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Planejamento na Educação Infantil...
  Mais que atividade, a criança em
                foco.


        Luciana Esmeralda Ostetto
Planejamento baseado em listagem
             de atividades
 Preocupação do educador em preencher o tempo
    da criança;
   Planejamento diário, sem uma sequência lógica;
   Prática pedagógica = hora da atividade
   Não tem princípio educativo explícito
   Criança passiva, sem necessidades específicas
   Educação assistencialista – guarda da criança
   Perfil de educador: aquele que reivindica
    modelos de atividades prontos.
Planejamento baseado em datas
             comemorativas
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    passam de um tema a outro de repente.
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   Massifica e empobrece o conhecimento
   Repete-se a prática de atividades
    diárias, listagens de atividades.
Planejamento baseado em aspectos
       do desenvolvimento
 Planejamento que indica aspectos físico-motor, afetivo,
    social e cognitivo.
   Preocupação em caracterizar a criança pequena dentro de
    parâmetros psicológicos.
   Estimulação é a palavra chave.
   Esta proposta, ao mesmo tempo que já considera
    particularidades do desenvolvimento infantil, desconsidera
    questões relacionadas à construção do conhecimento.
   Toma um único padrão de normalidade de criança, uma
    referência universal de desenvolvimento – criança ideal.
   Desconsidera a criança real, concreta, historicamente
    situada, com características diferenciadas, determinadas
    pelo seu contexto ou origem socio-cultural.
   Avanço em relação a outras propostas. Contudo, busca
    criança perfeita.
Planejamento baseado em temas
 O tema é desencadeador ou gerador de
    atividades propostas às crianças;
   Preocupação com o interesse da criança;
   Delimita-se temas significativos para as crianças;
   Sequências de atividades semanais;
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    pretexto para o educador continuar listando
    atividades.
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    também para crianças de 2 anos?
Planejamento baseado em conteúdos organizados
           por áreas de conhecimento

 Final dos anos 80, início dos anos 90;
 Defesa da pré-escola como espaço pedagógico;
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  conhecimento:                              língua
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   Relação de respeito e afetividade com as
    crianças;
   Partilhar    da    aventura   em   busca     do
    conhecimento, construir a identidade de um
    grupo junto às crianças;
 Mais do que conteúdos, o planejamento na
    Educação Infantil é essencialmente
    linguagem, formas de expressão e leitura do
    mundo que nos rodeia.
   Formular perguntas, viver com a dúvida
    (crianças);
   Propostas de planejamento que contemplem o
    cuidar e o educar como objetivos indissociáveis –
    um chão para o educador;
    “ao atender o bebê, o adulto não apenas lhe dá
    cuidado físico mas o insere no mundo simbólico
    de     sua    cultura   ao    interpretar   suas
    expressões, gestos, posturas”
   O pedagógico não está na atividade em si, mas
    sim na postura do educador...
 Não é a atividade em si que ensina, mas as
  interações, a troca de experiências, o partilhar
  significados.
 O pedagógico não está somente no que é
  observável – MUITO IMPORTANTE!!!!!!!!!!
 O pedagógico perpassa todas as ações:
  limpar, lavar, trocar, alimentar, colocar para
  dormir... Dependendo de como são feitas essas
  ações.
 “Neste contexto, na instituição de educação infantil
  deve haver espaço para as diversas linguagens e
  para a brincadeira. Aliás, ao falarmos em
  planejamento, é bem oportuno perguntar: quanto
  temos brincado com as crianças? Ensinamos as
  crianças a brincar? Permitimos que brinquem?
  Ajudamos o grupo de crianças a estruturar repertórios
  que enriqueçam suas brincadeiras?
  Há, enfim, espaço para a criançao de
  brincadeiras, nas nossas salas, nos diversos
  ambientes da instituição em que trabalhamos com as
  crianças? Como garantir essa articulação? Como
  garantir a especificidade dessa instituição? E a
  linguagem? O que temos feito dela em nossas salas
  de trabalho? Quantas formas de expressão ganham
  lugar no dia-a-dia com a criança? Há espaço para a
  diversidade de dizeres e saberes das crianças? Há
  espaço para as cores do arco-íris ou para azuis e
  amarelos, somente? Pode rabisco? E sol com olhos e
 Tendo no horizonte esses entendimentos e
 questionamentos, na tentativa de romper com a tão
 enraizada “hora da atividade”, fomos ampliando a
 compreensão do cotidiano educativo, concordando
 que (...) a atividade educativa da creche não ocorre
 apenas em momentos especialmente planejados
 para tal, o horário das “atividades pedagógicas”,
 mesmo que tais atividades já tenham sua concepção
 ampliada e modificada para incluir as brincadeiras e
 os passeios da crianças ou a confecção de um bolo
 por estas etc. A atividade educativa da creche
 também inclui o que se passa nas trocas afetivas
 entre adultos e acrianças, durante o banho, às
 refeições, no horário de entrada e em outras
 situações. O educador e o bebe interagindo enquanto
 este está tomando banho, ou as crianças
 conversando durante o almoço, estão trocando
 Chegamos à conclusão de que planejar na educação
 infantil é planejar um contexto educativo, envolvendo
 atividades e situações desafiadoras e significantes
 que favoreçam a exploração, a descoberta e a
 apropriação de conhecimento sobre o mundo físico e
 social. Ou seja, nesta direção o planejamento estaria
 prevendo situações significativas que viabilizem
 experiências das crianças com o mundo físico e
 social, em torno das quais se estruturem interações
 qualitativas entre adultos e crianças, entre crianças e
 crianças, e entre crianças e objetos/mundo físico.
 Nessa perspectiva, outro ponto que passamos a
 incluir foi a previsão do espaço. Embora se diga que
 planejar implica pensar também “onde” e “quando vai
 se desenvolver uma ação, esse aspecto não era
 previsto comumente pelos educadores e por nós.
 Então passamos a explicitá-lo como elemento
 fundamental do planejamento. Como perceber as
 situações significativas? O ponto de partida é a
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  • 1. Planejamento na Educação Infantil... Mais que atividade, a criança em foco. Luciana Esmeralda Ostetto
  • 2. Planejamento baseado em listagem de atividades  Preocupação do educador em preencher o tempo da criança;  Planejamento diário, sem uma sequência lógica;  Prática pedagógica = hora da atividade  Não tem princípio educativo explícito  Criança passiva, sem necessidades específicas  Educação assistencialista – guarda da criança  Perfil de educador: aquele que reivindica modelos de atividades prontos.
  • 3. Planejamento baseado em datas comemorativas  Planejamento direcionado pelo calendário  Datas importantes do ponto de vista do adulto  Qual o critério de escolha das datas? História dos vencedores, dos heróis, que privilegia concepções dominantes.  Datas comerciais  Fragmentação dos conhecimentos: professores passam de um tema a outro de repente.  Professor repetidor – proposta tediosa  Massifica e empobrece o conhecimento  Repete-se a prática de atividades diárias, listagens de atividades.
  • 4. Planejamento baseado em aspectos do desenvolvimento  Planejamento que indica aspectos físico-motor, afetivo, social e cognitivo.  Preocupação em caracterizar a criança pequena dentro de parâmetros psicológicos.  Estimulação é a palavra chave.  Esta proposta, ao mesmo tempo que já considera particularidades do desenvolvimento infantil, desconsidera questões relacionadas à construção do conhecimento.  Toma um único padrão de normalidade de criança, uma referência universal de desenvolvimento – criança ideal.  Desconsidera a criança real, concreta, historicamente situada, com características diferenciadas, determinadas pelo seu contexto ou origem socio-cultural.  Avanço em relação a outras propostas. Contudo, busca criança perfeita.
  • 5. Planejamento baseado em temas  O tema é desencadeador ou gerador de atividades propostas às crianças;  Preocupação com o interesse da criança;  Delimita-se temas significativos para as crianças;  Sequências de atividades semanais;  Em alguns casos, a escolha do tema vira pretexto para o educador continuar listando atividades.  Pode tornar-se camisa de força;  O que é significativo para crianças de 5 anos é também para crianças de 2 anos?
  • 6. Planejamento baseado em conteúdos organizados por áreas de conhecimento  Final dos anos 80, início dos anos 90;  Defesa da pré-escola como espaço pedagógico;  Contribuir para a universalidade de conhecimentos socialmente acumulados;  O planejamento segue apontando noções a serem trabalhadas na pré-escola, contemplando conteúdos básicos das quatro grandes áreas do conhecimento: língua portuguesa, matemática, ciências sociais e naturais.  Trabalho intencional com as crianças.  Problema da proposta: e os bebês?????
  • 7. Possibilidades  Que direção imprimir ao trabalho? O que considerar no planejamento? Como organizá-lo?  Tudo vai depender do educador: do compromisso que tem com sua profissão, do respeito que tem pelo grupo de crianças, das informações de que dispõe, da formação que possui, das relações que estabelece com o conhecimento, dos valores nos quais acredita...  O planejamento não é bom ou ruim em si...  Relação de respeito e afetividade com as crianças;  Partilhar da aventura em busca do conhecimento, construir a identidade de um grupo junto às crianças;
  • 8.  Mais do que conteúdos, o planejamento na Educação Infantil é essencialmente linguagem, formas de expressão e leitura do mundo que nos rodeia.  Formular perguntas, viver com a dúvida (crianças);  Propostas de planejamento que contemplem o cuidar e o educar como objetivos indissociáveis – um chão para o educador;  “ao atender o bebê, o adulto não apenas lhe dá cuidado físico mas o insere no mundo simbólico de sua cultura ao interpretar suas expressões, gestos, posturas”  O pedagógico não está na atividade em si, mas sim na postura do educador...
  • 9.  Não é a atividade em si que ensina, mas as interações, a troca de experiências, o partilhar significados.  O pedagógico não está somente no que é observável – MUITO IMPORTANTE!!!!!!!!!!  O pedagógico perpassa todas as ações: limpar, lavar, trocar, alimentar, colocar para dormir... Dependendo de como são feitas essas ações.
  • 10.  “Neste contexto, na instituição de educação infantil deve haver espaço para as diversas linguagens e para a brincadeira. Aliás, ao falarmos em planejamento, é bem oportuno perguntar: quanto temos brincado com as crianças? Ensinamos as crianças a brincar? Permitimos que brinquem? Ajudamos o grupo de crianças a estruturar repertórios que enriqueçam suas brincadeiras? Há, enfim, espaço para a criançao de brincadeiras, nas nossas salas, nos diversos ambientes da instituição em que trabalhamos com as crianças? Como garantir essa articulação? Como garantir a especificidade dessa instituição? E a linguagem? O que temos feito dela em nossas salas de trabalho? Quantas formas de expressão ganham lugar no dia-a-dia com a criança? Há espaço para a diversidade de dizeres e saberes das crianças? Há espaço para as cores do arco-íris ou para azuis e amarelos, somente? Pode rabisco? E sol com olhos e
  • 11.  Tendo no horizonte esses entendimentos e questionamentos, na tentativa de romper com a tão enraizada “hora da atividade”, fomos ampliando a compreensão do cotidiano educativo, concordando que (...) a atividade educativa da creche não ocorre apenas em momentos especialmente planejados para tal, o horário das “atividades pedagógicas”, mesmo que tais atividades já tenham sua concepção ampliada e modificada para incluir as brincadeiras e os passeios da crianças ou a confecção de um bolo por estas etc. A atividade educativa da creche também inclui o que se passa nas trocas afetivas entre adultos e acrianças, durante o banho, às refeições, no horário de entrada e em outras situações. O educador e o bebe interagindo enquanto este está tomando banho, ou as crianças conversando durante o almoço, estão trocando
  • 12.  Chegamos à conclusão de que planejar na educação infantil é planejar um contexto educativo, envolvendo atividades e situações desafiadoras e significantes que favoreçam a exploração, a descoberta e a apropriação de conhecimento sobre o mundo físico e social. Ou seja, nesta direção o planejamento estaria prevendo situações significativas que viabilizem experiências das crianças com o mundo físico e social, em torno das quais se estruturem interações qualitativas entre adultos e crianças, entre crianças e crianças, e entre crianças e objetos/mundo físico. Nessa perspectiva, outro ponto que passamos a incluir foi a previsão do espaço. Embora se diga que planejar implica pensar também “onde” e “quando vai se desenvolver uma ação, esse aspecto não era previsto comumente pelos educadores e por nós. Então passamos a explicitá-lo como elemento fundamental do planejamento. Como perceber as situações significativas? O ponto de partida é a observação das crianças: o que buscam saber sobre o mundo à sua volta, quais suas preocupações e que