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Miocardiopatias
Eric de Medeiros Costa
Acadêmico do 8º período de Medicina da UFMA
94ª Turma
Universidade Federal do Maranhão
Curso de Medicina
Miocardiopatias: conceito
Clássico: conjunto de doenças que se caracteriza pelo acometimento
primário do miocárdio, levando a comprometimento de sua função.
“Doença muscular na qual o coração é estrutural e funcionalmente
anormal, na ausência de doença arterial coronariana, hipertensão,
doença valvar ou congênita suficiente para causar a anormalidade
cardíaca.”(ESC, 2012)
“Heterogêneo grupo de doenças do miocárdio associadas com
disfunção mecânica ou elétrica que usualmente exibe inapropriada
hipertrofia ou dilatação ventricular; possuem causas diversas,
incluindo genéticas. Podem ser confinadas ao coração ou parte de
doenças sistêmicas. (American Heart Association, 2012)
As cardiomiopatias são centro de discussões conceituais, mas
caminham para considerar múltiplas possíveis causas secundárias
Miocardiopatias: classificação
Miocardiopatias
Dilatadas
Hipertróficas
Restritivas
Miocardiopatia dilatada
• Etiologia
• Identificável?
Nem sempre!
“Miocardiopatia caracterizada pela dilatação das câmaras
cardíacas e pelo comprometimento sistólico de um ou de ambos os
ventrículos”(Bonom RO et al. Braunwald's Heart Disease, 2012)
Infecciosa Carencial
Disfunção
endócrina
Colagenoses
Cardiotoxicidade
Doenças
infiltrativas
A Doença de Chagas é causa
secundária importante de
miocardiopatia dilatada no
Brasil
Uma das vias finais do dano
miocárdico decorrente de
grande variedade de
mecanismos citotóxicos,
metabólicos, imunológicos,
infecciosos e genéticos¹
Miocardiopatia dilatada
• Fisiopatologia Processo
inflamatório
Inibição de
atividade
contrátil
Fibrose e
degeneração
celular
Redução da
contratilidade
miocárdica
Disfunção
sistólica
Dilatação
ventricular
¹ FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
(São Paulo) (Org.). Coleção Clínica Médica: Doenças
cardiovasculares, respiratórias e emergências. São Paulo:
Manole, 011
Miocardiopatia dilatada
• Manifestações clínicas sugestivas de ICC
• Baixo débito(astenia, fadiga)
• Congestão pulmonar(dispneia, ortopneia, baixa
tolerância a esforços físicos)
Parte importante dos pacientes mantem-se assintomática por
mecanismos compensatórios
• Incidência: 5 a 8 casos em 100.00 habitantes/ano
1/3 dos pacientes referem dor torácica, mesmo com integridade
coronária
Miocardiopatia dilatada
• O que encontraremos no exame físico?
Inspeção
Em IVD: turgência jugular
Palpação
Em IVE: ictus cordis perceptível, difuso e desviado à esquerda. Pulso
filiforme(mau prognóstico)
Em IVD: ictus cordis proeminente. Sinais de ascite e edema de membros
inferiores
Ausculta
Em IVE: Primeira bulha hipofonética. Terceira e quarta bulha possivelmente
presentes. Sopro em foco mitral, com irradiação axilar.
Em IVD: Terceira e ou quarta bulha, sobretudo em descompensação. Sopro sistólico
em foco tricúspide.
Miocardiopatia dilatada
• E por falar em descompensação...
• Arritmias: extrassístoles e fibrilação atrial,
sobretudo
• Taquicardias ventriculares: em sustentação, risco
para fibrilação ventricular
Miocardiopatia dilatada
• Fenômenos tromboembólicos
Fatores de risco
• Gravidade de disfunção sistólica
• Grau de dilatação ventricular
• Presença de fibrilação atrial
Tromboembolismo ocorre em 15% dos pacientes sem fibrilação
atrial e em 35% daqueles que a possuem
Miocardiopatia dilatada
• Exames complementares
Eletrocardiograma
O que observar no ECG?
• Arritmias
• Morfologias de bloqueios
• Amplitude aumentada de
complexo QRS
Miocardiopatia dilatada
• Exames complementares
Radiografia de tórax
O que observar na radiografia de
tórax?
• Relação cardiotorácica > 50%
• Inversão da trama vascular
• Ventrículo esquerdo “mergulha”
no diafragma
Miocardiopatia dilatada
• Exames complementares
O diagnóstico da miocardiopatia dilatada é realizado pelo
ecocardiograma e avaliação subjetiva e objetiva da função sistólica
O que observar no ecocardiograma?
• Diâmetro diastólico> 5,7 cm
• Diâmetro sistólico > 3,7 cm
• Fração de ejeção < 55%
• Trombo cavitário?
• Disfunção valvar?
• Aspectos sugestivos de etiologia
específica
• Etiologia alcoólica
Miocardiopatia dilatada
Uma das possíveis consequências do etilismo pesado, ou seja, um
consumo superior a 90 g de etanol/dia cronicamente
Principal causa de cardiomiopatia secundária nos EUA, representando 1/3 dos casos
225 ml 1800 ml
Miocardiopatia dilatada
Componente
reversível
Redução aguda
da contratilidade
• Etiologia alcoólica
Componente
irreversível
Inibição de
síntese
proteica?
Estresse
oxidativo?
Acetaldeído?
Miocardiopatia dilatada
• Etiologia alcoólica
O quadro clínico e a investigação complementar são muito
semelhantes. Alterações iniciais em VE são mais comuns
O prognóstico depende essencialmente da disfunção inicial e da
abstenção ou não do hábito
Investigar condição nutricional do paciente e possíveis sinais de
alto débito: beribéri?
Doença cardíaca
chagásica
Arritmias
ICC
Tromboembolismo
Miocardiopatia dilatada
• Etiologia chagásica
Acometimento cardíaco é o de maior morbimortalidade
dentre as apresentações chagásicas crônicas
Miocardiopatia dilatada
• Acometimento do sistema de condução elétrica
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Eletrocardiograma
O que observar no ECG?
• Bloqueios de ramo
• TVNS: 50% dos
pacientes
• Etiologia chagásica
Miocardiopatia dilatada
Radiografia O que observar? Eu já não vi algo
parecido antes?
Quase! Alterações na investigação
complementar são semelhantes às
demais etiologias: quadro clínico
termina em ICC, com acometimento
biventricular
Miocardiopatia dilatada
Uma cardiomiopatia dilatada pode ser desencadeada por um quadro agudo de estresse
emocional ou físico
Miocardiopatia dilatada
• Etiologia por estresse
• Epidemiologia: rara. Mulheres acima de 50 anos são mais
acometidas
• Quadro clínico: súbito, após estresse, com desconforto
precordial
Eletrocardiograma com supra de ST
As síndromes coronarianas agudas são
importante diagnóstico diferencial
• Como diferenciar?
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• Ecocardiograma?
Miocardiopatia dilatada
• Etiologia por estresse
Ventriculografia com balonamento, geralmente apical fala a
favor de cardiomiopatia de Takotsubo
Prognóstico depende essencialmente do afastamento do fator
estressor: reversão tende a ser espontânea em até uma semana
Miocardiopatia hipertrófica
“Cardiomiopatia cujo achado característico é a presença de
hipertrofia inapropriada que ocorre na ausência de uma
causa aparente (como estenose aórtica ou hipertensão
arterial), muitas vezes com o envolvimento predominante do
septo ventricular de um ventrículo não dilatado, o que
mostra função sistólica hiperdinâmica”(Maron BJ, 1997)
O ventrículo esquerdo é a câmara mais acometida, com
hipertrofia assimétrica
Miocardiopatia hipertrófica
• Correlação anatomoclínica
Miocárdio normal Miocardiopatia hipertrófica
A disfunção cardíaca não passa apenas pela hipertrofia, mas
também pela fibrose e desarranjo muscular
Miocardiopatia hipertrófica
• Etiologia
Miocardiopatia hipertrófica é a doença genética cardiovascular mais
comum
Bonom RO et al. Braunwald's Heart Disease. 2012
Mutações
genéticas
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Miocardiopatia hipertrófica
• Fisiopatologia
• Componente obstrutivo
• Gradiente intraventricular sistólico
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• Disfunção diastólica
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• Sobrecarga atrial esquerda
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Miocardiopatia hipertrófica
Isquemia miocárdica
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levar a dor precordial!
Miocardiopatia hipertrófica
• Sinais e sintomas
A maioria dos pacientes com cardiomiopatia hipertrófica é assintomática
Os sintomas mais comuns são dispneia aos esforços, angina pectoris e
síncope
Palpação
Ausculta
O que encontraremos no exame físico?
Ictus cordis de VE propulsivo, localizado e sustentado
Alteração característica: quarta bulha
Sopro sistólico: possível
Miocardiopatia hipertrófica
• Exames complementares
Eletrocardiograma com R aumentado em precordiais à
esquerda, S profundo naquelas à direita e possíveis q
patológicas(V2 a V6)
Miocardiopatia hipertrófica
• Exames complementares
Ecocardiograma
• Características
• Diâmetros de VE reduzidos
• VE hipercontrátil
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direito: possível
• Gradiente pressórico
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Cuidado! Antes de pensar em MCH,
lembrar das causas mais comuns de
hipertrofia ventricular: estenoses
valvares e hipertensão arterial sistêmica
Miocardiopatia hipertrófica
A maioria
permanece
assintomática
durante toda a
vida
Grupo importante
evolui para forma
sintomática entre
30 e 50 anos
• Prognóstico
A principal complicação da miocardiopatia hipertrófica é a possibilidade de morte
súbita por mecanismos ainda não conhecidos
Miocardiopatia hipertrófica
• Prognóstico
A miocardiopatia
hipertrófica é a causa mais
comumente encontrada em
necrópsias de atletas de
tiveram morte súbita
durante prática esportiva
Mikhlos Feher(1980-2004)
Indivíduos jovens com história familiar de morte súbita, miocardiopatias em
geral, hipotensão após exercício e síncope merecem ser investigados!
Miocardiopatia hipertrófica
CUIDADO: nem toda hipertrofia em coração de
atleta é miocardiopatia hipertrófica!
A hipertrofia de câmaras
cardíacas em quem pratica
esportes regularmente é
fisiológica!
Hipertrofia fisiológica não tem:
• História familiar
• Movimento anormal de válvula
mitral
• ECG alterado
• Disfunção diastólica
Uma hipertrofia fisiológica regride com poucas semanas de
destreinamento: uma patológica não!
Miocardiopatia restritiva
• Característica fundamental: alta rigidez miocárdica
e endocárdica
• Dos três tipos de cardiomiopatias é o mais raro
Doença do miocárdio caracterizada por restrição do enchimento
e redução do volume diastólico de um ou de ambos os
ventrículos, com função sistólica normal ou próxima disto
Richardson et al, 1995
Miocardiopatia restritiva
Etiologia
Doenças não
infiltrativas
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Esclerodermia
Doenças infiltrativas
Amiloidose
Sarcoidose
Doenças fibróticas
Miocárdicas
Endomiocárdicas
Endomiocardiofibrose
tropical
A etiologia é divergente, mas a histopatologia e fisiopatologia
convergem com fibrose, hipertrofia miocárdica, disfunção diastólica e
baixa complacência ventricular
Miocardiopatia restritiva
• Sinais e sintomas
As manifestações clínicas dependerão do balanço entre o grau de lesão fibrótica e os
mecanismos compensatórios
Os sintomas mais comuns são congestivos, com dispneia aos esforços, ortopneia,
dispneia paroxística noturna(VE) e edema de membros inferiores(VD)
O que encontraremos no exame físico?
Inspeção
Ausculta
Turgência jugular
Terceira e quarta bulhas
Possível sopro por insuficiência mitral e/ou tricúspide
Estertores em terços inferiores dos hemitórax
Propedêutica de derrame pleural é possível
em insuficiências congestivas
biventriculares!
Miocardiopatia restritiva
• Exames complementares
• Ecocardiograma com átrios dilatados e ventrículos de
diâmetros normais é altamente sugestivo!
Tratamento
O tratamento das cardiomiopatias deve ser voltado à IC secundária
Coleção Clínica Médica, USP. 2011
IECAs, BRAs, antagonistas de aldosterona e beta-bloqueadores aumentam sobrevida
e reduzem remodelamento cardíaco. Diuréticos são úteis ao alívio sintomático.
Coleção Clínica Médica, USP. 2011
Na MCH, beta-bloqueadores, com moderação, e o verapamil ganham importância. A
amiodarona ajuda no controle de possíveis arritmias
Coleção Clínica Médica, USP. 2011
É necessário sempre pensar em anticoagulantes para pacientes com
miocardiopatias, sobretudo em fibrilação atrial, trombo intracavitário e disfunção
sistólica com FE < 30%
Coleção Clínica Médica, USP. 2011
Tratamento
• Dúvidas frequentes...
É verdade que o desfibrilador implantado ou
marcapasso possuem indicação em
miocardiopatias?
A miocardiopatia hipertrófica pode ser abordada
cirurgicamente?
É possível cogitar transplante cardíaco em
miocardiopatias?
¹ FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO (São Paulo) (Org.). Coleção Clínica
Médica: Doenças cardiovasculares, respiratórias e
emergências. São Paulo: Manole, 011
O esforço e estudo para esta aula são também dedicados a todos os
atletas que faleceram durante sua prática esportiva e em especial à
vida e memória de Paulo Sérgio Oliveira da Silva(Serginho), atleta
profissional de futebol, portador de miocardiopatia hipertrófica e
falecido em campo aos 30 anos de idade.
Serginho(1974-2004)
Obrigado!

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Miocardiopatias

  • 1. Miocardiopatias Eric de Medeiros Costa Acadêmico do 8º período de Medicina da UFMA 94ª Turma Universidade Federal do Maranhão Curso de Medicina
  • 2. Miocardiopatias: conceito Clássico: conjunto de doenças que se caracteriza pelo acometimento primário do miocárdio, levando a comprometimento de sua função. “Doença muscular na qual o coração é estrutural e funcionalmente anormal, na ausência de doença arterial coronariana, hipertensão, doença valvar ou congênita suficiente para causar a anormalidade cardíaca.”(ESC, 2012) “Heterogêneo grupo de doenças do miocárdio associadas com disfunção mecânica ou elétrica que usualmente exibe inapropriada hipertrofia ou dilatação ventricular; possuem causas diversas, incluindo genéticas. Podem ser confinadas ao coração ou parte de doenças sistêmicas. (American Heart Association, 2012) As cardiomiopatias são centro de discussões conceituais, mas caminham para considerar múltiplas possíveis causas secundárias
  • 4. Miocardiopatia dilatada • Etiologia • Identificável? Nem sempre! “Miocardiopatia caracterizada pela dilatação das câmaras cardíacas e pelo comprometimento sistólico de um ou de ambos os ventrículos”(Bonom RO et al. Braunwald's Heart Disease, 2012) Infecciosa Carencial Disfunção endócrina Colagenoses Cardiotoxicidade Doenças infiltrativas A Doença de Chagas é causa secundária importante de miocardiopatia dilatada no Brasil
  • 5. Uma das vias finais do dano miocárdico decorrente de grande variedade de mecanismos citotóxicos, metabólicos, imunológicos, infecciosos e genéticos¹ Miocardiopatia dilatada • Fisiopatologia Processo inflamatório Inibição de atividade contrátil Fibrose e degeneração celular Redução da contratilidade miocárdica Disfunção sistólica Dilatação ventricular ¹ FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (São Paulo) (Org.). Coleção Clínica Médica: Doenças cardiovasculares, respiratórias e emergências. São Paulo: Manole, 011
  • 6. Miocardiopatia dilatada • Manifestações clínicas sugestivas de ICC • Baixo débito(astenia, fadiga) • Congestão pulmonar(dispneia, ortopneia, baixa tolerância a esforços físicos) Parte importante dos pacientes mantem-se assintomática por mecanismos compensatórios • Incidência: 5 a 8 casos em 100.00 habitantes/ano 1/3 dos pacientes referem dor torácica, mesmo com integridade coronária
  • 7. Miocardiopatia dilatada • O que encontraremos no exame físico? Inspeção Em IVD: turgência jugular Palpação Em IVE: ictus cordis perceptível, difuso e desviado à esquerda. Pulso filiforme(mau prognóstico) Em IVD: ictus cordis proeminente. Sinais de ascite e edema de membros inferiores Ausculta Em IVE: Primeira bulha hipofonética. Terceira e quarta bulha possivelmente presentes. Sopro em foco mitral, com irradiação axilar. Em IVD: Terceira e ou quarta bulha, sobretudo em descompensação. Sopro sistólico em foco tricúspide.
  • 8. Miocardiopatia dilatada • E por falar em descompensação... • Arritmias: extrassístoles e fibrilação atrial, sobretudo • Taquicardias ventriculares: em sustentação, risco para fibrilação ventricular
  • 9. Miocardiopatia dilatada • Fenômenos tromboembólicos Fatores de risco • Gravidade de disfunção sistólica • Grau de dilatação ventricular • Presença de fibrilação atrial Tromboembolismo ocorre em 15% dos pacientes sem fibrilação atrial e em 35% daqueles que a possuem
  • 10. Miocardiopatia dilatada • Exames complementares Eletrocardiograma O que observar no ECG? • Arritmias • Morfologias de bloqueios • Amplitude aumentada de complexo QRS
  • 11. Miocardiopatia dilatada • Exames complementares Radiografia de tórax O que observar na radiografia de tórax? • Relação cardiotorácica > 50% • Inversão da trama vascular • Ventrículo esquerdo “mergulha” no diafragma
  • 12. Miocardiopatia dilatada • Exames complementares O diagnóstico da miocardiopatia dilatada é realizado pelo ecocardiograma e avaliação subjetiva e objetiva da função sistólica O que observar no ecocardiograma? • Diâmetro diastólico> 5,7 cm • Diâmetro sistólico > 3,7 cm • Fração de ejeção < 55% • Trombo cavitário? • Disfunção valvar? • Aspectos sugestivos de etiologia específica
  • 13. • Etiologia alcoólica Miocardiopatia dilatada Uma das possíveis consequências do etilismo pesado, ou seja, um consumo superior a 90 g de etanol/dia cronicamente Principal causa de cardiomiopatia secundária nos EUA, representando 1/3 dos casos 225 ml 1800 ml
  • 14. Miocardiopatia dilatada Componente reversível Redução aguda da contratilidade • Etiologia alcoólica Componente irreversível Inibição de síntese proteica? Estresse oxidativo? Acetaldeído?
  • 15. Miocardiopatia dilatada • Etiologia alcoólica O quadro clínico e a investigação complementar são muito semelhantes. Alterações iniciais em VE são mais comuns O prognóstico depende essencialmente da disfunção inicial e da abstenção ou não do hábito Investigar condição nutricional do paciente e possíveis sinais de alto débito: beribéri?
  • 16. Doença cardíaca chagásica Arritmias ICC Tromboembolismo Miocardiopatia dilatada • Etiologia chagásica Acometimento cardíaco é o de maior morbimortalidade dentre as apresentações chagásicas crônicas
  • 17. Miocardiopatia dilatada • Acometimento do sistema de condução elétrica cardíaca Eletrocardiograma O que observar no ECG? • Bloqueios de ramo • TVNS: 50% dos pacientes
  • 18. • Etiologia chagásica Miocardiopatia dilatada Radiografia O que observar? Eu já não vi algo parecido antes? Quase! Alterações na investigação complementar são semelhantes às demais etiologias: quadro clínico termina em ICC, com acometimento biventricular
  • 19. Miocardiopatia dilatada Uma cardiomiopatia dilatada pode ser desencadeada por um quadro agudo de estresse emocional ou físico
  • 20. Miocardiopatia dilatada • Etiologia por estresse • Epidemiologia: rara. Mulheres acima de 50 anos são mais acometidas • Quadro clínico: súbito, após estresse, com desconforto precordial Eletrocardiograma com supra de ST As síndromes coronarianas agudas são importante diagnóstico diferencial • Como diferenciar? • Enzimas? • Cateterismo? • Ecocardiograma?
  • 21. Miocardiopatia dilatada • Etiologia por estresse Ventriculografia com balonamento, geralmente apical fala a favor de cardiomiopatia de Takotsubo Prognóstico depende essencialmente do afastamento do fator estressor: reversão tende a ser espontânea em até uma semana
  • 22. Miocardiopatia hipertrófica “Cardiomiopatia cujo achado característico é a presença de hipertrofia inapropriada que ocorre na ausência de uma causa aparente (como estenose aórtica ou hipertensão arterial), muitas vezes com o envolvimento predominante do septo ventricular de um ventrículo não dilatado, o que mostra função sistólica hiperdinâmica”(Maron BJ, 1997) O ventrículo esquerdo é a câmara mais acometida, com hipertrofia assimétrica
  • 23. Miocardiopatia hipertrófica • Correlação anatomoclínica Miocárdio normal Miocardiopatia hipertrófica A disfunção cardíaca não passa apenas pela hipertrofia, mas também pela fibrose e desarranjo muscular
  • 24. Miocardiopatia hipertrófica • Etiologia Miocardiopatia hipertrófica é a doença genética cardiovascular mais comum Bonom RO et al. Braunwald's Heart Disease. 2012 Mutações genéticas Troponina-T Tropomiosina Beta-miosina
  • 25. Miocardiopatia hipertrófica • Fisiopatologia • Componente obstrutivo • Gradiente intraventricular sistólico • Hiperfluxo e fenômeno aspirativo intracavitário • Disfunção diastólica • Déficit de relaxamento de VE • Redução da complacência • Sobrecarga atrial esquerda • Pressão retrógrada e possível congestão pulmonar
  • 26. Miocardiopatia hipertrófica Isquemia miocárdica Aumento da demanda metabólica Aumento das pressões de enchimento com redução de perfusão coronariana Alterações na morfologia coronária intramural A disparidade entre a demanda metabólica e a oferta sanguínea pode levar a dor precordial!
  • 27. Miocardiopatia hipertrófica • Sinais e sintomas A maioria dos pacientes com cardiomiopatia hipertrófica é assintomática Os sintomas mais comuns são dispneia aos esforços, angina pectoris e síncope Palpação Ausculta O que encontraremos no exame físico? Ictus cordis de VE propulsivo, localizado e sustentado Alteração característica: quarta bulha Sopro sistólico: possível
  • 28. Miocardiopatia hipertrófica • Exames complementares Eletrocardiograma com R aumentado em precordiais à esquerda, S profundo naquelas à direita e possíveis q patológicas(V2 a V6)
  • 29. Miocardiopatia hipertrófica • Exames complementares Ecocardiograma • Características • Diâmetros de VE reduzidos • VE hipercontrátil • AE aumentado: possível • Acometimento de lado direito: possível • Gradiente pressórico • Déficit de relaxamento Cuidado! Antes de pensar em MCH, lembrar das causas mais comuns de hipertrofia ventricular: estenoses valvares e hipertensão arterial sistêmica
  • 30. Miocardiopatia hipertrófica A maioria permanece assintomática durante toda a vida Grupo importante evolui para forma sintomática entre 30 e 50 anos • Prognóstico A principal complicação da miocardiopatia hipertrófica é a possibilidade de morte súbita por mecanismos ainda não conhecidos
  • 31. Miocardiopatia hipertrófica • Prognóstico A miocardiopatia hipertrófica é a causa mais comumente encontrada em necrópsias de atletas de tiveram morte súbita durante prática esportiva Mikhlos Feher(1980-2004) Indivíduos jovens com história familiar de morte súbita, miocardiopatias em geral, hipotensão após exercício e síncope merecem ser investigados!
  • 32. Miocardiopatia hipertrófica CUIDADO: nem toda hipertrofia em coração de atleta é miocardiopatia hipertrófica! A hipertrofia de câmaras cardíacas em quem pratica esportes regularmente é fisiológica! Hipertrofia fisiológica não tem: • História familiar • Movimento anormal de válvula mitral • ECG alterado • Disfunção diastólica Uma hipertrofia fisiológica regride com poucas semanas de destreinamento: uma patológica não!
  • 33. Miocardiopatia restritiva • Característica fundamental: alta rigidez miocárdica e endocárdica • Dos três tipos de cardiomiopatias é o mais raro Doença do miocárdio caracterizada por restrição do enchimento e redução do volume diastólico de um ou de ambos os ventrículos, com função sistólica normal ou próxima disto Richardson et al, 1995
  • 34. Miocardiopatia restritiva Etiologia Doenças não infiltrativas Forma idiopática Esclerodermia Doenças infiltrativas Amiloidose Sarcoidose Doenças fibróticas Miocárdicas Endomiocárdicas Endomiocardiofibrose tropical A etiologia é divergente, mas a histopatologia e fisiopatologia convergem com fibrose, hipertrofia miocárdica, disfunção diastólica e baixa complacência ventricular
  • 35. Miocardiopatia restritiva • Sinais e sintomas As manifestações clínicas dependerão do balanço entre o grau de lesão fibrótica e os mecanismos compensatórios Os sintomas mais comuns são congestivos, com dispneia aos esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna(VE) e edema de membros inferiores(VD) O que encontraremos no exame físico? Inspeção Ausculta Turgência jugular Terceira e quarta bulhas Possível sopro por insuficiência mitral e/ou tricúspide Estertores em terços inferiores dos hemitórax Propedêutica de derrame pleural é possível em insuficiências congestivas biventriculares!
  • 36. Miocardiopatia restritiva • Exames complementares • Ecocardiograma com átrios dilatados e ventrículos de diâmetros normais é altamente sugestivo!
  • 37. Tratamento O tratamento das cardiomiopatias deve ser voltado à IC secundária Coleção Clínica Médica, USP. 2011 IECAs, BRAs, antagonistas de aldosterona e beta-bloqueadores aumentam sobrevida e reduzem remodelamento cardíaco. Diuréticos são úteis ao alívio sintomático. Coleção Clínica Médica, USP. 2011 Na MCH, beta-bloqueadores, com moderação, e o verapamil ganham importância. A amiodarona ajuda no controle de possíveis arritmias Coleção Clínica Médica, USP. 2011 É necessário sempre pensar em anticoagulantes para pacientes com miocardiopatias, sobretudo em fibrilação atrial, trombo intracavitário e disfunção sistólica com FE < 30% Coleção Clínica Médica, USP. 2011
  • 38. Tratamento • Dúvidas frequentes... É verdade que o desfibrilador implantado ou marcapasso possuem indicação em miocardiopatias? A miocardiopatia hipertrófica pode ser abordada cirurgicamente? É possível cogitar transplante cardíaco em miocardiopatias? ¹ FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (São Paulo) (Org.). Coleção Clínica Médica: Doenças cardiovasculares, respiratórias e emergências. São Paulo: Manole, 011
  • 39. O esforço e estudo para esta aula são também dedicados a todos os atletas que faleceram durante sua prática esportiva e em especial à vida e memória de Paulo Sérgio Oliveira da Silva(Serginho), atleta profissional de futebol, portador de miocardiopatia hipertrófica e falecido em campo aos 30 anos de idade. Serginho(1974-2004)
  • 40.