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Dra. Ângela Teresa Bampi
A Dor Torácica é uma patologia frequente
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-Dissecção de aorta
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-Transtorno do pânico
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História Clinica
-Idade do paciente
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mellitus, tabagismo etc.)
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Classificação da Dor
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-Sensação de aperto
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moderada
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Aneurisma Dissecante da Aorta
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na aorta descendente
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Diagnóstico de Aneurisma Dissecante de
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SCA com supradesnivel de ST
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II-III-aVF Inferior de VE
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agulha ou cateter venoso no 2º espaço intercostal com
a linha hemiclavicular do lado acometido
Referências Bibliográficas
1- I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência- SBC. Arq Bras
Cardiol 2002; 9(supl II): 1-22
2- Mansur A P, Ramires J A F, Rotinas Ilustradas da Unidade Clinica de
Emergência do InCor- 2006
3-Martins H S, Damasceno M C T, Awada S B, Pronto-Socorro-
Diagnostico e Tratamento em Emergências- 2ª edição-2008
4-Diagnostic Approach to Chest Pain in Adults; www.uptodate.com

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Dor torácica diagnóstico

  • 1. Diagnóstico Diferencial da Dor Torácica Dra. Ângela Teresa Bampi
  • 2. A Dor Torácica é uma patologia frequente na sala de emergência requerendo uma avaliação rápida e minuciosa, pois a sua etiologia pode necessitar de uma intervenção rápida. Pelo Datasus, em 2010 ocorreram 18.692 internações por IAM no estado de São Paulo
  • 5. Causas Gastresofágicas -Refluxo gastresofágico -Espasmo esofágico -Ulcera péptica -Ruptura de esôfago
  • 6. Dor na parede do tórax -Lesões em costela -Costocondrite -Fibromialgia -Síndromes radiculares -Dores musculares inespecíficas -Nervos sensitivos ( herpes zoster)
  • 7. Causas Cardíacas -Isquêmicas: SCA -Não isquêmicas: -Pericardite -Dissecção de aorta -Valvular; estenose aórtica -Cardiomiopatia hipertrófica
  • 8. Causas Psiquiátricas -Transtorno do pânico -Transtorno de ansiedade generalizada -Depressão -Transtornos somatoformes
  • 9.
  • 10. História Clinica -Idade do paciente -Localização e irradiação da dor -Duração e intensidade da dor -Fatores de alivio e piora -Fatores de risco associado( Diabetes mellitus, tabagismo etc.) -Evolução da dor -Antecedente de doença arterial periférica ou AVC -Uso de cocaína
  • 11. Classificação da Dor -Definitivamente anginosa -Provavelmente anginosa -Possivelmente anginosa -Definitivamente não anginosa Não há equivalência direta entre a intensidade da dor torácica e a sua gravidade.”
  • 12. Características da Dor Anginosa -Sensação de aperto -Inicio em repouso e pode ter intensidade moderada -Localização retroesternal, pescoço, maxilar inferior, braços, região epigástrica e irradiação para ombro e braço esquerdo -Antecedente de dor desencadeada pelo esforço, emoções, frio, etc.
  • 13. Exames Complementares -ECG antes e pós uso de nitrato sublingual -RX de tórax -Exames laboratoriais: •Marcadores de necrose miocárdica; CK-Mb massa, troponina ( seriados) •Dímero D •Hemograma, Na , K, uréia, creatinina, coagulograma •Tomografia de tórax •Ecocardiograma bidimensional com Doppler
  • 14. Sintomas na Embolia Pulmonar -Dispnéia e dor torácica de início súbito em doente com fatores de risco -Dor pleurítica, ocasionalmente retro-esternal -Apreensão, tosse, hemoptise
  • 15. Diagnóstico de Embolia Pulmonar -Gasometria -Rx de tórax -ECG -Doppler venoso de membros inferiores -Cintilografia de ventilação perfusão pulmonar -Tomografia de tórax -Angiografia
  • 16.
  • 17. Tratamento da Embolia Pulmonar -Heparina não fracionada ou -Heparina de baixo peso molecular -Terapia trombolítica- rtPA ( embolia maciça) -Implante de filtro de veia cava inferior
  • 18. Aneurisma Dissecante da Aorta -Hipertenso com idade >40 anos -Dor muito intensa -A localização relaciona-se com o local da ruptura:anterior na aorta ascendente, no dorso na aorta descendente -Isquemia de territórios: hemiplegia, isquemia de membros etc.
  • 19. Classificação do Aneurisma Dissecante de Aorta -Classificação de Stanford: Tipo A; envolve a aorta ascendente Tipo B; não envolve a aorta ascendente -Classificação de De Bakey: Tipo I; envolvimento de toda aorta Tipo II; acometimento apenas da aorta ascendente Tipo III; acometimento da aorta descendente, não envolvendo a aorta ascendente ou arco aórtico
  • 20.
  • 21. Diagnóstico de Aneurisma Dissecante de Aorta -História clínica -Alterações objetivas -Rx de tórax -Ecocardiograma transesofagico -Tomografia de tórax - Aortografia
  • 22. Exame Físico na Dissecção de AO -Inespecífico -A aparência pode sugerir sinais de gravidade -Aferir pressão arterial, e pesquisar os pulso periféricos -Ausculta cardíaca -Ausculta pulmonar -Exame do abdome
  • 23.
  • 24. Tratamento na Dissecção de AO -Controle da FC e PA -Analgesia com morfina -Tratamento cirúrgico imediato; dissecção tipo A -Tratamento clinico inicial; dissecção tipo B, cirúrgico imediato se complicações -Próteses endovasculares
  • 25. Tratamento SCA Possível ou Definida -Sinais vitais, SaO2 e acesso venoso -ECG nos 10’ iniciais -Monitorização cardíaca contínua -Radiografia de tórax (< de 30’) -Troponina e CK-MB 4/4h -Eletrólitos e coagulação -Morfina -Oxigênio -Nitratos SL (O uso do Nitrato é contra indicado associado ao Sildenafil, pois potencializa o efeito do Nitrato)
  • 26. SCA com supradesnivel de ST -ECG com supradesnivelamento de ST -Evolução da dor < 12h -Fibrinolíticos -Angioplastia primaria( se disponibilidade)
  • 27. Contra-indicações Absoluta para Uso de Fibrinolíticos -AVCH prévio independente do tempo -AVCI nos últimos 6 meses -Doença terminal -Historia previa de coagulopatia hemorrágica -Trauma craniano no último mês -Sangramento gastrointestinal no último mês -Dissecção aguda de Aorta
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31. DERIVAÇÕES PAREDE V1 – V3 Antero - septal de VE V3 – V4 Anterior de VE V5 – V6(I-aVL) Lateral de VE V1-V6, D1 e AVL Anterior extenso II-III-aVF Inferior de VE Correlação entre alterações no ECG e parede acometida no IAM
  • 32. Tratamento da SCA Sem Supra de ST -Heparina não fracionada ou -Heparina de baixo peso molecular -Bloqueador do complexo glicoprotéico IIb/IIIa (abciximab ou tirofiban) -Nitrato endovenoso -Hipolipemiante VO
  • 33. Pneumotórax -Dor aguda no tórax que piora com a respiração -Dispnéia -Respiração curta -Homens Jovens é mais frequente -Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído ou ausente
  • 34. Exames para diagnostico; Pneumotórax RX de tórax Tomografia de tórax
  • 35. Tratamento 1-Observação com tratamento conservador 2-Dispositivo para drenagem pleural com cateter 3-Drenagem pleural com dreno tubular 4-Pneumotórax Hipertensivo - toracocentese com agulha ou cateter venoso no 2º espaço intercostal com a linha hemiclavicular do lado acometido
  • 36.
  • 37. Referências Bibliográficas 1- I Diretriz de Dor Torácica na Sala de Emergência- SBC. Arq Bras Cardiol 2002; 9(supl II): 1-22 2- Mansur A P, Ramires J A F, Rotinas Ilustradas da Unidade Clinica de Emergência do InCor- 2006 3-Martins H S, Damasceno M C T, Awada S B, Pronto-Socorro- Diagnostico e Tratamento em Emergências- 2ª edição-2008 4-Diagnostic Approach to Chest Pain in Adults; www.uptodate.com