AULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptx
(Re)Humanização na Saúde
1. Patricia Cruz Rodrigues Marion
Enfermeira
Mestranda pela UNIFESP
patriciarodriguesmarion@gmail.com
8 de abril de 2014
(RE)HUMANIZAÇÃO NA
SAÚDE?
2. Significado de humanização?
- ação ou efeito de humanizar, de tornar humano
ou mais humano
- tornar benévolo, tornar afável.
- mudar o comportamento e atitudes, tornando-se
humano e dando condições humanas.
- Fazer adquirir hábitos sociais polidos, civilizar
- amansar (animais)
- tornar-se humano, humanar-se.
3. Significado de humanização?
- ação ou efeito de humanizar, de tornar humano
ou mais humano
- tornar benévolo, tornar afável.
- mudar o comportamento e atitudes, tornando-se
humano e dando condições humanas.
- Fazer adquirir hábitos sociais polidos, civilizar
- amansar (animais)
- tornar-se humano, humanar-se.
4. HUMANIZAR HUMANOS???
A que ponto
chegamos?
O que aconteceu com
nós - seres HUMANOS?
Século XXI
Você já se sentiu desrespeitado em
uma situação que era o cliente?
O sentimento de mal estar foi pela forma que a
pessoa te tratou ou pelo ambiente que você estava?
5. HUMANIZAR HUMANOS NA
SAÚDE???
A que ponto
chegamos?
O que aconteceu com
nós - seres HUMANOS?
Atualmente, há consenso que a disussão
sobre o tema é necessária e relevante...
Por quê?
Século XXI
O que aconteceu com nós -
profissionais da saúde?
7. Referência
Artigo: A (re)humanização da medicina.
Autor: Dr. Dante Marcello Claramonte Gallian
Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp-EPM
Disponível:
http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/especial02a.htm
8. História das Ciências
da Saúde...
Origem da Medicina ocidental
- Ciência Humanística;
- Filosofia da natureza como base;
- Sistema teórico partia de uma visão holística que entendia o homem
como ser dotado de corpo e espírito;
- Causas da doença: buscada no organismo enfermo, mas principalmente
no que há essencialmente HUMANO no homem: a alma.
Hipócrates (460-377 a.C. – Grécia) = “as doenças
não são consideradas isoladamente e como um
problema especial, mas é o homem vítima da
enfermidade, com toda a natureza que o rodeia,
com todas as leis universais que a regem e com a
qualidade individual dele, que [o médico] se fixa
com segura visão”.
9. História das Ciências
da Saúde
Origem da Medicina ocidental
O médico clásico era antes de tudo um filósofo, um conhecedor das
leis da natureza e da alma humana.
Mais do que um biólogo, mais do que um naturalista, o médico
deveria ser, fundamentalmente, um HUMANISTA.
“Um sábio que, na formulação do seu diagnóstico, leva em conta não
apenas os dados biológicos mas também os ambientais, culturais,
sociológicos, familiares, psicológicos e espirituais.”
10. Início do século XX – transformações na área da saúde
- enormes progressos foram alcançados graças às ciências
físicas, químicas e biológicas;
- Alto desenvolvimento tecnológico;
- desenvolvimento das análises laboratoriais e de outros
métodos clínicos incrementaram consideravelmente a
formulação dos diagnósticos;
- aparecimento de medicamentos como a penicilina
começou a propiciar uma eficácia na cura e um domínio
sobre as doenças sem precedentes na história;
- assistia-se a um verdadeiro “milagre”, tudo dava a entender
que a medicina estava prestes a atingir a sua idade de ouro,
o seu estágio de “ciência exata”.
História...
15. O problema de desumanização
extrapola a área da saúde?
Comercial tailandês de uma empresa de telefonia.
https://www.youtube.com/watch?v=xzpCCVDFJTI
18. Será que nas circunstâncias atuais, as
ciências humanas – a história, a filosofia, a
literatura, etc – não têm mais nada a dizer
no campo da saúde?
19. Re(humanização)
Sem dúvida há uma grande necessidade de se
“re-humanizar” a área da saúde.
• Como?
Desenvolvendo e fornecendo recursos humanísticos para o
processo de formação e de atuação dos profissinais da saúde.
• Por que?
- Não só por uma questão de ética
- Por considerarmos a lógica do desenvolvimento do
conhecimento técnico-científico. Só se pode falar em uma
verdadeira evolução do conhecimento científico quando se
procura a integração dos saberes e ciências que extrapolam
o campo físico-biológico.
- Necessidade de resgatar de valores humanísticos na Era
Atual (Era do Caos)
20. Política Estratégica
Política Nacional de Humanização (PNH -
HumanizaSUS) – 2003
(em 2001 surgiu: Programa Nacional de Humanização do Atendimento
Hospitalar - PNHAH)
• busca colocar em prática os princípios do SUS (universalidade, equidade e
integralidade) no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças
nos modos de gerir e cuidar.
• estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para
construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder,
trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas
desumanizadoras
• a PNH conta com um núcleo técnico sediado em Brasília e equipes
regionais de apoiadores que se articulam às secretarias estaduais e
municipais de saúde.
• Constroem planos de ação para promover e disseminar inovações em
saúde com o foco da humanização.
21. Algumas diretrizes do
HumanizaSUS
Diretrizes da PNH
• Co-gestão / gestão participativa
• Acolhimento (acolhimento com classificação
de risco)
• Valorização do trabalho e do trabalhador
• Defesa dos Direitos do Usuário
• Fomento das grupalidades, coletivos e redes
• Construção da memória do SUS que dá certo
23. Dispositivos da PNH
- Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) / Câmara Técnica de
Humanização (CTH)
- Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde:
gerência de “porta aberta”; Ouvidorias; pesquisas de satisfação, etc.
- Visita Aberta e Direito à Acompanhante
- Programa de Formação em Saúde do Trabalhador (PFST) e Comunidade
Ampliada de Pesquisa (CAP)
- Equipe Transdisciplinar de Referência e de Apoio Matricial
- Projetos Co-Geridos de Ambiência
- Acolhimento com Classificação de Riscos
- Projeto Terapêutico Singular (PTS) e Projeto de Saúde do Território (PST)
- Projeto Memória do SUS que dá certo
26. Diretrizes e material
de apoio do MS
Nota: Ambiência é o tratamento dado ao espaço físico entendido como
espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve
proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana. Considera-se:
conforto, privacidade, individualidade, luz, cor, cheiro, morfologia, som, etc
28. - Objetivo de intervir na
melhoria dos processos de trabalho e
na qualidade da assistência
- Institui-se em qualquer instância do
SUS
e é integrado por pessoas interessadas
em discutir os serviços prestados,
a dinâmica das equipes de trabalho e
as relações estabelecidas
entre trabalhadores de saúde e
usuários.
GTH – Grupo de Trabalho
de Humanização
29. GTH – Grupo de Trabalho
de Humanização
Alguns temas podem ser interessantes para o início de um GTH:
• Como melhorar ou qualificar a prestação do serviço?
• Como são as relações de trabalho com os colegas? E com os gerentes,
coordenadores e diretores?
• Qual o pior lugar para se trabalhar? E para ser atendido? O que torna esses
espaços e locais tão difíceis de serem mudados?
• Qual o melhor lugar? O que o faz a diferença?
• Como se dá a relação entre os profi ssionais e os familiares dos pacientes
atendidos?
• Qual é o nível de valorização das “falas” e contribuições dos usuários e dos
trabalhadores da saúde (queixas, sugestões, etc.)?
• Que projetos coletivos já existiram e foram benéfi cos, mas pararam, e
quais estão sendo desenvolvidos e precisam ser fortalecidos?
• Como articular projetos intersetoriais interessantes para os objetivos da
instituição?
31. Vídeo Cordel do SUS
https://www.youtube.com/
watch?v=NMAbvOPOnCs
32. “Nunca como hoje se faz tão necessário a reflexão
histórico-filosófica para que se possa reumanizar a
medicina e as ciências da saúde em geral.”
Autor: Dr. Dante M C Gallian
Patricia Cruz Rodrigues Marion
Enfermeira
Mestranda pela UNIFESP
E-mail: patriciarodriguesmarion@gmail.com
slideshare.net/EnfPatriciaRodrigues
Notas do Editor
Doutor em História Social (USP-1996) e pós-doc pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de
Paris (2007). Docente e diretor do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde (CeHFi) da UNIFESP além de participar como professor-orientador dos Programas de Pós-Graduação Ensino em Ciências da Saúde e Saúde Coletiva”. Suas linhas de pesquisa são: Educação e História das Ciências da Saúde e da Medicina, Humanidades e História Oral.
Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.
As ciências humanísticas têm muito a contribuir para o desenvolvimento das ciências da saúde e da medicina em particular. Mas tal contribuição só pode se efetivar quando médicos, cientistas da saúde, historiadores, filósofos, antropólogos, psicólogos, literatos, pedagogos e alunos perceberem a necessidade de, sem pré-conceitos e com o espírito aberto, se constituírem canais comuns de estudo, discussão e troca de experiências.