4. COMPOSIÇÃO DA URINA
Substâncias inorgânicas:
• Cloreto;
• Sódio;
• Potássio.
Substâncias inorgânicas e orgânicas dissolvidas em água.
Substâncias orgânicas:
• Ureia;
• Creatinina;
• Ácido úrico.
As concentrações das
substâncias são muito
influenciadas pela
alimentação.
5. COMPOSIÇÃO DA URINA
Outras substâncias:
• Hormônios;
• Vitaminas;
• Medicamentos;
• Células;
• Cristais;
• Muco;
• Bactérias.
O aumento do nível desses
elementos costuma indicar
alguma doença.
6. URINÁLISE
Também chamada de análise dos elementos anormais do sedimento urinário
(EAS).
Esse exame é solicitado em casos de sintomas de irritação, queimação, dor,
alteração na frequência de micção, alteração do aspecto da urina ou ainda para
análise de rotina.
7. OBTENÇÃO DAS AMOSTRAS
Amostra de urina única e aleatória: é coletada a primeira amostra de urina pela
manhã, ainda em jejum, ou após 2 horas sem urinar.
Coleta de urina programada prolongada: amostras de urina são coletadas
durante o período de 24 horas para avaliação precisa da função renal.
8. EXAMES DE URINA
Exame com tira reagente: são utilizadas fitas quimicamente impregnadas que
permitem determinações rápidas de pH, proteínas, glicose, cetonas, bilirrubina,
hemoglobina, densidade específica, hormônios
10. ASPECTO DA URINA
Primeira observação feita na amostra de urina.
Geralmente refere-se à transparência da amostra.
Valor de referência: no estado normal, a urina fresca é límpida ou
discretamente turva.
Turvação moderada da urina: hemácias, leucócitos, células epiteliais ou
bactérias.
Turvação intensa da urina: infecções urinárias.
11. COLORAÇÃO DA URINA
A cor amarela da urina é dada pelo pigmento urocromo.
A coloração das amostras pode variar de amarelo-pálida a âmbar escura.
Urina quase incolor:
• Grande consumo de líquido;
• Diabetes;
• Consumo de álcool etílico e cafeína;
• Tratamento com diuréticos;
• Nervosismo.
12. COLORAÇÃO DA URINA
Urina alaranjada (âmbar):
• Urina concentrada por febre, sudorese, pouca ingestão de líquido ou
primeira amostra da manhã;
• Bilirrubina (forma espuma amarela ao agitar);
• Ingestão de cenoura ou vitamina A em excesso;
• Alguns medicamentos.
Urina amarelo-acastanhada ou amarelo-esverdeada:
• Bilirrubina que foi oxidada em biliverdina (forma espuma verde ao agitar).
14. COLORAÇÃO DA URINA
Urina castanho-enegrecida:
• Hemácias oxidadas em metemoglobina;
• Metemoglobina;
• Melanina ou melogêneo.
Urina esfumaçada:
• Hemácias.
Urina leitosa:
• Gordura;
• Cistinúria;
• Muitos leucócitos.
15. ODOR DA URINA
A urina normal e recém eliminada tem um odor fraco, por causa dos ácidos
voláteis.
Urina com odor de frutas: pode ocorrer em pacientes com diabetes mellitus;
Urina fétida: infecções urinárias;
Urina com odor sulfuroso: cistinúria e homocistinúria;
Odor semelhante à cerveja: síndrome de má absorção de metionina;
Odor semelhante ao de repolho ou peixe: tirosinemia (acúmulo de tirosina).
16. VOLUME DE URINA
As medidas do volume de urina fazem parte da avaliação do equilíbrio hídrico e
da função renal.
Valores de referência:
• Crianças: 500 a 1.400 mL/dia
• Adultos: 800 a 2.500 mL/dia
Poliúria (aumento do volume de urina) com níveis elevados de ureia e
creatinina:
• Cetoacidose diabética;
• Obstrução parcial das vias urinárias;
• Alguns tipos de necrose tubular.
17. VOLUME DE URINA
Poliúria com níveis de ureia e creatinina normais:
• Diabetes;
• Estados neuróticos (ingestão compulsiva de água);
• Alguns tumores do encéfalo e medula espinhal.
Oligúria (50 a 400 mL/dia em adultos; <15 a 20 mL/kg em crianças ao dia):
• Problemas renais;
• Desidratação (vômito prolongado, diarreia, queimaduras);
• Obstrução de alguma parte do sistema urinário;
• Insuficiência cardíaca.
19. DENSIDADE URINÁRIA (DU)
Mede a capacidade renal de concentrar urina.
A DU é influenciada tanto pelo número de partículas presentes quanto pelo
tamanho das partículas.
Pode ser determinada tanto pela fita reagente como por um refratômetro.
Valores de referência:
• Hidratação e volume normais: 1,005 a 1,030
• Urina concentrada: ≥ 1,030
• Urina diluída: 1,001 a 1,010
• Lactente < 2 anos: 1,001 a 1,006
20. DENSIDADE URINÁRIA (DU)
Densidade urinária normal: geralmente, os valores da DU são inversamente
proporcionais ao volume de urina excretado, exceto em algumas situações,
inclusive:
• Diabetes mellitus – aumento volume urinário, aumento da DU;
• Hipertensão arterial – volume normal, diminuição da DU;
• Doença renal crônica – aumento do volume, diminuição da DU.
Hipostenúria (densidade urinária baixa):
• Diabetes insipidus;
• Glomerulonefrite;
• Lesão renal grave.
21. DENSIDADE URINÁRIA (DU)
Hiperestenúria (densidade urinária aumentada):
• Diabetes mellitus;
• Nefrose;
• Perda excessiva de água (desidratação, febre, vômito, diarreia);
• Aumento da secreção de hormônio antidiurético;
• Insuficiência cardíaca;
• Toxemia da gravidez.
22. pH DA URINA
O pH é um indicador da capacidade dos túbulos renais de manter a
concentração normal de íon hidrogênio no plasma e no líquido extracelular.
Valores de referência:
• pH da urina normal pode variar de 4,6 a 8,0
• pH médio é de 6,0 (ácido).
23. pH DA URINA
Urina ácida (pH < 7,0):
• Acidose metabólica, cetose diabética, diarreia, inanição, uremia;
• Infecções urinárias causadas por Escherichia coli;
• Acidose respiratória (retenção de CO2);
• Febre;
• Cálculos renais de ácido úrico, cistina e oxalato de cálcio
Urina alcalina (pH > 7,0):
• Infecções urinárias causadas por bactérias que decompõem a ureia
(Proteus e Pseudomonas);
• Insuficiência renal crônica;
• Cálculos de fosfatos de cálcio, carbonato de cálcio e fosfato de magnésio;
• Depleção de potássio.
24. SANGUE OU Hb NA URINA
Esse exame detecta hemácias, hemoglobina e mioglobina na urina.
O sangue na urina é sempre um indicador de lesão do rim ou das vias urinárias.
Valores de referência:
Negativo (< 0,03 mgHb livre/dL ou < 10 eritrócitos/mL)
25. Hematúria (hemácias na urina):
• Infecção urinária aguda (cistite);
• Tumores das vias urinárias ou renais;
• Cálculos urinários;
• Glomerulonefrite;
• Traumatismo renal;
• Leucemia;
• Trombocitopenia;
• Exercício físico intenso;
• Tabagismo.
SANGUE OU Hb NA URINA
26. Hemoglobinúria (hemoglobina na urina):
• Queimaduras extensas;
• Reações à transfusão;
• Intoxicação febril;
• Alguns agentes químicos (cogumelos venenosos, veneno de cobras);
• Malária;
• Anemia falciforme;
• Exercício físico intenso.
SANGUE OU Hb NA URINA
27. PROTEÍNA NA URINA
O aumento da concentração de proteína na urina pode indicar doença renal.
Em um sistema urinário saudável, a urina não contém proteínas ou contém
traços (albumina).
Valores de referência para urina de 24 horas:
Homem adulto: 10 a 140 mg/L ou 1 a 14 mg/dL
Mulher adulta: 30 a 100 mg/L ou 3 a 10 mg/dL
Criança < 10 anos: 10 a 100 mg/L ou 1 a 10 mg/dL
Valores de referência – qualitativos
Negativo.
28. PROTEÍNA NA URINA
Proteinúria: ocorre por 2 mecanismos principais
1 – Lesão glomerular:
• Glomerulonefrite, aguda e crônica;
• Lúpus;
• Hipertensão arterial maligna;
• Diabetes mellitus;
• Síndrome nefrótica;
• Doença renal policística.
29. PROTEÍNA NA URINA
Proteinúria: ocorre por 2 mecanismos principais
2 – Diminuição da reabsorção tubular:
• Doença tubular renal;
• Pielonefrite aguda e crônica;
• Cistinose;
• Doença de Wilson;
• Síndrome de Fanconi;
• Nefrite intersticial.
30. PROTEÍNA NA URINA
Pode haver proteinúria em outras doenças não renais (proteinúria funcional):
• Infecção aguda, policitemia;
• Traumatismo, estresse;
• Leucemia, distúrbios hematológicos;
• Toxemia, pre-eclampsia da gravidez;
• Hipertireoidismo;
• Rejeição de transplante renal;
• Hereditariedade, célula falciforme;
• Tumores.
31. GLICOSE NA URINA
Quando o nível sanguíneo de glicose ultrapassa a capacidade de reabsorção dos
túbulos, há eliminação de glicose na urina.
Valores de referência:
Amostra aleatória: negativo
Amostra de 24 horas: 1 a 15 mg/dL (60 a 830 mmol/L) ou <0,5 g/24 h
32. GLICOSE NA URINA
Aumento da glicose:
• Diabetes mellitus;
• Distúrbios endócrinos;
• Doença hepática e pancreática;
• Distúrbios do sistema nervoso central;
• Diminuição da reabsorção tubular;
• Diabetes gestacional.