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Equilíbrio Hidro-Eletrolítico
   Água
     Mulheres = 50% do peso corporal
     Homens = 60% do peso corporal
   Intracelular = 55-75%
   Extracelular = 25-45%
     Intravascular (plasma): Extravascular (interstício)
     (relação 1:3)
   O que é osmolaridade (mosmol/Kg)
     Osmolaridade intracelular = extracelular como?
   Extracelular – Na+, Cl-, HCO3-
   Intracelular – K+, ésteres fosfatos orgânicos
    (ATP, creatino fosfato, fosfolipídios)
   Osmolaridade efetiva (ou tonicidade) –
    determinado somente por solutos restritos
    ao intra ou extravascular
   Adaptação osmótica
   Osmóis efetivos
   E o movimento líquido entre intravascular e
    interstício? E o retorno para intravascular?
   Osmolaridade plasmática = 275-290 mosm/Kg
   Mecanismos de correção osmolar –
    sensibilidade para alterações de 1-2%
   Entrada de água deve ser = saída senão...
   Perdas
     Perdas insensíveis
     Perdas renais
      ▪ 600 mosmols devem ser excretados por dia
      ▪ Osmolaridade urinária máxima 1200 mosmol/Kg (a mínima
        é 50 mosmol/Kg)
      ▪ Logo débito urinário mínimo = 500 ml/dia
   Ingestão hídrica
   Sede (estímulo primário)
     ↑Osmol efetiva (>295 mosmol/Kg)
     ↓volume de líquido extracelular ou ↓PA
     Qual é então mais sensível?
   A ingestão habitual é maior que a necessária
   Excreção da água
   Arginina vasopressina (AVP) – principal determinante da
    excreção renal.
     Estímulo principal é a hipertonicidade (280-290)
     Fatores não osmóticos que regulam a secreção de AVP incluem:
      volume circulante efetivo (arterial), náusea, dor, stress, hipoglicemia,
      gravidez, drogas, etc...
     Sensibilidade da resposta mediada por barorreceptores no seio
      carotídeo é muito menos sensível que alterações na osmolaridade
 Principal cátion extracelular
 85-90% de todo sódio é extracelular (Bomba de
  Na+-K+-ATPase)
 Volume ECF é reflexo do Na+ total global
 Atenção – desordens da osmorregulação ≠
  desordens da regulação volêmica (regulados
  independentemente)
 Isso é  Alterações da concentração do sódio
  geralmente reflete distúrbios da homeostasia da
  água, enquanto que alterações no conteúdo do
  sódio são manifestados como contração ou
  expansão do volume ECF e implicam em balanço
  anormal de sódio.
   Ingestão de sódio
     Dieta típica ocidental – 150 mmol de NaCl/dia, o que
      excede as necessidades basais
   Excreção de sódio – é o principal determinante
    do balanço de sódio
     Multifatorial
     Déficit ou excesso de sódio  ↓↑volume circulante
      efetivo respectivamente
     Alterações do VCE paralelamente alteram a TFG
     Porém , a reabsorção tubular de Na+ (e não a TFG) é o
      mecanismo regulatório principal da excreção de Na+
   2/3 Na+ filtrado é reabsorvido no túbulo
    contorcido proximal
   25-30% da reabsorção restante – alça de
    Henle (ramo espesso ascendente) via Na+-
    K+-2Cl- contransporte
   5% reabsorção no túbulo contorcido distal –
    mediado por Na+-Cl- contransporte tiazídico
    sensível
   Reabsorção restante final – ductos coletores
    corticais e medulares
   Água livre ingerida livre de solutos = água
    livre de eletrólitos excretada

   Quantidade de Na+ ingerida = quantidade
    excretada de sódio por dia
   Na < 135 mmol/l
   Manifestações clínicas:
     Sintomas são principalmente neurológicos e a sua
     gravidade é dependente da velocidade de instalação e
     redução absoluta da concentração do sódio plasmático
   Não pé doença. É manifestação comum a
    várias doenças
   Avaliação da história minuciosa
   Avaliação da volemia
   Osmolaridade plasmática (aferida) e urinária
   Na+ urinário
   K+ urinário
   Ácido úrico e uricosúria
Causas de hiponatremia
I – Pseudohiponatremia
A.   Osmolaridade plasmática normal
•    Hiperlipidemia
•    Hiperproteinemia
•    Pós ressecção transuretral prostática ou tumor de bexiga
B. Osmolaridade plasmática elevada
• Hiperglicemia (Redução de 1,4 mmol/l de Na+ para cada 100mg/dl acima do valor normal de glicemia)
• Manitol
II – Hiponatremia hipoosmolar
A.   Perda primária de Na+ (ganho secundário de água)
•    Perda cutânea: sudorese, queimadura
•    Perda TGI: vômitos, CNG, fístula, obstrução intestinal, diarréia
•    Perda renal: diuréticos, diurese osmótica, hipoaldosteronismo, nefropatia perdedora de sal, diurese pós
     obstrutiva, NTA não oligúrica
B. Ganho primário de água (perda secundária de Na+)
•Polidipsia primária
•Redução de ingestão de soluto (p.ex. beer potomania)
•Liberação de AVP por dor, drogas e náusea
•SIADH
•Deficiência de glicocorticóides
•Hipotireoidismo
•Insuficiência renal crônica
•C. Ganho primário de Na+ (ganho de água que excede o ganho hídrico)
•Insuficiência cardíaca
•Cirrose hepática
•Síndrome nefrótica
Alta              Osmolaridade plasmática               Baixa
                                    Normal
   Hiperglicemia                                       Máximo volume urinário
      Manitol                  Hiperproteinemia         maximamente diluída
                                 Hiperlipidemia          (<100 mosmol/Kg)
                                Irrigação vesical    Não          Sim

                                                           Polidipsia primária
                          Volume extracelular
                                                             Reset osmolar

     Elevada                    Normal                          Reduzida

        ICC                       SIADH
      Cirrose                                                 Sódio urinário
                            Hipotireoidismo?
Síndrome Nefrótica        Insuficiência adrenal?
    Insuf. renal                                                > 20 mmol/l
                                < 10 mmol/l

                                                    Nefropatia perdedora de sal
                     Perda de sódio extra-renal        Hipoaldosteronismo
                      Uso remoto de diurético               Diuréticos
                        Passado de vômitos                   Vômitos
   Alvo  aumentar a concentração de sódio
    plasmático    basicamente   restringindo
    ingestão de água e promovendo perda de
    água


   Correção da causa base
   Assintomática (hipoNa+ leve a moderada)
   Se ↓Na+ e ↓ECF  salina isotônica (a
    euvolemia aborta o estímulo da liberação da
    AVP)
   Se edema  restringir Na+ na dieta
   Restringir água da dieta (< débito urinário)
   Corrigir hipoK+
   Perda de água deve ser > perda Na+ (diurético de
    alça)
   Polidipsia, SIADH, IR  restrição hídrica
   Depende da ausência ou presença de sintomas
    neurológicos
   Relacionado a magnitude da hiponatremia e a velocidade
    de sua instalação
   Assintomático: elevar Na+ 0,5-1 mmol/l/h (< 10-12
    mmol/l/24 horas)
   Aguda grave (Na+ < 110-115 mmol/l): correção pode ser
    mais rápida. Salina hipertônica. 1-2 mmol/l nas 3-4
    primeiras horas ou até cessar convulsão
   (Na+ alvo – Na+ atual) x peso x 0,5 (ou 0,6)
   Síndrome de desmielinação osmótica (mielinólise pontina)
     Maior risco: hiponatremia crônica, desnutrição por etilismo,
      hipoK+, encefalopatia anóxica.
   Concentração de Na+ plasmático > 145 mmol/
   Estado de hiperosmolaridade
   Ganho de Na+ primário ou déficit de água
   Excreção da pouca urina e muito concentrada
   Na prática a maioria resulta da perda de água
   ICF: ECF 2:1
   Exemplos 1, 2 e 3
   Em geral a hipertonicidade é leve! Por que?
     Pacientes de maior risco?
   Renal (mais comum)
   Extra-renal
     Pele
     Respiratória
     TGI
   Manifestações clínicas
       Também relacionado ao nível e velocidade de instalação
       Maioria neurológicos
       Maior risco de HSA e HIC
       Poliúria
       Sede
       Polidipsia
Volume ECF                        Não elevado


                                                          Mínimo volume urinário
      Elevado                        Não                 maximamente concentrada

                                                                     Sim
 Administração de              Osmol urinária
 NaCl hipertônico              >750mosmol/d               Perda insensível de água
   ou NaHCO3                                              Perda TGI
                                                Sim       Perda de água renal remota
                        Não

                 Resposta renal a      Diurético
                 desmopressina         Diurese osmótica


     Osmolaridade                        Osmolaridade
    urinária se eleva                urinária não se altera


Diabetes Insipidus central      Diabetes Insipidus nefrogênico
   Alvo  cessar perda continuada de “água livre”
   Em caso de hipovolemia  euvolemia
     Déficit de água = [(Na+ plasmático – 140)/140] x
     “água corporal total”
   Velocidade de correção = hiponatremia
   Via mais segura para administração
   DI
     Vasopressina (desmopressina)
     Reduzir ingestão de sódio (tiazídico em baixa dose)
     Clorpropramida, clofibrato, carbamazepina, AINES
   Equilíbrio do potássio
     Maior cátion intracelular
     Potássio sérico normal = 3,5-5,5 mmol/l (cerca de 2%
        do potássio corporal total)
       Intracelular sua concentração é de cerca de 150
        mmol/l
       Relação 38:1  mantém potencial de ação
       Crucial para função neuromuscular
       Bomba Na+ -K+- ATPase (2:3)
   90% do K+ ingerido é absorvido
   Equilíbrio ingestão = excreção (TGI:Rim)
   Principal rota  renal
   Carga de K+ filtrada/dia é cerca de 10-20 x > do que K+ ECF
   90% K+ filtrado é reabsorvido no túbulo contorcido
    proximal (passivamente com Na+ e H20) e alça de Henle
    (Na+K+Cl- cotransporte)
   Portanto K+ em túbulos distais e coletoras corticais = K+
    ingerido
   Secreção ou reabsorção distal caso excesso ou depleção
   Virtualmente toda regulação da excreção renal de K+ e o
    balanço do K+ total corporal é regulada no néfron distal
   Secreção de K+ regulada por
     Aldosterona
     HiperK+
   Potássio plasmático < 3,5 mmol/l

   Basicamente por uma ou mais causas:
     Redução da ingestão (rara) - Pica
     Transferência intracelular
     Aumento nas perdas
      ▪ Não renais
      ▪ Renais (causa mais comum)
   Raramente ocorrem com K+ > 3mmol/
   Sintomas musculares esqueléticos
   Evolução muscular respiratória
   Cardiovascular
     ECG
     Predispões a intoxicação digitálica
   TGI
   Alteração ácido-básico
I. Decreased intake
     A. Starvation
     B. Clay ingestion

II. Redistribution into cells
    A. Acid-base
      1. Metabolic alkalosis
    B. Hormonal
      1. Insulin
      2. 2-Adrenergic agonists (endogenous or exogenous)
      3. -Adrenergic antagonists
     C. Anabolic state
      1. Vitamin B12 or folic acid (red blood cell production)
      2. Granulocyte-macrophage colony stimulating factor (white blood cell production)
      3. Total parenteral nutrition
    D. Other
      1. Pseudohypokalemia
      2. Hypothermia
      3. Hypokalemic periodic paralysis
      4. Barium toxicity
III. Increased loss

     A. Nonrenal
         1. Gastrointestinal loss (diarrhea)
         2. Integumentary loss (sweat)
     B. Renal
         1. Increased distal flow: diuretics, osmotic diuresis, salt-wasting nephropathies
         2. Increased secretion of potassiun
        ▪         a. Mineralocorticoid excess: primary hyperaldosteronism, secondary hyperaldosteronism
            (malignant hypertension, renin-secreting tumors, renal artery stenosis, hypovolemia), apparent
            mineralocorticoid excess (licorice, chewing tobacco, carbenoxolone), congenital adrenal
            hyperplasia, Cushing's syndrome, Bartter's syndrome
         b. Distal delivery of non-reabsorbed anions: vomiting, nasogastric suction, proximal (type 2) renal
    tubular acidosis, diabetic ketoacidosis, glue-sniffing (toluene abuse), penicillin derivatives
         c. Other: amphotericin B, Liddle's syndrome, hypomagnesemia


   PseudohipoK
TTKG = [K+]u ÷ (OSMu/OSMp)
              [K+]p
 Corrigir déficit
 Reduzir perdas
 Depleção do K corporal não se correlaciona bem com
  dosagem sérica?
 Monitorizar reposição. Sempre que possível por via
  enteral.
 KCL 10% vs. Citrato de K?
 Concentração da reposição venosa
     Acesso periférico até 40 mmol/l
     Acesso central até 60 mmol/l
     Velocidade de até 20 mmol/h (exceto se arritmias
      ventricular maligna ou paralisia muscular)
     Diluir em salina
   Potássio plasmático > 5,0 mmol/l
   Basicamente por uma ou mais causas:
     Liberação celular de K
      ▪ Hemólise
      ▪ Lise tumoral
      ▪ Rabdomiólise
      ▪ Acidose metabólica
      ▪ Deficiência insulina e hiperglicemia
      ▪ Exercício induzido
     Redução da perda renal
     Aumento da ingestão? (adaptação do potássio)
     HiperK iatrogênica
     PseudohiperK
   I. Renal failure
   II. Decreased distal flow (i.e., decreased effective circulating
    arterial volume)
   III. Decreased K+ secretion
     A. Impaired Na+ reabsorption
      ▪ 1. Primary hypoaldosteronism: adrenal insufficiency, adrenal enzyme
        deficiency (21-hydroxylase, 3-hydroxysteroid dehydrogenase, corticosterone
        methyl oxidase)
      ▪ 2. Secondary hypoaldosteronism: hyporeninemia, drugs (ACE inhibitors,
        NSAIDs, heparin)
      ▪ 3. Resistance to aldosterone: pseudohypoaldosteronism, tubulointerstitial
        disease, drugs (K+-sparing diuretics, trimethoprim, pentamidine)
     B. Enhanced Cl- reabsorption (chloride shunt)
      ▪ 1. Gordon's syndrome
      ▪ 2. Cyclosporine
   Despolariza parcialmente a membrana
    celular
   Acima de 7,5 sintomas graves
   Sintomas musculares
   Cardiovasculares
   Tratamento da causa base
   Gluconato de Cálcio
   Insulina
   Bicarbonato de sódio
   Beta agonistas
   Diuréticos
   Resina de troca
   Diálise

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  • 2. Água  Mulheres = 50% do peso corporal  Homens = 60% do peso corporal  Intracelular = 55-75%  Extracelular = 25-45%  Intravascular (plasma): Extravascular (interstício) (relação 1:3)  O que é osmolaridade (mosmol/Kg)  Osmolaridade intracelular = extracelular como?
  • 3. Extracelular – Na+, Cl-, HCO3-  Intracelular – K+, ésteres fosfatos orgânicos (ATP, creatino fosfato, fosfolipídios)  Osmolaridade efetiva (ou tonicidade) – determinado somente por solutos restritos ao intra ou extravascular  Adaptação osmótica  Osmóis efetivos  E o movimento líquido entre intravascular e interstício? E o retorno para intravascular?
  • 4. Osmolaridade plasmática = 275-290 mosm/Kg  Mecanismos de correção osmolar – sensibilidade para alterações de 1-2%  Entrada de água deve ser = saída senão...  Perdas  Perdas insensíveis  Perdas renais ▪ 600 mosmols devem ser excretados por dia ▪ Osmolaridade urinária máxima 1200 mosmol/Kg (a mínima é 50 mosmol/Kg) ▪ Logo débito urinário mínimo = 500 ml/dia
  • 5. Ingestão hídrica  Sede (estímulo primário)  ↑Osmol efetiva (>295 mosmol/Kg)  ↓volume de líquido extracelular ou ↓PA  Qual é então mais sensível?  A ingestão habitual é maior que a necessária  Excreção da água  Arginina vasopressina (AVP) – principal determinante da excreção renal.  Estímulo principal é a hipertonicidade (280-290)  Fatores não osmóticos que regulam a secreção de AVP incluem: volume circulante efetivo (arterial), náusea, dor, stress, hipoglicemia, gravidez, drogas, etc...  Sensibilidade da resposta mediada por barorreceptores no seio carotídeo é muito menos sensível que alterações na osmolaridade
  • 6.  Principal cátion extracelular  85-90% de todo sódio é extracelular (Bomba de Na+-K+-ATPase)  Volume ECF é reflexo do Na+ total global  Atenção – desordens da osmorregulação ≠ desordens da regulação volêmica (regulados independentemente)  Isso é  Alterações da concentração do sódio geralmente reflete distúrbios da homeostasia da água, enquanto que alterações no conteúdo do sódio são manifestados como contração ou expansão do volume ECF e implicam em balanço anormal de sódio.
  • 7. Ingestão de sódio  Dieta típica ocidental – 150 mmol de NaCl/dia, o que excede as necessidades basais  Excreção de sódio – é o principal determinante do balanço de sódio  Multifatorial  Déficit ou excesso de sódio  ↓↑volume circulante efetivo respectivamente  Alterações do VCE paralelamente alteram a TFG  Porém , a reabsorção tubular de Na+ (e não a TFG) é o mecanismo regulatório principal da excreção de Na+
  • 8. 2/3 Na+ filtrado é reabsorvido no túbulo contorcido proximal  25-30% da reabsorção restante – alça de Henle (ramo espesso ascendente) via Na+- K+-2Cl- contransporte  5% reabsorção no túbulo contorcido distal – mediado por Na+-Cl- contransporte tiazídico sensível  Reabsorção restante final – ductos coletores corticais e medulares
  • 9. Água livre ingerida livre de solutos = água livre de eletrólitos excretada  Quantidade de Na+ ingerida = quantidade excretada de sódio por dia
  • 10. Na < 135 mmol/l  Manifestações clínicas:  Sintomas são principalmente neurológicos e a sua gravidade é dependente da velocidade de instalação e redução absoluta da concentração do sódio plasmático
  • 11. Não pé doença. É manifestação comum a várias doenças  Avaliação da história minuciosa  Avaliação da volemia  Osmolaridade plasmática (aferida) e urinária  Na+ urinário  K+ urinário  Ácido úrico e uricosúria
  • 12. Causas de hiponatremia I – Pseudohiponatremia A. Osmolaridade plasmática normal • Hiperlipidemia • Hiperproteinemia • Pós ressecção transuretral prostática ou tumor de bexiga B. Osmolaridade plasmática elevada • Hiperglicemia (Redução de 1,4 mmol/l de Na+ para cada 100mg/dl acima do valor normal de glicemia) • Manitol II – Hiponatremia hipoosmolar A. Perda primária de Na+ (ganho secundário de água) • Perda cutânea: sudorese, queimadura • Perda TGI: vômitos, CNG, fístula, obstrução intestinal, diarréia • Perda renal: diuréticos, diurese osmótica, hipoaldosteronismo, nefropatia perdedora de sal, diurese pós obstrutiva, NTA não oligúrica B. Ganho primário de água (perda secundária de Na+) •Polidipsia primária •Redução de ingestão de soluto (p.ex. beer potomania) •Liberação de AVP por dor, drogas e náusea •SIADH •Deficiência de glicocorticóides •Hipotireoidismo •Insuficiência renal crônica •C. Ganho primário de Na+ (ganho de água que excede o ganho hídrico) •Insuficiência cardíaca •Cirrose hepática •Síndrome nefrótica
  • 13. Alta Osmolaridade plasmática Baixa Normal Hiperglicemia Máximo volume urinário Manitol Hiperproteinemia maximamente diluída Hiperlipidemia (<100 mosmol/Kg) Irrigação vesical Não Sim Polidipsia primária Volume extracelular Reset osmolar Elevada Normal Reduzida ICC SIADH Cirrose Sódio urinário Hipotireoidismo? Síndrome Nefrótica Insuficiência adrenal? Insuf. renal > 20 mmol/l < 10 mmol/l Nefropatia perdedora de sal Perda de sódio extra-renal Hipoaldosteronismo Uso remoto de diurético Diuréticos Passado de vômitos Vômitos
  • 14. Alvo  aumentar a concentração de sódio plasmático basicamente restringindo ingestão de água e promovendo perda de água  Correção da causa base
  • 15. Assintomática (hipoNa+ leve a moderada)  Se ↓Na+ e ↓ECF  salina isotônica (a euvolemia aborta o estímulo da liberação da AVP)  Se edema  restringir Na+ na dieta  Restringir água da dieta (< débito urinário)  Corrigir hipoK+  Perda de água deve ser > perda Na+ (diurético de alça)  Polidipsia, SIADH, IR  restrição hídrica
  • 16. Depende da ausência ou presença de sintomas neurológicos  Relacionado a magnitude da hiponatremia e a velocidade de sua instalação  Assintomático: elevar Na+ 0,5-1 mmol/l/h (< 10-12 mmol/l/24 horas)  Aguda grave (Na+ < 110-115 mmol/l): correção pode ser mais rápida. Salina hipertônica. 1-2 mmol/l nas 3-4 primeiras horas ou até cessar convulsão  (Na+ alvo – Na+ atual) x peso x 0,5 (ou 0,6)  Síndrome de desmielinação osmótica (mielinólise pontina)  Maior risco: hiponatremia crônica, desnutrição por etilismo, hipoK+, encefalopatia anóxica.
  • 17. Concentração de Na+ plasmático > 145 mmol/  Estado de hiperosmolaridade  Ganho de Na+ primário ou déficit de água  Excreção da pouca urina e muito concentrada  Na prática a maioria resulta da perda de água  ICF: ECF 2:1  Exemplos 1, 2 e 3  Em geral a hipertonicidade é leve! Por que?  Pacientes de maior risco?
  • 18. Renal (mais comum)  Extra-renal  Pele  Respiratória  TGI  Manifestações clínicas  Também relacionado ao nível e velocidade de instalação  Maioria neurológicos  Maior risco de HSA e HIC  Poliúria  Sede  Polidipsia
  • 19. Volume ECF Não elevado Mínimo volume urinário Elevado Não maximamente concentrada Sim Administração de Osmol urinária NaCl hipertônico >750mosmol/d Perda insensível de água ou NaHCO3 Perda TGI Sim Perda de água renal remota Não Resposta renal a Diurético desmopressina Diurese osmótica Osmolaridade Osmolaridade urinária se eleva urinária não se altera Diabetes Insipidus central Diabetes Insipidus nefrogênico
  • 20. Alvo  cessar perda continuada de “água livre”  Em caso de hipovolemia  euvolemia  Déficit de água = [(Na+ plasmático – 140)/140] x “água corporal total”  Velocidade de correção = hiponatremia  Via mais segura para administração  DI  Vasopressina (desmopressina)  Reduzir ingestão de sódio (tiazídico em baixa dose)  Clorpropramida, clofibrato, carbamazepina, AINES
  • 21. Equilíbrio do potássio  Maior cátion intracelular  Potássio sérico normal = 3,5-5,5 mmol/l (cerca de 2% do potássio corporal total)  Intracelular sua concentração é de cerca de 150 mmol/l  Relação 38:1  mantém potencial de ação  Crucial para função neuromuscular  Bomba Na+ -K+- ATPase (2:3)  90% do K+ ingerido é absorvido  Equilíbrio ingestão = excreção (TGI:Rim)
  • 22. Principal rota  renal  Carga de K+ filtrada/dia é cerca de 10-20 x > do que K+ ECF  90% K+ filtrado é reabsorvido no túbulo contorcido proximal (passivamente com Na+ e H20) e alça de Henle (Na+K+Cl- cotransporte)  Portanto K+ em túbulos distais e coletoras corticais = K+ ingerido  Secreção ou reabsorção distal caso excesso ou depleção  Virtualmente toda regulação da excreção renal de K+ e o balanço do K+ total corporal é regulada no néfron distal  Secreção de K+ regulada por  Aldosterona  HiperK+
  • 23. Potássio plasmático < 3,5 mmol/l  Basicamente por uma ou mais causas:  Redução da ingestão (rara) - Pica  Transferência intracelular  Aumento nas perdas ▪ Não renais ▪ Renais (causa mais comum)
  • 24. Raramente ocorrem com K+ > 3mmol/  Sintomas musculares esqueléticos  Evolução muscular respiratória  Cardiovascular  ECG  Predispões a intoxicação digitálica  TGI  Alteração ácido-básico
  • 25.
  • 26. I. Decreased intake  A. Starvation  B. Clay ingestion II. Redistribution into cells  A. Acid-base  1. Metabolic alkalosis  B. Hormonal  1. Insulin  2. 2-Adrenergic agonists (endogenous or exogenous)  3. -Adrenergic antagonists  C. Anabolic state  1. Vitamin B12 or folic acid (red blood cell production)  2. Granulocyte-macrophage colony stimulating factor (white blood cell production)  3. Total parenteral nutrition  D. Other  1. Pseudohypokalemia  2. Hypothermia  3. Hypokalemic periodic paralysis  4. Barium toxicity
  • 27. III. Increased loss  A. Nonrenal  1. Gastrointestinal loss (diarrhea)  2. Integumentary loss (sweat)  B. Renal  1. Increased distal flow: diuretics, osmotic diuresis, salt-wasting nephropathies  2. Increased secretion of potassiun ▪ a. Mineralocorticoid excess: primary hyperaldosteronism, secondary hyperaldosteronism (malignant hypertension, renin-secreting tumors, renal artery stenosis, hypovolemia), apparent mineralocorticoid excess (licorice, chewing tobacco, carbenoxolone), congenital adrenal hyperplasia, Cushing's syndrome, Bartter's syndrome  b. Distal delivery of non-reabsorbed anions: vomiting, nasogastric suction, proximal (type 2) renal tubular acidosis, diabetic ketoacidosis, glue-sniffing (toluene abuse), penicillin derivatives  c. Other: amphotericin B, Liddle's syndrome, hypomagnesemia  PseudohipoK
  • 28. TTKG = [K+]u ÷ (OSMu/OSMp) [K+]p
  • 29.  Corrigir déficit  Reduzir perdas  Depleção do K corporal não se correlaciona bem com dosagem sérica?  Monitorizar reposição. Sempre que possível por via enteral.  KCL 10% vs. Citrato de K?  Concentração da reposição venosa  Acesso periférico até 40 mmol/l  Acesso central até 60 mmol/l  Velocidade de até 20 mmol/h (exceto se arritmias ventricular maligna ou paralisia muscular)  Diluir em salina
  • 30. Potássio plasmático > 5,0 mmol/l  Basicamente por uma ou mais causas:  Liberação celular de K ▪ Hemólise ▪ Lise tumoral ▪ Rabdomiólise ▪ Acidose metabólica ▪ Deficiência insulina e hiperglicemia ▪ Exercício induzido  Redução da perda renal  Aumento da ingestão? (adaptação do potássio)  HiperK iatrogênica  PseudohiperK
  • 31. I. Renal failure  II. Decreased distal flow (i.e., decreased effective circulating arterial volume)  III. Decreased K+ secretion  A. Impaired Na+ reabsorption ▪ 1. Primary hypoaldosteronism: adrenal insufficiency, adrenal enzyme deficiency (21-hydroxylase, 3-hydroxysteroid dehydrogenase, corticosterone methyl oxidase) ▪ 2. Secondary hypoaldosteronism: hyporeninemia, drugs (ACE inhibitors, NSAIDs, heparin) ▪ 3. Resistance to aldosterone: pseudohypoaldosteronism, tubulointerstitial disease, drugs (K+-sparing diuretics, trimethoprim, pentamidine)  B. Enhanced Cl- reabsorption (chloride shunt) ▪ 1. Gordon's syndrome ▪ 2. Cyclosporine
  • 32. Despolariza parcialmente a membrana celular  Acima de 7,5 sintomas graves  Sintomas musculares  Cardiovasculares
  • 33.
  • 34.
  • 35. Tratamento da causa base  Gluconato de Cálcio  Insulina  Bicarbonato de sódio  Beta agonistas  Diuréticos  Resina de troca  Diálise