o desenvolvimento cognitivo ocorre por meio da interação da criança e da ação de outras pessoas sobre ela, nesse momento. Ambos priorizam a transformação que ocorre através das necessidades da criança,
  • 4. seja por meio de interação ou não, essa transformação acontece quando a criança necessita de resolver seus conflitos internos e passa então a associar a fantasia à sua realidade. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 28, vol. 01): Por meio das brincadeiras, os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto ou de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e recursos afetivos e emocionais que dispõem. É importante que o professor faça a observação do educando no período em que ele brinca, até mesmo para constatar se suas práticas estão sendo aplicadas de maneira correta ou se precisa de adequações, cada criança enxerga a mesma brincadeira de maneiras diferentes, pois cada uma pertence a um contexto sócio-cultural diferente. Portanto, o profissional de ensino não deve repreender aquela criança que brinca de um modo diferente, mas dar suporte para que a mesma se expresse da sua maneira. Faz se necessária a intervenção do professor no sentido de ampliar capacidades, criar e apropriar novos conceitos, códigos e linguagens, através da experimentação do novo, cogitando na elaboração de hipóteses e buscando respostas para as mesmas. 2. Relatos e Discussões: as contribuições do ato de brincar na Educação Infantil A definição do termo brincar pode ter varias visões, cada sujeito o define como uma função diferente, dependendo do direcionamento do assunto. A palavra brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), quer dizer “divertir-se, recrear, entreter-se com alguma coisa infantil, gracejar”. Segundo Vygotsky (1998), o termo brincar para a criança, vem da sua imaginação, ou seja, ela coloca em pratica sua imaginação através da brincadeira, o brincar é uma conseqüência da imaginação e fantasia da criança. E ainda segundo Piaget (1978), o brincar serve como espécie de reveladora dos mecanismos da criança, mecanismos esses que definem certos conceitos que a criança cria, ao tirar suas conclusões sobre determinados assuntos através do ao de brincar. Diante tantos significados e sentidos diferentes de encaixar o termo brincar no contexto da criança, buscou por meio desse artigo, retratar a realidade da sala de educação infantil,
  • 5. através de pesquisa de campo, onde pudemos elencar aspectos positivos e negativos em relação à prática do brincar na vida das crianças. A realização da pesquisa deu-se através de visitas e observações em sala de aula de alunos de três anos, isso nos possibilitou uma visão ampla do comportamento das crianças diante da visitação de pessoas que não são do cotidiano deles. Após a visita, aplicamos um questionário para a professora responsável pela turma, ela relatou suas experiências com os alunos e nos contou um pouco sobre suas ideologias em relação às brincadeiras e sua importância. Por fim, realizamos um período de brincadeiras com a turma, com o intuito de observação e constatação de alguns fatores importantes relacionados ao tema, que serão discutidos ao longo desse artigo. Todas as atividades desenvolvidas durante a pesquisa foram realizadas em uma turma de 23 alunos, uma turma caracterizada pela a heterogeneidade de comportamentos, havendo crianças com muito interesse e curiosidade em participar de algo novo e diferente com pessoas novas no seu espaço, como também aquelas que se sentiam acuadas e acabavam ficando mais tímidas, sem dar muita chance de conhecer algo novo. Vale salientar que o CEINF é equipado com brinquedoteca, e que a professora deixa todos os alunos ter acesso aos brinquedos. O questionário foi aplicado a uma professora do CEINF, que é graduada em Pedagogia, com Especialização em Letramento e Alfabetização e Pós Graduação em Metodologia dos Anos Iniciais. Essa professora trabalha a sete anos na educação infantil. Quando perguntado a professora sobre qual é a importância do brincar na infância, ela respondeu que à hora do brincar é o momento em que a criança aprende, experimenta o mundo, possibilidades, elabora suas ações e organiza emoções e também, desenvolve a aprendizagem da linguagem e habilidades motoras. Durante as observações em sala, pudemos notar que essas ações acontecem através do lúdico, algumas crianças com mais dificuldades de expressar suas emoções, outras que ficavam receosas de arriscar, mas que por meio da interação ou interesse e resultados favoráveis que as outras obtinham, acabavam participando e se davam por satisfeitas por isso, pelo simples fato de participarem. Notamos que há uma melhor assimilação dos conhecimentos repassados, através das brincadeiras, mas os resultados que a professora buscava, nem sempre eram totalmente favoráveis, ás vezes os próprios colegas se prestavam a ajudar àqueles que tinham mais dificuldades A brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil. Ao brincar o desenvolvimento infantil pode alcançar os níveis mais complexos por causa da possibilidade
  • 6. de interação dos pares numa situação imaginária e pela negociação de regras e pela negociação de regras de conivência e de conteúdos temáticos. (WAJSKOP,1995, p. 6) Questionamos, também, sobre a visão dos pais dos alunos em ralação às brincadeiras, ela menciona que ás vezes os pais não enxergam o valor que as brincadeiras têm para seus filhos. Muitos desses pais ainda atribuem o brincar como forma apenas de diversão e entretenimento, sem perceber o ganho no desenvolvimento de seus filhos. A aprendizagem construída de maneira lúdica passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso de desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade. (CARVALHO 1989, p. 28) No brincar a criança muitas vezes se liberta daquilo que é um sofrimento pra ela, ou traz as emoções vivenciadas em algum momento e que são expressas por meio da brincadeira, logo diferentemente da posição apresentada pelos pais, brincar não é só diversão. Em relação a evolução tecnológica que vivemos constantemente, perguntamos à professora se ela acha que a importância do brincar está sendo subestimada, ela disse que sim que essa transformação afetou muito a forma com que as crianças brincam. Durante o tempo de observação em sala questionamos alguns dos alunos, se os mesmos possuíam algum tipo de tecnologia (jogos eletrônicos,etc.), alguns deles diziam que sim, outros disseram não possuía em casa, mas já tiveram acesso e tinham conhecimentos acerca desses joguinhos. Vygotsky (1998), afirma que a importância do brincar com a criança se dá também pelo fato de como essa atividade pode transformar a visão e utilização do brinquedo em variadas situações. Diante disso podemos dizer que esses jogos também contribuem no aprendizado e ganho de algumas habilidades para a criança, podem ser bastante úteis no acesso à informação seja visual ou auditiva, tornando essas tecnologias aliadas no processo de aprendizagem. A professora afirma que é preciso dar novos significados às brincadeiras, pois conforme a sociedade muda os conceitos também vão mudando, e as crianças tendem a acompanhar essas mudanças assumindo papéis distintos umas das outras, é preciso estar claro para o professor. No Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998, p. 27) Para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata, de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Isso ocorre por meio da articulação da imaginação e da imitação da realidade. Toda brincadeira é uma ação transformadora no plano das ações e das idéias de uma realidade anteriormente vivenciada. Durante o tempo de observação em sala de aula em um momento livre que a professora determinou aos alunos, observamos um pequeno grupo que brincava de faz de conta e notamos a importância que essa brincadeira tem para o desenvolvimento da criança, pudemos
  • 7. vê-las representar papéis de profissões que elas julgavam ser importantes para a sociedade, outras interpretavam o convívio familiar. Em relação as brincadeiras de faz de contas a professora respondeu ao questionário, afirmando que essas brincadeiras são importantes para as crianças, pois nessa idade elas começam a ter consciência de quem são e aprendem a conviver em grupo, ou seja, isso tudo só faz com que a criança vá aperfeiçoando suas práticas de convivência social, difundindo e atribuindo novos valores para si. Nesse sentido, Piaget (1976) afirma que no período de 2 a 6 anos de idade, é o período em que a criança brinca de faz de conta, e que esse tipo de brincadeira consiste em transformar o eu em por meio da transposição do real, propondo até a realizar e transformar as coisas do seu cotidiano. As várias contribuições, seja por meio da pesquisa de campo ou leituras e afirmações dos autores nos levaram a concluir que as brincadeiras são indispensáveis na infância, seja ela no âmbito escolar ou familiar, e que os professores e pais não devem impedir que a crianças transforme seus pensamentos em realidade através do brincar, pois pode estar inibindo a criança de expressar suas emoções ou desejos, e que essa é uma maneira de representá-las. 3. Considerações finais Diante de todo o processo de escrita desse artigo, a realização de leituras acerca do tema concluímos que a infância deve ser marcada pelas brincadeiras, independente de qual a classe social, o contexto sócio-cultural, ou sob qualquer outra condição, a criança precisa brincar para desenvolver –se. Isso é comprovado e deve ser respeitado. O brincar para a criança é uma forma de comunicação, é um tipo de linguagem simbólica que ela usa para demonstrar seus desejos, para se queixar de situações que sejam ou não favorável a ela, e essas formas de expressão devem ser respeitadas por pais e professores. Infelizmente notamos que a prática nem sempre esta associada à realidade que encontramos em sala, algumas vezes por falta de estrutura, falta de incentivo dos pais, ou por falta de iniciativa por parte de alguns professores. Nosso intuito nesse trabalho foi mostrar também que existem também profissionais que dá duro para zelar do aprendizado de seus alunos, e que se o nosso objetivo enquanto futuras educadoras, for o de contribuir para o desenvolvimento integral das crianças, então devemos ter o lúdico como um aliado no processo de ensino aprendizagem e não como um vilão desse processo.
  • 8. Referências FANTACHOLI, F. N. O brincar na Educação Infantil: Jogos, brinquedos e brincadeiras- Um olhar Psicopedagógico. Varginha: Revista Científica Aprender ,2011. OLIVEIRA, Z. M. R. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem, e representação. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1976. Disponível em:https://www.passeidireto.com/arquivo/4371193/piagetjean-a-formacao-do-simbolo-na- crianca RAU, M. C. T. D. A ludicidade na educação. Curitiba: Ibpex, 2011. VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: M fontes, 1984. Disponível em:http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/vygotsky-a-formação-socila-da- mente.pdf REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL. Brasília/SEF,1998. NICOLAU, M, L. A educação pré escolar. São Paulo: Ática, 1988. KISHIMOTO, T, M. Jogo,brinquedo, brincadeira e educação. 3 ª Ed. São Paulo: Cortez, 1996. WAJSKOP, G. O brincar na Educação Infantil. Caderno de Pesquisa. São Paulo,1995. Disponível em : www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/742.pdf