O documento discute o diagnóstico diferencial da dor torácica, listando possíveis causas como pulmonares, cardíacas, gástricas e psiquiátricas. Detalha a abordagem da história clínica, exames e tratamento de condições como infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar, aneurisma da aorta e pneumotórax.
2. A Dor Torácica é uma patologia frequente
na sala de emergência requerendo uma
avaliação rápida e minuciosa, pois a sua
etiologia pode necessitar de uma intervenção
rápida.
Pelo Datasus, em 2010 ocorreram 18.692
internações por IAM no estado de São Paulo
10. História Clinica
-Idade do paciente
-Localização e irradiação da dor
-Duração e intensidade da dor
-Fatores de alivio e piora
-Fatores de risco associado( Diabetes
mellitus, tabagismo etc.)
-Evolução da dor
-Antecedente de doença arterial periférica
ou AVC
-Uso de cocaína
11. Classificação da Dor
-Definitivamente anginosa
-Provavelmente anginosa
-Possivelmente anginosa
-Definitivamente não anginosa
Não há equivalência direta entre a intensidade
da dor torácica e a sua gravidade.”
12. Características da Dor Anginosa
-Sensação de aperto
-Inicio em repouso e pode ter intensidade
moderada
-Localização retroesternal, pescoço, maxilar
inferior, braços, região epigástrica e irradiação
para ombro e braço esquerdo
-Antecedente de dor desencadeada pelo esforço,
emoções, frio, etc.
13. Exames Complementares
-ECG antes e pós uso de nitrato sublingual
-RX de tórax
-Exames laboratoriais:
•Marcadores de necrose miocárdica; CK-Mb massa, troponina
( seriados)
•Dímero D
•Hemograma, Na , K, uréia, creatinina, coagulograma
•Tomografia de tórax
•Ecocardiograma bidimensional com Doppler
14. Sintomas na Embolia Pulmonar
-Dispnéia e dor torácica de início súbito em
doente com fatores de risco
-Dor pleurítica, ocasionalmente retro-esternal
-Apreensão, tosse, hemoptise
15. Diagnóstico de Embolia Pulmonar
-Gasometria
-Rx de tórax
-ECG
-Doppler venoso de membros inferiores
-Cintilografia de ventilação perfusão pulmonar
-Tomografia de tórax
-Angiografia
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17. Tratamento da Embolia Pulmonar
-Heparina não fracionada ou
-Heparina de baixo peso molecular
-Terapia trombolítica- rtPA ( embolia maciça)
-Implante de filtro de veia cava inferior
18. Aneurisma Dissecante da Aorta
-Hipertenso com idade >40 anos
-Dor muito intensa
-A localização relaciona-se com o local da
ruptura:anterior na aorta ascendente, no dorso
na aorta descendente
-Isquemia de territórios: hemiplegia, isquemia
de membros etc.
19. Classificação do Aneurisma Dissecante de Aorta
-Classificação de Stanford:
Tipo A; envolve a aorta ascendente
Tipo B; não envolve a aorta ascendente
-Classificação de De Bakey:
Tipo I; envolvimento de toda aorta
Tipo II; acometimento apenas da aorta ascendente
Tipo III; acometimento da aorta descendente, não
envolvendo a aorta ascendente ou arco aórtico
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21. Diagnóstico de Aneurisma Dissecante de
Aorta
-História clínica
-Alterações objetivas
-Rx de tórax
-Ecocardiograma transesofagico
-Tomografia de tórax
- Aortografia
22. Exame Físico na Dissecção de AO
-Inespecífico
-A aparência pode sugerir sinais de gravidade
-Aferir pressão arterial, e pesquisar os pulso
periféricos
-Ausculta cardíaca
-Ausculta pulmonar
-Exame do abdome
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24. Tratamento na Dissecção de AO
-Controle da FC e PA
-Analgesia com morfina
-Tratamento cirúrgico imediato; dissecção tipo A
-Tratamento clinico inicial; dissecção tipo B,
cirúrgico imediato se complicações
-Próteses endovasculares
25. Tratamento SCA Possível ou Definida
-Sinais vitais, SaO2 e acesso venoso
-ECG nos 10’ iniciais
-Monitorização cardíaca contínua
-Radiografia de tórax (< de 30’)
-Troponina e CK-MB 4/4h
-Eletrólitos e coagulação
-Morfina
-Oxigênio
-Nitratos SL (O uso do Nitrato é contra indicado associado ao
Sildenafil, pois potencializa o efeito do Nitrato)
26. SCA com supradesnivel de ST
-ECG com supradesnivelamento de ST
-Evolução da dor < 12h
-Fibrinolíticos
-Angioplastia primaria( se disponibilidade)
27. Contra-indicações Absoluta para Uso de Fibrinolíticos
-AVCH prévio independente do tempo
-AVCI nos últimos 6 meses
-Doença terminal
-Historia previa de coagulopatia hemorrágica
-Trauma craniano no último mês
-Sangramento gastrointestinal no último mês
-Dissecção aguda de Aorta
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31. DERIVAÇÕES PAREDE
V1 – V3 Antero - septal de VE
V3 – V4 Anterior de VE
V5 – V6(I-aVL) Lateral de VE
V1-V6, D1 e AVL Anterior extenso
II-III-aVF Inferior de VE
Correlação entre alterações no ECG
e parede acometida no IAM
32. Tratamento da SCA Sem Supra de ST
-Heparina não fracionada ou
-Heparina de baixo peso molecular
-Bloqueador do complexo glicoprotéico IIb/IIIa
(abciximab ou tirofiban)
-Nitrato endovenoso
-Hipolipemiante VO
33. Pneumotórax
-Dor aguda no tórax que piora com a respiração
-Dispnéia
-Respiração curta
-Homens Jovens é mais frequente
-Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular
diminuído ou ausente
35. Tratamento
1-Observação com tratamento conservador
2-Dispositivo para drenagem pleural com cateter
3-Drenagem pleural com dreno tubular
4-Pneumotórax Hipertensivo - toracocentese com
agulha ou cateter venoso no 2º espaço intercostal com
a linha hemiclavicular do lado acometido
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37. Referências Bibliográficas
1- I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência- SBC. Arq Bras
Cardiol 2002; 9(supl II): 1-22
2- Mansur A P, Ramires J A F, Rotinas Ilustradas da Unidade Clinica de
Emergência do InCor- 2006
3-Martins H S, Damasceno M C T, Awada S B, Pronto-Socorro-
Diagnostico e Tratamento em Emergências- 2ª edição-2008
4-Diagnostic Approach to Chest Pain in Adults; www.uptodate.com