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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE SAÚDE - COLEGIADO DE ENFERMAGEM

IRANILDO RIBEIRO DA CRUZ FERREIRA

HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM:
É PRECISO CUIDAR DE QUEM CUIDA

Feira de Santana-BA.
2013
1

IRANILDO RIBEIRO DA CRUZ FERREIRA

HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM:
É PRECISO CUIDAR DE QUEM CUIDA

Antiprojeto de pesquisa apresentado à
disciplina de TID IV do curso de Bacharel em
Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e
Ciências de Feira de Santana, como requisito
parcial para avaliação da 2ª Unidade.
Orientador: Prof. Mestre Carlos Magno Vitor
da Silva.

Feira de Santana-BA.
2013
2

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO, 3

1.1
1.2
1.3
1.4
1.4.1
1.4.2
1.5
2
3
4
5

TEMA, 3
PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA,3
HIPÓTESES, 3
OBJETIVOS, 4
Objetivo geral, 4
Objetivos específicos, 4
JUSTIFICATIVA, 4

REFERENCIAL TEÓRICO , 5
METODOLOGIA, 11
RECURSOS, 12
CRONOGRAMA, 13
REFERÊNCIAS, 14
3

1 INTRODUÇÃO

A qualidade de vida é um assunto que tem sido muito abordado nos últimos
anos, tanto no âmbito social como no profissional. A vida profissional dos
enfermeiros é muito desgastante, com cargas horarias excessivas, baixos salarios,
pouca valorização da profissão, condições precarias de trabalho e descaso frente
aos problemas identificados pela equipe de saúde fazem com que esses
profissionais sintam-se insatisfeitos com sua profissão. Alem disso, eles estão em
constante convivencia com a dor, a morte, o sofrimento, a tristeza, o que acaba
gerando transtornos psicologicos, estresse e doenças crônicas nesses individuos.
A maioria dos profissionais enfrenta situações difíceis em seu ambiente de
trabalho e poucas são as medidas voltadas para cuidar desses individuos, sendo
assim torna-se extremamente importante a necessidade do cuidado direcionado ao
cuidador, para que assim o enfermeiro possa assistir dao cliente de forma
humanizada. A qualidade de vida dos enfermeiros está em completa decadência,
eles que zelam tanto pela saúde do outro, muitas vezes, tem sua sauade deixada de
lado e um grave problema pode afetar esses profissionais, que é a Síndrome de
Burnout, a qual acontece devido ao estresse ocupacional, sendo mais propenso a
acometerem os profissionais da área da saúde devido as longas jornadas de
trabalho, conflitos entre trabalho e família, envolvimento com os sentimentos dos
pacientes, entre outras causas.
.
1.1 TEMA

É preciso cuidar de quem cuida: a qualidade de vida dos enfermeiros

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

O que está afetando a qualidade de vida dos enfermeiros?

1.3 HIPOTÉSE
4

Um sistema de saúde precario, defazado, com condições de trabalho
insalubres, associados aos baixos salarios, cargas horarias excessivas, convivencia
com intenças emoções tornam a vida profissional dos enfermeiros muito
desgastantes e isso acaba comprometendo a qualidade do atendimento ao cliente,
podendo coloca-los em risco de vida. Tudo isso se torna uma bola de neve na vida
dos enfermeiros, que muitas vezes tem que conciliar dois emprego ou mais com vida
familiar e social, essa pressão psicologica sofrida por estes individuos levam os
mesmos a desenvolerem transtornos psicologicos, problemas emocionais, estresse
e doenças crônicas.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 OBJETIVO GERAL

Este projeto tem em visa discutir sobre fatores interferem na qualidade de
vida dos Enfermeiros e como isso pode comprometer o cuidado dos pacientes, a
vida dos enfermeiros e o trabalho da equipe de enfermagem.

1.4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Função do cuidar
Fatores que interferem na qualidade de vida dos Enfermeiros
Porque o profissional precisa se cuidar
Como a Síndrome de Burnout pode afetar a vida do enfermeiro
Como promover uma melhor qualidade de vida

1.5 JUSTIFICATIVA

As longas jornadas de 12 e 24 horas, plantões noturno e o multiemprego são
outros fatores que inteferem na qualidade de vida dos enfermeiros, levando-os a não
terem vida social e se tornarem sedentaristas, o que gera obesidade e hábitos de
vida pouco saudáveis, tais como: dormir menos de 6h/dia, maior consumo de
5

bebidas alcoólicas e cigarro. Estes fatores promovem o desenvolvimento de diversos
problemas de saúde, como por exemplo, os problemas cardiovasculares.
Muitos enfermeiros por terem que trabalhar em turnos, principalmente o
noturno, acabam a apelando para o uso de substancias com alto teor energetico e
medicamentos tarja preta, os quais podem inibir a sonolência desses individuos,
mas em contra partida aumentam a incidência de agravos à saúde e o
desenvolvimento de distúrbios digestivos, problemas psíquicos, queixas do sono,
doença coronariana e problemas na saúde reprodutiva. Esses individuos que
trabalham à noite, e que tem seu sono privado tem tendência a diminuir seu
desempenho psicomotor, incidindo não apenas sobre os trabalhadores, mas
também sobre a assistência prestada aos pacientes, resultando na maior
possibilidade de erros nos cuidados de enfermagem.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 FUNÇÕES DO CUIDAR

A Enfermagem tem como premissa básica o cuidado com o ser humano na
sua totalidade e, de acordo com a sua natureza, reconhecendo-o como um ser com
potencialidades e capacidades para agir e decidir, observando sua individualidade,
necessidades, expectativas e realidades. Enfermagem é gente que cuida de gente,
portanto seu trabalho se fundamenta num profundo respeito humano para lidar com
as pessoas. O cuidar exige conhecimento, dedicação, zelo e amor, é fruto de um
trabalho sensível e humano, que fortalece sentimentos e conserva a relação entre
quem cuida e quem é cuidado.
Nesse contexto o significado do verbo cuidar em português:
Denota atenção, cautela, desvelo, zelo. Assume ainda características de
sinônimo de palavras como imaginar, meditar, empregar atenção ou
prevenir-se. Porém representa mais que um momento de atenção. É na
realidade uma atitude de preocupação, ocupação, responsabilização e
envolvimento afetivo com o ser cuidado (REMEN, 1993; BOFF, 1999;
WALDOW, 1998; SILVA et al., 2001).

Boff (1999) diz:
6

O cuidado é a primeira característica do ser humano, revelando a natureza
humana e a maneira mais concreta de ser humano. Sem o cuidado, o
homem deixa de ser humano desestrutura-se, definha, perde o sentido e
morre. Se ao longo da vida não fizer com cuidado tudo o que empreender,
acaba por prejudicar a si mesmo e por destruir o que estiver a sua volta.

Boff, (1999) tambem nota que “o cuidado apenas aparece quando a
existência de alguém adquire significado para nós. Nesse sentido, passamos a
cuidar, participar do destino do outro, de suas buscas, sofrimentos e sucessos”.
O cuidado por sua própria natureza possui dois significados que se
interrelacionam, por ser uma atitude de atenção e solicitude para com o outro, ao
mesmo tempo em que representa preocupação e inquietação, pois o cuidador se
sente envolvido afetivamente e ligado ao outro.
Na visão de Waldow, (1998):
A Enfermagem moderna é por essência, desde o seu nascimento,
expressa através do cuidado para a garantia do alívio do sofrimento e
manutenção da dignidade em meio às experiências de saúde, doença, vida
e morte. Convém lembrarmos que o cuidado humano dispensado pelo
enfermeiro deve atingir, além dos clientes e seus familiares, a sua equipe de
modo a garantir melhor relacionamento, interdependência, coesão e
competência.

.
“O ato de zelar por alguém só existe quando é sentido, vivido, experienciado.
Isto envolve respeitar ao outro e a si mesmo como ser humano e também como
profissional” (WALDOW, 1998).
Diante dessas afirmações para que a atmosfera de cuidado ocorra de forma
verdadeira e acolhedora, é necessario que a intenção do cuidador seja demonstrada
genuinamente por palavras e ações. Esta ação é repleta de sensibilidade
delicadeza, solidariedade e profissionalismo, pois, deve excluir preconceitos de
qualquer ordem e utilizar a relação interpessoal como base entre seres humanos.
Para nos envolvermos dessa maneira é necessário um preparo
emocional do profissional que irá conseqüentemente, se expor e se colocar
como ferramenta de trabalho. Outro aspecto fundamental nesse processo é
a disponibilidade do enfermeiro para entender e lidar com a “pessoa inteira”,
uma vez que para isso ele se coloca diante da sua própria existência
(ESPERIDIÃO & MUNARI, 2000; ESPERIDIÃO et al., 2002; SHIRATORI et
al., 2003).
7

“Vale ressaltar ainda que o processo de cuidar não deve se pautar somente
na identificação dos sinais e sintomas clínicos da doença, mas nas modificações que
ocorrem na estrutura dos seres humanos as quais abalam a sua totalidade”
(CECCATO & VAN DER SAND, 2001).
A

compreensão

desses

aspectos

é

fundamental

para

o

reconhecimento do conceito e do significado de cuidar para o profissional de
saúde, pois “a tarefa de cuidar é um dever humano. Cuidamos porque
queremos ser mais felizes, plenos e para alcançarmos a felicidade é
fundamental que cuidemos bem de nós mesmos e dos outros. A condição
humana é tão frágil como efêmera, requer equilíbrio e constantes cuidados
pessoais, sociais e ambientais” (MARTINS, 2003).

2.2 FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA DOS ENFERMEIROS

O trabalho do enfermeiro sofre os impactos das transformações no mundo do
trabalho do século XXI. Desde os anos 70, a Organização Internacional do Trabalho
(OIT) junto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) elabora documentos que
reforçam a relevância do exercício do trabalho da enfermagem, e alertam para os
riscos aos quais a categoria está exposta diariamente. Segundo a OMS, a escassez
de profissionais, as baixas condições de trabalho, e o abandono da profissão são
destacados como dificuldades a serem superadas, principalmente nos países em
desenvolvimento (OIT, 2003).
As longas jornadas de 12 e 24 horas, plantões noturnos, e o multiemprego
são exemplos de algumas modalidades de trabalho exercidas pelos enfermeiros.
Estas características têm sido associadas a distúrbios musculoesqueléticos, à
obesidade e hábitos de vida pouco saudáveis, tais como: dormir menos de 6h/dia,
maior consumo de bebidas alcoólicas e cigarro. Estes fatores aumentam a chance
de desenvolvimento de diversos problemas de saúde, em especial, problemas
cardiovasculares.
O trabalho em turnos, particularmente o trabalho noturno, está associado a
agravos à saúde: distúrbios digestivos, problemas psíquicos, queixas do sono,
doença coronariana e problemas na saúde reprodutiva. No caso dos trabalhadores
de enfermagem que trabalham à noite, deve-se considerar que as consequências da
privação de sono não incidem apenas sobre os trabalhadores, mas também sobre a
8

assistência prestada aos pacientes, resultando na maior possibilidade de erros nos
cuidados de enfermagem, já que podem diminuir o desempenho psicomotor.
Os problemas de saúde entre os trabalhadores têm gerado manifestações de
presenteísmo e absenteísmo. O afastamento do trabalho por motivos de saúde
resulta em grandes perdas tanto para o trabalhador quanto para as instituições,
outras vezes os trabalhadores comparecem ao trabalho, porém doentes, aspecto
este que pode estar relacionado tanto a problemas de saúde propriamente ditos,
como relacionado ao grau de motivação, engajamento ou satisfação com o trabalho.
O trabalho em saúde impõe aos profissionais da área uma rotina carregada
de alto grau de tensão que envolve toda a equipe. Inúmeras pessoas transitando e
conversando, sons agudos, intermitentes e variados, queixas constantes, ansiedade,
tristeza, dor e morte constituem o cotidiano da maioria desses profissionais e, em
particular, a do enfermeiro. Segundo REMEN (1993, p.180):
Um profissional de saúde é uma pessoa que sofreu profundas modificações
como resultado de treinamento especializado, do conhecimento e da
experiência; são pessoas diariamente expostas à dor, à doença e à morte,
para quem essas experiências não são mais conceitos abstratos, mas sim,
realidades comuns. De muitas maneiras, é como estar sentado na poltrona
da primeira fila no teatro da vida, uma oportunidade inigualável para adquirir
um profundo conhecimento e maior compreensão da natureza humana.

2.3 PORQUE O PROFISSIONAL PRECISA SE CUIDAR?

A história do cuidado humano e a história da Enfermagem como ciência tem
uma ligação importante, no entanto, o foco da atenção sempre foi mais voltado para
o cuidado do outro, o ser doente, mas nunca o cuidado ao cuidador. Quem garante
ao enfermeiro, em seu trabalho, o alívio do sofrimento e manutenção da dignidade
em meio às experiências de vida e de morte?
O legado de Florence Nightingale, sem dúvidas se faz presente na formação
dos enfermeiros, e é marcado por uma dualidade: “disciplina, autoritarismo,
organização por um lado; obediência, servilismo, docilidade por outro” (WALDOW,
1998, p.54).
Esperidião & Munari, (2000) relata que:
O processo de formação do enfermeiro foi guiado por essas características,
sempre muito presentes e, acrescido da excelência pela técnica,
9

fundamentada no modelo biológico, sem que fosse dada a mesma
importância para os processos relacionais, fundamentais nos dias de hoje .

REMEN, (1993) destaca:
Que o ser humano não foi “configurado”, como uma máquina, podendo
despir-se de suas vontades e necessidades. Enquanto ser humano,
também refletimos sobre quão difícil é a missão de formar enfermeiros e
inserir neste contexto de formação a abordagem holística como base para
as ações e a própria profissão.

Esperidião & Munari, (2000); Moscovici, (2001) enfatiza que:
O perfil profissional do enfermeiro da atualidade requer muito além
de um conjunto de conhecimentos técnico-científicos. É preciso que este
profissional saiba lidar equilibradamente com a razão e a emoção, que
tenha conhecimentos, habilidades e atitudes relacionais, que desenvolva
competência interpessoal e capacidade de liderança, que valorize enfim, o
seu desenvolvimento como pessoa para balizar o seu desenvolvimento
profissional.

Em um momento singular como este, de expansão profissional e sócioeconômica, “a Enfermagem deve se preocupar, com seriedade, em ser direcionada
para consolidar-se como a profissão do cuidado e cada vez mais, deve primar por
cuidar de seus próprios cuidadores” (COSTENARO & LACERDA, 2002).
“As pessoas que cuidam, sejam elas profissionais ou familiares, acabam por
sofrer um grande desgaste emocional, porém passam a idéia de que cuidam
também de si mesmas” (FERNANDES et al, 2003). Ocorre que cuidar e ser cuidado
envolve relação de gente com gente.
“Ninguém pode dar ao outro o que não tem, diz um antigo provérbio, é fato,
que seremos mais eficazes na nobre tarefa de cuidar se nos dispusermos a
promover o bem estar do outro sem esquecermos o nosso próprio” (MARTINS,
2003).

2.4 COMO SÍNDROME DE BURNOUT PODE AFETAR A VIDA DO ENFERMEIRO

Hoje em dia os profissionais dessa área estão mais humanizados, levando em
consideração a história da pessoa internada. Humanizar, segundo a Organização
Mundial de Saúde, é “Adotar uma prática em que profissionais e usuários
consideram o conjunto dos aspectos físicos, subjetivos e sociais que compõem o
10

atendimento à saúde”, então humanizar é ter uma postura ética frente ao indivíduo,
é ter uma atitude de acolhida, mostrando que a pessoa que está em sua frente tem
direitos e deve ser tratada com dignidade.
Por zelar pela saúde do outro, em muitos casos, a saúde do profissional é
deixada de lado, mas é preciso cuidar de quem cuida também, pois existem alguns
problemas emocionais que podem afetar esses profissionais, como é o caso da
Síndrome de Burnout, a qual acontece devido ao estresse ocupacional, devido as
longas jornadas de trabalho, conflitos entre trabalho e família, envolvimento com os
sentimentos dos pacientes, entre outras causas.
A Síndrome de Burnout é um estado de exaustão continuada e diminuição do
interesse das pessoas, especialmente no que diz respeito ao trabalho. As
características desse transtorno são: exaustão emocional, despersonalização e
diminuição da realização profissional, outros sintomas relacionados: insônia,
ansiedade, dificuldade de se concentrar nas atividades, alterações do apetite,
irritabilidade, desânimo e, em alguns casos, medo do contato social.

2.5 COMO PROMOVER UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA

Alguns dos problemas vivenciados por esse grupo de trabalhadores são o
próprio adoecimento físico e principalmente, psíquico, falta de recursos humanos e
de material adequado para trabalhar e espaço inadequado para repouso. As
possíveis ações para mudanças nas situações desfavoráveis para as relações
trabalho-saúde surgiram como maior atenção à saúde do trabalhador (desde a
criação de Núcleos até disponibilização adequada de EPIs) e ouvir mais os
trabalhadores, no sentido de entender melhor suas demandas e sugestões.
Os principais problemas apontados referiram-se à falta de atenção à saúde
dos trabalhadores de enfermagem nas próprias unidades, e a solução apontada
referiu-se a ações de promoção de saúde (consultas de enfermagem, criação de
espaço terapêutico e de núcleos de saúde do trabalhador nas unidades).
A qualidade de vida (QV) é um assunto que tem sido muito abordado nos
últimos anos, tanto no âmbito social como no profissional. Na vida do profissional
enfermeiro não é diferente, uma melhor QV constitui-se em um objetivo a ser
alcançado. A QV possui vários significados, de acordo com a Organização Mundial
11

de Saúde (OMS), a QV é “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no
contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Desta forma, ressalta-se a importância de estudos sobre o efeito da
organização do trabalho na saúde dos profissionais de enfermagem, que se
expressa também através dos horários de trabalho, duração da jornada e ritmo de
trabalho. A obtenção de evidências mais acuradas sobre as relações entre o
trabalho e a saúde poderá contribuir para justificar a importância dos exames
periódicos de saúde integrados aos cuidados preventivos entre os trabalhadores de
turnos, além de oferecer dados para subsidiar legislações específicas que protejam
a saúde destes trabalhadores.
FERNANDES et al. (2003) ao se referirem à importância do investimento no
desenvolvimento

pessoal

do

enfermeiro,

sinalizam

aspectos

relevantes

e

necessários a esse processo, como por exemplo, a implantação de planos de
desenvolvimento profissional e pessoal, fortalecimento das relações interpessoais no
trabalho e programas específicos de promoção e prevenção da saúde física e
mental dos profissionais.
Seria de grande valia que as instituições conseguissem formar grupos
terapêuticos, onde os colaboradores pudessem expor seus medos, suas dúvidas,
compartilhar suas experiências de alguma forma, sempre com o suporte de um
profissional da Psicologia para repassar técnicas e dar o suporte emocional
necessário para a equipe da saúde, afinal nas instituições de saúde trabalha-se com
as mais diversas doenças desde as mais comuns como diabetes, hipertensão,
pneumonia, câncer em fase terminal e outras doenças com prognóstico complicado.
É necessario amparar ainda mais os enfermeiros, pois uma equipe de
Enfermagem que se sente zelada e valorizada por seu líder, certamente saberá
devolver este cuidado, quando se fizer necessário.

3 METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica de
caráter dedutivo. A escolha deste método tem como objetivo investigar a qualidade
de vida dos enfermeiros, revelando os fatores que podem agravar a saúde destes
12

profissionais, assim como o impacto deste sobre a vida dos pacientes. Utilizando de
estudos já feitos, encontrados em livros, artigos e internet, a fim de elaborar o atual
estudo.

4 RECURSOS
4.1. MATERIAIS PERMANENTES

Especificação

Quantidade

Valor

(R$) Valor Total R$

Unitário
Computador

01

900,00

900,00

Subtotal

-

-

900,00

4.2. MATERIAIS DE CONSUMO
Especificação

Quantidade

Valor

(R$) Valor Total R$

Unitário
Pendrive de 1 Gigabyte

01

30,00

30,00

Canetas

01

0,80

0,80

Grafite

01

2,00

2,00

Borracha

01

0,70

0,70

Cardeno

01

18,00

18,00

Subtotal

-

-

51,50
13

4.3. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
Especificação

Quantidade

Valor

(R$) Valor Total R$

Unitário
Encadernação

01

1.50

1.50

Impressão

16

0,50

8,00

Subtotal

-

-

9,50

4.4. PREVISÃO TOTAL DE GASTOS
Especificações

Subtotal R$

Materiais Permanentes

900,00

Materiais de Consumo

51,50

Serviços Terceirizados

9,50

TOTAL

961,00

5 CRONOGRAMA
2013
Etapas/meses do ano
Levantamento

Setembro

bibliográfico X

Outubro

Novembro

X

preliminar para construção do
Projeto de Pesquisa
Fichamento de textos

X

Discussão com o orientador;

X

X
14

redação do Projeto.
Entrega

do

Projeto

para

X

avaliação

REFERÊNCIAS
BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1999.

CECCATO, S. R.; VAN DER SAND, I. C. P. O cuidado humano como princípio da
assistência de enfermagem à parturiente e seus familiares. Goiânia, v.3, n.1, 2001.

COSTENARO, R.G.S.; LACERDA, M. R. Quem cuida do cuidador? Santa Maria;
Centro Universitário Franciscano, 2002.

ESPERIDIÃO, E.; MUNARI, D.B. Repensando a formação do enfermeiro e
investindo na pessoa: algumas contribuições da abordagem gestáltica. Rev. Bras.
Enf., v. 53, n. 3 p. 339 – 340, 2000.

ESPERIDIÃO, E. Holismo só na teoria: a trama dos sentidos do acadêmico de
enfermagem sobre sua formação. Ribeirão Preto. 2001. 106 p. Dissertação
[Mestrado] – Escola de Enfermagem de Rib. Preto / Universidade de São Paulo.

ESPERIDIÃO, E.; MUNARI. D.B.; STACCIARINI, J. M. R. Desenvolvendo pessoas:
estratégias didáticas facilitadoras para o autoconhecimento na formação do
enfermeiro. Rev. Lat-Am., Enf. v. 10, n. 4, p. 516 – 522, 2002.

FERNANDES, M.V.; BATISTA, A. S; LEITE, M. A. N Endomarketing: uma
possibilidade nos serviços de saúde.

MARTINS, M. C. F. N. Humanização da assistência e formação do profissional de
saúde. Maio de 2003 - Vol.8 - Nº 5
15

MOSCOVICI, F. A organização por trás do espelho: reflexos e reflexões. Rio de
Janeiro: José Olympio Editora, 2001.

REMEN, R. N. O paciente como ser humano. Trad. de Denise Bolanho. São Paulo,
Summus, 1993.
WALDOW, V.R. Cuidado Humano: o resgate necessário. Porto Alegre, Sagra. 1998.

Disponivel em: <http://www.ioc.fiocruz.br/enfsaude/saude.php> Acessado em: 05 de
outubro de 2013.

Disponivel em: <http://www.ioc.fiocruz.br/enfsaude/resultados.php> Acessado em:
05 de outubro de 2013.

Disponivel

em:

<http://jornalpequeno.com.br/edicao/2005/07/11/enfermagem-e-o-

cuidar/> Acessado em: 10 de outubro de 2013

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Humanização na assistência em enfermagem: é preciso cuidar de quem cuida

  • 1. 0 FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE SAÚDE - COLEGIADO DE ENFERMAGEM IRANILDO RIBEIRO DA CRUZ FERREIRA HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM: É PRECISO CUIDAR DE QUEM CUIDA Feira de Santana-BA. 2013
  • 2. 1 IRANILDO RIBEIRO DA CRUZ FERREIRA HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM: É PRECISO CUIDAR DE QUEM CUIDA Antiprojeto de pesquisa apresentado à disciplina de TID IV do curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana, como requisito parcial para avaliação da 2ª Unidade. Orientador: Prof. Mestre Carlos Magno Vitor da Silva. Feira de Santana-BA. 2013
  • 3. 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO, 3 1.1 1.2 1.3 1.4 1.4.1 1.4.2 1.5 2 3 4 5 TEMA, 3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA,3 HIPÓTESES, 3 OBJETIVOS, 4 Objetivo geral, 4 Objetivos específicos, 4 JUSTIFICATIVA, 4 REFERENCIAL TEÓRICO , 5 METODOLOGIA, 11 RECURSOS, 12 CRONOGRAMA, 13 REFERÊNCIAS, 14
  • 4. 3 1 INTRODUÇÃO A qualidade de vida é um assunto que tem sido muito abordado nos últimos anos, tanto no âmbito social como no profissional. A vida profissional dos enfermeiros é muito desgastante, com cargas horarias excessivas, baixos salarios, pouca valorização da profissão, condições precarias de trabalho e descaso frente aos problemas identificados pela equipe de saúde fazem com que esses profissionais sintam-se insatisfeitos com sua profissão. Alem disso, eles estão em constante convivencia com a dor, a morte, o sofrimento, a tristeza, o que acaba gerando transtornos psicologicos, estresse e doenças crônicas nesses individuos. A maioria dos profissionais enfrenta situações difíceis em seu ambiente de trabalho e poucas são as medidas voltadas para cuidar desses individuos, sendo assim torna-se extremamente importante a necessidade do cuidado direcionado ao cuidador, para que assim o enfermeiro possa assistir dao cliente de forma humanizada. A qualidade de vida dos enfermeiros está em completa decadência, eles que zelam tanto pela saúde do outro, muitas vezes, tem sua sauade deixada de lado e um grave problema pode afetar esses profissionais, que é a Síndrome de Burnout, a qual acontece devido ao estresse ocupacional, sendo mais propenso a acometerem os profissionais da área da saúde devido as longas jornadas de trabalho, conflitos entre trabalho e família, envolvimento com os sentimentos dos pacientes, entre outras causas. . 1.1 TEMA É preciso cuidar de quem cuida: a qualidade de vida dos enfermeiros 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA O que está afetando a qualidade de vida dos enfermeiros? 1.3 HIPOTÉSE
  • 5. 4 Um sistema de saúde precario, defazado, com condições de trabalho insalubres, associados aos baixos salarios, cargas horarias excessivas, convivencia com intenças emoções tornam a vida profissional dos enfermeiros muito desgastantes e isso acaba comprometendo a qualidade do atendimento ao cliente, podendo coloca-los em risco de vida. Tudo isso se torna uma bola de neve na vida dos enfermeiros, que muitas vezes tem que conciliar dois emprego ou mais com vida familiar e social, essa pressão psicologica sofrida por estes individuos levam os mesmos a desenvolerem transtornos psicologicos, problemas emocionais, estresse e doenças crônicas. 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 OBJETIVO GERAL Este projeto tem em visa discutir sobre fatores interferem na qualidade de vida dos Enfermeiros e como isso pode comprometer o cuidado dos pacientes, a vida dos enfermeiros e o trabalho da equipe de enfermagem. 1.4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS Função do cuidar Fatores que interferem na qualidade de vida dos Enfermeiros Porque o profissional precisa se cuidar Como a Síndrome de Burnout pode afetar a vida do enfermeiro Como promover uma melhor qualidade de vida 1.5 JUSTIFICATIVA As longas jornadas de 12 e 24 horas, plantões noturno e o multiemprego são outros fatores que inteferem na qualidade de vida dos enfermeiros, levando-os a não terem vida social e se tornarem sedentaristas, o que gera obesidade e hábitos de vida pouco saudáveis, tais como: dormir menos de 6h/dia, maior consumo de
  • 6. 5 bebidas alcoólicas e cigarro. Estes fatores promovem o desenvolvimento de diversos problemas de saúde, como por exemplo, os problemas cardiovasculares. Muitos enfermeiros por terem que trabalhar em turnos, principalmente o noturno, acabam a apelando para o uso de substancias com alto teor energetico e medicamentos tarja preta, os quais podem inibir a sonolência desses individuos, mas em contra partida aumentam a incidência de agravos à saúde e o desenvolvimento de distúrbios digestivos, problemas psíquicos, queixas do sono, doença coronariana e problemas na saúde reprodutiva. Esses individuos que trabalham à noite, e que tem seu sono privado tem tendência a diminuir seu desempenho psicomotor, incidindo não apenas sobre os trabalhadores, mas também sobre a assistência prestada aos pacientes, resultando na maior possibilidade de erros nos cuidados de enfermagem. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 FUNÇÕES DO CUIDAR A Enfermagem tem como premissa básica o cuidado com o ser humano na sua totalidade e, de acordo com a sua natureza, reconhecendo-o como um ser com potencialidades e capacidades para agir e decidir, observando sua individualidade, necessidades, expectativas e realidades. Enfermagem é gente que cuida de gente, portanto seu trabalho se fundamenta num profundo respeito humano para lidar com as pessoas. O cuidar exige conhecimento, dedicação, zelo e amor, é fruto de um trabalho sensível e humano, que fortalece sentimentos e conserva a relação entre quem cuida e quem é cuidado. Nesse contexto o significado do verbo cuidar em português: Denota atenção, cautela, desvelo, zelo. Assume ainda características de sinônimo de palavras como imaginar, meditar, empregar atenção ou prevenir-se. Porém representa mais que um momento de atenção. É na realidade uma atitude de preocupação, ocupação, responsabilização e envolvimento afetivo com o ser cuidado (REMEN, 1993; BOFF, 1999; WALDOW, 1998; SILVA et al., 2001). Boff (1999) diz:
  • 7. 6 O cuidado é a primeira característica do ser humano, revelando a natureza humana e a maneira mais concreta de ser humano. Sem o cuidado, o homem deixa de ser humano desestrutura-se, definha, perde o sentido e morre. Se ao longo da vida não fizer com cuidado tudo o que empreender, acaba por prejudicar a si mesmo e por destruir o que estiver a sua volta. Boff, (1999) tambem nota que “o cuidado apenas aparece quando a existência de alguém adquire significado para nós. Nesse sentido, passamos a cuidar, participar do destino do outro, de suas buscas, sofrimentos e sucessos”. O cuidado por sua própria natureza possui dois significados que se interrelacionam, por ser uma atitude de atenção e solicitude para com o outro, ao mesmo tempo em que representa preocupação e inquietação, pois o cuidador se sente envolvido afetivamente e ligado ao outro. Na visão de Waldow, (1998): A Enfermagem moderna é por essência, desde o seu nascimento, expressa através do cuidado para a garantia do alívio do sofrimento e manutenção da dignidade em meio às experiências de saúde, doença, vida e morte. Convém lembrarmos que o cuidado humano dispensado pelo enfermeiro deve atingir, além dos clientes e seus familiares, a sua equipe de modo a garantir melhor relacionamento, interdependência, coesão e competência. . “O ato de zelar por alguém só existe quando é sentido, vivido, experienciado. Isto envolve respeitar ao outro e a si mesmo como ser humano e também como profissional” (WALDOW, 1998). Diante dessas afirmações para que a atmosfera de cuidado ocorra de forma verdadeira e acolhedora, é necessario que a intenção do cuidador seja demonstrada genuinamente por palavras e ações. Esta ação é repleta de sensibilidade delicadeza, solidariedade e profissionalismo, pois, deve excluir preconceitos de qualquer ordem e utilizar a relação interpessoal como base entre seres humanos. Para nos envolvermos dessa maneira é necessário um preparo emocional do profissional que irá conseqüentemente, se expor e se colocar como ferramenta de trabalho. Outro aspecto fundamental nesse processo é a disponibilidade do enfermeiro para entender e lidar com a “pessoa inteira”, uma vez que para isso ele se coloca diante da sua própria existência (ESPERIDIÃO & MUNARI, 2000; ESPERIDIÃO et al., 2002; SHIRATORI et al., 2003).
  • 8. 7 “Vale ressaltar ainda que o processo de cuidar não deve se pautar somente na identificação dos sinais e sintomas clínicos da doença, mas nas modificações que ocorrem na estrutura dos seres humanos as quais abalam a sua totalidade” (CECCATO & VAN DER SAND, 2001). A compreensão desses aspectos é fundamental para o reconhecimento do conceito e do significado de cuidar para o profissional de saúde, pois “a tarefa de cuidar é um dever humano. Cuidamos porque queremos ser mais felizes, plenos e para alcançarmos a felicidade é fundamental que cuidemos bem de nós mesmos e dos outros. A condição humana é tão frágil como efêmera, requer equilíbrio e constantes cuidados pessoais, sociais e ambientais” (MARTINS, 2003). 2.2 FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA DOS ENFERMEIROS O trabalho do enfermeiro sofre os impactos das transformações no mundo do trabalho do século XXI. Desde os anos 70, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) junto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) elabora documentos que reforçam a relevância do exercício do trabalho da enfermagem, e alertam para os riscos aos quais a categoria está exposta diariamente. Segundo a OMS, a escassez de profissionais, as baixas condições de trabalho, e o abandono da profissão são destacados como dificuldades a serem superadas, principalmente nos países em desenvolvimento (OIT, 2003). As longas jornadas de 12 e 24 horas, plantões noturnos, e o multiemprego são exemplos de algumas modalidades de trabalho exercidas pelos enfermeiros. Estas características têm sido associadas a distúrbios musculoesqueléticos, à obesidade e hábitos de vida pouco saudáveis, tais como: dormir menos de 6h/dia, maior consumo de bebidas alcoólicas e cigarro. Estes fatores aumentam a chance de desenvolvimento de diversos problemas de saúde, em especial, problemas cardiovasculares. O trabalho em turnos, particularmente o trabalho noturno, está associado a agravos à saúde: distúrbios digestivos, problemas psíquicos, queixas do sono, doença coronariana e problemas na saúde reprodutiva. No caso dos trabalhadores de enfermagem que trabalham à noite, deve-se considerar que as consequências da privação de sono não incidem apenas sobre os trabalhadores, mas também sobre a
  • 9. 8 assistência prestada aos pacientes, resultando na maior possibilidade de erros nos cuidados de enfermagem, já que podem diminuir o desempenho psicomotor. Os problemas de saúde entre os trabalhadores têm gerado manifestações de presenteísmo e absenteísmo. O afastamento do trabalho por motivos de saúde resulta em grandes perdas tanto para o trabalhador quanto para as instituições, outras vezes os trabalhadores comparecem ao trabalho, porém doentes, aspecto este que pode estar relacionado tanto a problemas de saúde propriamente ditos, como relacionado ao grau de motivação, engajamento ou satisfação com o trabalho. O trabalho em saúde impõe aos profissionais da área uma rotina carregada de alto grau de tensão que envolve toda a equipe. Inúmeras pessoas transitando e conversando, sons agudos, intermitentes e variados, queixas constantes, ansiedade, tristeza, dor e morte constituem o cotidiano da maioria desses profissionais e, em particular, a do enfermeiro. Segundo REMEN (1993, p.180): Um profissional de saúde é uma pessoa que sofreu profundas modificações como resultado de treinamento especializado, do conhecimento e da experiência; são pessoas diariamente expostas à dor, à doença e à morte, para quem essas experiências não são mais conceitos abstratos, mas sim, realidades comuns. De muitas maneiras, é como estar sentado na poltrona da primeira fila no teatro da vida, uma oportunidade inigualável para adquirir um profundo conhecimento e maior compreensão da natureza humana. 2.3 PORQUE O PROFISSIONAL PRECISA SE CUIDAR? A história do cuidado humano e a história da Enfermagem como ciência tem uma ligação importante, no entanto, o foco da atenção sempre foi mais voltado para o cuidado do outro, o ser doente, mas nunca o cuidado ao cuidador. Quem garante ao enfermeiro, em seu trabalho, o alívio do sofrimento e manutenção da dignidade em meio às experiências de vida e de morte? O legado de Florence Nightingale, sem dúvidas se faz presente na formação dos enfermeiros, e é marcado por uma dualidade: “disciplina, autoritarismo, organização por um lado; obediência, servilismo, docilidade por outro” (WALDOW, 1998, p.54). Esperidião & Munari, (2000) relata que: O processo de formação do enfermeiro foi guiado por essas características, sempre muito presentes e, acrescido da excelência pela técnica,
  • 10. 9 fundamentada no modelo biológico, sem que fosse dada a mesma importância para os processos relacionais, fundamentais nos dias de hoje . REMEN, (1993) destaca: Que o ser humano não foi “configurado”, como uma máquina, podendo despir-se de suas vontades e necessidades. Enquanto ser humano, também refletimos sobre quão difícil é a missão de formar enfermeiros e inserir neste contexto de formação a abordagem holística como base para as ações e a própria profissão. Esperidião & Munari, (2000); Moscovici, (2001) enfatiza que: O perfil profissional do enfermeiro da atualidade requer muito além de um conjunto de conhecimentos técnico-científicos. É preciso que este profissional saiba lidar equilibradamente com a razão e a emoção, que tenha conhecimentos, habilidades e atitudes relacionais, que desenvolva competência interpessoal e capacidade de liderança, que valorize enfim, o seu desenvolvimento como pessoa para balizar o seu desenvolvimento profissional. Em um momento singular como este, de expansão profissional e sócioeconômica, “a Enfermagem deve se preocupar, com seriedade, em ser direcionada para consolidar-se como a profissão do cuidado e cada vez mais, deve primar por cuidar de seus próprios cuidadores” (COSTENARO & LACERDA, 2002). “As pessoas que cuidam, sejam elas profissionais ou familiares, acabam por sofrer um grande desgaste emocional, porém passam a idéia de que cuidam também de si mesmas” (FERNANDES et al, 2003). Ocorre que cuidar e ser cuidado envolve relação de gente com gente. “Ninguém pode dar ao outro o que não tem, diz um antigo provérbio, é fato, que seremos mais eficazes na nobre tarefa de cuidar se nos dispusermos a promover o bem estar do outro sem esquecermos o nosso próprio” (MARTINS, 2003). 2.4 COMO SÍNDROME DE BURNOUT PODE AFETAR A VIDA DO ENFERMEIRO Hoje em dia os profissionais dessa área estão mais humanizados, levando em consideração a história da pessoa internada. Humanizar, segundo a Organização Mundial de Saúde, é “Adotar uma prática em que profissionais e usuários consideram o conjunto dos aspectos físicos, subjetivos e sociais que compõem o
  • 11. 10 atendimento à saúde”, então humanizar é ter uma postura ética frente ao indivíduo, é ter uma atitude de acolhida, mostrando que a pessoa que está em sua frente tem direitos e deve ser tratada com dignidade. Por zelar pela saúde do outro, em muitos casos, a saúde do profissional é deixada de lado, mas é preciso cuidar de quem cuida também, pois existem alguns problemas emocionais que podem afetar esses profissionais, como é o caso da Síndrome de Burnout, a qual acontece devido ao estresse ocupacional, devido as longas jornadas de trabalho, conflitos entre trabalho e família, envolvimento com os sentimentos dos pacientes, entre outras causas. A Síndrome de Burnout é um estado de exaustão continuada e diminuição do interesse das pessoas, especialmente no que diz respeito ao trabalho. As características desse transtorno são: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização profissional, outros sintomas relacionados: insônia, ansiedade, dificuldade de se concentrar nas atividades, alterações do apetite, irritabilidade, desânimo e, em alguns casos, medo do contato social. 2.5 COMO PROMOVER UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA Alguns dos problemas vivenciados por esse grupo de trabalhadores são o próprio adoecimento físico e principalmente, psíquico, falta de recursos humanos e de material adequado para trabalhar e espaço inadequado para repouso. As possíveis ações para mudanças nas situações desfavoráveis para as relações trabalho-saúde surgiram como maior atenção à saúde do trabalhador (desde a criação de Núcleos até disponibilização adequada de EPIs) e ouvir mais os trabalhadores, no sentido de entender melhor suas demandas e sugestões. Os principais problemas apontados referiram-se à falta de atenção à saúde dos trabalhadores de enfermagem nas próprias unidades, e a solução apontada referiu-se a ações de promoção de saúde (consultas de enfermagem, criação de espaço terapêutico e de núcleos de saúde do trabalhador nas unidades). A qualidade de vida (QV) é um assunto que tem sido muito abordado nos últimos anos, tanto no âmbito social como no profissional. Na vida do profissional enfermeiro não é diferente, uma melhor QV constitui-se em um objetivo a ser alcançado. A QV possui vários significados, de acordo com a Organização Mundial
  • 12. 11 de Saúde (OMS), a QV é “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Desta forma, ressalta-se a importância de estudos sobre o efeito da organização do trabalho na saúde dos profissionais de enfermagem, que se expressa também através dos horários de trabalho, duração da jornada e ritmo de trabalho. A obtenção de evidências mais acuradas sobre as relações entre o trabalho e a saúde poderá contribuir para justificar a importância dos exames periódicos de saúde integrados aos cuidados preventivos entre os trabalhadores de turnos, além de oferecer dados para subsidiar legislações específicas que protejam a saúde destes trabalhadores. FERNANDES et al. (2003) ao se referirem à importância do investimento no desenvolvimento pessoal do enfermeiro, sinalizam aspectos relevantes e necessários a esse processo, como por exemplo, a implantação de planos de desenvolvimento profissional e pessoal, fortalecimento das relações interpessoais no trabalho e programas específicos de promoção e prevenção da saúde física e mental dos profissionais. Seria de grande valia que as instituições conseguissem formar grupos terapêuticos, onde os colaboradores pudessem expor seus medos, suas dúvidas, compartilhar suas experiências de alguma forma, sempre com o suporte de um profissional da Psicologia para repassar técnicas e dar o suporte emocional necessário para a equipe da saúde, afinal nas instituições de saúde trabalha-se com as mais diversas doenças desde as mais comuns como diabetes, hipertensão, pneumonia, câncer em fase terminal e outras doenças com prognóstico complicado. É necessario amparar ainda mais os enfermeiros, pois uma equipe de Enfermagem que se sente zelada e valorizada por seu líder, certamente saberá devolver este cuidado, quando se fizer necessário. 3 METODOLOGIA O presente estudo foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica de caráter dedutivo. A escolha deste método tem como objetivo investigar a qualidade de vida dos enfermeiros, revelando os fatores que podem agravar a saúde destes
  • 13. 12 profissionais, assim como o impacto deste sobre a vida dos pacientes. Utilizando de estudos já feitos, encontrados em livros, artigos e internet, a fim de elaborar o atual estudo. 4 RECURSOS 4.1. MATERIAIS PERMANENTES Especificação Quantidade Valor (R$) Valor Total R$ Unitário Computador 01 900,00 900,00 Subtotal - - 900,00 4.2. MATERIAIS DE CONSUMO Especificação Quantidade Valor (R$) Valor Total R$ Unitário Pendrive de 1 Gigabyte 01 30,00 30,00 Canetas 01 0,80 0,80 Grafite 01 2,00 2,00 Borracha 01 0,70 0,70 Cardeno 01 18,00 18,00 Subtotal - - 51,50
  • 14. 13 4.3. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS Especificação Quantidade Valor (R$) Valor Total R$ Unitário Encadernação 01 1.50 1.50 Impressão 16 0,50 8,00 Subtotal - - 9,50 4.4. PREVISÃO TOTAL DE GASTOS Especificações Subtotal R$ Materiais Permanentes 900,00 Materiais de Consumo 51,50 Serviços Terceirizados 9,50 TOTAL 961,00 5 CRONOGRAMA 2013 Etapas/meses do ano Levantamento Setembro bibliográfico X Outubro Novembro X preliminar para construção do Projeto de Pesquisa Fichamento de textos X Discussão com o orientador; X X
  • 15. 14 redação do Projeto. Entrega do Projeto para X avaliação REFERÊNCIAS BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. CECCATO, S. R.; VAN DER SAND, I. C. P. O cuidado humano como princípio da assistência de enfermagem à parturiente e seus familiares. Goiânia, v.3, n.1, 2001. COSTENARO, R.G.S.; LACERDA, M. R. Quem cuida do cuidador? Santa Maria; Centro Universitário Franciscano, 2002. ESPERIDIÃO, E.; MUNARI, D.B. Repensando a formação do enfermeiro e investindo na pessoa: algumas contribuições da abordagem gestáltica. Rev. Bras. Enf., v. 53, n. 3 p. 339 – 340, 2000. ESPERIDIÃO, E. Holismo só na teoria: a trama dos sentidos do acadêmico de enfermagem sobre sua formação. Ribeirão Preto. 2001. 106 p. Dissertação [Mestrado] – Escola de Enfermagem de Rib. Preto / Universidade de São Paulo. ESPERIDIÃO, E.; MUNARI. D.B.; STACCIARINI, J. M. R. Desenvolvendo pessoas: estratégias didáticas facilitadoras para o autoconhecimento na formação do enfermeiro. Rev. Lat-Am., Enf. v. 10, n. 4, p. 516 – 522, 2002. FERNANDES, M.V.; BATISTA, A. S; LEITE, M. A. N Endomarketing: uma possibilidade nos serviços de saúde. MARTINS, M. C. F. N. Humanização da assistência e formação do profissional de saúde. Maio de 2003 - Vol.8 - Nº 5
  • 16. 15 MOSCOVICI, F. A organização por trás do espelho: reflexos e reflexões. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2001. REMEN, R. N. O paciente como ser humano. Trad. de Denise Bolanho. São Paulo, Summus, 1993. WALDOW, V.R. Cuidado Humano: o resgate necessário. Porto Alegre, Sagra. 1998. Disponivel em: <http://www.ioc.fiocruz.br/enfsaude/saude.php> Acessado em: 05 de outubro de 2013. Disponivel em: <http://www.ioc.fiocruz.br/enfsaude/resultados.php> Acessado em: 05 de outubro de 2013. Disponivel em: <http://jornalpequeno.com.br/edicao/2005/07/11/enfermagem-e-o- cuidar/> Acessado em: 10 de outubro de 2013