Este documento discute as principais causas de dor torácica, incluindo doenças cardíacas como infarto agudo do miocárdio e síndrome coronariana aguda, doenças pulmonares como embolia pulmonar, doenças gastrointestinais e causas psiquiátricas. Ele também descreve a abordagem de triagem, diagnóstico e tratamento inicial para pacientes com dor torácica, com foco na importância do histórico clínico, exame físico, eletrocardiograma e mar
1. MERCREDI INTENSIF O PACIENTE COM DOR PRECORDIAL
2. DOR TORÁCICA Queixa muito frequente em emergências. 3-6 milhões de atendimento por ano 5-10% atendimento por dor torácica 20-30% SCA 10-15% IAM Grande variedade de causas. Potencialmente fatal.
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4. Principais causas de dor torácica Dor na parede torácica: Lesões em costelas (trauma, metástases). Costocondrite. Fibromialgia. Dores musculares. Síndromes radiculares. Nervos sensitivos (herpes zoster).
5. Principais causas de dor torácica Causas Cardíacas Isquêmica: - SCA Não isquêmica: - Pericardite - Estenose aórtica - Cardiomiopatia hipetrófica
7. Dor torácica isquêmica Sinais de alerta: Dor intensa Mantida > 20 minutos Constrictiva Irradiação típica Sudorese Dispnéia Sintomas de baixo débito.
8. Dor torácica isquêmica Angina: Pressão retro esternal em peso ou queimação Irradiação pesoço, mandibula, epigastrio, ombro Precipitada pelo exercicio, frio, estress Dura <2-10 min. Angina repouso Maior intensidade Intolerância ao esforço < 20 minutos SCA: Maior intensidade sintomas Inicio súbito > 20-30 minutos Sintomas associados. 33 % das SCA se apresentam com dor atípica.
11. Principais causas de dor torácica Causas pulmonares: Pneumotórax. Embolia pulmonar. Pleurite. Hipertensão pulmonar. Neoplasia.
12. Dor de origem pulmonar Emboliapulmonar: Predomina: Dispnéia Inicio súbito Dor torácica geralmente: Pleuritica Grande variabilidade clínica: Assintomático ...... choque circulatório. Pesquisar os fatores de risco para TVP/TEP.
15. Dor de origem pulmonar Pneumotórax espontâneo: Inicio subito de dispnéia dor pleuritica, unilateral, em dorso e ombos Evolução: insuficiência respiratória choque circulatório. Exame físico: dispnéia taquipnéia ausência de ruídos no hemotórax afetado.
18. Dor de origem pulmonar Hipertensão pulmonar: Dor torácica subesternal Exacerbada pelo esforço Associada a dispnéia
19. Principais causas de dor torácica Causas vasculares: Disecção aorta Dor excruciante, lacerante Início abrupto seguindo trajeto da aorta localizada parte anterior do tórax Irradiando-se para o dorso Intensa, refratária Assimetria pressórica e de pulsos. Palidez , sudorese.
20. Dissecção aórtica aguda Alta letalidade. Fatores predisponentes: HAS, idade, sexo, doenças do colágeno, mal formações. Oclusão arterial aguda: AVE, IAM, Isquemia renal, isquemia mesentérica, isquemia de membros, insuficiência aórtica aguda. Ruptura arterial (sangramento para pleura, pericárdio, mediastino e retroperitôneo).
25. Principais causas de dor torácica Causas Gastroesofágicas: Refluxo gastroesofágico. Espasmo esofágico. Úlcera de esôfago ou péptica. Ruptura de esôfago.
26. Dor esofágica ou gastroduodenal Refluxogastroesofágico: Desconforto em queimação subesternale epigástrico Irradiação para pescoço e braços 10-60 minutos de duração Relação com alimentação e decúbito. Melhora com posição ereta, nitratos, anti-ácidos, bloqueadores de canais de cálcio.
29. Dor esofágica ou gastroduodenal Úlcera péptica: Queimação epigástrica ou subesternal prolongada. Geralmente ocorre após refeição e melhora com anti-ácidos.
31. Dor esofágica ou gastroduodenal Ruptura esofágica: Pode ocorrer por vômitos intensos ou trauma. Dor excruciante, retroesternal e em andar superior do abdome, com dor pleurítica esquerda. Alta mortalidade. Pneumomediastino e enfisema subcutâneo.
33. Principais causas de dor torácica Causas psiquiátricas: Transtorno do pânico. Transtornos de ansiedade. Depressão. Somatização.
34. Principais causas de dor torácica Outras causas: Pancreatite Colecistite Abscesso subfrênico
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36. Abordagem Atendimento prioritário. Anamnese ECG em 10 minutos. Caso indicado, tratamento anti-isquêmico em até 30 minutos. Quanto mais precoce o atendimento melhor o prognóstico.
37. ECG Sensibilidade em torno de 50% para IAM, ou seja metade tem ECG normal. 2º ECG em até 3 horas, ou em caso de mudança clínica.
38. Abordagem Após ECG e história clínica é possível classificar o paciente: I- IAM com supra de ST II- Provável isquemia aguda / alto risco III- Possível isquemia aguda / médio risco IV- Provavelmente não isquêmica /baixo risco V- Definitivamente não isquêmica
39. Abordagem Resposta ao nitrato sublingual: Ver ECG e avaliação clínico-hemodinâmica antes. Novo ECG após nitrato tem informações importantes. O alívio da dor com nitrato não acontece apenas na doença coronariana.
40. Exames laboratoriais e Marcadores de necrose miocárdica Hemograma, bioquimica, gasometria. Troponina: é mais sensível e específica e tem importante valor prognóstico. Se eleva após 4horas de dor e tem pico em 12a48horas, mantendo-se elevada por 10 a 14 dias. Também se eleva em: pericardite, miocardite, TEP, IC aguda, sepse grave, trauma cardíaco, drogas cardiotóxicas, I. Renal grave, AVE.
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42. Radiologia Rx de tórax: pneumonia, câncer de pulmão , derrame pleural, lesão costal. TC de tórax: embolia pulmonar, dissecção aórtica. RNM: dissecção aórtica
43. Ecocardiograma Papel questionável na SCA. É útil em : - derrame pericárdico - valvopatias - cardiomiopatia hipertrófica - dissecção aórtica