2. CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS?
Proporciona embasamento teórico e prático para
uma reflexão sobre o campo de atuação docente.
Além de possibilitar o conhecimento de diferentes
paradigmas que levam em conta a complexidade
que envolve a realidade escolar na perspectiva de
construção de conhecimentos e práticas que
contribuem para identidade profissional do
educador.
3. LDB
A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96) - LDB - é a lei
orgânica e geral da educação brasileira. Como o próprio
nome diz, dita as diretrizes e as bases da organização do
sistema educacional. Segundo o ex-ministro Paulo Renato
Souza - que ao lado do então presidente Fernando Henrique
Cardoso sancionou a LDB que vigora até hoje - "o mais
interessante da LDB é que ela foge do que é, infelizmente o
mais comum na legislação brasileira: ser muito detalhista. A
LDB não é detalhista, ela dá muita liberdade para as
escolas, para os sistemas de ensino dos municípios e dos
estados, fixando normas gerais. Acho que é realmente uma
lei exemplar."
A primeira Lei de Diretrizes e Bases foi criada em 1961. Uma
nova versão foi aprovada em 1971 e a terceira, ainda vigente
no Brasil, foi sancionada em 1996.
4. LDB
Alguns pontos da LDB vigente desde então são
considerados ganhos importantes para os
cidadãos: "a União deve gastar no mínimo 18% e
os estados e municípios no mínimo 25% de seus
orçamentos na manutenção e desenvolvimento do
ensino público" (art. 69); o Ensino fundamental
passa a ser obrigatório e gratuito (art. 4) e; a
educação infantil (creches e pré-escola) se torna
oficialmente a primeira etapa da educação básica.
5. QUESTÃO
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), Nº 9.394/96, Título IV, ―Da Organização da
Educação Nacional‖, artigo 16, ― o sistema federal de ensino
compreende‖:
20.1- As instituições de ensino mantidas pela união.
20.2- As instituições de educação superior criadas e mantidas
pela iniciativa privada.
20.3- Os órgãos federais de educação.
20.4- Os órgãos municipais, estaduais e federais de
educação.
► Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
20.1, 20.2 e 20.3;
20.1 e 20.2;
20.1, 20.2, 20.3 e 20.4;
20.1, 20.3 e 20.4.
6. QUESTÃO
No Art. 13 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei N° 9.394/96) explicita-se como
incumbência dos docentes:
Participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
Notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação
dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima
de cinquenta por cento do percentual permitido em lei.
Informar pai e mãe sobre a frequência e rendimento dos
alunos.
Administrar os recursos materiais e financeiros do
estabelecimento de ensino.
Coletar, analisar e disseminar informações sobre a
educação.
7. QUESTÃO
De acordo com o Art. 24, item I da Lei que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), a
carga horária mínima anual será de _____________
horas, distribuídas por um mínimo de
_______________ dias e efetivo trabalho escolar
excluído o tempo reservado aos exames finais, quando
houver.
Preencha as lacunas com as palavras adequadas para
que haja coerência e coesão textual.
Novecentas, duzentos.
Oitocentas, duzentos e vinte.
Oitocentas e cinquenta, duzentos e trinta.
Oitocentas, duzentos.
Oitocentas e vinte, duzentos e dez.
8. PCN´S
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, mais conhecidos como
PCN, é uma coleção de documentos que compõem a grade
curricular de uma instituição educativa.
Esse material foi elaborado a fim de servir como ponto de partida
para o trabalho docente, norteando as atividades realizadas na
sala de aula.
É claro que cada instituição deve montar o seu Projeto Político
Pedagógico, sua proposta pedagógica, adaptando esses
conteúdos à realidade social da localidade onde está inserida.
O documento é uma orientação quanto ao cotidiano escolar, os
principais conteúdos que devem ser trabalhados, a fim de dar
subsídios aos educadores, para que suas práticas pedagógicas
sejam da melhor qualidade.
Em sua abordagem, os parâmetros curriculares nacionais
definem que os currículos e conteúdos não podem ser
trabalhados apenas como transmissão de conhecimentos, mas
que as práticas docentes devem encaminhar os alunos rumo à
aprendizagem.
9. PCN´S
Os PCN estão divididos a fim de facilitar o trabalho da
instituição, principalmente na elaboração do seu Projeto
Político Pedagógico. São seis volumes que apresentam
as áreas do conhecimento, como: língua portuguesa,
matemática, ciências naturais, história, geografia, arte e
educação física.
Outros três volumes trazem elementos que compõem
os temas transversais. O primeiro deles explica e
justifica o porquê de se trabalhar com temas
transversais, além de trazer uma abordagem sobre
ética. No segundo volume os assuntos abordados
tratam de pluralidade cultural e orientação sexual; e o
terceiro volume aborda meio ambiente e saúde.
10. QUESTÕES
A educação, no contexto dos Parâmetros Curriculares Nacionais, é concebida
como:
I. Processo que consiste em transmitir normas de comportamento técnicocientífica (instrução) e moral (formação do caráter) que podem ser compartilhadas
por todos os membros da sociedade.
II. Prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos
desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para
construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em
relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas.
III. Fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos
destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da
transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e
agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou
sociedade.
Assinale a alternativa que apresenta a resposta CORRETA:
a) Apenas a alternativa III está correta.
b) As alternativas I, II e III estão corretas.
c) As alternativas I e II estão corretas.
d) Apenas a alternativa II está correta.
11. ECA
O Estatuto da Criança e do Adolescente é
conhecido pela sociedade brasileira por ECA (as
primeiras letras das palavras Estatuto Criança e
Adolescente). A Lei que deu vida ao ECA é de Nº
8.069, de 13 de julho de 1990 e esta foi sancionada
pelo ex-Presidente do Brasil Fernando Collor de
Mello.
O ECA foi especialmente criado para revelar os
direitos e os deveres das crianças e dos
adolescentes. Também há neste estatuto os
direitos e deveres dos adultos.
12. ECA
O ECA garante que todas as crianças e
adolescentes, independentemente de cor, etnia ou
classe social, sejam tratados como pessoas que
precisam de atenção, proteção e cuidados
especiais para se desenvolverem e serem adultos
saudáveis.
Antes do surgimento do ECA, existia apenas o
Código de Menores (uma lei de 1979), uma lei
voltada apenas para os menores de 18
anos, pobres, abandonados, carentes ou infratores.
13. QUESTÕES
Antes da aprovação do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), duas outras legislações
regulamentavam a ação do Estado no trato com a
infância. Elas eram:
(A) o Código de Menores de 1979 e a Lei nº
8.069/90.
(B) a Carta Magna de 1988 e a Lei nº 1.14/05.
(C) a Lei nº 8.069/90 e o Código Penal Brasileiro.
(D) o Código Penal Brasileiro e o Código da
Infância de 1982.
(E) o Código de Menores de 1927 e o Código de
Menores de 1979.
14. QUESTÕES
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
propõe basicamente a transformação de dois
grandes eixos no atendimento educacional da
infância e da juventude que são:
(A) redução da maior idade penal / medidas
socioeducativas.
(B) medidas protetivas / medidas socioeducativas.
(C) privação de liberdade / negligenciamento
institucional.
(D) violação de direitos / medidas protetivas.
(E) medidas socioeducativas / repressão de
adolescentes infratores.
15. EDUCAÇÃO INFANTIL
Se o direito de 0 a 6 anos à educação em
creches e pré – escolas já estava assegurado na
Constituição de 1988 e reafirmado no Estatuto da
Criança e do Adolescente de 1990, a tradução deste
direito em diretrizes e normas, no âmbito da educação
nacional, representa um marco histórico de grande
importância para a educação infantil em nosso país.
A inserção da educação infantil na educação
básica, como sua primeira etapa, é o reconhecimento
de que a educação começa nos primeiros anos de vida
e é essencial para o cumprimento de sua
finalidade, afirmada no Art. 22 da Lei: ―a educação
básica tem por finalidade desenvolver o educando
, assegurar – lhe a formação comum indispensável para
o exercício da cidadania e fornecer – lhes meios para
progredir no trabalho e nos estudos posteriores‖.
16. A EDUCAÇÃO INFANTIL RECEBEU UM DESTAQUE NA NOVA
LDB, INEXISTENTE NAS LEGISLAÇÕES ANTERIORES. É TRATADA NA
SEÇÃO II, DO CAPÍTULO II (DA EDUCAÇÃO BÁSICA), NOS SEGUINTES
TERMOS:
Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da
educação básica, tem com finalidade o
desenvolvimento integral da criança até os seis
anos de idade, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e
social, complementando a ação da família e da
comunidade.
Art. 30 A educação infantil será oferecida em: I –
creches ou entidades equivalentes, para crianças
de até três anos de idade; II – pré – escolas para
crianças de quatro a seis anos de idade.
Art. 31 Na educação infantil a avaliação far – se – á
mediante acompanhamento e registro de seu
desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino
17. QUESTÕES
O artigo 29 da LDB, ao definir o âmbito da educação Infantil, estabelece uma
exigência de cooperação e articulação entre escola, família e comunidade, ou
seja, compete à escola complementar ―ação da família e da comunidade‖. O artigo
seguinte da aludida lei, estrutura o oferecimento da educação infantil na escola.
Com base na legislação, indique a alternativa correta.
a) A educação infantil será oferecida em creches, para crianças de até quatro anos
de idade, e em pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade;
b) A educação infantil será oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para
crianças de até três anos de idade, e em pré-escolas, para as crianças de quatro a
cinco anos de idade;
c) A educação infantil será oferecida em entidades não governamentais, para
crianças de até três anos de idade, e em pré-escolas, para as crianças de quatro a
sete anos de idade;
d) A educação infantil será oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para
crianças de até dois anos e meio de idade, e em pré-escolas, para as crianças de
três a seis anos de idade;
e) A educação infantil será oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para
crianças de até cinco anos de idade, e em pré-escolas, para as crianças de seis
anos de idade.
18. QUESTÕES
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil (1998), a prática da educação infantil deve se
organizar de modo que as crianças desenvolvam
determinadas capacidades, com exceção de:
a) conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando
atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e
valorizando a diversidade.
b) utilizar as diferentes linguagens
(corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às
diferentes intenções e situações de comunicação.
c) desenvolver a capacidade de aprendizagem
autônoma, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e
habilidades e a formação de atitudes e valores.
d) estabelecer e ampliar as relações sociais, aprendendo
paulatinamente a articular seus interesses e pontos de vista
com os demais, respeitando a diversidade.
19. DIDÁTICA?
Segundo Libâneo (2002), a didática é uma ponte mediadora
entre a teoria e a prática docente. E ela que interliga as bases
teóricas à ação prática, evitando o espontaneísmo e
fornecendo aos profissionais da educação uma práxis
educativa sólida.
A didática tem como objeto de estudo o processo de
aprendizagem na sua globalidade. Sendo assim, está
inteiramente ligada à teoria da educação, às teorias da
organização escolar, às teorias do conhecimento e à
psicologia da educação. Esse suporte teórico é a base da
prática educativa. Neste sentido, a didática torna-se o
principal ramo de estudos da pedagogia, pois é necessário
dominar bem todas as teorias para que haja uma boa prática
educativa. Assim, o educador dispõe de recursos teóricos
para organizar e articular o processo de ensino e
aprendizagem.
20. DIDÁTICA?
É a didática que fundamenta a ação docente; é
através da didática que a teoria e a prática se
consolidam de forma viável e eficaz pois ela se
ocupa do processo de ensino nas várias
dimensões, não se restringindo à educação
escolar, mas investiga e orienta a formação do
educador na sua totalidade.
21. PLANEJAMENTO
O planejamento escolar é uma tarefa docente que
inclui tanto a previsão das atividades em termos de
organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no
decorrer do processo de ensino. O planejamento é
um meio para programar as ações docentes, mas é
também um momento de pesquisa e reflexão
intimamente ligado à avaliação.
Há três modalidades de planejamento, articulados
entre si o plano da escola, o plano de ensino e o
plano de aulas.
22. PLANEJAMENTO
O plano da escola é um documento mais global;
expressa orientações gerais que sintetizam, de um
lado, as ligações da escola com o sistema escolar mais
amplo e, de outro, as ligações do projeto pedagógico da
escola com os planos de ensino propriamente ditos.
O plano de ensino (ou plano de unidade) é a previsão
dos objetivos e tarefas do trabalho docente para o ano
ou semestre; é um documento mais elaborado, dividido
por unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos
específicos, conteúdos e desenvolvimento
metodológicos.
O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do
conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um
caráter específico.
23. QUESTÕES
Um professor que trabalha para tornar importante e única
cada atividade, cada tarefa, cada proposta para a vida de seu
aluno e que se esforça para que os alunos absorvam os
ideais amplos e generosos discutidos no planejamento de
ensino, está preocupado em estabelecer a relação entre:
A) Sistemas de ensino.
B) Tipos de aprendizagem e desempenho.
C) Objetivos, conteúdos e métodos.
D) Avaliação e feedback.
E) Proposta e projeto de ensino.
24. TEORIA DE APRENDIZAGEM: SEGUNDO PIAGET
De acordo com Piaget, as crianças possuem um papel
ativo na construção de seu conhecimento, de modo que
o termo construtivismo ganha muito destaque em seu
trabalho.
O desenvolvimento cognitivo, que é a base da
aprendizagem, se dá por assimilação e acomodação.
Quando na assimilação, a mente não se modifica.
Quando a pessoa não consegue assimilar determinada
situação, podem ocorrer dois processos: a mente
desiste ou se modifica.
Se modificar, ocorre então a acomodação, levando a
construção de novos esquemas de assimilação e
resultando no processo de desenvolvimento cognitivo.
Somente poderá ocorrer a aprendizagem quando o
esquema de assimilação sofre acomodação.
25. TEORIA DE APRENDIZAGEM: SEGUNDO PIAGET
O que fazer então par provocar o processo de acomodação?
Para modificar os esquemas de assimilação é necessário
propor atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios
e reequilibrações sucessivas nos alunos.
De acordo com Piaget, apenas a acomodação vai promover a
descoberta e posteriormente a construção do conhecimento.
O conhecimento real e concreto é construído através de
experiências.
Aprender é uma interpretação pessoal do mundo, ou seja, é
uma atividade individualizada, um processo ativo no qual o
significado é desenvolvido com base em experiências.
O papel do professor é então aquele de criar situações
compatíveis com o nível de desenvolvimento cognitivo do
aluno, em atividades que possam desafiar os alunos.
26. DE ACORDO COM PIAGET, O DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO DAS CRIANÇAS OCORRE EM QUATRO
FASES:
Sensorial-motor (0 - 2 anos)
Ao nascer, o bebe tem padrões inatos de
comportamento, como agarrar, sugar e atividades
grosseiras do organismo, segundo Piaget. As
modificações e o desenvolvimento do comportamento
ocorrem como resultado da interação desses padrões
inatos (semelhantes a reflexos) com o meio ambiente.
O bebê então começa a construir esquemas para
assimilar o ambiente.
Nesse estágio, seu conhecimento é privado e não
tocado pela experiência de outras pessoas (o mundo é
ele).
- Pré-operações (2 – 7 anos)
O período pré – operatório abrange a idade de 2 a 7
anos e é dividido em dois períodos: o da Inteligência
Simbólica (dos 2 aos 4 anos) e o período Intuitivo (dos 4
aos 7 anos)
27. DE ACORDO COM PIAGET, O DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO DAS CRIANÇAS OCORRE EM QUATRO
FASES:
- Operações concretas (7 - 11 anos)
O individuo consolida as conservações de
número, substancia, volume e peso. Desenvolve
também noções de
tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade.
Organiza então o mundo de maneira lógica e
operatória. É capaz de estabelecer
compromissos, compreende as regras podendo ser
fiel a elas.
- Operações formais (11 – 15 anos)
No período formal as estruturas cognitivas da
criança alcançam seu nível mais elevado de
desenvolvimento, e tornam-se aptas a aplicar o
raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Enfim, é a ―abertura para todos os possíveis‖.
28. FERNANDO DE AZEVEDO
Fernando de Azevedo foi um homem de pensamento, com
múltiplos interesses intelectuais, para quem nada do que é
humano era estranho. Da educação física — área em que foi
especialista, tendo escrito uma tese pioneira em 1915 — às
ciências sociais, trajetória que completou em 20
anos, transitou pelo ensino de latim e de psicologia, pela
crítica literária, pela investigação sobre a arquitetura colonial
e sobre a educação paulista, pela reforma educacional.
Estudioso e amante dos clássicos, nunca escondeu o seu
fascínio pelas ciências modernas, que procurou incluir nos
currículos escolares, tanto que, nos anos 50, organizou a
obra As ciências no Brasil, cuja segunda edição acaba de sair
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1994. Entre
25 livros, a maioria na área da educação, escreveu obras
pioneira no campo das ciências sociais como Princípios de
Sociologia (193S),Sociologia, Educacional (1940) e Canaviais
e engenhos na vida política do Brasil (1948).
29. FERNANDO DE AZEVEDO
Segundo o testemunho insuspeito de Paschoal
Lemme, Fernando de Azevedo foi "urna das mais altas
expressões da inteligência e da cultura do Brasil
moderno", destacando-se por três contribuições fundamentais:
"1. A grande reforma do ensino no antigo Distrito Federal (19271930) (...), reforma essa que, segundo as opiniões mais
autorizadas, foi o marco inicial do processo de modernização do
ensino no Brasil. 2. O Manifesto dos pioneiros da educação
nova (1932) (...), documento único na historia da educação
brasileira. (...) Subscrito por um grupo dos mais eminentes
educadores e intelectuais, mantém até hoje sua validade. 3. A
monumental obra A cultura brasileira, redigida inicialmente para
servir de introdução ao recenseamento de 1940, tornou-se de
consulta obrigatória para quem deseja conhecer a evolução da
cultura nacional, em todos os seus aspectos" (Carta aoJornal do
Brasil, 1976). A estas três poderíamos acrescentar uma quarta
contribuição, que foi a sua importante participação no processo
de fundação da Universidade de São Paulo (1934), destacandose como um lutador incansável pela implementação do
verdadeiro espírito universitário,
30. ANÍSIO TEIXEIRA
Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que
marcaram a educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira foi pioneiro
na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu
objetivo de oferecer educação gratuita para todos. Como teórico da
educação, Anísio não se preocupava em defender apenas suas idéias.
Muitas delas eram inspiradas na filosofia de John Dewey (1852-1952),
de quem foi aluno ao fazer um curso de pós-graduação nos Estados
Unidos.
Dewey considerava a educação uma constante reconstrução da
experiência. Foi esse pragmatismo, observa a professora Maria Cristina
Leal, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que impulsionou
Anísio a se projetar para além do papel de gestor das reformas
educacionais e atuar também como filósofo da educação. A marca do
pensador Anísio era uma atitude de inquietação permanente diante dos
fatos, considerando a verdade não como algo definitivo, mas que se
busca continuamente. Para o pragmatismo, o mundo em transformação
requer um novo tipo de homem consciente e bem preparado para
resolver seus próprios problemas acompanhando a tríplice revolução da
vida atual: intelectual, pelo incremento das ciências; industrial, pela
tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo
Anísio, ―uma educação em mudança permanente, em permanente
reconstrução‖.
31. DIDÁTICA DA AÇÃO: ANÍSIO TEIXEIRA
As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar
em vez de instruir; formar homens livres em vez de homens
dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir
um passado claro; e ensinar a viver com mais inteligência,
mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso
reformar a escola, começando por dar a ela uma nova visão
da psicologia infantil.
O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo
significou simples memorização; depois seu sentido passou a
incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado;
por último, envolveu algo mais: ganhar um modo de agir. Só
aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que,
chegado o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o
aprendido.
32. DEMERVAL SAVIANI
Dermeval Saviani é grande educador que vivenciou um período de
mudanças no nosso país, a exemplo da transição na educação durante
a consolidação do período democrático que vivemos na
atualidade, acompanhando, além das transformações sociais, as
transformações na história da educação brasileira, acentuando os
pontos positivos e negativos que as modificações no processo
educacional refletiram no dia-a-dia, e teve uma visão progressista sobre
a educação. Ele foi o fomentador da teoria histórico-crítica que também
é conhecida como crítico-social dos conteúdos e tem como objetivo
principal relação e transmissão de conhecimentos significativos que
contribuam para a inclusão social do educando.
Através da análise de algumas obras do autor, é possível perceber que
embora este se mostre otimista – apresentando soluções para melhorar
o sistema educacional no país, a partir de uma análise histórica dos
fatos -, Saviani apresenta sua obra de maneira realista, destacando os
erros de um sistema de educação que desde os primeiros passos letivos
foi corrompido e repleto de falhas, realizando um paralelo entre a política
e a educação.
33. JUSSARA HOFFMAN
Jussara Hoffmann é nome obrigatório quando se
trata de discutir e repensar os rumos da avaliação.
Mestre em Avaliação Educacional pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), ex-professora adjunta da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), conferencista e consultora em
educação, Jussara tem diversos livros publicados
sobre o assunto.
34. JUSSARA HOFFMAN
QUAL O OBJETIVO DA AVALIAÇÃO?
APRENDIZAGEM. APRENDIZAGEM. APRENDIZAGEM. A expressão
MEDIADORA, que utilizo desde 1991, tem por objetivo salientar a importância do
papel do professor no sentido de observar o aluno PARA MEDIAR, ou seja, para
refletir sobre as melhores estratégias pedagógicas possíveis que visem promover
sua aprendizagem. Avaliar não é observar se o aluno aprende. Esta resposta já se
tem: todos aprendem sempre, senão não estariam sequer vivos, pois enquanto se
respira, se aprende, se descobrem novas coisas sobre o mundo em que vivemos.
Entretanto, ninguém aprende apenas sozinho, aprende muito melhor com o
outro, em interação com seus pares e com desafios intelectuais significativos. O
melhor ambiente de aprendizagem é rico em oportunidades de convivência, de
diálogo, de desafios, de recursos de todas as ordens. Para cada
aluno, entretanto, não podem ser oferecidos os mesmos desafios, em tempos
programados ou do mesmo jeito. E aí entra o professor, o avaliador. Olhando cada
um, investigando e refletindo sobre o seu jeito de
aprender, conversando, convivendo, organizando o cenário dessa
interação, fazendo a pergunta mais desafiadora possível, escutando o silêncio, se
for o caso. O professor MEDIADOR é o avaliador essencial. Cuidar para que o
aluno aprenda mais e melhor, todos os dias. Isso é avaliar.
35. PAULO FREIRE
Não podemos falar em educação e não mencionar PAULO
FREIRE.
Propulsor na alfabetização de adultos, propõe e estimula a
inserção do adulto iletrado no seu contexto social e político,
na sua realidade, promovendo o despertar para a cidadania
plena e transformação social. É a leitura da palavra,
proporcionando a leitura do mundo. Suas idéias nasceram no
contexto do Nordeste brasileiro a partir da década de 1950,
onde metade dos seus 30 milhões de habitantes eram
analfabetos, com predomínio do colonialismo e todas as
vivências impostas por uma realidade de opressão,
imposição, limitações e muitas necessidades.
Freire aplicou, pela primeira vez, publicamente, o seu método
no ―Centro de Cultura Dona Olegarinha‖, um Círculo de
Cultura do Movimento de Cultura Popular do Recife (MCP)
para discussão dos problemas cotidianos na comunidade de
―Poço da Panela‖.
36. PAULO FREIRE
Dos 5 alunos, três aprenderam a ler e escrever em 30 horas,
outros 2 abandonaram o ―curso‖.
O método de alfabetização de Paulo Freire é resultado de muitos
anos de trabalho e reflexões de Freire no campo da educação,
sobretudo na de adultos em regiões proletárias e subproletárias,
urbanas e rurais, de Pernambuco. No processo de aprendizado,
o alfabetizando ou a alfabetizanda é estimulado(a) a articular
sílabas, formando palavras, extraídas da sua realidade, do seu
cotidiano e das suas vivências. Nesse sentido, vai além das
normas metodológicas e lingüísticas, na medida em que propõe
aos homens e mulheres alfabetizandos que se apropriem da
escrita e da palavra para se politizarem, tendo uma visão de
totalidade da linguagem e do mundo. O método Paulo Freire
estimula a alfabetização/educação dos adultos mediante a
discussão de suas experiências de vida entre si, os participantes
da mesma experiência, através de tema/palavras gerador(as) da
realidade dos alunos, que é decodificada para a aquisição da
palavra escrita e da compreensão do mundo. As experiências
acontecem nos Círculos de Cultura.
37. O “MÉTODO PAULO FREIRE” ESTÁ
ESTRUTURADO EM TRÊS ETAPAS:
1) Etapa de Investigação: aluno e professor
buscam, no universo vocabular do aluno e da
sociedade onde ele vive, as palavras e temas
centrais de sua biografia.
2) Etapa de Tematização: aqui eles codificam e
decodificam esses temas, buscando o seu
significado social, tomando assim consciência do
mundo vivido.
3) Etapa de Problematização: aluno e professor
buscam superar uma primeira visão mágica por
uma visão crítica do mundo, partindo para a
transformação do contexto vivido
38. QUESTÕES
―O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a necessidade de
compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. E para aqueles que teriam a
tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria de lembrar que, por
dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se
assemelhasse à nossa ciência...‖. (Rubem Alves) – Considerando que as classes populares
produzem saberes, ligados às suas experiências de vida e ao contexto social em que estão
inseridos, identifique a opção CORRETA em relação a educação popular:
A) A Educação Popular é uma educação comprometida e participativa orientada pela
perspectiva de realização de todos os direitos do povo. Sendo em si uma educação fria e
imposta, pois baseia-se no saber da comunidade, que pouco dialoga.
B) É possível considerar como a principal característica da educação popular a utilização do
saber da comunidade como matéria prima para o ensino. É aprender a partir do conhecimento
do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele.
C) O educador popular constitui-se em um transmissor de informações, descontextualizadas
da realidade dos sujeitos com quem atua restringindo-se a um grande facilitador de
aprendizagens.
D) É diferente de uma Educação Informal porque possui uma relação vertical entre educador e
educando.
E) Não existe relação entre educação popular e a seguinte frase de Paulo Freire ―já não se
pode afirmar que alguém liberta alguém, ou que alguém se liberta sozinho, mas os homens se
libertam em comunhão‖. Visto que ela refere-se a educação tradicional.
39. QUESTÕES
Na relação ensino-aprendizagem:
a) Não deve haver intervenção pedagógica, pois, a
construção de conhecimento é espontânea do aluno.
b) O papel do professor é o de criar condições para que
o aluno estabeleça relações entre o que já sabe e os
novos conhecimentos a serem construídos.
c) Ensino e aprendizagem são dois conceitos
independentes.
d) Os aspectos emocionais dos alunos não devem
interferir nos procedimentos de ensino estabelecidos
pelo professor.
e) As patologias dos alunos não deveriam ser
consideradas pelo professor ao estabelecer suas
estratégias de ensino.
40. FICA A DICA:
"Sucesso é conseguir o que se
quer. Felicidade é querer o
que se conseguiu."
Lair Ribeiro