Inteligência, Memória e Percepção_Psicologia da Educação
1. UNIVERSIDADE NILTON LINS
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
INTELIGÊNCIA, MEMÓRIA E
PERCEPÇÃO
DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
2. Apresentação da Equipe de Trabalho
Jemuel Araújo da Silva
Edmar de Mesquita Vieira
Yanne Alves da Silva
Josiane Braga Bentes
Antonieta Carvalho
Cleber de Souza Galúcio
Aílton Macedo Maciel
Hevely Soares Maciel
Gilmara Chaves de Araújo
3. Roteiro da Apresentação
1. Concepções de Inteligência
2. Abordagem da Psicologia diferencial
2.1 Os testes de Inteligência
2.2 Problemas dos testes de inteligência
3. Abordagem dinâmica
• 4. Inteligência, memória e percepção
• 5. Papel da memória e da percepção
• 5.1 Tipos de Memória
4. 1. Concepções de Inteligência
- O que é a Inteligência?
- Para o Senso comum: é a qualidade que as
pessoas possuem para resolver corretamente um
problema.
- Toda vez que tomamos atitudes aceitas pela
sociedade, falamos de uma: “decisão inteligente.”
- Porém, vamos procurar entendê-la na perspectiva
científica, partindo do conceito que: “Ela
[Inteligência] é um aspecto do pensamento.”
5. 1. Concepções de Inteligência
- O que é a Inteligência?
Segundo Jean Piaget (1896-1980):
- A inteligência é a solução de um problema novo
para o indivíduo, é a coordenação dos meios
para atingir um certo fim, que não é acessível de
maneira imediata...
6. 1. Concepções de Inteligência
- Esse conceito de Piaget pode se aplicado
quando nos reportarmos para História da
Evolução Humana.
- A evolução transformou Ancestrais humanos
predominantemente vegetarianos em um
primata singularmente mortal. Isso deveu-se ao
desenvolvimento da nossa massa craniana.
- O USO DA INTELIGÊNCIA, foi portanto o fator
que nos tornou o mais bem-sucedido predador
que o mundo já conheceu.
8. 1. Concepções de Inteligência
- Grosso modo podemos dizer que os psicólogos
dividiram-se em dois grandes blocos, quanto à
compreensão desse aspecto do pensamento
(cognição) humano:
- A ABORDAGEM DA PSICOLOGIA
DIFERENCIAL;
- A ABORDAGEM DINÂMICA.
9. 2. Abordagem da Psicologia Diferencial
- A Psicologia Diferencial é um campo da
psicologia que estuda as diferenças individuais
dos sujeitos.
- A inteligência, sendo uma dessas diferenças,
para ser estudada, deve-se tornar observável.
- Nós não observamos diretamente a
inteligência, mas, podemos medi-la através dos
comportamentos humanos.
- Esta capacidade humana foi, então,
decomposta em inúmeros aspectos e
manifestações.
10. 2. Abordagem da Psicologia Diferencial
- Assim, “vemos” e medimos a inteligência das
pessoas através de sua capacidade de:
- verbalizar ideias, resolver problemas, adaptar-se
a situações novas, comportar-se
criativamente frente a uma situação.
- A inteligência, nesta abordagem, seria um
composto de habilidades e poderia ser medida
por meio dos conhecidos testes psicológicos de
inteligência.
11. 2.1 Os testes de Inteligência
- Em 1904, na França, Alfred Binet (1857-1911)
criou os primeiros testes de inteligência, que
tinham como objetivo verificar os progressos de
crianças deficientes do ponto de vista intelectual.
12. 2.1 Os testes de Inteligência
- Programas especiais eram realizados para o
progresso dessas crianças.
- Os testes tornaram-se necessários para que se
pudesse avaliar a eficiência desses programas,
isto é, o progresso obtido.
- Binet partiu daquilo que as crianças poderiam
realizar em cada Idade.
13. 2.1 Os testes de Inteligência
- Vários itens ou problemas eram colocados
para as crianças, e, se a maioria delas, numa
certa idade, conseguisse realizá-los, estava
caracterizada a realização normal de crianças
daquela idade.
- Ao se examinar uma criança, tornava-se
possível avaliar se seu desenvolvimento
intelectual acompanhava ou não o das crianças
de sua idade.
14. 2.1 Os testes de Inteligência
- Os resultados de quase todos os testes de
inteligência são apresentados pelo que se
denominou Quociente Intelectual (Q.I.).
- Este quociente é obtido relacionando a idade
da criança com o seu desempenho no teste.
- Verifica-se se ela está no nível de
desenvolvimento intelectual considerado normal
para sua idade.
15. 2.2 Problemas dos Testes de Inteligência
- Com a utilização dos testes de inteligência,
alguns questionamentos foram surgindo:
- O termo inteligência era compreendido de
diferentes maneiras pelos psicólogos
construtores dos testes e os testes refletiam
essas diferenças.
- Alguns testes avaliavam, fundamentalmente, o
aspecto ou fator verbal, enquanto outros, o fator
percepção espacial.
- Assim, um mesmo indivíduo poderia ter um
alto quociente intelectual aqui e um baixo ali.
16. 2.2 Problemas dos Testes de Inteligência
- A utilização frequente dos testes levantou um
outro questionamento a rotulação ou
classificação das crianças.
- Avaliadas pelos testes de inteligência e
classificadas como deficientes, normais ou
superdotadas, as crianças eram fechadas
dentro destas classificações.
- Os pais e professores passavam a agir em
função das expectativas que as classificações
geravam, e a criança era induzida a
corresponder às expectativas.
17. 2.2 Problemas dos Testes de Inteligência
- Os testes sofreram também sérios
questionamentos pela tendenciosidade que
apresentavam, pois eram construídos em função
de fatores valorizados pela sociedade.
- Fatores que os grupos dominantes
apresentavam e que eram considerados como
desejáveis. Falar bem, resolver problemas com
facilidade, apresentar facilidade para aprender.
18. 3. Abordagem Dinâmica
- Abordagem que questionou fundamentalmente a
decomposição da totalidade humana em diversos
aspectos ou fatores.
- A inteligência existiria como algo, ou algum fator
no indivíduo, que poderia ser medido e avaliado.
- Nesta abordagem, os dados obtidos nos testes
não são medidas da inteligência, mas medidas da
EFICIÊNCIA INTELECTUAL do indivíduo.
- Os níveis baixos nos testes não implicam pouca
inteligência, pois nesta abordagem o indivíduo é
visto na sua globalidade.
19. 3. Abordagem Dinâmica
- Logo o que deve-se analisar é que: A criança
que tem dificuldades na aprendizagem não deve
ser rotulada como pouco inteligente, mas como
alguém que, vive dificuldades psicológicas.
- Os testes passam a ser instrumentos auxiliares
na identificação dessas dificuldades, as quais
são encaradas como sintomas de conflitos.
- Esses testes, tornam-se instrumentos para
iniciar um trabalho de recuperação, e não
instrumentos para finalizar um trabalho de
classificação.
20. 3. Abordagem Dinâmica
- O estudo do comportamento intelectual ou
cognitivo do indivíduo, é feito em função de sua
personalidade e de seu contexto social.
- A inteligência deixa de ser estudada como uma
capacidade isolada, para ser pensada como
capacidade que integra a globalidade humana.
- Quando é enfocada uma produção intelectual
do homem, esta é analisada nos seus
componentes COGNITIVOS, AFETIVOS E
SOCIAIS.
21. 3. Abordagem Dinâmica
- Portanto, a inteligência nesta abordagem não
tem lugar de destaque.
- Quando o indivíduo está bem psicologicamente
conseguindo lidar conflitos, tem todas as
condições para realizar atos “inteligentes.”
- EXEMPLO: Quando você tem alguma
preocupação que toma grande parte de seu
pensamento, você apresenta maior dificuldade
para aprender um conteúdo novo ou resolver
problemas.
22. 4. Inteligência, Memória e Percepção
- “O HOMEM NÃO TEM NATUREZA, O
HOMEM TEM HISTÓRIA” Ortega y Gasset.
- Foi o trabalho, a atividade, a ação do homem
sobre o mundo real que possibilitou o
surgimento do homem como ser pensante.
- A ação sobre o mundo gerou o pensamento
em cada um, no decorrer de nosso
desenvolvimento.
- Ao transformar-se em ser pensante, o homem
modificou sua forma de agir no mundo.
23. 4. Inteligência, Memória e Percepção
- Sua ação passou a ser consciente, seu
trabalho proposital e não instintivo.
- Os caminhos da Evolução humana produziram
uma eficiente máquina de controle para a ação
consciente.
24. 4. Inteligência, Memória e Percepção
- O que nos difere dos grandes primatas – como
orangotango, gorila e o chimpanzé, é que os
humanos conseguiram escapar do pensamento
compartimentado.
- Os primatas, têm um cérebro especializado, e
cada setor funciona de forma independente do
outro.
25. 4. Inteligência, Memória e Percepção
- Com os humanos, isso fez toda a diferença,
esses setores cerebrais passaram a se
comunicar entre si.
- O humanos passaram a ter uma consciência
completa. Isto o fez compreender o instrumento
de trabalho, como um instrumento para uso
futuro
- Para que isso fosse possível, foi necessário um
padrão de memória que relacionasse pressão
pela sobrevivência (fome) e a preocupação para
o futuro (preservação do instrumento).
26. 5. Papel da Memória e da Percepção
- O salto que esse cérebro produziu fez com que
os humanos, de forma consciente
desenvolvessem o instrumento que os levou até
o estágio atual: A LINGUAGEM.
- A linguagem simbólica, que permite a troca de
informações conscientes. Esse fenômeno levou
a construção da cultura humana.
- Dois processos básicos do psiquismo humano
foram muito importantes: A Percepção e a
memória.
27. 5. Papel da Memória e da Percepção
PERCEPÇÃO
- A percepção deixa de ser um reflexo direto da
natureza.
- Segundo Leontiev (1903-1979): os animais,
têm o reflexo psíquico da realidade, enquanto
nós temos o reflexo consciente da realidade.
28. 5. Papel da Memória e da Percepção
- A nossa percepção é dirigida pela nossa
própria história de vida e pela cultura. Vemos,
ouvimos, sentimos e degustamos de acordo
com nossa história e cultura.
- Assim, percebemos o mundo por nossa
experiência anterior associada a experiência
pessoal e a experiência de toda a humanidade.
- Por isso, a experiência de ouvir uma música,
não é só de ouvir notas, mas é uma experiência
que nos remete a uma experiência agradável ou
desagradável.
29. 5. Papel da Memória e da Percepção
- A MEMÓRIA
- É um processo vital para o processamento do
material percebido.
-Como dependemos da linguagem para
decodificar o que percebemos, precisamos ter
armazenado signos de nossa cultura.
- A memória é peculiar no ser humano. Por um
lado, trata-se de um processo biológico com
seus limites; por outro, trata-se de um processo
social, cultural e histórico.
30. 5. Papel da Memória e da Percepção
- Ivan Izquierdo, publicou um artigo A arte de
esquecer. Nele o autor diz que o esquecimento
faz parte do processo de memorização, é uma
forma de proteger o armazenamento de fatos
importantes.
31. 5. Papel da Memória e da Percepção
Eclea Bosi discute a memória do ponto de vista
funcional, como memória social. A autora trata
do fenômeno psicológico da lembrança que
constrói os campos da significação.
32. 5.1 Os Tipos de Memória
- As memórias podem ser classificadas em
quatro tipos:
- Memória sensorial: Retém brevemente a
impressão de um estímulo depois que este
desaparece. É um tipo de memória que nos
permite continuar vendo a página da revista por
alguns segundos depois de fecharmos os olhos.
- Memória de curta duração: Permitimo-nos,
manter na mente, uma pequena quantidade de
informações recém-adquiridas, é utilizado em
tarefas corriqueiras, como guardar um número
de telefone que precisamos ligar.
33. 5.1 Os Tipos de Memória
- Memória de trabalho: Dura segundo e é parecida
com a memória do computador. É uma memória on-line.
É processada no córtex pré-frontal. É ele quem
decide o que deve ser guardado ou não.
- Memória de Longa Duração: Elas se dividem em
dois grupos: as memórias explícitas (declarativas) e
as implícitas (não declarativas).
- As primeiras referem-se as nossa história de vida e
eventos relacionados. As segundas estão no nosso
inconsciente e incluem: procedimentos, habilidades e
outros condicionamentos.